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sábado, 29 de junho de 2024

LIÇÃO 01 - DUAS IMPORTANTES MULHERES NA HISTÓRIA DE UM POVO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 



                TEXTO ÁUREO

"Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel." (Rt 4.4)


                VERDADE PRÁTICA

Conhecidas ou anônimas, muitas mulheres foram fundamentais no plano divino de redenção da humanidade.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Rt 4.13-22; Et 7. 1-7



                         INTRODUÇÃO


   Nesse espectro da história feminina na Bíblia, o livro de Rute brinda-nos com o exemplo de Noemi e da moça moabita que dá nome ao livro. Como as mulheres sábias de nossos dias e de todos os tempos, essas personagens tiveram a graça de viver livres dos traumas que os conflitos mentais, verbais e físicos produzem na nefasta arena da “guerra dos sexos”. Noemi e Rute inspiram as mulheres que não dão palco para a luta inglória do feminismo, que impõe comportamentos que só servem para desgastar e deformar a figura da mulher, roubando dela a verdadeira beleza (moral e física), as ternas e duradouras alegrias da vida — como o casamento e a maternidade — e o prazer de servir a Deus, produzindo, como consequência da sua rebeldia, incalculáveis prejuízos para as estruturas sociais como um todo, incluindo as comunidades cristãs, que são as igrejas locais de todos os continentes.

 Esse tom inspirativo está presente também no livro de Ester, que nos reserva um drama empolgante. Nele, vemos, pela fé, a mão do Deus Todo-poderoso agindo na História de maneira absolutamente precisa, usando principalmente uma mulher. A vida de Ester, uma moça judia nascida na Babilônia no tempo do cativeiro, órfã de pai e mãe, inspira-nos a todos — especialmente as mulheres —, com o seu exemplo de obediência, superação, pureza e coragem. O Senhor continua à procura de homens e mulheres que possa usar para cumprir os seus extraordinários e eternos propósitos.

Cronologicamente, a história de Rute está inserida na grande narrativa do livro de Juízes. A história encaixa-se entre alguns dos seus capítulos. Já o texto de Ester trata de fatos ocorridos entre os capítulos 6 e 7 do livro de Esdras, compondo a literatura pós-exílica. Apesar dessa conexão cronológica, Rute e Ester são livros específicos e autônomos que, todavia, precisam ser estudados levando-se em conta o contexto da história sagrada em que estão inseridos. 

O Período dos Juízes 

Já no primeiro versículo de Rute, o leitor é situado com o tempo e o lugar dos fatos. A narrativa é linear e passa-se em Belém, na Judeia (atual Cisjordânia), e em Moabe (atual Jordânia) nos dias dos juízes (cf. Rt 1.1). Cronologicamente, o período dos juízes vai de aproximadamente 1375 a 1050 a.C., situando-se entre a morte de Josué e a coroação do rei Saul

Ester e o Pós-Cativeiro Babilônico

Era por volta do ano 483 a.C. O cativeiro babilônico, profetizado por Jeremias para durar setenta anos (Jr 25.11), havia terminado em 539 a.C., quando Ciro, o persa, derrotou o Império Babilônico e permitiu o retorno dos judeus exilados (cf. Ed 1.1-3). Donald Stamps (2009, p. 709) também nos dá uma surpreendente informação quanto à disparidade entre o número de judeus exilados que viviam na Babilônia e o grupo que atendeu à convocação para reconstruir Jerusalém.4 Segundo esse reconhecido comentarista pentecostal, os exilados judeus eram “um milhão ou mais”, o que faz concluir que apenas 5% aceitou o grande desafio de deixar o conforto da vida nas grandes cidades babilônicas, agora sob domínio persa, e enfrentar a longa e penosa viagem de volta (cerca de 1.500 km) até à capital de Judá, com o grande desafio de reconstruir uma cidade destruída e totalmente desolada.5 É essa geração conformista que enfrentará mais de perto o terrível drama da ameaça de extermínio narrado no livro de Ester. Os persas eram conhecidos por assegurarem a liberdade religiosa e até incentivarem a prática dos diversos cultos dos povos dominados.  

Rute e Ester: Uma Síntese Biográfica 

Como já observado, os contextos geográficos e históricos da vida de Rute e Ester são muito diferentes, assim como as circunstâncias que ambas enfrentaram. De um lado, temos uma moabita que decidiu viver como camponesa em Belém; de outro, uma órfã judia que se tornou rainha. O que há de comum entre Rute e Ester são as suas virtudes espirituais e morais. Ambas expressam fé, convicção, humildade, coragem, obediência, simplicidade, pureza, abnegação, temor a Deus e disposição de servir. Por isso, foram fundamentais para a preservação do povo judeu, a descendência piedosa de Abraão. As duas continuam sendo exemplos de profunda inspiração para todos que desejam agradar ao Senhor e viver para a sua glória (Sl 147.11; 1 Co 10.31; Hb 11.6). 


                I.  RUTE: UMA MULHER IMPORTANTE PARA A LINHAGEM DE DAVI

1.  Uma moabita   -   Os moabitas foram hostis a Israel desde os dias de Balaque, o rei que contratou Balaão, o sacerdote-adivinho, no afã de que amaldiçoasse a nação hebreia (Nm 22.1-6). Mais tarde, as filhas dos moabitas foram instrumento de sedução para levar os homens de Israel ao pecado sexual e à idolatria, o que resultou na morte de 24 mil israelitas (Nm 25.1-9). No entanto, vemos a grande imagem da misericórdia e da graça através do caráter de Rute. Vemos uma mulher que se afastou da cultura em que cresceu para seguir o único Deus verdadeiro. Ela foi abundantemente abençoada por sua fidelidade em seguir o Senhor. Ela estava entre aqueles da linhagem familiar de Jesus listados em Mateus 1. Podemos aprender com Moabe que ninguém está preso em seu pecado. Mesmo que vivamos em uma cultura idólatra e contrária a Deus, como Rute, podemos dar um passo à frente e confiar em Jesus. Nós como os moabitas também somos pecadores merecedores de castigo, porém, por meio de Jesus, temos a esperança da redenção.


2.  A família belemita   -   Sob a ótica divina, contudo, era o desenvolvimento de mais uma importantíssima fase do plano eterno de redenção da humanidade. Prometido ainda no Éden (Gn 3.15), esse plano importava na preservação de uma geração piedosa, iniciada em Abraão (Gn 12.1-3) e que prosseguia através da tribo de Judá, de onde viria o Messias, o Salvador (Mq 5.2; Ap 5.5).  A narrativa contida em Rute 1 parece indicar apenas a introdução de mais uma história familiar comum. Mesmo habitando em Belém, a “casa do pão”, a fome que assolava a terra fez Elimeleque decidir peregrinar nos campos de Moabe, o que expõe, em princípio, um inexplicável contraste. O povo que recebera as promessas de todas as bênçãos divinas (Dt 28.1-14) agora precisava buscar refúgio nas terras de um povo idólatra e impuro, que sequer seria admitido na congregação de Israel (Dt 23.3). Essa intrigante decisão, contudo, preparou o cenário para a mudança da história de vida de uma despretensiosa moça moabita, Rute.


3.   Matrimônio e maternidade   -  Em Moabe, morre Elimeleque, ficando a viúva Noemi e os seus filhos Malom e Quiliom (1.2). Algum tempo depois, Malom, o primogênito, casa-se com Rute (1.4; 4.10), e o mais novo, Quiliom, casa-se com Orfa. Ao fim de quase dez anos, também morreram Malom e Quiliom (1.4,5). Viúva e sem filhos, Noemi decide voltar a Belém, motivada pela notícia de que a fome havia acabado na sua terra (1.6). Embora pudesse permanecer em Moabe — como decidiu Orfa, viúva de Quiliom —, Rute escolhe vir com a sua sogra, declarando a sua fé no Deus de Israel (1.16). A história de Rute em Belém será desenvolvida ao longo dos capítulos e versículos do livro, como veremos nesta obra. Nesta síntese biográfica, convém apenas dizer que o ápice da história acontecerá com dois eventos que foram fundamentais para que o propósito de Deus fosse consumado na vida dessa moabita.

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                    II.  ESTER: A MULHER QUE AGIU PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS JUDEUS

1.  De Belém para Susã   -   De Belém, na Judeia, as Escrituras transportam-nos para Susã, na Pérsia (atual Irã), para conhecermos a história de outra destemida jovem mulher, Ester, que também foi usada providencialmente por Deus para a preservação de Israel. Orfã de pai e mãe, ela poderia entregar-se à angústia e enveredar por caminhos de rebeldia. Contudo, o que temos é um extraordinário exemplo de obediência, serenidade, sabedoria, pureza e coragem. Ester foi criada pelo primo, Mardoqueu (Et 2.5-7,15), e tornou-se rainha num ato de providência divina. No palácio, aceitou o desafio de ser um instrumento divino para salvar o seu povo, os judeus, da grande matança decretada pelo rei Assuero. 


2.   De órfã a rainha   -   Com a tomada de Babilônia, os persas adotaram a cidade de Susã, no antigo Elão, como uma das capitais do novo império (Et 1.1,2). Outras cidades importantes existiam na época, destacando-se Ecbatana (na Média), Pasárgada e Persépolis (na Pérsia) — todas, agora, com palácios reais persas, além da própria Babilônia. Tais cidades eram, provavelmente, consideradas capitais. Susã era a capital de inverno, embora tanto no livro Neemias (Ne 1.1,2) quanto em Ester, observa-se, aparentemente, a permanência do imperador por anos seguidos habitando no mesmo palácio, excetuando os tempos de guerra, como a campanha de Assuero contra a Grécia, que durou cerca de quatro anos, terminando no ano 480 a.C., com a destruição quase total das forças navais persas na Batalha de Salamina, conforme narra Heródoto (485–425 a.C.) no seu livro História.   


3.   No campo ou no palácio   -   As lições espirituais que podemos extrair dos livros de Rute e de Ester apontam para o valor da confiança no cuidado e na precisa providência de Deus em favor dos que nEle confiam e esperam (Is 64.4). 

Ester deu outro exemplo importante de contrição, como intercessora pelo povo judeu perante o rei Assuero. Mas antes disso, ela buscou e humilhou-se com jejum diante de Deus, o Rei dos reis, a fim de abençoá-la na sua causa (Ester 4:16).   Lição: Ester mostrou que vale a pena pagar o preço pela vida, salvação e livramento do nosso povo. Ore jejue e interceda pela sua família, amigos, vizinhos, etc. Busque a Deus pela transformação da sociedade e para salvação de todos que estão à sua volta.

Principais características de Rute

  • Temente a Deus – seu amor a Deus se refletiu numa vida de amor a dedicação a Noemi e sua nova família
  • Corajosa – Rute deixou sua família e tudo que conhecia para fazer o que era certo
  • Leal – Rute nunca abandonou Noemi, mesmo quando não tinha obrigação de ficar com ela
  • Trabalhadora – seu trabalho árduo e honesto ganhou o respeito de todos que a conheciam
  • Respeitadora – Rute ouvia e seguia os conselhos de Noemi e Boaz, que eram mais velhos e mais experientes
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                    III.  MULHERES DE DEUS COMO PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA

1.  O protagonismo feminino   -   Rute e Ester agiram como mulheres de Deus e foram protagonistas da história sem alterarem em nada os seus papéis. Ao longo das suas histórias, veremos o quanto elas souberam compreender o padrão de comportamento que lhes era adequado. Assim como elas, inúmeras outras mulheres têm sido poderosamente usadas por Deus para fins extraordinários em todos os tempos.  O que não se vê em qualquer dos exemplos da Bíblia é a inversão dos papéis, como as ideologias progressistas pretendem impor atualmente.


2.   Cumprindo os papéis   -   As mulheres que agradam a Deus são as que sabem cumprir o seu papel de forma prática, não se enveredando pelo ativismo, sonhos de empoderamento ou falsas facilidades de realização pessoal. Elas sabem ser mulheres da vida real, como Rute e Ester. Não foi o acaso que fez com que Rute alcançasse o favor divino, tornando-se integrante da linhagem de Davi. 

Rute surpreende-nos pela sua escolha deliberada e desinteressada de acompanhar Noemi em seu regresso a Israel. Ela não ganharia nada com isso, pelo contrário, iria ser estrangeira numa terra desconhecida, e ter no seu encargo a responsabilidade de uma mulher idosa. Mas Rute não pensou nisto. Ela, com amizade e altruísmo, prontamente cuidou de Noemi como se fosse sua própria mãe, mostrando bondade e amor genuíno por sua sogra.   Rute e sua sogra Noemi são exemplos de mulheres que superaram a dor da perda e, por fim, voltaram a sentir alegria de viver. Depois de todo sofrimento pelo qual passaram, a fidelidade e afeição dessas mulheres nos encorajam a ter uma vida altruísta, pautada no amor e na amizade verdadeira.


3.   Educação familiar    -   Ester é um grande exemplo disso, pois Deus a colocou na posição de rainha com um propósito que inicialmente ela mesma desconhecia, mas seguiu obediente sem questionar a vontade de Deus, nem as circunstâncias que lhe foram aparecendo em seu caminho, assim ela foi uma importante intercessora para salvar seu povo.

Então confie nos planos que Deus tem reservado para você, não duvide ou questione, mas acredite acima de tudo. E que a sua vida possa também ser usada para abençoar outras pessoas e que as obras dEle possam ser realizadas através de você!

 TENHA SABEDORIA E BUSQUE AO SENHOR

Uma das virtudes mais admiráveis de Ester é a sua sabedoria diante das situações mais difíceis de sua vida. Ela nos ensina a não entrar em desespero por conta das adversidades e problemas, como também nos mostra que não devemos agir por impulso ou sem pensar nas consequências. Assim como Ester, tenha sabedoria e calma na hora de pensar, falar e tomar atitudes, busque ao Senhor e sua resposta divina antes de tomar decisões. Saiba que sempre poderá encontrar a Deus através da Palavra, como também em orações e jejuns.

 Noemi e Rute, contudo, revelaram-se como mulheres sábias, que conheciam bem a distinção dos seus papéis na família: mãe é mãe, e esposa é esposa (Rt 1.11-13). Não confundir as estações e não invadir espaços alheios é fundamental para a boa convivência entre nora e sogra. O mesmo exemplo de vida prática é visto em Ester. Apesar de órfã, teve uma boa criação com Mardoqueu, a quem devotava obediência e profundo respeito (Et 2.10,2-23; 4.1-4).  






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de Apoio, O Deus que governa o mundo e cuida da família - Pr. Silas Queiroz, Editora CPAD.

https://www.esterbeauty.com.br/as-licoes-valiosas-do-livro-de-ester-para-a-vida#:~:text=Ela%20nos%20ensina%20a%20n%C3%A3o,divina%20antes%20de%20tomar%20decis%C3%B5es.


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sábado, 22 de junho de 2024

LIÇÃO 13 - A CIDADE CELESTIAL.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II




                TEXTO ÁUREO

"Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos, o Salvador, o Senhor Jesus Cristo." (Fp 3.20)


                VERDADE PRÁTICA

A cidade celestial é o alvo de toda a nossa jornada que iniciou com o Novo Nascimento e se consumará com a entrada pelos portões celestiais.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ap 21.9-14; 22.1-5



                INTRODUÇÃO

O destino final da jornada do peregrino que vive neste mundo é o Céu de glória. Paulo esclarece que o nosso alvo é a Cidade Celestial, por isso disse: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20, ARA). Ao falarmos sobre a Cidade Celestial, abordamos um tema que se firma por meio da revelação de Apocalipse 21, no qual se trata da Nova Jerusalém, que é descrita como a cidade do destino e morada de todos os crentes que viveram neste mundo com os olhos firmados em Cristo e suas promessas, como Ele mesmo falou: “[...] vou preparar-vos lugar” (Jo 14.1,2). Quando Jesus voltar, nessa sua Segunda Vinda, Ele nos levará para a nossa Cidade Celestial e ali estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17).  Essa Cidade Celestial é descrita por João com uma beleza sem igual. Nela, Jesus será a grande luz, de modo que não precisará nem do Sol e nem da Lua, pois para sempre Deus estará nela e conosco. Lá, a cura do corpo e da alma será completa, razão por que se fala da árvore da vida. Na Cidade Celestial, viveremos para sempre sem qualquer pecado, pois nela não entrará coisa imunda (Ap 21.15); ela é santa e dos santos. Portanto, são todas essas grandiosas bênçãos que os salvos em Cristo desfrutarão quando chegarem à Cidade Celestial. Desde agora podemos antever tudo isso pelos olhos da fé e ver o quanto será maravilhoso quando atravessarmos o Jordão e entrarmos no Céu, grande gozo sentirão os redimidos. Na verdade, podemos asseverar que, ao lermos o Livro do Apocalipse, ainda que tenha seus aspectos simbólicos e poéticos, o que gera diversas interpretações hermenêuticas, somos conscientes de que tudo se tornará realidade, pois foi o que Cristo nos prometeu (Mt 8.11). 


                I.   O PARAÍSO ETERNO

1.  O que é o Paraíso?    -    A palavra paraíso no Antigo Testamento vem do hebraico pardes. Dependendo da tradução bíblica, essa palavra foi traduzida como “bosque”, “jardim”, “mata” ou “pomar”. Essa palavra é derivada de uma antiga palavra persa para “jardim cercado”.     Essa palavra hebraica para paraíso aparece originalmente no Antigo Testamento apenas em três ocasiões (Neemias 2:8; Eclesiastes 2:5; Cantares 4:13). Mas em todas elas seu significado indica literalmente um jardim ou pomar.    O Jardim do Éden sempre foi considerado como o primeiro paraíso. Por esse motivo a Septuaginta traduz sua designação hebraica com a palavra grega paradeisos, que literalmente significa “paraíso”. Mas curiosamente a palavra paraíso jamais é aplica no Antigo Testamento no sentido escatológico, isto é, como designação da morada do povo de Deus após a morte (estado intermediário) ou após a ressurreição (estado eterno).

                      

No Novo Testamento a palavra paraíso traduz o grego paradeisos. Assim como no Antigo Testamento, essa palavra também ocorre somente três vezes (Lucas 23:43; 2 Coríntios 12:4; Apocalipse 2:7). Mas em todas essas ocorrências a palavra paraíso é usada no sentido escatológico, seja em seu estado intermediário, seja em seu estado final.

Senhor Jesus Cristo usou essa palavra enquanto estava crucificado (Lucas 23:43). Ele disse ao ladrão que naquele mesmo dia eles estariam juntos no paraíso. Obviamente então o significado de paraíso nesse contexto implica no lugar de bem-aventurança para onde vão as almas dos redimidos imediatamente após a morte.  A segunda aplicação da palavra paraíso no Novo Testamento foi feita pelo apóstolo Paulo. Falando na terceira pessoa, ele diz ter tido uma experiência de ser arrebatado até o paraíso. Lá ele ouviu palavras inefáveis que não lhe foi permitido repetir (2 Coríntios 12:2-4). Nesse caso novamente a palavra paraíso significa o céu com sua glória. Esse é o local da morada de Deus juntamente com seus anjos e com os santos que já morreram. Na mesma passagem o apóstolo usa a expressão “terceiro céu” como sinônimo de paraíso.

No livro do Apocalipse está a única passagem bíblica em que a palavra paraíso é aplicada como referência principal ao lugar preparado por Deus para o seu povo após a consumação dos séculos (Apocalipse 2:7). Essa passagem traz a maravilhosa promessa de que Cristo dará de comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus ao que vencer. Esse texto fala das bênçãos da salvação em toda sua plenitude, quando Deus habitará com seu povo por toda eternidade.


2.   O que é a Cidade Eterna?    -   Ela é a Nova Jerusalém mencionada por João em Apocalipse. É nessa cidade eterna que todos os salvos redimidos irão morar quando Jesus vier buscar o seu povo. Essa cidade, à luz de Apocalipse 21, será glorificada, por isso se diz que descerá do Céu. Ela é descrita como maravilhosa e bela, isto é, cheia de glória. Ao fazer menção sobre sua beleza, o autor faz uso de palavras buscando exprimir sua realidade aos mortais, razão pela qual menciona ruas de ouro puro, muralhas de jaspe, adornada de pedras preciosas e de muitas pérolas. Já mencionamos que nessa cidade não haverá necessidade de luz do Sol ou da Lua, pois o Cordeiro será a sua lâmpada e a glória de Deus iluminará. Tais expressões são usadas para deixar claro que nessa cidade não haverá qualquer resquício de escuridão espiritual, pois a luz divina é maior, Jesus Cristo iluminará eternamente.  Ao fazer menção aos doze portões da Cidade Eterna, cada um deles nomeando as doze tribos de Israel, João expressa, em seu aspecto simbólico, que por causa do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, os santos terão acesso a ela (Ap 22.14). Devemos sempre procurar ler e meditar no livro do Apocalipse, pois, ainda que seja um livro poético e simbólico, cremos que seu cumprimento será totalmente literal. Ele nos mostra que a realidade espiritual que há de ser revelada transcende a tudo que possamos imaginar, o que o mortal sem a mente de Cristo jamais compreenderá (2 Co 12.3). Isso está presente nesse último livro para nos inspirar e encorajar a seguir nossa jornada sem temer, pois grandes coisas maravilhosas nos aguardam no futuro. Era a esperança nessa cidade espiritual que estimulava os crentes da Antiga Aliança (Hb 11.14,16), como também os santos da Nova Aliança (Fp 3.20).


3.    Quando a eternidade começará?    -   Deus não tem começo e nem fim; Ele está além do tempo. Por isso é descrito como Alfa e Ômega (Ap 1.8), de modo que jamais um simples ser mortal poderá com seu finito raciocínio falar sobre o começo de Deus, pois sua eternidade está fora de análise no aspecto temporal. Quando nos voltamos para a questão do começo da eternidade, estamos falando sobre isso em relação aos salvos em Cristo e às promessas que Deus tem para eles em relação à sua eternidade, o que envolve a escatologia cristã, tratando do assunto pertinente às últimas coisas. Nós que somos mortais recebemos a imortalidade e uma vida eterna por causa da vida que vivemos em Cristo Jesus, quando a mortalidade não terá mais poder sobre a imortalidade. A nossa imortalidade começou no momento que passamos a estar em Cristo Jesus, recebendo a vida eterna (Jo 5.24), porém, sua concretização se dará no futuro, quando Cristo se manifestar (1 Co 15.53,54). Paulo esclarece isso muito bem em 2 Timóteo 1.10: “[...] e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (ARA).

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                II.   O ETERNO E PERFEITO ESTADO

1.  O estado perfeito à luz da doutrina bíblica   -   Isso se dará após a vinda do Senhor Jesus. Veja o que João escreve em Apocalipse 20.6:

“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos”.

Essa dispensação é conhecida como “milênio” ou a “era do reino”. Nesse tempo, os santos em Cristo receberão a autoridade sobre as nações conforme lemos em Apocalipse 2.26,27:

“Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá…”.

Nestes textos podemos contemplar aquele tempo, em que iremos reinar com nosso Senhor Jesus, quando Ele vier e estabelecer Seu reino aqui nessa terra por um período de mil anos. Ele será o Rei dos reis, porque nós, seremos seus reis sobre os reinos desse mundo. Por isso, o Senhor nos fala de maneira tão clara em Lucas 19, sobre a Parábola das Dez Minas – versículos 11 a 27. Aquele que for fiel no pouco, ainda, mesmo assim, receberá autoridade sobre “dez cidades” – (v.17). Toda ideia de governo que existe nesse mundo, é uma perspectiva de algo mais elevado que existe na mente de Deus. Toda forma de governo que existe, tem sua projeção a partir da mente de Deus. Quando olhamos para o universo, vemos que existe uma forma de governo e de harmonia que sustenta todas as coisas em seus devidos lugares. O universo obedece a uma ordem divina para se manter em seu perfeito estado de funcionalidade indescritível. Esta ilustração do governo de Deus no universo ilustra como no tempo do milênio, Deus trará Seu reino por meio de Cristo, e Ele nos confiará esse reino por um determinado tempo. 


 2.   O estado perfeito à luz de Apocalipse 22.1-5   -    (Apocalipse 22:1) As palavras “então ele me mostrou” introduzem uma nova seção. Ainda assim esta seção forma um todo com a anterior, pois ainda trata da cidade. João consegue ver “um rio de água da vida”. Este rio é uma imagem do Senhor Jesus (cf. Ap 21,6). O rio também fala da vida eterna que os filhos de Deus agora já podem desfrutar (João 7:38).


A água é “clara como cristal”. Não há poluição alguma; a água é totalmente pura, sem nenhuma mistura com outra coisa. Isso também não é possível, pois a origem dessa água é “o trono de Deus e do Cordeiro”. O trono fala de um reino, de autoridade. Onde quer que Deus e o Cordeiro tenham autoridade, há lugar para a vida em maravilhosos riachos refrescantes. A morte e a maldição não têm chance de perturbar o prazer da vida. A vida pode ser aproveitada ao máximo.

O que João vê nos faz pensar na cena de Ezequiel 47:1-12. Mas ainda há uma grande diferença. Ali se trata de um rio literal na Jerusalém terrestre, ao passo que aqui se trata da Jerusalém celestial com uma apresentação simbólica dos assuntos.

(Apocalipse 22:2) Então a atenção é atraída para “a árvore da vida”. Fica “no meio da sua rua”, que é a rua da cidade, e ao mesmo tempo nas duas margens do rio. É uma árvore, embora esteja em vários lugares ao mesmo tempo. Isso não deve ser explicado logicamente. Enfim, esta árvore da vida é uma imagem do Senhor Jesus.

Bem no início da Bíblia você também lê sobre a árvore da vida (Gn 2:9). Deus colocou a árvore da vida no meio do paraíso. Bem ao lado dela Ele colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal. Você não nota mais nada da árvore do conhecimento do bem e do mal aqui. Aqui vemos apenas a árvore da vida. Aqui o Espírito Santo conecta o começo e o fim da Escritura um com o outro.

Em Gênesis 2 há menção de duas árvores. Lá também é mencionado um rio, que se dividiu e se tornou quatro nascentes. Aqui, porém, há apenas uma árvore e um rio. Aqui não há mais menção da responsabilidade do homem. O homem não pode ser tentado por satanás no reino da paz, como no paraíso. Afinal, Satanás está preso durante o tempo do reino da paz (Ap 20:1-3). Portanto, apenas a árvore da vida está aqui. O homem pode comer dele o tempo todo, para desfrutar da bênção contínua do reino da paz.

Indica uma dependência contínua do Senhor Jesus. Ele dá poder para andar naquela rua e dá refrigério, independentemente do lado do rio em que a pessoa vive. A igreja poderá desfrutá-lo de uma nova maneira “todo mês” dos mil anos, pois os frutos serão para os habitantes da cidade.

As folhas da árvore são para a cura das nações da terra. Todos os conflitos e desentendimentos serão encerrados pelo Senhor Jesus. Não haverá mais guerra, todas as feridas serão curadas.

(Apocalipse 22:3) “Não haverá mais maldição” nesta situação maravilhosa, pois o Senhor Jesus reina. A bênção do Seu governo está ligada e nenhuma maldição. A maldição é resultado do pecado. Tudo o que tem a ver com o pecado não terá chance de exercer sua influência na nova Jerusalém. Também a remoção da maldição faz você pensar no começo quando a maldição entrou no mundo (Gn 3:17). Aqui foi tirado. Dessa forma, a condição final é a contrapartida da condição inicial em todas as visualizações. Na verdade, o pecado ainda será encontrado na terra, mas não na cidade.

Novamente a ênfase é colocada no trono de Deus e do Cordeiro como fonte de bênção. Desfrutar da bênção não significa que nenhum serviço está sendo feito. Os crentes que formam a nova Jerusalém são aqui chamados de “servos”. Esse não é um nome para pessoas oprimidas, mas um título para pessoas voluntariamente obedientes. Eles querem servi-lo por amor a quem foram comprados (que é Deus) e por quem foram comprados (que é o Cordeiro). Servir aqui também não significa fazer trabalho escravo, mas significa servir no sentido religioso, servir como sacerdote em um culto. Este é o maior privilégio do homem.

Nota-se também que está escrito que servirão “a Ele” (singular), enquanto se refere a duas Pessoas: Deus e o Cordeiro. Isso indica que Deus e o Cordeiro são um só Deus. Você encontrou essa forma de escrever sobre Deus e o Senhor Jesus também nas cartas escritas por João. Às vezes você não sabe se ele está falando de Deus ou do Senhor Jesus. Isso não importa, pois com ambas as Pessoas trata-se de Deus.

(Apocalipse 22:4) Além de estar cercado de bênçãos e da possibilidade ilimitada de desfrutá-las, existe um privilégio ainda maior. Esse privilégio é ver a face de Deus e do Cordeiro. Isso significa que haverá livre acesso e relacionamento com Deus e o Cordeiro. É a recompensa para aqueles que são puros de coração (Mateus 5:8). Externamente, Seu Nome estará “em suas testas”. É a proclamação aberta de que são adoradores de Deus e do Cordeiro (cf. Ap 13,16; Ap 17,5).

(Apocalipse 22:5) Não haverá mais necessidade de fontes de luz natural na cidade (Ap 21:23). Deus, que é luz (1Jo 1,5), expulsou todas as trevas. O que João já havia anunciado em sua primeira carta como o princípio da vida nova – que o crente, em relação à vida nova que recebeu, anda na luz (1Jo 1,7) –, tornou-se então realidade para a ordem celestial das coisas.

Não é possível que a escuridão volte. Na nova Jerusalém, que é formada por homens que têm todos a nova e eterna vida no Filho que é a vida eterna, será dia para sempre. Também depois do reino milenar de paz essa situação não mudará. Reinaremos com Cristo para sempre. Depois do reino de paz, nosso governo com Cristo não cessará, embora a forma de governo realmente mude (1Co 15:24). O reino do Senhor Jesus como Filho do Homem durará mil anos. Como Filho de Deus Ele reinará para sempre, sem deixar de ser Homem.
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                III.   O ESTADO FINAL DE TODOS OS SANTOS

1.   O que todo crente salvo deve esperar?    -     A vitória contra o pecado é uma promessa que o cristão tem da parte de Deus quando submete sua vida às orientações da Palavra, vivendo sob o controle do Espírito Santo (Rm 6.13; Gl 5.16). Esse viver na sujeição do Espírito traz a produção do fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22,23). É promessa bíblica também que o crente pode aguardar a participação no Corpo de Cristo quando se arrepende de seus pecados, passando a ser nova criatura (2 Co 5.17). Depois de crer em Jesus Cristo como enviado de Deus, recebendo a vida eterna (Jo 3.16), passando a ter perdão de pecados, comunhão desenvolvida com Cristo pela transformação espiritual, o fruto do Espírito sendo produzido em nossa vida, o desfrutar do gozo da salvação neste mundo, a vitória contra as tentações e o pecado, o viver pela orientação das Escrituras, a participação no Corpo de Cristo, resta tão somente a concretização da glória futura segundo as promessas bíblicas, quando passaremos a viver em um estado de perfeição eternal. É isso que todo crente salvo espera: “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pe 3.13; Ap 21.1,27).


2.   Viveremos todos em unidade    -   No futuro, quando Deus por seu poder renovar todas as coisas, isto é, a criação, se realizará uma unidade perfeita, de modo que todos os seus servos o servirão (Ap 22.3). Jesus disse que muitos virão do Oriente e do Ocidente, assentando-se junto à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos Céus (Mt 8.11; Rm 15.9; Lc 13.29; At 10.45). Não importa a cultura, a origem dessas nações, o viver em Cristo desfaz tudo (Gl 3.28), produzindo a mais perfeita unidade, de modo que a reconciliação geral de tudo plenamente se realizará, pois esse é o plano de Deus. Biblicamente falando, no seu aspecto metafórico, entende-se que, ao falar da Nova Jerusalém que desce do Céu, João a descreve como uma cidade, mas está falando da Igreja de Cristo, que é um Corpo que reúne os salvos de todas as nações da terra, os quais foram lavados pelo sangue de Deus (Ap 5.9). Não haverá mais intriga, divisões, contendas ou desavenças, pois o pecado já foi banido e não tem espaço na nova Cidade Celestial. A união será perfeita, sem barreiras culturais e sociais, e todos viverão na comunhão com o Pai Eterno, adorando-o para sempre, pois desde o momento em que fomos salvos, o Senhor nos chamou para a comunhão (1 Co 1.9).


3.  Finalmente em casa   -   A parada final do cristão, depois de concluir sua jornada de fé, é o Céu de glória; essa é a esperança de todos os salvos. Como a Bíblia descreve a eternidade em Apocalipse 21–22, uma nova criação tanto da natureza como da humanidade redimida, um lugar sem dor, pecado, sofrimento ou maldição, mas de vida plena, é o anelo do coração do salvo e promessa de Deus. Quando terminar nossa jornada aqui, viveremos no Céu, onde a presença de Deus será permanente e eterna. Jesus deixou claro que deveríamos viver neste mundo sabendo que a nossa casa eternal é o Céu (Jo 14.1.2). Paulo incentiva os crentes a entender que a sua pátria é o Céu (Fp 3.20). Desejamos o Céu por herança porque, além de ser uma promessa bíblica, a ausência com o amado de nossa alma para sempre será desfeita, pois enquanto estivermos neste corpo estamos separados dEle (2 Co 5.8). Ao chegarmos ao Céu, estaremos finalmente em casa, pois habitaremos para sempre com o Senhor. Ele será o nosso Deus e nós seremos o seu povo (Ap 21.3,4). Quando todos estivermos lá é porque todas as promessas foram cumpridas e as lutas chegaram ao fim, então nos alegraremos e diremos: finalmente chegamos em casa.






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de Apoio, A Carreira que  nos está proposta - Comentarista Pr. Osiel Gomes, Editora CPAD.

https://estiloadoracao.com/paraiso-significado-na-biblia/

https://www.celebrandodeus.com.br/artigo/as-tres-dimensoes-do-reino-de-deus/

https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2015/09/significado-de-apocalipse-22.html#google_vignette


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sexta-feira, 14 de junho de 2024

LIÇÃO 12 - A BENDITA ESPERANÇA: A MARCA DO CRISTÃO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II




                TEXTO ÁUREO

"Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo." (Tt 2.130


                VERDADE PRÁTICA

A esperança cristã é a âncora que mantém a alma do crente firme diante dos dissabores em nossa jornada de fé.



        LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Rm 8. 18-25


 


                            INTRODUÇÃO

A bendita esperança é vista como uma marca do cristão peregrino porque, à luz da Bíblia, ela está tratando da confiança que ele tem para com as promessas de Deus. O cristão tem a certeza plena de que aquEle que prometeu é fiel para cumprir. O cristão que vive a bendita esperança não esboça atitude desesperadora, seja qual for a circunstância, pois não é ignorante quanto ao que vai acontecer no futuro. Por essa razão, Paulo pede que não vivamos como os ignorantes, como aqueles que não têm esperança (1Ts 4.13), mas como servos de Cristo, sendo identificados nEle expressando fé, esperança, amor, atitudes que realmente caracterizam a vida do crente (1 Co 13.13). Quem vive firmado em Deus se aquieta, não importa a circunstância, pois sabe que tudo Ele controla bem (Sl 46.10). O cristão que vive a bendita esperança evidencia-se pela paz e tranquilidade que sente na alma, bem como pelo amor que manifesta para com as pessoas (Jo 13.35). É firmado nessa esperança imorredoura que o cristão peregrino vai seguindo sua viagem sem temor para as mansões celestiais.



                  I.   PARA ONDE APONTA A ESPERANÇA DO CRISTÃO?

1.  A esperança cristã    -   Antes de tratarmos especificamente da esperança no Novo Testamento, de modo geral, vamos defini-la no aspecto bíblico, a qual é vinaturezasta como a confiança no cumprimento de um desejo ou de uma expectativa. A segunda virtude mencionada em 1 Coríntios 13.13 se baseia na confiança em Deus (Rm 15.13). Cristo é a nossa esperança (1 Tm 1.1; Cl 1.27). O símbolo da esperança é a âncora (Hb 6.18,19). Essa esperança neotestamentária está firmada em cinco pilares: 1) Cristo é a fonte de nossa esperança (1 Tm 1.1); 2) na mensagem da vida eterna (Tt 1.2); 3) na esperança da ressurreição (At 24.15; 1 Co 15.20-23); 4) na volta de Cristo Jesus para nos buscar (Tt 2.13); 5) na transformação, pois seremos no futuro como Cristo é (1 Jo 3.2). Não há como o cristão não ser firme, constante e abundante na obra do Senhor frente a essa gloriosa esperança. Ela é encorajadora e inspiradora, levando-nos a viver em santidade, piedade, totalmente comprometidos com Deus, visto que Ele nos disponibilizou o melhor para nova vida, tanto agora como no futuro, conforme vemos em suas promessas.



2.  A esperança nas cartas do apóstolo Paulo   -  A esperança pela sua própria  diz respeito ao futuro. Por isso o Apóstolo Paulo nos diz no capitulo oito e versículos 24,25 de Romanos: 
Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança: porque o que alguém vê, como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos.

Percebemos então que a esperança está intimamente ligada à confiança a fé (Hb 11.1).
O mundo vive hoje uma escassez de esperança, justamente porque a esperança do mundo tem sido depositada em alicerces que não podem sustentar esta esperança de forma efetiva.   Os cristãos em Roma a quem a carta do Apóstolo foi endereçada não viviam um mar de rosas, enfrentavam perseguições, lutas e provações, porém Paulo diz que eles devem se alegrar, isso não se refere a uma alegria momentânea, ou passageira fruto da ausência de adversidades, mas refere-se a um verdadeiro regozijo.  

O sistema basilar da esperança do cristão é constituído de três alicerces:

1. Deus e seus atributos incomunicáveis e comunicáveis;
2. Jesus Cristo e sua obra consumada;
3. A palavra de Deus.


 3.  Deus: o autor da nossa esperança   -   Pela ótica bíblica, nos é assegurado que Deus é o autor da nossa esperança, uma vez que desde o primeiro livro da Bíblia, Gênesis, Ele fez a promessa para a salvação de todos (Gn 3.15). Por meio de Jesus Cristo, nossos pecados seriam perdoados e a comunhão com Deus restaurada, o Espírito Santo passaria a morar em nós, ensinando-nos e capacitando-nos para sermos como Jesus Cristo é. Deus é o autor da nossa esperança porque é dEle que vem o amor e a graça que nos salva, o que revela também seu cuidado especial por nós. Deus é o autor da nossa esperança porque Ele é fiel, cumpre o que promete, pois não é o homem para que minta (Nm 23.19). Ainda que venhamos a negá-lo, Ele permanece fiel (2 Tm 2.13). O cristão pode ter a certeza de que tudo o que está escrito na Bíblia, com relação à promessa do novo Céu e nova terra e a punição dos pecadores, se cumprirá, pois Deus não mente.  Tudo isso nos traz alegria e assim podemos seguir nossa jornada sem nada temer. Mesmo tendo que passar pela porta estreita e pelo caminho apertado, temos a certeza do que nos aguarda amanhã. A esperança divina nos encoraja, nos fortalece para enfrentar as lutas desta vida, pois temos a certeza de que Deus, o autor da esperança, está conosco cuidando de nossas vidas e tem promessas grandiosas para nós.

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                II.   A PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA DA ESPERANÇA CRISTÃ

1.  A Bíblia focaliza o futuro    -    Deus promete vida eterna àqueles que creem no Seu Filho. A Bíblia diz em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Essa vida eterna é um dom, um presente para os que confiam em Jesus. A Bíblia diz em 1 João 5:11-12: “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.”     O nosso futuro no céu começa quando Jesus vier pela segunda vez. A Bíblia diz em 1 Tessalonicenses 4:16-17: “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.”   Na Segunda Vinda, Jesus nos tornará perfeitos assim como Ele é perfeito. A Bíblia diz em Filipenses 3:20-21: “Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas.”         O futuro está além da nossa compreensão. A Bíblia diz em 1 Coríntios 2:9: “Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.”

O profeta Isaías nos apresenta algumas características de como será o futuro daqueles que amam a Deus. A Bíblia diz em Isaías 65:21-23: “E eles edificarão casas, e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o fruto delas. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus escolhidos gozarão por longo tempo das obras das suas mãos: Não trabalharão debalde, nem terão filhos para calamidade; porque serão a descendência dos benditos do Senhor, e os seus descendentes estarão com eles.”


2.   A esperança no porvir traz consolo e alegria ao crente    -   O cristão é consciente também de que ainda que sofra injustiça, perseguição e sofrimento por parte daqueles que desprezam a Palavra, o julgamento divino virá, por isso deixa tudo nas mãos de Deus (Rm 12.19). Vivemos em um mundo marcado pela injustiça, sofrimento, desmando, descaso, mas vai chegar o dia em que o Senhor trará justiça e punirá todos os homens maus que não se arrependeram de seus crassos pecados. Mas o grande gozo que o estudo da escatologia traz para nós, que somos salvos em Cristo Jesus, é a certeza de que iremos participar do seu Reino Eternal no futuro. Será o tempo em que a profecia que prediz que Jesus reinará como grande Rei de toda a terra se cumprirá, e os santos salvos participarão desse maravilhoso reinado marcado de amor, paz, alegria e justiça. São todas essas promessas que enchem nosso coração de gozo e nos incentivam a viver mais e mais em santidade: “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (2 Co 7.1, ARA). Vivamos nossa vida com essa esperança maravilhosa, definida pela Palavra de Deus. Nela podemos ancorar a nossa alma, não temendo os desafios e lutas que surjam durante nossa jornada de fé. Sigamos em frente com temor e ousadia, pois esse ensino não é mera teoria ou especulação vazia, mas pauta-se nas verdades divinas das Escrituras, tudo prometido por Deus, que é fiel para cumprir.


3.   Por que uma doutrina da esperança?     -   Na doutrina da esperança, os temas devem ser originados das Escrituras, envolvendo primeiramente o grande e maior plano de Deus, a salvação e o perdão dos pecados mediante o sacrifício de Jesus no Calvário. É por meio desse evento que passamos a ter direito à vida eterna (Jo 3.16). Em seguida, vem a promessa da ressurreição, transformação do corpo, a vitória sobre todo tipo de mal, inclusive sobre o Maligno, a criação de novos Céus e nova terra e a eternidade. Um bom ensino sobre a esperança objetiva fortalecer a fé dos salvos e os leva a cada vez mais fortalecerem-se no Senhor. Essa esperança nos ajuda a manter nossa fidelidade a Deus diante das lutas, desafios, perseguições, bem como resistir às heresias vindas de falsos profetas e movimentos religiosos comprometedores. Não há o que temer quem se firma na verdadeira esperança, porque há em seu coração a certeza de que Deus está no controle de todas as coisas (Rm 8.28).   Escatologicamente, tanto a criação como o próprio homem salvo em Cristo aguardam a redenção. Isto é, devido ao pecado, a natureza recebeu seus impactos negativos, como também o homem. Assim, ambos aguardam a manifestação de Cristo. A natureza será transformada, liberta da maldição, e os que se tornaram filhos de Deus receberão um corpo glorioso e serão como Jesus é (1 Jo 3.2). Paulo aconselha cada crente a ter esperança e paciência. Essa esperança deve pautar-se não no visível, mas no invisível, ou seja, em todas as promessas de Deus. Ainda que não se tenha um prazo determinado sobre o tempo de seu cumprimento, cada cristão deve esperar com paciência tais promessas, pois quem prometeu é fiel (Hb 10.23).

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                    III.   A ESPERANÇA CRISTÃ COMO ÂNCORA DA ALMA

1.  Nossa esperança como âncora   -   Descrevemos o aspecto metafórico de âncora, bem como seu sentido bíblico e teológico, mas o real sentido que esse objeto físico quer nos transmitir é a imagem de que, no aspecto bíblico, essa esperança é firme e segura, pois está alicerçada em tudo que Jesus realizou na cruz. O que sustenta o cristão durante as tempestades e vendavais dessa vida é a sua âncora, isto é, a esperança em Cristo. Podemos enfrentar as lutas e desafios deste mundo sem temer porque sabemos para onde estamos caminhando (Jo 16.33). A razão de termos atualmente crentes fracos, frios, sem desejo de se congregar, que não suportam provas, lutas, tribulações, dados a movimentos e heresias, infantis, levados por qualquer vento de doutrina, é porque não vivem na dimensão da nova vida que foi outorgada por Cristo Jesus no Calvário, nem têm conhecimento real das promessas contidas na Bíblia, as quais muitas delas são para o futuro. Quando a nossa esperança está fundamentada em tudo que Jesus fez por nós, não haverá abalo que seja possível de desestruturar a nossa fé. Isso Paulo falou em Romanos 8.35-39 (versão transformadora):

"35 O que nos separará do amor de Cristo? Serão aflições ou calamidades, perseguições ou fome, miséria, perigo ou ameaças de morte?

36 Como dizem as Escrituras: “Por causa de ti, enfrentamos a morte todos os dias; somos como ovelhas levadas para o matadouro”. 

37 Mas, apesar de tudo isso, somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou.

38 E estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o que existe hoje nem o que virá no futuro, nem poderes, 

39 nem altura nem profundidade, nada, em toda a criação, jamais poderá nos separar do amor de Deus revelado em Cristo Jesus, nosso Senhor.


2.   Por que a esperança do crente é a melhor?     -     Vivendo essa melhor esperança, o cristão não vive sem sentido; a vida em tudo tem significado, seu corpo é para Deus, seu louvor é para Deus, seu viver é para Deus, tudo o que faz, pensa e realiza é para Deus (1 Co 10.31). Ele é consciente de que um futuro melhor o aguarda. O próprio Senhor Jesus falou que aqueles que deixaram tudo para segui-lo já teriam o começo de uma vida melhor aqui e por fim a vida eterna (Mt 19.29). Há propósito e significado em tudo o que o crente faz, por isso que seu viver tem que ser constantemente em verdade, santidade e piedade todos os dias (Lc 1.75). Firmado na melhor esperança o cristão não tem desespero como aqueles que não possuem esperança (1 Ts 4.13). Por mais que viva em um mundo de desafios, problemas, lutas, estresse, depressão, dentre outras coisas, recebe alento, conforto na esperança, que é a âncora de sua alma (Hb 6.19). Para os que não têm Deus na vida, parece que tudo está sem controle neste mundo e que o final será triste, sem vida. Para o crente é o contrário: Deus está no controle de tudo e o final será a eternidade plena com Deus nos Céus (Dn 2.21; Fp 3.20). Por fim, podemos asseverar que a esperança do cristão é a melhor porque ele tem compreensão, por meio das Sagradas Escrituras, de que não há morte para quem vive em Cristo, mas, sim, vida (Jo 5.24; 11.25; Rm 8.2). Por meio da morte de Cristo Jesus nos foi garantida a vitória contra a morte e o medo (1Co 15.57), vivemos hoje na certeza de que nossa vida será eterna com Deus nos Céus.


3.  Mantendo firme a esperança    -   Para permanecer firme na esperança, o cristão precisa desenvolver uma vida de fé, pois sem fé é impossível adorar e servir a Deus (Hb 11.6). É por intermédio da fé que somos levados a confiar em Deus e em suas promessas, as quais são fiéis e verdadeiras. Também nos alimentamos dela para nosso crescimento e maturidade espiritual. Desenvolver uma vida contínua de oração, sem cessar (1Ts 5.17; Rm 12.12), é o segredo para um relacionamento íntimo com Deus e um fortalecimento verdadeiro. Quem vive sempre em oração é renovado e fortalecido. Para manter-se firme na esperança e não vacilar, é preciso olhar sempre para Cristo (Hb 12.2). Por meio de seu exemplo, amor, pureza, santidade e verdade, podemos seguir em frente, pois é o nosso maior padrão de vida (Jo 13.15). Firmados nessa esperança, viveremos em comunhão uns com outros. A união com outros irmãos é para encorajá-los, orar por eles, compartilhar os dons e experiências maravilhosas, contribuir para firmar cada vez mais o irmão, dando apoio em tudo, conforme diz Paulo, ajudando a levar as cargas uns dos outros (Gl 6.2). Por fim, meus irmãos, firmados nessa esperança, podemos ser fiéis em meio às lutas e circunstâncias, nas piores adversidades desta vida, isso porque confiamos em Deus e em suas promessas. Quem vive nessa esperança terá sua visão focada em Deus. Em Deus nosso futuro está garantido, o que é preciso é perseverar até o fim (Mt 24.13).







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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de Apoio, A Carreira que  nos está proposta - Comentarista Pr. Osiel Gomes, Editora CPAD.

https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/alegrai-vos-na-esperanca

https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/o-que-a-biblia-diz-sobre-o-futuro/

https://www.bibliatodo.com/pt/a-biblia/nova-versao-transformadora/romanos-8



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