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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

LIÇÃO 10 - A PROMESSA DA PROTEÇÃO DIVINA.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO 

"Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos." (Sl 91.11)


                        VERDADE PRÁTICA  

Deus promete sua divina proteção a todos os que são fiéis à sua Palavra.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: EF 6. 10-17; SL 91. 1-8



                            INTRODUÇÃO  

Antes da Queda, no princípio da criação, havia a mais perfeita harmonia entre o homem e a natureza. Entretanto, depois que o pecado entrou no mundo, todas as coisas mudaram de forma marcante. Um dos resultados mais terríveis que atingiu o ser humano foi o problema da insegurança. No Gênesis, vemos a história de Caim e Abel, os dois primeiros filhos de Adão e Eva. Nascidos depois da Queda, eles devem ter vivido um bom tempo em paz um com o outro, mas, depois de muitos anos, quando ofereciam sacrifícios a Deus, ocorreu um grave problema. Caim, era agricultor, e o seu irmão, Abel, era pastor de ovelhas (Gn 4.2). Caim ofereceu a Deus “do fruto da terra uma oferta ao Sen “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas Caim e para sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu o seu semblante. E o Senhor disse a Caim: Por que te ir E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás” (Gn 4.3-7).

 

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

LIÇÃO 09 - PROMESSAS PARA PAIS E FILHOS.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                    TEXTO ÁUREO 

"Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra." (Ef 6.2,3)


                    VERDADE PRÁTICA 

Entre desafios e responsabilidades, o relacionamento entre pais e filhos deve ser de bênçãos e proteção.



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Salmos 127. 3-5; Efésios 6. 1-4 



                INTRODUÇÃO  

Muito se tem falado sobre a importância do relacionamento entre pais e filhos, para tê-los bem equilibrados e ajustados, úteis à sociedade e tementes a Deus. Refletiremos sobre alguns aspectos que contribuem para melhorar esse relacionamento. Em tempos passados, ter filhos era motivo de muita alegria para os pais, para as famílias. Com a modernidade, entretanto, a realidade das famílias foi mudando, os costumes foram transformados, e ter filhos tornou-se um problema para muitos. Antigamente, as mães dedicavam-se mais à criação dos filhos; normalmente, as mulheres tinham a honrosa incumbência de serem domésticas, boas esposas, mães de família, donas de casa, administradoras do lar, enquanto os maridos cumpriam o papel de líderes da família e provedores das necessidades do lar, trabalhando fora em diversas profissões. Há muito tempo, no entanto, tendo em vista a necessidade de melhor suprimento das despesas domésticas e, mais ainda, pela necessidade de afirmação social da mulher, as esposas precisam trabalhar mesmo em tempo parcial. Algumas trabalham em tempo integral, saem de casa pela manhã, juntamente com o esposo, indo cada um para o seu emprego ou trabalho. Podemos entender essa realidade, mas, para a criação dos filhos, houve, sem dúvida, grandes prejuízos. Os filhos são criados fora de casa, mesmo desde pequeninos, ainda bebês, em creches, centros infantis, aos cuidados de terceiras pessoas, que não têm muitas vezes nenhuma identificação com o estilo de vida, ou a visão de mundo dos pais. 



                I.   O RELACIONAMENTO BÍBLICO ENTRE PAIS E FILHOS

1.   Pais e filhos   -   “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, galardão. Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta” (Sl 127.3-5). Muitas pessoas esperam ganhar herança dos pais em termos de bens materiais, terrenos, casas, dinheiro, etc. Mas, para Deus, “os filhos são herança do Senhor”. Infelizmente mesmo pais que são cristãos não dão valor aos filhos como “herança do Senhor”. É preciso ter os filhos em alta conta diante de De sua criação. O dono de tudo cobrará de nós o que fizemos ou fazemos com a herança dada por Ele para cuidarmos com amor e dedicação. 

 Os servos de Deus, muito ao contrário, ficam geralmente felizes quando têm filhos — uns mais e outros menos — na realidade em que vivemos; daí o porquê de os pais cristãos precisarem dar mais atenção aos filhos em termos espirituais, morais, educacionais e sociais. Não terceirizar a educação dos seus filhos para ninguém. As escolas, públicas ou privadas, em nosso país há muito tempo que não oferecem educação no sentido real da palavra, principalmente às crianças. O que elas fornecem nada mais é do que instrução formal, constante do currículo definido pelas autoridades do sistema educacional. 


2.     Um mandamento com promessa para os filhos    -    No quinto mandamento, Deus fez uma promessa gloriosa, prometendo bem-estar e vida longa na terra: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Êx 20.12). O apóstolo Paulo, citando versículo bíblico, teve uma visão ampliada, e assim escreveu aos efésios: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Se porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef 6.1-3).

O ser humano, criado à “imagem”, conforme a “semelhança” de Deus, teve uma origem especial. Se analisarmos o primeiro capítulo do livro de Gênesis, podemos observar que o Criador, fazendo uso da sua divina inteligência e do seu poder absoluto e soberano, resolveu fazer surgir o Universo, “ex-nihilo”, ou seja, a partir do nada. Deus criou o homem para viver eternamente, sem doenças ou envelhecimento. Esse foi o plano original de Deus para o ser criado à sua imagem, conforme a sua semelhança. No entanto, como o homem desobedeceu a Deus e comeu da árvore proibida e passou a ouvir a voz do Diabo, que já houvera sido expulso dos céus, tudo foi mudado. 

A Bíblia, a Palavra de Deus, que é a verdade (Jo 17.17), afirma-nos que a harmonia do Paraíso foi modificada quando o Diabo, um antigo querubim que se rebelou contra Deus, foi lançado dos céus a terra e, por vingança, resolveu atacar a obra-prima feita pela mão de Deus: o homem. A causa eficiente para a Queda, no entanto, surgiu no meio do próprio casal. A mulher, Eva, ao invés de ter-se firmado de acordo com a voz de Deus, resolveu, usando o seu livre-arbítrio, dar ouvidos à voz do Inimigo, pecando contra o Senhor. Após a Queda, no entanto, houve uma transformação total na vida do primeiro ser criado, como já visto no capítulo 8, tópico 1, subtópico 4. 


3.    Mandamentos e bênçãos para os pais    -  "O que um leitor da Bíblia poderia esperar é 'Obedece a teu pai e a tua mãe'. Obedecer, contudo, é mais fácil que honrar. Pode-se odiar e obedecer, mas é impossível odiar e honrar.

 A honra é o alto respeito ou estima mostrada a uma outra pessoa ou recebida dela, ou ainda uma demonstração de tal respeito. O conceito é expresso figurativamente no AT por palavras que também são traduzidas como beleza, majestade, talento, preciosidade, valor e glória. Os paralelos são significativos: glória e honra (1 Cr 16.27; SI 8.5); glória e majestade (SI 21.5; 96.6; 104.1); honra e distinção (Et 6.3); dádivas, prêmios e grandes honras (Dn 2.6); riquezas e glória (1 Rs 3.13). Dessa forma, o conceito insere-se na adoração (q.v.), que é o reconhecimento do valor.

  Todos os filhos cometem erros; e os pais, em determinadas ocasiões, precisam discipliná-los. Outro tanto ocorre na família celestial. Os filhos legítimos estão sempre sujeitos à disciplina do Senhor. Todavia, essa disciplina existe com a finalidade de beneficiar os filhos, e não meramente de castigá-los. Esse princípio é apresentado em Heb. 12:5 ss. Creio que esse princípio se aplica a qualquer juízo divino. Pois, apesar dos juízos de DEUS parecerem severos (serão tão severos quanto for necessário), seu propósito é beneficiar os julgados, mesmo no caso dos incrédulos. Certamente isso fica entendido em I Pedro 4:6, onde vemos que o juízo produzirá certa medida de vida espiritual; e o contexto (I Ped. 3:18 — 4:6, a descida de CRISTO ao hades) ensina-nos que estão em foco os desobedientes e não crentes. Ver o artigo separado sobre o julgamento. DEUS é o Pai de todos os seres vivos, e não apenas dos seus eleitos. Logo, é natural esperarmos que o seu amor, expresso por meio de julgamento, venha a aplicar-se a todos.

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                II.   O CUIDADO DOS PAIS COM OS FILHOS

1.  Cultivando o ensino da palavra de Deus    -     É um trabalho simples, mas de grande efeito sobre os filhos e sobre a família em geral. É como acender o altar da adoração no lar. É melhor do que deixar os filhos ficarem presos diante do altar da televisão. O culto doméstico fortalece os laços espirituais e afetivos entre pais e filhos crentes: Em 15 minutos apenas, temos: cânticos, leitura bíblica, pedidos de oração e oração final. No relacionamento entre pais e filhos, sejam crianças, adolescentes ou jovens, é muito importante cuidar da vida espiritual. Muitos pais são surpreendidos com comportamentos estranhos dos seus filhos, nascidos num lar cristão.

Os filhos precisam saber o valor da Palavra de Deus, compreendendo que a autoridade de Deus, a autoridade da Igreja, a autoridade dos pais e a autoridade humana provêm de Deus, desde que legitimamente executadas. Isso é importante para que não se revoltem contra a autoridade. O ensino da Palavra de Deus é a base para a formação espiritual, moral, emocional e social dos filhos. Diz a Palavra de Deus: “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (Dt 11.18,19). 

O texto acima diz que, antes de tudo, os pais devem internalizar as palavras de Deus no coração e na alma, atando-as como sinal nas mãos, ou seja: a prática, as ações dos pais, geralmente realizadas com as mãos, devem ter o sinal de que são feitas em observância à vontade do Senhor. Lá diz também que devem estar “por frontais” entre os olhos. Isso quer dizer que a visão dos pais deve estar em conformidade com a Palavra de Deus. Depois, conscientes do valor das palavras de Deus, os pais devem ensiná-las aos filhos, mas não de qualquer maneira, com pressa, correndo para o trabalho ou para a igreja, mas, sim, cuidadosa e sistematicamente: “E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (v. 19). Esse ensino pode e deve ser passado para os filhos diariamente no culto doméstico.


2.   Prioridades na vida familiar    -     O saudoso pastor Paul (David) Yong Cho, da Igreja do Evangelho Pleno, em Seul, na Coreia do Sul, alertou para isso, mostrando a visão equivocada na vida de muitos obreiros (aplicável à vida dos crentes em geral).

domingo, 17 de novembro de 2024

LIÇÃO 08 - A PROMESSA DE PAZ.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 



                    TEXTO ÁUREO

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não v0-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize."(Jo 14.27)


                    VERDADE PRÁTICA 

A Paz do Senhor Jesus traz quietude e calma para a nossa alma, principalmente, nos momentos difíceis da vida.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: NM 6. 24-26; FP 4. 6, 7; 1PE 3. 10, 11



                    INTRODUÇÃO 


Pesquisando a Bíblia, vemos que há, na língua original do Antigo Testamento, a palavra “shalom”, ou no grego do Novo Testamento, a palavra “eirene”, que é a perfeita paz de Deus, que, no dizer do apóstolo Paulo, significa “excede todo o entendimento” (Fp 4.7). De fato, quando temos a “paz de Deus”, que é perfeita, podemos descansar nas suas promessas, mesmo quando as circunstâncias em nossa volta dizem o contrário; a paz de Deus é mais significativa do que a paz no entendimento dos judeus.

Qual é a perfeita paz? A resposta está na Bíblia. Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). Jesus deixou-nos a paz perfeita, cujo significado não se encontra nos dicionários famosos, mas, sim, na linguagem de Deus, escrita na sua Palavra e transmitida pelo Espírito Santo aos homens. É a paz de Deus, que “excede todo o entendimento”, é a paz de Jesus. Alguém pode até não estar em guerra, mas pode estar inquieto e preocupado interiormente, sentindo falta de tranquilidade de espírito. Mas, quando se tem Cristo no coração, tem-se paz perfeita mesmo diante das lutas e aflições. 



                I.   A PAZ NO PLANO DE DEUS

1.   O significado de paz   -   PAZ - DICIONÁRIO STRONG EM PORTUGUÊS

ειρηνη - eirene - Lê-se Írinin
provavelmente do verbo primário eiro (juntar);
1) estado de tranquilidade nacional
1a) ausência da devastação e destruição da guerra
2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)
4) da paz do Messias
4a) o caminho que leva à paz (salvação)
5) do cristianismo, o estado tranquilo de uma alma que tem certeza da sua salvação através de CRISTO, e por esta razão nada temendo de DEUS e contente com porção terrena, de qualquer que seja a classe
6) o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte

 

A paz aqui é espiritual, é um milagre de DEUS em nossa vida, pois só a temos devido ao sacrifício de JESUS por nós. A paz interior é resultado da paz com DEUS que temos a partir do momento que aceitamos a JESUS CRISTO como SALVADOR e SENHOR. O ESPÍRITO SANTO veio morar em nós e trouxe Consigo o fruto do ESPÍRITO, e neste a paz para vivermos em harmonia com DEUS e nossos irmãos e até com nossos inimigos, se for possível.

O mundo pode estar em guerra a nossa volta, mas nós estamos em paz com DEUS e procuramos estar em paz com todos.

 

Ultimamente, temos visto o aumento da chamada Síndrome do Pânico. O crente que vive em paz com DEUS não sentirá tais sintomas.

18 Sintomas da Síndrome do Pânico:

Sensação de perigo iminente

Medo de perder o controle

Medo da morte ou de uma tragédia iminente

Sensação de estar fora da realidade

Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto

Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia

Sudorese

Tremores

Dificuldade para respirar, falta de ar e sufocamento 

Hiperventilação

Calafrios

Ondas de calor

Náusea

Dores abdominais

Dores no peito e desconforto

Dor de cabeça

Tontura

Sensação de estar com a garganta fechando

Tudo isso ocorre com quem não está em paz com DEUS.


2.    A Paz na bênção sacerdotal    -    O capítulo 6 de Números pertence a uma seção do livro onde mostra Deus preparando o povo de Israel para a conquista da Terra Prometida. O Tabernáculo havia sido concluído (Êx 35-40), e agora ocorreria o censo e a organização das tribos, bem como seria dadas as instruções referentes à exigência de santidade, mostrando a importância do próprio Tabernáculo e do sacerdócio para o povo de Israel.

A bênção sacerdotal foi especificada pelo próprio Deus que ordenou que Moisés instruísse Arão e seus filhos sobre o modo correto de como deveriam proceder ao abençoar o povo (Nm 6:22,23).

Alguns estudiosos entendem que talvez a bênção invocada por Simeão sobre José e Maria quando estes foram ao Templo apresentar Jesus, talvez tenha sido a própria bênção sacerdotal (Lc 2:34). Outros, como Lutero, sugerem que existe a possibilidade de Jesus ter utilizado a bênção sacerdotal quando abençoou seus discípulos (cf. Lc 24:50).


A bênção sacerdotal era pronunciada apenas pelo sacerdote. Depois dos sacrifícios da manhã e da tarde, o sacerdote levantada as mãos e abençoava o povo, que respondia a bênção dizendo “Amém”.

A bênção sacerdotal não era apenas um simples desejo ou uma oração que o sacerdote fazia sobre o povo. Na verdade o significado da bênção sacerdotal está relacionado à garantia real da bênção divina, ou seja, os sacerdotes abençoavam o povo no Nome do Senhor.

Esse princípio fica muito claro nas palavras que sucedem imediatamente a bênção sacerdotal: “Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei” (Nm 6:26). Isso significa que quando a bênção sacerdotal era impetrada, o Nome do Deus do concerto estava sendo “colocado” sobre o povo, e obviamente isso era um ato eficaz, que realmente resultava em bênção.

Também é possível dizer que a bênção sacerdotal basicamente transmitia a bênção pactual dos patriarcas sobre o povo. O patriarca Abraão passou a bênção a Isaque, Isaque abençoou Jacó, e Jacó abençoou sua descendência. Assim, os sacerdotes estavam impetrando a bênção pactual de geração em geração.

Para um melhor entendimento da fórmula da bênção sacerdotal, podemos fazer as seguintes considerações:

  • O Senhor de abençoe e te guarde: essa frase faz referência a proteção de Deus e o seu favor sobre seu povo, tanto nos aspectos físicos quanto espirituais da vida. Uma boa definição sobre a expressão “o Senhor te abençoe” pode ser entendida em uma frase de João Calvino, ao dizer que “a bênção de Deus é a bondade de Deus em ação”.
  • O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti: essa frase expressa o modo com que Deus olha favoravelmente para o seu povo, ou seja, o rosto de Deus voltado em direção a alguém significa sua presença no sentido de um relacionamento próximo e intimo. Isso só é possível por sua infinita misericórdia, que por sua graça derrama o perdão.
  • O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz: quando alguém desfruta da bênção, da proteção, da misericórdia e de um relacionamento especial com Deus, o resultado não pode ser outro se não a paz. Essa paz não é apenas a simples percepção humana de paz, como sendo meramente a ausência de problemas e discórdias, mas é um estado sublime de bem-estar que repousa apenas sobre aqueles a quem a bênção de Deus é derramada. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo escreveu em uma de suas cartas que essa paz, a paz de Deus, “excede todo o entendimento” (Fp 4:7). Para melhor entender esse conceito, leia sobre o que significa Shalom na Bíblia.


3.   A Paz do Senhor    -    Paulo diz que o antídoto para a ansiedade sufocante é oração e gratidão. Essa resposta não é natural. Na verdade, vai diretamente contra as tendências de nosso coração pecaminoso. A maioria de nós acha consideravelmente mais fácil recuar para um canto e reclamar, ou ruminar nas circunstâncias que nos preocupam, num esforço de controlá-las, em vez de levar as questões que nos induzem à ansiedade para Deus, em oração. Quão fácil — e quão infrutífero — é escolhermos sentar e ficar preocupados, permitindo que a ansiedade nos paralise, em vez de nos ajoelharmos e clamarmos a ele.

Quando entendermos que Deus está no controle de todas as coisas, levaremos todas as nossas lutas e desafios a ele. A paz que ele provê será uma fortaleza para o nosso coração.

Mesmo que os problemas nos assaltem e os perigos nos amedrontem,

Mesmo que amigos íntimos nos desapontem e todos os inimigos se unam,

Ainda assim, uma coisa nos assegura, qualquer que seja a ocasião,

A promessa nos assegura: “O Senhor proverá”.

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                    II.   A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO

1.  Uma paz enganosa    -    “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos” (Colossenses 3:15).

Esse versículo contém uma ordem incrível: a igreja de Jesus Cristo foi chamada por Deus para permitir que Sua paz governe nossos corações, mentes e corpos! A paz do Senhor deve ser o juiz sobre todas as coisas. E, se existe um tempo que esta ordem precisa soar, esse tempo é hoje, nessa hora de tumulto e confusão!

O Senhor ordenou à igreja primitiva que permitissem que Sua paz governasse suas vidas, pois sabia o que estava por vir e queria prepará-los. Em questão de poucos anos, eles seriam perseguidos e, até mesmo, torturados. Iriam enfrentar a perda de suas casas, o confisco de todos os seus bens e ataques de homens perversos que pensavam fazer um favor a Deus ao matá-los. Deus previu todas essas coisas e estava preparando-os. “Vocês devem estar fundamentados na Minha paz, a fim de passar por todas as mudanças que vêm adiante”.

Uma falsa paz está varrendo muitas igrejas de hoje, uma paz que falhará nos dias que virão. Moisés chamou Israel de “auto-abençoada”, querendo dizer “auto-enganada”. Ele avisou Israel que uma maldição viria sobre os filhos perversos e desobedientes de Deus que andassem em idolatria. Eles maquiariam seus caminhos pecaminosos com um falso senso de paz: “Se alguém, cujo coração se afastou do Senhor para adorar outros deuses, ouvir as palavras deste juramento, invocar uma bênção sobre si mesmo e pensar: ‘Estarei em segurança, muito embora persista em seguir o meu próprio caminho’” (Deuteronômio 29:19).

Moisés está descrevendo o filho de Deus, que decide satisfazer seu desejo pelo mal ao encontrar uma doutrina acolhedora a qual diga que ainda está salvo, seguro, enquanto vive em pecado. Ele diz a si mesmo: “Viverei como eu quero e, ainda assim, não perderei a paz em meu coração”. Falsa paz!


2.    A "paz" das obras da carne    -    O pecado entra em nossas vidas não pela ação demoníaca, mas sim pela tendência pecaminosa de nossa carne, e pela ausência do fruto do Espírito em nós. O inimigo utiliza das obras da carne que praticamos, para obter legalidade em nossas vidas. O pecado é a desobediência à vontade de Deus:

“Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei”. (1 João 3.4 NVI)

Separado de Deus, o homem se encontra morto espiritualmente e incapaz de entender as coisas de Deus (1 Co 2.14-16). Quando aceitamos o sacrifício de Jesus na cruz, o Espírito Santo nos convence do pecado (Jo 16.7-9), colocando em nós o desejo pela santificação. Santificar, significa separar para Deus (Jo 17.17). Minha vida passa a ser de Jesus, e não mais minha (Mt 16.25). Estamos no mundo, mas não pertencemos mais a este mundo (Jo 17.16), o qual está sob o poder do maligno (1 Jo 5.19). A palavra de Deus diz em 1 Tessalonicenses 4.1, que devemos buscar cada vez mais viver de modo a agradar a Deus. Sua vontade é que sejamos santificados, de modo a viver e andar no Espírito, para que seu fruto brote em nós. É pelo Espírito que conseguimos fazer morrer as obras da carne (Rm 8.13). Assim, o fruto do Espírito molda em nós o caráter de Jesus Cristo.

“Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, alma e corpo de vocês seja conservado irrepreensível na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. (1 Tessalonicenses 5.23 NVI)

“Acertar o alvo” significa viver em obediência à vontade de Deus, de acordo com a sua palavra. O primeiro passo para isso é aceitar Jesus Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas. Assim, nos tornamos templo do Espírito Santo, e através de sua ação, passamos a viver mais em concordância com o Espírito do que com a carne.

















3.   Uma falsa paz   -   Um antigo provérbio latino diz: “Si vis pacem, para bellum”. Esse provérbio pode ser traduzido como: “Se queres a paz, prepara-te para a guerra” (geralmente interpretado como querendo dizer paz mediante a força — uma sociedade forte sendo menos apta a ser atacada por inimigos). 24 Essa paz enganosa, no fim dos tempos, levará a humanidade a guerras diversas. Jesus profetizou: “porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores” (Mt 24.5- 8). A paz que o mundo oferece não é verdadeira, porque está escrito na Bíblia que: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1 Jo 5.19). Nessa condição, é impossível o homem desfrutar a verdadeira paz. Vivendo segundo a vontade do Maligno, em meio ao pecado, o que existe é uma falsa paz, uma paz aparente e sem fundamento — daí o porquê de o índice de pessoas com transtornos de ansiedade, com depressão e tentativa de suicídio tem aumentado a níveis preocupantes.

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            III.    A PAZ QUE JESUS PROMETEU

1.   O Príncipe da Paz    -    Imagine o país que você tanto amava agora dividido, destruído, invadido por lideranças corruptas, ameaçado por grandes potências internacionais e, aparentemente, à beira do colapso. Imagine os melhores líderes da nação paralisados por seu mau caráter, indecisão e alianças internacionais imprudentes. As condições políticas e culturais na Jerusalém do século VIII a.C. foram moldadas por essas preocupações sombrias e forneceram o pano de fundo imediato para a profecia de Isaías 9.6-7. O reino do Norte de Israel se voltou contra seu irmão do Sul, Judá, através de uma coalizão imprudente com a Síria e que levaria à destruição dos seus partidos pelas mãos do exército assírio. Judá ficou sozinho e suas perspectivas de sobrevivência diminuíam.

Nessa terrível situação, Isaías profetiza sobre a esperança a respeito de uma criança que nasceria no reino e que traria a restauração para a nação e para o mundo.

A passagem começa assegurando ao povo do Sul que o reino do Norte será incluído na restauração do exílio (9.1). A restauração vindoura incluirá todos os filhos de Israel, até mesmo as tribos do reino rebelde do Norte (ver Ez  37.16–17). Mesmo para o Norte e sua capital, Samaria, a escuridão do exílio um dia terminará e o nascer do sol da restauração e o novo rei aparecerão. O evangelho de Mateus mostra como a restauração do reino vem através do ministério de Jesus Cristo (Mt 4.12–16). Ele é a luz que brilha na escuridão.

Do ponto de vista de Isaías, é importante mencionar que esta restauração vindoura irá reunificar os dois reinos de Israel sob a liderança de um rei da linhagem de Davi (ver 2 Sm 7.14). O nascimento da criança marcará o fim do sofrimento no exílio. A criança em Isaías 9 é o novo rei que inaugurará o período de restauração para o povo de Deus após os longos anos de exílio.


2.    Uma promessa redentora   -    Além da grandiosa promessa da Salvação, Deus fez outras grandes promessas que encontramos na Bíblia, dentre elas a promessa de Cristo de dar-nos a verdadeira paz. Ele disse no seu evangelho: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). “E, falando ele dessas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco” (Lc 24.36). Ninguém no mundo poderia fazer tal promessa. A humanidade, por causa do pecado, não pôde usufruir do ambiente maravilhoso que era reservado para o homem antes da Queda.

No Novo Testamento, temos várias referências que nos mostram que a paz que nos é dada por Cristo é elevada, ampla, profunda e está ao alcance de todos os que nEle creem. 

a) Precisamos viver em paz. “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco” (2 Co 13.11). “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” (Fp 4.9). 

b) Os pacificadores são felizes. Aqueles que promovem a paz são muito felizes. Disse Jesus: “bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9)

 c) A paz de Deus domina nosso coração. “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos” (Cl 3.15). 

d) A paz e a santificação devem andar juntas. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). A paz com todos é pré-requisito para quem quer ser salvo, e a santificação é o requisito fundamental e indispensável para chegarmos aos céus. 


3.    Uma promessa que excede todo o entendimento    -     A paz de Deus, que é a paz de Cristo, não é como a paz do mundo, enganosa, cheia de contradições e insegurança. Ela excede todo o entendimento e compreensão natural. Mas, para ser experimentada, existem condições previstas na Palavra de Deus: Está escrito: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7). Exemplo dessa paz vemos na vida do apóstolo Pedro. Ele estava preso numa cadeia de segurança máxima e entre dois soldados que o vigiavam em todo o tempo. Pedro estava com cadeias nas pernas e nas mãos e dormia profundamente, quando, de repente, foi despertado por um anjo que veio libertá-lo. A Bíblia diz: “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus. E, quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias” (At 12.5-7). Só quem tem a paz de Deus pode relaxar e dormir dessa maneira.




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio, As Promessas de Deus - Elinaldo Renovato, Ed. CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe

Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.

https://voltemosaoevangelho.com/blog/devocionais/antidoto-para-a-ansiedade-filipenses-4-6-7/

https://www.worldchallenge.org/pt/paz-verdadeira-paz-falsa

https://frutodoespiritoestudosbiblicos.wordpress.com/2018/05/28/primeiro-post-do-blog/

https://voltemosaoevangelho.com/blog/2021/09/principe-da-paz/



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sábado, 9 de novembro de 2024

LIÇÃO 07 - A PROMESSA DE UM CORAÇÃO NOVO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II


                        TEXTO ÁUREO 

"E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne." (Ez 36.26)


                    VERDADE PRÁTICA 

O salvo em Cristo Jesus tem um coração novo, voltando para a Palavra de Deus e disposto a fazer a sua vontade.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Romanos 2.25-29; Jeremias 31. 31-34




                        INTRODUÇÃO 

לב leb HEBRAICO
ser interior, mente, vontade, coração, inteligência - parte interior, meio - meio (das coisas) - coração (do homem) - alma, coração (do homem) - mente, conhecimento, razão, reflexão, memória - inclinação, resolução, determinação (da vontade) - consciência - coração (referindo-se ao caráter moral) - como lugar dos desejos - como lugar das emoções e paixões- como lugar da coragem.

καρδια kardia - GREGO
forma prolongada da palavra primária kar (Latim, cor “coração”);  
denota o centro de toda a vida física e espiritual - o vigor e o sentido da vida física -  o centro e lugar da vida espiritual - a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços - do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência - da vontade e caráter - da alma na medida em que é afetada de um modo ruim ou bom, ou da alma como o lugar das sensibilidades, afeições, emoções, desejos, apetites, paixões - do meio ou da parte central ou interna de algo, ainda que seja inanimado.


A Bíblia, a palavra “coração” tem vários sentidos. Geralmente, não se refere ao músculo cardíaco que bombeia o sangue para todo o corpo em média com 70 a 80 batimentos por minuto, dependendo da idade da pessoa. De modo mais evidente, coração, na Bíblia refere-se ao “homem interior”: “Porventura, não conhecerá Deus isso? Pois ele sabe os segredos do coração” (Sl 44.21), ou os segredos da mente humana, na qual ninguém pode penetrar. Salomão escreveu: “Para a altura dos céus, e para a profundeza da terra, e para o coração dos reis, não há investigação alguma” (Pv 25.3). Jesus disse: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt 15.19). Existem dois tipos de coração em pessoas diferentes. O coração do salvo e o do perdido. Nessa conotação, há uma diferença enorme entre o coração de um salvo e o de um perdido sem Deus, sem Jesus. O coração do salvo é o coração “do homem bom”, diferente e oposto ao coração “do homem mau”. “O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45). Quando a pessoa não está salva, é uma “velha criatura”, na condição de “homem natural”, que ainda não passou pelo processo do novo nascimento. A situação do “homem natural” é complicada, na sua percepção das coisas espirituais. Paulo diz: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1 Co 2.14-16). 

No Antigo Testamento, o profeta Ezequiel recebeu uma mensagem de Deus sobre a restauração de Israel depois de terem sofrido a ação destruidora dos seus inimigos, e o Senhor fez-lhe promessas maravilhosas para o seu futuro: “E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. Então, espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ez 36.24-27). 

Com base nesse texto bíblico, podemos dizer que, para receber “um coração novo”, é necessário a purificação espiritual de todas as imundícias, da idolatria e de tudo o que não agrada a Deus, de um coração “de pedra”, endurecido e insensível à voz do Senhor. Quando acontece o novo nascimento, passa-se a ter “um coração de carne”, que simboliza um coração quebrantado e inclinado a adorar e a servir ao Senhor Deus com alegria. Com um novo coração, agora inclinado para Ele, buscamos em todos os momentos da vida amá-lo e servi-lo, além de falar do seu amor para todas as pessoas que estão ao seu alcance. Para ter essa segurança, o salvo precisa buscar a Deus diariamente: “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13). 



                I.   O CORAÇÃO NA PERSPECTIVA BÍBLICA 

1.   O coração na Bíblia   -   O homem interior na tradução da versão KJV em inglês, de ko eso anthropos em Romanos 7.22Efésios 3.162 Coríntios 4.16 (na última referência apenas ko eso aparece, com anthropos devendo, claramente, ser entendido a partir do contexto imediato). É uma expressão paulina que se refere à natureza racional, moral e espiritual do homem, que é a esfera total na qual o ESPÍRITO SANTO efetua a sua obra convincente, renovadora e santificadora. Em resumo, é o sinônimo da alma do homem. Desse modo, não é o “novo homem”, isto é, a nova capacidade de servir a DEUS e à justiça, que DEUS misericordiosamente dá ao pecador na regeneração.

Em 2 Coríntios 4.16, Paulo está simplesmente expressando sua confiança de que, embora seu corpo físico se desgastasse por causa do estresse e do esforço de seu trabalho, seu "homem interior״, isto é, a sua alma e seu espírito seriam renovados diariamente pelo ESPÍRITO SANTO.

Em Efésios 3.16, Paulo orou para que os crentes efésios pudessem experimentar um novo avivamento do ESPÍRITO SANTO no “homem interior”. Aqui ele estava meramente expressando seu desejo e a sua súplica de que eles crescessem espiritualmente. 

 O apóstolo dirigia-se aos crentes em Jesus na famosa cidade de Corinto, numa exortação profunda sobre o seu ministério, centrado em Cristo; sobre a cegueira espiritual das pessoas incrédulas (v. 4); sobre o tesouro das revelações de Deus ante as fragilidades humanas em nosso corpo, que ele chama de “vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (v. 7). Ele conclui que, ainda que “o homem exterior’, ou seja, o corpo mortal venha passar pelo processo de envelhecimento, até à corrupção (decomposição) na morte física, o “homem interior” (espírito-alma), ou o coração, “se renova de dia em dia” (v. 16).


2.   A circuncisão do coração   -    A circuncisão ganhou importância durante o Exílio, como um sinal que distinguia os judeus do povo da Babilônia, mas o seu principal significado é ressaltado na repetida zombaria dirigida aos filisteus, como “incircuncisos” (Jz 14.3; 15.18; 1 Sm 14.6; 17.26,36; 18.25; 31,4; 2 Sm 1.20; 3.14 etc.), O Antigo Testamento também usa a palavra em um sentido aplicado ou simbólico. Em Deuteronômio 30,6, o Senhor promete que “circuncidará o... coração” (cf. também Dt 10,16; Lv 26,41; Jr 4.4; 6.10; Ez 44.7,9). A circuncisão do coração ou dos ouvidos deveria ser evidentemente entendida com o significado de vencer os obstáculos para a obediência. (Cf. referência a Moisés como sendo “incircunciso de lábios”, Êx 6.30).

 A circuncisão era uma parte do mandamento de DEUS que continha a promessa do Messias. A verdadeira circuncisão era um selo de fé (Rm 4.9-11). A fé era essencial. A verdadeira circuncisão “não feita por mão [humana]” consiste em deixar de lado o "corpo da carne” pela circuncisão em CRISTO, isto é, ser sepultado com Ele no batismo e ressuscitar com Ele (Cl 2.11,12). Quem quer que sirva a DEUS em espírito e glorifique somente a CRISTO estará verdadeiramente circuncidado (Rm 2.28,29; Fp 3.3). O Antigo Testamento enfatiza a circuncisão tanto no sentido espiritual quanto no sentido carnal. O Novo Testamento valoriza somente o sentido espiritual ao atribuir-lhe um significado mais profundo, relacionando־a com a crucificação e a ressurreição de CRISTO.


3.   Um coração novo   -   Jeremias 31:32 O antigo concerto exigia o cumprimento de suas diretrizes (Êx 19.123.33) que o povo era incapaz de realizar. Acima de todos os outros mandamentos, o povo foi instruído a amar e servir a Deus e abandonar todas as outras divindades (Ex 23.33; Dt 6.4, 5). E isso eles não cumpriram. Pais: a partir do período de peregrinação no deserto (Ex 32.1-10; Nm 25.1-9) até os dias de Manassés a história de Israel foi repleta de atividades idólatras, apenas ocasionalmente intercalada com períodos de fidelidade a Deus. O povo parecia incapaz de obedecer à aliança. Haver desposado. Como Oseias foi para Gômer, o Senhor havia sido um marido fiel e dedicado para Israel.

Jeremias 31:33 Farei. O novo concerto seria iniciado pelo próprio Deus, garantindo assim sua eficiência. Depois daqueles dias. Essa locução refere-se ao período do cumprimento da nova aliança, ou concerto, que encontrou plenitude na vida, na morte e na ressurreição de Jesus Cristo. Na mente, lhes imprimirei as minhas leis [...] no coração lhas inscreverei (ARA). Juntos, mente e coração representam a motivação completa das ideias, da vontade, das emoções e do espírito humano.

Jeremias 31:34 Não ensinará alguém mais. Nunca mais sacerdotes ou profetas teriam de mostrar ao povo como conhecer o Senhor. Desde o mais jovem até o mais velho, dos camponeses aos reis e príncipes, todos conheceriam o Senhor. O conhecimento de Deus é um tema fundamental em Jeremias (Jr 2.8; 4-22; 5.4; 8.7), bem como nos outros profetas (Os 5.4). Esse conhecimento é um relacionamento íntimo com Deus evidenciado pela fé, obediência e devoção. Deus irá perdoar e não mais se lembrar dos pecados e da maldade do povo que o busca em arrependimento e fé. Jesus, o Messias, cumpriu a promessa da nova aliança por meio de sua obra na cruz (Mt 26.26-28; Mc 14.22-24; 1 Co 11.25).

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                    II.    O CORAÇÃO DE QUEM ESTÁ EM DEUS 

1.   Um coração inclinado a Deus   -   Jo 3.3: “JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.”

Em 3.1-8, JESUS trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o reino de DEUS, i.e., receber a vida eterna e a salvação mediante JESUS CRISTO. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.

A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2Ef 4.23,24), efetuadas por DEUS e o ESPÍRITO SANTO (3.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio DEUS é outorgada ao crente (3.16; 2Pe 1.41Jo 5.11), e este se torna um filho de DEUS (1.12; Rm 8.16,17Gl 3.26) e uma nova criatura (2Co 5.17Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo DEUS “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).

A regeneração é necessária porque, à parte de CRISTO, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a DEUS e de agradar-lhe (Sl 51.558.3Rm 8.7,85.121Co 2.14).

A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para DEUS (Mt) e coloca a sua fé pessoal em JESUS CRISTO como seu Senhor e Salvador (ver 1.12).

A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a JESUS CRISTO (2Co 5.17Ef 4.23,24Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver 8.36; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a DEUS e de seguir a direção do ESPÍRITO (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1Jo

, ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1Jo 3.95.18) e não ama o mundo ( 1Jo 2.15,16).

Quem é nascido de DEUS não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (ver 1Jo 3.9). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a DEUS e de evitar o mal (1Jo 2.3-1115-1724-293.6-244.7,8205.1), mediante uma comunhão profunda com CRISTO (ver 15.4) e a dependência do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2-14).

Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7).

Assim como uma pessoa nasce do ESPÍRITO ao receber a vida de DEUS, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniquidade. As Escrituras afirmam: “se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão “como já antes vos disse” (v. 21).

O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre DEUS e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que DEUS quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13). Nosso relacionamento com DEUS é condicionado pela nossa fé em CRISTO durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.92Tm 2.12).


2.   Um coração consciente   -   O interior do homem tem capacidade de guardar os pensamentos, os sentimentos e o que se passa ao seu redor ou, então, desconsiderar o que Deus exige. O Senhor repreendeu Israel por não ter atentado para o juízo sobre a sua desobediência; por isso, Israel foi duramente castigado. Diz a Bíblia: “Pelo que derramou sobre eles a indignação da sua ira e a força da guerra e lhes pôs labaredas em redor, mas nisso não atentaram; e os queimou, mas não puseram nisso o coração” (Is 42.25). Quando Deus chamou Moisés para fazer com o povo de Israel um novo concerto, Ele relembrou tudo o que fizera, tirando aquele povo da escravidão do Egito, e, durante quarenta anos, fez Israel caminhar no deserto, e nada lhes faltou. O Senhor, no entanto, reclamou da falta de entendimento para com todas as maravilhas que Ele operara no meio deles. E disse a Moisés: “[...] porém não vos tem dado o Senhor um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje” (Dt 29.4).


3.   Deus vê o coração   -   Deus vê o coração. O coração nas Escrituras é a vida moral e espiritual no interior de uma pessoa. Provérbios 4:23 explica que tudo o que fazemos flui de nossos corações. O coração é o núcleo, a essência interior de quem somos: "A pessoa boa tira o bem do bom tesouro do coração, e a pessoa má tira o mal do mau tesouro; porque a boca fala do que está cheio o coração" (Lucas 6:45).


Para todos que o viram, Judas Iscariotes parecia um discípulo fiel, mas a sua aparência era enganadora. Os outros discípulos não tinham a menor ideia do que estava acontecendo dentro de Judas. Jesus era o único que conhecia o coração de Judas: "Não é fato que eu escolhi vocês, os doze? Mas um de vocês é um diabo" (João 6:70). A perspectiva de Deus é mais alta, mais profunda e mais sábia que a nossa (Isaías 55:8–9).

Segunda Crônicas 16:9 diz que os olhos de Deus estão continuamente passando por toda a terra para dar força àqueles cujo coração é totalmente dele. Deus pode examinar os nossos corações, examinar as nossas motivações e saber tudo o que há para saber sobre nós (Salmo 139:1). Deus sabe se uma pessoa será fiel. Deus vê o que as pessoas não podem ver.

O Rei Davi estava longe de ser perfeito. Ele cometeu adultério e assassinato (2 Samuel 11). Mesmo assim, Deus viu em Davi um homem de profunda e permanente fé, totalmente comprometido com o Senhor. Deus viu um homem que dependeria do Senhor para obter força e orientação (1 Samuel 17:454723:2). Deus viu um homem que reconheceria o seu pecado e fracasso e que se arrependeria e pediria perdão ao Senhor (2 Samuel 12Salmo 51). Deus viu em Davi um homem que amava o seu Senhor; um homem que adorava o seu Senhor com todo o seu ser (2 Samuel 6:14); um homem que havia experimentado a limpeza e o perdão de Deus (Salmo 51) e passou a entender as profundezas do amor de Deus por ele (Salmo 13:5–6). Deus viu um homem com um relacionamento sincero e pessoal com o seu Criador. Quando Deus olhou para o coração de Davi, Ele viu um homem segundo o Seu próprio coração (Atos 13:22).

Como Samuel, não podemos ver o que o Senhor vê, e devemos confiar nEle para obter sabedoria. E podemos confiar que, quando Deus olha para os nossos corações, Ele vê a nossa fidelidade, o nosso verdadeiro caráter e o nosso valor como indivíduos.

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                III.    PROMESSAS PARA O CORAÇÃO  

1.   Um coração feliz   -  O coração alegre, ou seja, a alegria interior, produz reações químicas na mente e no corpo que contribuem para a saúde humana. É considerado um “bom remédio” para quem tem a felicidade de ter um coração assim. No mundo, o gasto com medicamentos para a mente e para o corpo alcança bilhões de dólares. A indústria farmacêutica lucra muito com a venda de milhares de medicamentos para doenças orgânicas ou emocionais. E, na maioria dos casos, tais medicamentos não resolvem a causa das enfermidades. Se, no entanto, a pessoa tem Deus na sua vida, procurando ter a presença dEle no seu dia a dia, tem a presença e a alegria do Espírito Santo, que produz alegria indizível: “Disse-lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10). O coração feliz tem a alegria do Senhor, que dá força à alma e produz saúde ao corpo. O salmista sentia-se tão feliz na presença de Deus que exclamou: “O meu coração ferve com palavras boas; falo do que tenho feito no tocante ao rei; A minha língua é a pena de um destro escritor” (Sl 45.1). Ele quis dizer que o seu coração estava cheio de palavras boas, ou seja, palavras de ânimo, de alegria, palavras que dão satisfação ao seu possuidor e a quem ouve as suas palavras. Repreendendo os fariseus, Jesus disse: “Raça de víboras, como podeis vós dizer, boas coisas, sendo maus? Pois a boca fala do que está cheio o coração” (Mt 12.34, NVI). Quem tem um bom coração, na comunhão com Deus, só diz palavras boas, das quais o seu coração está cheio.


2.   Um coração cheio de amor   -    Uma vez, um doutor da Lei perguntou a Jesus qual era o maior mandamento: