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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

LIÇÃO 03 - A ENCARNAÇÃO DO VERBO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II


                    TEXTO ÁUREO  

"E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." (Jo 1.14)


                    VERDADE PRÁTICA   

A vinda do Filho de Deus em forma humana é um fato presenciado por muitas testemunhas, por isso a negação da sua historicidade não se sustenta.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1Jo 1. 1-3; 4. 1-3; 2Jo 7



                            INTRODUÇÃO   

0 Senhor Jesus perguntou certa vez, “Quem os outros dizem que é o Filho do Homem?” (Mt 16.13). Ninguém acertou a resposta: “Uns dizem que é João Batista; outros dizem que é Elias; e outros dizem que é Jeremias ou um dos profetas” (Mt 16.14). Somente Pedro acertou, mas Jesus esclareceu que isso só foi possível em virtude da revelação de Deus, e isso mostra que ninguém pode conhecer a Jesus se não for pelo Espírito Santo. O apóstolo Paulo disse: “ninguém pode dizer que Jesus é 0 Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1 Co 12.3 - ARC). Foi, então, em tomo da cristologia que muitos manifestaram suas opiniões, cada uma mais exótica e mais excêntrica do que a outra, durante o longo período da história do cristianismo. Desde os primeiros séculos do cristianismo, houve tentativa de resposta para essa pergunta, porém, muitos tropeçaram porque se abeberaram em fontes erradas e estribaram-se em métodos inadequados. Essa busca resultou em grupos religiosos isolados e seus líderes tornaram-se os grandes heresiarcas do passado. Porém, 0 Espírito Santo já tinha falado de antemão pelo ministério do apóstolo Paulo sobre os pregadores de um Jesus estranho aos evangelhos (2 Co 11.4). 



                    I.    HERESIAS QUE NEGAM A CORPOREIDADE DE CRISTO.  

1.   O que é Docetismo?    -      Os docetistas negavam a realidade da humanidade de CRISTO, dizendo que seu sofrimento e sua morte foram apa­rentes. Erravam ao permitir que a filosofia gnóstica ditasse o significado dos dados bíblicos. Em última análise, o CRISTO descrito pelos docetistas não poderia salvar ninguém, pois a sua morte, num corpo humano, era a condição prévia para destruir o domínio de Satanás sobre a humanidade (Hb 2.14).

    O primeiro movimento a negar que 0 Senhor Jesus veio em carne foi 0 gnosticismo, um sistema eclético-filosófico-religioso que surgiu no primeiro século da Era Cristã. O movimento buscava conciliar toda as religiões e decifrar-lhes o sentido por meio da gnose. Seu período áureo foi entre 135-160 d.C., mas há evidência deles no seu estágio incipiente na época do apóstolo João, em seus últimos dias. O termo gnosticismo provém do grego gnõsis, que significa “conhecimento”. 

Os membros desse movimento ensinavam a salvação por meio de um conhecimento místico, e não pela fé em Jesus. Eles eram grupos muito diversificados em suas doutrinas, pois diferiam de lugar para lugar, e em seus períodos. Essa doutrina era nada mais que um enxerto das filosofias pagãs nas doutrinas vitais do cristianismo. Esses movimentos negavam o cristianismo histórico, pois segundo essa doutrina, 0 Senhor Jesus não teve um corpo, isto é, não veio em carne, o seu corpo seria uma mera aparência, que chamavam de corpo docético. 

Quando 0 apóstolo João enfatiza que “o Verbo se fez carne” (Jo 1.14) e que “e todo espírito que não confessa isso a respeito de Jesus não procede de Deus” (1 Jo 4.3 - ARC), está respondendo ao embrião desse movimento que já existia em algumas igrejas. É bom lembrar que os escritos joaninos são do final do primeiro século e foram escritos na cidade de Éfeso, então capital da Asia menor, onde surgiu 0 gnosticismo.


2.   O que os docetas ensinavam sobre Jesus?    -    A negação da existência física de JESUS foi a primeira precursora da heresia docética que acossava a Igreja nos séculos I, II e III.

Nos tempos dos pais da Igreja, existiam diferenças, nas duas ramificações da Igreja, quanto ao modo de interpretar as Escrituras. A escola de Alexandria enfatizava a aborda­gem alegórica. Esses cristãos apegavam-se à defesa da divin­dade de CRISTO, às vezes deixando sua plena humanidade em segundo plano. A escola de Antioquia enfatizava a aborda­gem literal à interpretação das Escrituras. Defendiam bem a doutrina da humanidade de CRISTO, mas às vezes o faziam às custas da sua plena divindade.

Devemos ressaltar que a banalização do conceito de he­resia, frequente em nos dias de hoje, não deve ser atribuída aos tempos antigos que estamos estudando. Os pais da Igreja encaravam com a máxima seriedade as suas controvérsias contra os hereges, porque entendiam que os próprios alicerces do Cristianismo estavam em jogo nessas questões. Além de serem zelosos pela compreensão correta das Escrituras, os pais da Igreja também eram orientados pela convicção de que a suprema questão em jogo era a própria salvação. Mui­tas vezes, nessas controvérsias, chegava-se a questionar se o CRISTO, como era apresentado, poderia realmente ser o sacri­fício pelo pecado do mundo.


3.   O que os principais docetas diziam sobre Jesus?    -   Estava em frontal oposição à de­claração joanina: "Nisto conhecereis o ESPÍRITO de DEUS: todo o espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS; e todo o espírito que não confessa que JESUS CRISTO não veio em carne não é de DEUS; mas este é o espírito do anticristo..."(1 Jo 4.2,3).

Cerinto, habitante da Ásia Menor, defendia a opinião de que JESUS fora unido a CRISTO, o Filho de DEUS, por ocasião do seu batismo, e que CRISTO abandonou o JESUS terreno antes da crucificação. Acreditava que o sofri­mento e a morte de JESUS eram incompatíveis com a divin­dade de CRISTO.

Outra teoria docética, associada a Basílides, sugeria que ocorreu um engano: que Simão, o Cirineu, fora crucificado em lugar de CRISTO, escapando JESUS, desse modo, da morte na cruz (História da Teologia – Concórdia S/A – Pág18). 

Contra as heresias do docetismo, além do apóstolo João, se levantou Irineu, um dos líderes da Igreja antiga. Quanto ao docetismo, aos crentes seus contemporâneos, escreveu ele: "Torna-te surdo quando te falam de um JESUS CRISTO fora daquele que foi da família de Davi, filho de Maria, nasceu autenticamente, comeu e bebeu, padeceu verda­deiramente sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado e morreu verdadeiramente... De que me valeria estar em ca­deias, se CRISTO sofreu somente na aparência, como certos pretendem? Esses, sim, não passam de meras aparên­cias" (Documentos da Igreja Cristã – Juerp – Pág.68).

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                    II.    A AFIRMAÇÃO APOSTÓLICA DA CORPOREIDADE DE JESUS  

1.    "O que era desde o princípio" (Jo 1.1)    -    O “Logos” da filosofia era impessoal, mas o de João é uma Pessoa. O “Logos” da filosofia não é 0 mesmo de João 1.1. O Verbo Eterno tornou-se a Palavra encarnada quando foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria. Isso quer dizer que 0 Verbo se tornou homem perfeito, com corpo, alma e espírito, como descreve a Declaração de Fé das Assembléias de Deus: Em sua natureza humana, Jesus participou de nossa fraqueza física e emocional, mas não de nossa fraqueza moral e espiritual” (Hb 2.17; 4-iS)- Há inúmeras passagens bíblicas que mostram o aspecto humano de Jesus. A introdução do Evangelho de Lucas, nos três primeiros capítulos é uma prova incontestável do Jesus historico. Mas, 0 apostolo João foi enfático ao usar uma linguagem pitoresca na introdução de sua primeira carta (1 Jo 1.1) que dificulta a qualquer pessoa que queira negar a verdadeira humanidade de Cristo, ou seja, negar que Ele veio em carne, pois 0 apóstolo apresenta uma descrição.


2.   A reafirmação apostólica (v.1b)    -     Chama-nos a atenção os três verbos que o apóstolo usa nessa introdução: ouvir, ver e tocar. João está falando de sua experiência com o Verbo encarnado, afirmando categoricamente que Ele esteve e viveu fisicamente entre nós com as seguintes palavras: “0 que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida” (v. íb) - (ARC). O apóstolo usa um tempo verbal para “ouvimos e vimos” (NAA) raro no Novo Testamento e até mesmo na cultura grega antiga que indica uma ação completada no passado, mas com resultados valendo no presente, “denotando os efeitos ainda permanentes do ato de ouvir e ver”.

Parece até uma redundância, “vimos com os nossos olhos”, mas, o propósito disso é mostrar com muita ênfase, sem deixar dúvida nenhuma, que o Senhor Jesus veio em carne ao mundo e pode ser tocado e apalpado pelos que com Ele conviveram (Jo 20.27). A presença do nome de Pilatos no Credo dos Apóstolos é para estabelecer uma data de um fato histórico: a crucificação e a ressurreição de Jesus. Tudo isso aponta a falta de fundamentos sólidos da cristologia dos gnósticos.


3.   Uma crença herética (1Jo 4.2,3)    -    Cerinto (c 100) foi um dos primeiros líderes do antigo Gnosticismo que foi reconhecido como um "Heresiarca" pelos primeiros Cristãos devido aos seus ensinamentos sobre JESUS CRISTO e suas interpretações sobre o Cristianismo. Ao contrário dos ensinamentos da Cristandade ortodoxa, a escola gnóstica de Cerinto seguia a lei Judaica, usava o Evangelho dos Hebreus, negava que o deus supremo tinha feito o mundo físico e negava a divindade de JESUS. Na interpretação de Cerinto, o espírito de "CRISTO" veio a JESUS no momento do seu batismo, guiando-lhe em todo o seu ministério, mas abandonando-o momentos antes de sua crucificação.

Crenças

O relato mais antigos que sobreviveu sobre Cerinto é a refutação ao Gnosticismo de Ireneu, que foi escrito aproximadamente em 170. De acordo com ele, Cerinto era um homem educado na sabedoria dos egípcios e cuja inspiração viria dos anjos.

Cerinto, assim como os ebionitas, usava apenas uma versão do evangelho de Mateus como escritura, rejeitando os demais escritos, principalmente os do apóstolo Paulo, por o considerarem um apóstata da Lei. Esforçava-se para se sujeitar aos usos e costumes da lei judaica e à maneira de viver dos judeus. Venerava a cidade de Jerusalém como se fosse a casa de DEUS.    A tradição Cristã antiga descreve Cerinto como um contemporâneo e oponente do apóstolo João, o Evangelista, que escreveu a Primeira Epístola de João e a Segunda Epístola de João para avisar aos menos amadurecidos na fé e doutrina sobre as mudanças que ele estava fazendo nos Evangelhos originais.

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                        III.   COMO ESSAS HERESIAS SE REVELAM HOJE  

1.   Quanto as nascimento virginal de Jesus    -    Há em diversos grupos religiosos heterodoxos ou crenças inadequadas idéias ou alguns lampejos dessa falsa identidade de Cristo, apregoada pelos diversos grupos gnósticos. A doutrina de Cerinto aparece na doutrina da Igreja dos Santos do Últimos Dias, cujos seguidores são conhecidos como mórmons. O mormonismo nega o nascimento virginal de Jesus e ensina que Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo. O profeta mórmon, Brigham Young, sucessor de Joseph Smith Junior, 0 fundador do referido movimento, escreveu:

 Quando a virgem Maria concebeu o menino Jesus, o Pai o havia gerado em sua própria semelhança. Não foi gerado pelo Espírito Santo. E, quem é 0 Pai? Ele é o primeiro da família humana... Jesus, nosso irmão mais velho, foi gerado na carne pelo mesmo indivíduo que estava no jardim do Éden, que é o nosso Pai no céu... lembrem, agora, desde este tempo em diante, e para sempre, que Jesus Cristo não foi gerado pelo Espírito Santo” (Journal ofDiscourses, vol. 1, pp. 50, 51). O grifo é nosso.

Esse discurso tem a repulsa de todos os cristãos, é frontalmente oposto ao ensino bíblico. A Bíblia afirma com todas as letras que o Senhor Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo.


2.   Quanto à morte e à ressurreição de Cristo    -      Quanto à morte e à ressurreição de Cristo, existem ainda hoje alguns lampejos gnósticos e de parte dos ebionitas. Estamos falando sobre a morte de Jesus conforme o ensino do islamismo, pois eles ensinam que Jesus não morreu. E o movimento das testemunhas de Jeová, nega a ressurreição corporal de Jesus. Há uma certa semelhança entre o Jesus islâmico do Alcorão e o do gnóstico Basílides. 0 islamismo ensina que Jesus não morreu na cruz. Os muçulmanos afirmam que Jesus era santo e justo, portanto, não faz sentido Deus permitir que alguém como Jesus padeça na cruz. Isso, como se fosse comum os justos terem boa acolhida no mundo (Mt 23.35). Por isso, negam a sua morte com essas palavras:

 E por seu dito: ‘Por certo, matamos 0 Messias, Jesus, Filho de Maria, Mensageiro de Allah.’ Ora, eles não 0 mataram nem o crucificaram, mas isso lhes foi simulado. E, por certo, os que discrepam a seu respeito estão em dúvida acerca disso. Eles não têm ciência alguma disso, senão conjeturas, que seguem. E não o mataram, seguramente (Alcorão 4.157).

 Nas notas explicativas de rodapé nas edições do Alcorão, lê-se que um sósia de Jesus foi levado à cruz. “De qualquer modo, o Islão mantém firmemente o seu ponto de vista de que Jesus não foi crucificado nem morto, mas sim honrado e levado ao pé do próprio Deus”. Alguns teólogos muçulmanos dizem que Jesus foi pregado na cruz, mas que não morreu lá, teria sim desmaiado; tirado de lá naquele estado, recuperou-se no túmulo com a ajuda das mulheres. Outros dizem que Judas foi confundido com Jesus e crucificado, ou um sósia. Os fatos contra essa posição cristológica do islamismo são esmagadores à luz da Bíblia e da história. Toda essa argumentação não faz sentido algum. A cruz de Cristo sempre foi escândalo para os que perecem (1 Co 1.23). A morte e a ressurreição de Jesus estavam previstas no Antigo Testamento (Is 53.8-10; SI 16.10), cumpriram-se e estão registradas no Novo Testamento (Lc 24.44-46) para a nossa salvação (1 Co 15.3,4). O sacrifício de Jesus Cristo na cruz mostra que 0 homem é completamente incapaz de ir ao céu pela sua própria bondade e força. Negar o sacrifício de Jesus na cruz, ou fazê-lo parecer desnecessário, é uma forma de invalidar a única maneira de 0 ser humano ser salvo.


3.    Confirmação histórica    -    Historiadores não cristãos, judeus e romanos, atestaram a morte de Jesus. Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século da Era Cristã (37 -100), escreveu:  

Nesse mesmo tempo, apareceu JESUS, que era um homem sábio, se é que podemos considerá-lo simplesmente um homem, tão admiráveis eram as suas obras. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o CRISTO. Os mais ilustres dentre os de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou que o crucificassem. Os que o haviam amado durante a sua vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas haviam predito, dizendo também que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, os quais vemos ainda hoje, tiraram o seu nome (Antiguidades Judaicas 18.4.772).

A literatura judaica antiga também menciona a morte de Jesus. Algumas edições do Talmude inseriram uma baraita,17 que diz 0 seguinte: 

Na véspera da Páscoa eles penduraram Yeshu. E um arauto saiu adiante dele, durante quarenta dias (dizendo): ‘Ele vai ser apedrejado por praticar feitiçaria e seduzir e desviar Israel. Quem quer que saiba qualquer coisa a favor dele, que venha e peça por ele’. Mas não tendo encontrado nada a seu favor, eles o enforcaram na véspera da Páscoa.

O Talmude é o conjunto da Mishná e Guemará. A Mishná é 0 comentário das Escrituras (Antigo Testamento Hebraico). Está dividida em seis partes ou ordens, do hebraico seder, “ordem”, e estão organizadas em 63 tratados. A Guemará é o comentário da Mishná. Há o Talmude Babilônico e o de Jerusalém. O Talmude foi redigido num período de quase mil anos, entre 450 a.C. e soo d.C. É reconhecido pelos judeus como tendo a mesma autoridade da Bíblia (Antigo Testamento). Esse complexo literário rege a vida judaica até os dias de hoje e, desde longa data, tem exercido forte influência na vida do povo. 

O Dr. David Flusser afirma com todas as letras o Jesus histórico e acrescenta ainda: “Uma leitura imparcial dos Evangelhos Sinóticos resulta num quadro que é mais característico de um fazedor de milagres e pregador judeu do que de um redentor da humanidade”; mais adiante, na mesma página, acrescenta: “O Jesus retratado nos Evangelhos Sinóticos é, pois, o Jesus histórico, não o ‘Cristo querigmático’”.

O movimento das testemunhas de Jeová ensina uma ressurreição de Cristo diferente das tradições cristãs. Os teólogos das testemunhas de Jeová também negam, terminantemente, sua ressurreição corporal. Eles ensinam que Jesus não ressuscitou corporalmente e que Deus o materializou para convencer a Tome, provando ser 0 proprio Jesus que estava ali diante dele: “Jesus simplesmente se materializou, ou assumiu um corpo carnal, como os anjos haviam feito no passado . Eles afirmam que Jeová criou outra pessoa com as mesmas características e personalidade de Cristo: “Deus 0 ressuscitou, mas não como humano”. O corpo daquele que foi pendurado no madeiro desapareceu, argumenta ainda que foi por essa razão que Maria confundiu Jesus com o jardineiro em João 20.15.

Quando se revela ou se aponta uma heresia, é responsabilidade nossa refutá-la à luz da Bíblia, do contrário, 0 que estamos fazendo nada mais é do que a propaganda delas; em vez de apologia em defesa da verdade, torna-se um anúncio publicitário em favor da causa delas, ainda que indireta. Qualquer pessoa que lê 0 Novo Testamento, independentemente do seu grau de instrução e de sua familiaridade com a Bíblia não terá dificuldade em entender que 0 Senhor Jesus veio ao mundo como homem: “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade, Cristo Jesus, homem” (1 Tm 2.5). Diante de toda a descrição pessoal de Jesus apresentada nos evangelhos, o testemunho da história e dos historiadores seculares, é praticamente impossível negar 0 Jesus histórico, negar que Ele veio em carne. 






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio, Em defesa da Fé Cristã, Esequias Soares -  Ed. CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe

Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.




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sábado, 4 de janeiro de 2025

LIÇÃO 02 - SOMOS CRISTÃOS.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II 

            "SEJA UM ALUNO ASSÍDUO NA EBD."    



     

              TEXTO ÁUREO  

"Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus". (At 15.19)


                    VERDADE PRÁTICA

O Cristianismo é uma religião de relacionamento pessoal com o Cristo ressuscitado e não um conjunto de regras e ritos.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gálatas 2. 1-9, 14



                            INTRODUÇÃO   

Martinho Lutero disse: “Quem sabe distinguir corretamente o evangelho da lei deve agradecer a Deus e pode estar certo de que é um teólogo”. O cristianismo nasceu no contexto judaico, mas não é judaico; recebeu do judaísmo rica herança espiritual, teológica e ética, mas não é judaísmo. Por isso, não é seita. A fé cristã é centrada em Cristo e não depende de ritos e praticas judaicas para levar as pessoas à salvação. Veja que o apóstolo Paulo era um judeu ultranacionalista, doutor da Lei de Moisés, praticante inveterado da religião dos hebreus e principal expoente das doutrinas centrais de seus antepassados. Ele se considerava o homem mais crente dentre eles (G11.14). O que aconteceu com Paulo, como pôde chegar a conclusões inovadoras sobre os propósitos de Deus? Ele se despojou de todas as coisas, porque Deus lhe revelou que nada disso era necessário para a salvação. Para Deus, a fé em Jesus basta para a humanidade.


                I.    PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE

1.    Subindo outra vez a Jerusalém (Gl 2.1-2)    -     a. Catorze anos depois, subi novamente a Jerusalém: Em Gálatas 1:18-19, Paulo descreve uma viagem que fez a Jerusalém três anos depois que Jesus o encontrou no caminho para Damasco. Aqui ele descreve uma segunda viagem a Jerusalém, catorze anos depois.

i. Lembre-se do ponto de Paulo em Gálatas 1. Ele demonstrou que seu evangelho veio por uma revelação de Jesus e não do homem, nem mesmo dos apóstolos em Jerusalém. Duas visitas a Jerusalém durante 14 anos demonstraram que Paulo não se sentou aos pés dos discípulos de Jesus para aprender o evangelho.


2.     Objetivo da reunião   -   Catorze anos depois da sua conversão a Cristo, Paulo sobe pela segunda vez a Jerusalém por uma revelação” (G1 2.1,2), numa visita rápida para levar os donativos para os irmãos pobres de Jerusalém (At 11.27-30). Não confundir essa visita de Paulo com a sua ida ao Concilio de Jerusalém, registrada em Atos is. Gálatas foi escrita antes do referido Concilio. Somando os anos mencionados nessa epístola, podemos afirmar que essa visita aconteceu antes de sua primeira viagem missionária.


3.    Tito e a circuncisão   -    Barnabé e Tito integravam a comitiva de Paulo. Barnabé era judeu, natural de Chipre (At 4-36), 0 fato de Tito ser grego constituiu um risco para Paulo, mas não foi uma provocação introduzir um incircunciso no seio dos judeus. Os judaizantes queriam que Tito fosse circuncidado. Onde quer que Paulo fundasse igrejas, os judaizantes iam em seu encalço para despregar o que ele pregava. O evangelho que Paulo anunciava era  algo novo tanto para os gentios como para os judeus. Paulo chegou a ser tolerante com os fracos na fé, a ponto de circuncidar Timóteo (At 16.3); mas nessa reunião em Jerusalém, em que expôs o evangelho que pregava aos gentios, ele não cedeu nem um pouco, “nem por uma hora”(Gl 2.5). A indignação de Paulo não era com sua posição ou seu status de apóstolo de Cristo. A questão era, como declara duas vezes, a “verdade do evangelho” (G1 2.5,14). Tanto Paulo como os demais apóstolos viam em tudo isso dois problemas sérios: a ameaça à liberdade cristã e o perigo de o cristianismo tornar-se mera seita judaica. Estava em jogo a verdade do evangelho e o futuro do próprio cristianismo. Isso explica por que 0 apóstolo Paulo foi tão contundente com os judaizantes.

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                II.     A TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA 

1.   O espanto do Apóstolo    -    Ao saber das ultimas notícias da Galácia, o apóstolo ficou surpreso e indignado com essa mudança de pensamento tão rápida (G11.6). Ele chamou esses gálatas de desertores e empregou o verbo grego metatithesthe,5 usado na antiguidade quando alguém desertava do exército ou quando se rebelava contra ele. Esse verbo significa “deixar, abandonar, desertar, mudar de pensamento, virar a casaca”; indica ainda mudança de partido político, filosofia e religião. Em outras palavras, aqueles irmãos estavam abandonando a fé. O apóstolo chamou esse desvio de “outro evangelho” e amaldiçoou todo aquele que viesse a adotar tal doutrina (G11.6-9). Os judaizantes exigiam a circuncisão dos gentios convertidos ao Senhor Jesus (At 15.1,5). Isso significava minar a essência do cristianismo, reduzir a fé cristã a uma mera seita judaica. Os apóstolos tiveram que convocar uma assembléia para tratar o assunto. À luz de Atos 14.27 - 15.2, o Concilio de Jerusalém aconteceu depois dessa viagem em virtude do grande número de gentios convertidos e havia também muita controvérsia sobre o modus vivendi — “maneira de viver” — desses novos crentes. Havia judeus convertidos ao cristianismo que queriam impor aos gentios as práticas judaicas como condição para a salvação.  


2.   Quem eram os judaizantes (V.4)    -   Os judaizantes eram falsos mestres que ensinavam heresias (falso evangelho debaixo da lei) como se fossem enviados pelos apóstolos de Jerusalém, o que não era verdade. Além de falsos eram mentirosos.  Ao que parece, essa expressão indica que, embora essas pessoas se passassem por cristãs de maneira convincente, havia razão para ver a profissão de fé delas como um fingimento. Esses pseudocristãos não anunciavam seu objetivo, que era restringir a liberdade cristã (Gl 5.1,13) e levar Paulo e os novos convertidos à servidão do legalismo judaico (Gl 6.12-15). Esses falsos irmãos afirmavam que o cristão tinha de cumprir a Lei judaica para ser salvo. Eles se recusavam a confessar que a salvação era dom de Deus por meio da fé em Cristo, e nada mais. Por essa razão, Paulo não os reconhecia como verdadeiros cristãos.


3.    O clima de tensão (Vv.3-5)    -     Parece que esses falsos mestres tinham livre acesso aos apóstolos e até penetraram na reunião de Paulo, Barnabé e Tito com os apóstolos. Queriam que Paulo circuncidasse Tito, o que ele não fez. Paulo parece ter até discutido com eles e os apóstolos deram apoio a Paulo.  

Houve grande debate logo na abertura da reunião em Jerusalém até que o apóstolo Pedro tomou a palavra (At 15.7), chamando a atenção dos ouvintes. Ele evocou a revelação que recebeu para ir à casa de Cornélio, lembrando que, com essa experiência, Deus o havia escolhido para falar aos gentios (At 10). Pedro, antes de qualquer outro apóstolo, foi o primeiro que Deus escolheu para pregar aos gentios, portanto, tinha autoridade para falar sobre o assunto. O fato de os gentios haverem recebido o Espírito Santo como os judeus receberam no dia de Pentecostes mostrava que não havia mais diferença entre judeus e gentios convertidos a Cristo, pois ambos foram purificados  pela fé em Jesus (At 15.9). No versículo seguinte, Pedro reconheceu que nem mesmo os judeus puderam suportar 0 jugo da lei: “Agora, pois, por que vocês querem tentar a Deus, pondo sobre o pescoço dos discípulos um jugo que nem os nossos pais puderam suportar, nem nós?”. Então, como poderíam esses judaizantes impor esse peso sobre os gentios, e 0 pior, como condição para a salvação (At 15.5)? A declaração de Pedro: “cremos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus, assim como eles” (At 15.11) significa que judeus e gentios são salvos pela graça sem as obras da lei. Esse discurso petrino revela que ele concordou com Paulo na discussão de Antioquia, um fato acontecido anteriormente (G1 2.14). São as mesmas palavras que Paulo usou em Gálatas 2.16. Com isso, Pedro votava contra os judaizantes.

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                III.   A TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE 

1.   O mesmo evangelho    -     Não havia dois evangelhos diferentes, um para os gentios incircuncisos (NVI) e outro para os judeus circuncisos (NVI). Mas o ministério apostólico de Paulo tinha como principal alvo os gentios (Rm 11.13), enquanto o apostolado de Pedro estava, em primeiro lugar, voltado para os judeus. O fato de que Deus operou eficazmente por meio de Pedro para alcançar os judeus e com a mesma eficácia por meio de Paulo para alcançar os gentios era uma prova convincente da comissão apostólica de Paulo para os líderes em Jerusalém (Rm 1.5). E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios e eles, à circuncisão (v. 9). As destras, em comunhão eram um sinal de aceitação e amizade entre eles. Indicava o pleno reconhecimento de Paulo pelos representantes da igreja de Jerusalém. Segundo Paulo, o pedido de Tiago, Cefas e João foi apenas para que ele e Barnabé se lembrassem dos pobres — provavelmente dos pobres da Igreja na Judeia (At 11.29,30), o que reflete uma constante preocupação de Paulo (Rm 15.26).


2.   O perigo da doutrina judaizante    -   Segundo o erudito judeu messiânico David H. Stern, “essas quatro proibições são uma variante das leis estabelecidas desde os tempos de Noé, e apresentada no Talmud como os requisitos de Deus para toda a humanidade desde os dias de Noé (i. e., antes que ‘judeus’ e ‘gentios’ fossem definidos)”. 

Havia através desses falsos mestres com suas heresias a ameaça à liberdade cristã e o perigo de o Cristianismo se tornar uma mera seita judaica (o que acabou ocorrendo após a morte dos apóstolos e dos demais pais da igreja, assim chamados).

Os judaizantes, apesar de terem se convertido, não compreenderam o verdadeiro evangelho e  alteravam o cerne do Evangelho, pois colocavam a Lei como complemento da obra que JESUS efetuou no Calvário. Era, de fato, “outro evangelho”, por isso o apóstolo Paulo os amaldiçoou (Gl 1.8,9).


3.   As práticas judaizantes atuais    -    O Senhor Jesus nasceu “conforme a lei” (G14.4); cresceu e viveu dentro da cultura judaica; reconheceu as Escrituras Hebraicas e a autoridade de Moisés. Todavia, não pregou costumes judaicos, e nem seus apóstolos judaizaram o mundo. O apóstolo Paulo não deu aula sobre 0 Tetragrama no Areópago de Atenas, para explicar 0 nome “Jeová” ou “Javé”, antes, estava preocupado em desfazer o escândalo da cruz com a mensagem da ressurreição. A epístola aos Gálatas é uma apologia à liberdade cristã, contra toda a forma de legalismo. A salvação é um ato da graça de Deus, somos salvos pela fé em Jesus (G12.16). Acrescentar algo mais que isso, como condição para salvação, descaracteriza totalmente o cristianismo revelado no Novo Testamento.

Os missionários respeitaram a cultura dos povos evangelizados, eles não judaizaram o mundo. Não exigiram dos gentios o aprendizado da língua hebraica para fazer suas orações e nem exigiram recitar em hebraico o Shemá, confissão de fé dos judeus: Shema Israel Adonay Eloheino Adonay echad, “Ouve, Israel, o SENHOR, Nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4). Os judeus religiosos recitam esse versículo três vezes ao dia, no entanto, os gentios não foram obrigados a seguir esse padrão. Tampouco lhes foi exigido a prática da circuncisão, da guarda do sábado, da observação do kasherut, do uso do kipar, do talit, do shophar na liturgia e nem outras práticas.

 O cristianismo é supra cultural, muito diferente do islamismo, que arabizou 0 mundo que eles conquistaram. É importante que 0 missionário, a igreja e 0 ministério saibam disso. Muitos, por falta de preparo, se escandalizam quando vão visitar o campo missionário, num país de cultura muito diferente da nossa, como na África, por exemplo, esperam ver uma igreja brasileira cantando hinos da Harpa Cristã e com a mesma liturgia nossa e ficam desapontados ao constatarem algo diferente. 

Esses problemas existiram também nos dias apostólicos, mas eles ainda estavam começando e, a cada dia, se deparavam com uma experiência nova, mas nós estamos aqui para aprender com os seus erros e acertos. A igreja de Jerusalém enviou o homem certo para Antioquia, Barnabé, por ser cipriota, talvez tivesse mais jeito de lidar com os gentios (At 11.22). 






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio, Em defesa da Fé Cristã, Esequias Soares -  Ed. CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe

Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.

https://pt.enduringword.com/galatas-2/

https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2018/03/significado-de-galatas-2.html


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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

LIÇÃO 01 - QUANDO AS HERESIAS AMEAÇAM A UNIDADE DA IGREJA.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                                TEXTO ÁUREO  

"Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos." (Jd 3)


                            VERDADE PRÁTICA  

Heresias são crenças e práticas contrárias ao pensamento bíblico que distorcem os pontos principais da doutrina bíblica.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 20. 28-31; 1Pedro 3. 15-16; 2Pedro 2. 1-3




                    INTRODUÇÃO  

As principais doutrinas da fé cristã precisam ser preservadas e os crentes são chamados para essa responsabilidade. Esses pontos são inegociáveis e jamais devemos ceder um milímetro se quer. Os treze capítulos seguem uma estrutura didática: os fundamentos bíblicos, as heresias relativas a cada ponto doutrinário, a reação da igreja e a refutação aos argumentos de seus heresiarcas e seus seguidores. Não partimos diretamente dos grupos religiosos, mas dos temas teológicos, para comparar e mostrar as diferenças entre ortodoxia e heresia à luz da Bíblia.

As seitas e as heresias são hoje um dos maiores problemas da Igreja de CRISTO. Elas tentam a todo custo impedir o avanço do evangelho de JESUS CRISTO. Os números são assustadores. Nunca se viu um crescimento tão grande das seitas em todo o mundo, e a Igreja precisa estar armada contra isso. As seitas geralmente chegam primeiro que o Evangelho. Trabalham como nunca, se empenham até mais que muitos dos filhos da luz. Esta é a realidade com que se defrontam a antiga União Soviética e muitos outros países do mundo, alheios por muito tempo ao Evangelho. Quando abrem as portas para CRISTO, recebem todos os meses milhões de Testemunhas de Jeová, mórmons e uma infinidade de outras seitas, dispostas a ganhar almas para o reino das trevas. Como se isso não bastasse, crescem muito nos países desenvolvidos e multiplicam-se como nunca nos Estados Unidos, país cujo berço firma-se no cristianismo protestante. Esta é também a realidade do Brasil. Não obstante crescer o cristianismo e a Igreja de CRISTO encontrar até motivos para se orgulhar, vemos que uma parte considerável da sociedade caminha para o secularismo. A mais preocupante realidade é que muitos intelectuais, jornalistas, artistas e outros formadores de opinião estão se abrindo para essas seitas, dando espaço - como nunca se viu antes - para o espiritismo, a     Nova Era, a maçonaria e as Testemunhas de Jeová. É explícita ainda a campanha pró-espiritismo e Nova Era que as emissoras de televisão, vêm desempenhando em suas novelas, utilizando-se do melhor meio possível de imputar idéias anticristãs ao nosso povo. As estratégias dessas seitas inovam-se a cada ano, enquanto a maioria dos cristãos permanecem desinformados acerca de assuntos elementares e importantes a respeito das seitas. Natanael Rinaldi, Paulo Romeiro e o ICP (Instituto Cristão de Pesquisas) já escreve sobre o assunto há muitos anos. Precisamos estudar suas origens, seus fundadores, as mudanças que sofreram no decorrer do tempo, o perfil de seus membros, seus métodos de divulgação, estratégias para convencer novos adeptos. 

Outra característica muito importante é que devemos usar todas as refutações que são citadas pela Bíblia. Não ousamos dizer nada contra uma seita que não seja condenado pela Bíblia. Por isso é indispensável que você tenha às mãos a Bíblia Sagrada e possa pesquisá-la. Presenteie um livro sobre seitas e heresias a um amigo, um adepto de alguma seita, sedento da verdade. Isso fará com que os resultados sejam mais abrangentes e o nome de DEUS glorificado extensivamente por meio de cada leitor.


                I.    AS AMEAÇAS DOS LOBOS VORAZES  

1.   Os cuidados  pastorais (At 20.28)    -    Atos 20 relata a terceira viagem missionária do apóstolo Paulo. 0 propósito de Paulo nessa viagem não foi plantar igrejas, mas formar obreiros para a seara do Senhor, servir no campo da educação cristã. Ele criou uma escola teológica em Éfeso, esteve três meses ensinando na sinagoga. Por causa da resistência de uma ala dos judeus ele conseguiu espaço numa espécie de sala de conferência da cidade, de propriedade de um certo homem chamado Tirano, onde deu continuidade ao curso de teologia e passou a lecionar por dois anos (At 19.8-10).

A mensagem de Atos 20 foi dirigida, originalmente, aos líderes de Éfeso e continua valendo para todos os cristãos em todos os lugares e em todas as épocas. Os anciãos, mencionados no v. 17, mais adiante, são chamados de bispos (At 20.28). Nessa passagem, ao dizer que eles foram constituídos pelo Espírito Santo para “apascentardes a igreja de Deus”, mostra que eles eram pastores. A função primordial do pastor é alimentar, guiar e proteger o rebanho (Lc 15.4-6), usando uma linguagem metafórica, isso quer dizer, proteger das heresias, como fizeram Moisés e Davi (Êx 3.1; SI 78.70-72). Os cuidados pastorais são ensinos de Jesus (Mt 7.15-20). 


 2.   "Depois da minha partida" (V.29)     -   A declaração de Paulo de que “lobos” penetrariam na igreja, “não poupando o rebanho” (Atos 20:29), pode soar para o leitor moderno como se ele quisesse dizer que o “rebanho” como um todo seria destruído. No entanto, nem a palavra para “poupar” (pheidomai) nem o contexto apóiam esse entendimento. O ponto da declaração de Paulo era que os lobos não hesitariam em atacar o rebanho; eles não mostrariam qualquer piedade para com o rebanho, nenhum escrúpulo no tratamento das ovelhas que eram membros daquele rebanho.

Dois exemplos mostrarão que esse entendimento do verbo “poupar” está correto. Primeiro, quando Paulo escreveu em Romanos 11:21 que “Deus não poupou os ramos naturais”, ele não quis dizer que Deus removeu todos os ramos naturais (os judeus) da “oliveira” do povo de Deus. Em vez disso, ele quis dizer que Deus não lhes mostrou qualquer favor especial ou condescendência pelo fato de serem judeus; ser um “ramo natural” não os isentou de serem removidos da “árvore”. Da mesma forma, o ponto de Paulo em Atos 20:29 era que os lobos não iriam isentar o rebanho de seus ataques cruéis. Paulo não quis dizer que eles iriam destruir completamente o rebanho.

Em segundo lugar, na tradução do Antigo Testamento em grego, temos a única outra ocorrência na Bíblia do verbo grego para “poupar” sendo usado junto com a palavra para “rebanho” (poimnion). Na parábola que Natã contou a Davi para ilustrar quão maligno havia sido seu pecado contra Urias e Bate-Seba, Natã falou de um homem rico que “poupou tomar de suas próprias ovelhas e de seus próprios rebanhos” (2 Sam. 12:4 LXX). Aqui, o significado óbvio é que o homem rico poderia ter tirado uma ovelha de um de seus próprios rebanhos, mas em vez disso roubou a cordeira de outra pessoa. Da mesma forma, o sentido das palavras de Paulo em Atos 20:29 era que os lobos não se absteriam de tomar ovelhas do rebanho. Ele não quis dizer que os lobos assumiriam todo o rebanho.

O discurso de Paulo aos anciãos de Éfeso em Atos 20 não ensina que haveria uma apostasia da igreja cristã em nível mundial, quer logo depois da morte dele, quer em qualquer momento futuro. Longe de ensinar essa “grande apostasia”, o discurso de Paulo deixa bem claro que, embora indivíduos se desviariam e falsos mestres surgiriam, a igreja como um todo permaneceria. Assim, a alegação de grupos como as Testemunhas de Jeová e os Mórmons de que a igreja cristã deixou de existir na terra por uns dezessete ou dezoito séculos e precisou ser “restaurada” nos tempos modernos é contrária ao ensino das Escrituras.


3.    A origem dos falsos mestres (V.30)    -   Os internos são os que estão em nosso meio nas igrejas. Eles ousam questionar a doutrina e certos pontos doutrinários até mesmo nos nossos púlpitos. Uma declaração de fé não deve ser de autoria particular, pois ela expressa 0 pensamento e a vida diária da igreja ou da denominação de uma determinada época. A nossa Declaração de Fé das Assembléias de Deus no Brasil serve como proteção contra as falsas doutrinas e contribui para a unidade do pensamento doutrinário da igreja para “que digais todos uma mesma coisa” (1 Co 1.10) e para a instrução dos novos convertidos. Mas, o que se vê, com certa frequência, é que tais ensinadores se posicionam como alguém que tem autoridade sobre a igreja e não dão 0 mínimo respeito ao nosso documento, a Declaração de Fé. A situação dos outros, os externos, é mais grave, pois muitos deles se posicionam acima das Escrituras, sem o menor pudor espiritual. Usam as redes sociais para “corrigir” a Bíblia e discordar abertamente dos profetas e dos apóstolos bíblicos.

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                        II.    O QUE É APOLOGÉTICA 

1.   Definição (1Pe 3.15)    -    A Apologética Cristã é a defesa da fé cristã diante dos ataques dos ateus e críticos, da pretensa ciência, pois a verdadeira ciência não contradiz a Bíblia, 0 mesmo, diga-se da história, da filosofia, da ética, das outras religiões e teologias. Uma avaliação histórica pode revelar quatro funções da Apologética: defender a fé cristã dos grupos heterodoxos e heresias, refutar  erros que se opõem aos ensinos bíblicos, persuadir os contradizentes para que eles se convertam ao evangelho e vindicar a aceitabilidade do cristianismo pelas autoridades do mundo. Trata-se de uma defesa com argumentos e fundamentação bíblica, respondendo às objeções contra a fé cristã. Os dados históricos revelam a importância e o papel da Apologética Cristã na vida da igreja, tanto na construção do pensamento teológico cristão como nas questões atuais da sociedade. Quando Jesus disse: “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e com toda a sua força” (Mc 12.30) e acrescentou o termo “entendimento”, que não aparece em Deuteronômio 6.4-6, de cujo texto Ele retirou essa declaração, estava ensinando que devemos amar a Deus com 0 coração e a mente, uma fé lógica e racional. Dizia Agostinho de Hipona: “creio para entender”, baseando-se na parte final de Isaías 7.9, em que a Septuaginta usa a expressão: “se não o crerdes não compreendereis” (porém, o Texto Massorético afirma: “se não o crerdes, certamente, não ficareis firmes”). Isso foi, mais tarde, defendido por Anselmo de Cantuária. A Apologética mostra que o cristianismo é racional, os dados da revelação podem ser explicados de maneira metódica e sistemática, portanto, são aceitáveis.


2.    A que defesa Pedro se refere? (V16)    -    Quanto ao ataque aos cristãos, o apóstolo Pedro tratou sobre 0 assunto. Ele nos ensina a defender o evangelho com essas palavras: “pelo contrário, santifiquem a Cristo, como Senhor, no seu coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm” (1 Pe 3.15). O termo “responder”, na expressão “preparados para responder”, no texto grego, é apologia. Uma tradução mais precisa seria “preparados para [uma] defesa”, como aparece na Versão Espanhola: “para presentar defensa” (Reina-Valera’6o); e, nas versões inglesas: to make a defense, “para fazer uma defesa” (ESVA 2016); to give a defense, “para dar uma defesa” (HCSB, NKJV), to make your defense, “para fazer sua defesa” (NRSVUE). Convém ressaltar que a primeira epístola de Pedro trata do sofrimento do cristão em razão da sua fé em Jesus. Ela foi dirigida a judeus e não judeus convertidos à fé cristã dispersos nas diversas províncias do Império Romano: Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (1 Pe 1.1), para ensiná-los a viverem num mundo de perseguição e encorajá-los a se manterem firmes em Jesus (4.12-16). Esse texto sagrado não tem prazo de validade, continua valendo como guia espiritual para os nossos dias. A Apologética Cristã apresenta a resposta a todo sistema anticristão. O centro desse debate é Deus, seu Filho Jesus Cristo e a Bíblia. Essa resposta, segundo 0 apóstolo Pedro, deve ser “com mansidão e temor” (1 Pe 3.15 ARC), mesmo àqueles que nos criticam e blasfemam contra a nossa maneira de viver: “com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam mal de vocês, fiquem envergonhados esses que difamam a boa conduta que vocês têm em Cristo” (v. 16).


3.   por que devemos combater as heresias? (3.16)    -   Os primeiros cristãos enfrentaram os movimentos que ameaçavam os fundamentos do cristianismo. Essa ameaça vinha dos grupos religiosos sectários e dos críticos intelectuais judeus e pagãos, tanto no campo doutrinário como também contra os cristãos. O apóstolo Paulo prega e defende o evangelho: “alguns proclamam Cristo por inveja e rivalidade, mas outros o fazem de boa vontade. Estes o fazem por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho” (Fp 1.15,16). Os primeiros discursos apologéticos apostólicos foram apresentados pelo apóstolo Paulo em Listra, durante a sua primeira viagem missionária (At 14.15-20) e, no Areópago, em Atenas, por ocasião de sua segunda viagem (At 17.22-31).

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                    III.    O QUE SÃO HERESIAS? 

1.   Seitas e Heresias    -      O Novo Testamento grego usa um só termo para “seita” e “heresia”, é a palavra hairesis, traduzida por “seita” em Atos;2 e por “heresias”.3 A Septuaginta emprega o vocábulo no sentido de “escolha” ou “eleição” (Gn 49.5; Lv 22.18,21). Significa também uma inclinação ou preferência filosófica ou escola de pensamento, tomar para si mesmo uma escolha. O significado dessa palavra é complexo. Agostinho de Hipona disse que era “inteiramente impossível, ou em todo o caso a cousa mais difícil” definir “heresia”.


2.    "Hairesis" no Novo Testamento   -   É verdade que 0 cristianismo foi também chamado de “seita”, mas, por pessoas que estavam do lado de fora e por pessoas que não conheciam a verdadeira natureza da fé cristã e que se opunham ao evangelho de Cristo (At 24.5,14; 28.22). A primeira referência ao termo “heresia” com o sentido moderno de erro doutrinário, aplicado aos que abandonaram a verdadeira fé para seguir grupos sectaristas com doutrinas peculiares, encontramos em 2 Pedro 2.1. Os pais da igreja usavam o termo hairesis ou haeresis (latim) para designar a teologia dos grupos religiosos heterodoxos, que rejeitavam a tradicional doutrina dos apóstolos, como Irineu de Lião; Tertuliano de Cartago; Agostino de Hipona (354-430); entre outros. Seitas são grupos religiosos isolados que expõem uma doutrina rejeitada pela patrística e pelos reformadores do século XVI e contraria o pensamento dos apóstolos. A doutrina sectária é contra a ortodoxia cristã sobre Deus, 0 mundo, o homem e a salvação. As seitas são uma ameaça ao cristianismo histórico e um problema para as igrejas. Hoje estão bem aparelhadas para o combate da fé cristã. Apresentam-se, muitas delas, com uma estrutura organizacional de provocar admiração em qualquer empresa multinacional, parecendo um império, como as testemunhas de Jeova e os mórmons.


3.   Heresias de perdição (2Pe 2.1)    -   1. Uma sentença decretada. Pedro finaliza o verso 3 dando um alento aos fiéis que clamam por justiça. O tempo dos falsos mestres está terminando; o destino deles é certo: a condenação final. Ninguém poderá livrá-los da sentença do Justo Juiz, porquanto hão de pagar o preço pelos seus falsos ensinamentos e pelas vidas que desviaram da verdade. Em sua Palavra, Deus sempre deu a conhecer a sentença sobre os impostores religiosos (Ap 21.8). No Julgamento Final, nem mesmo o fato de dizerem que profetizaram, expulsaram demônios ou fizeram maravilhas no nome de Deus será suficiente para livrá-los. Jesus lhes dirá: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.23). 2. O Deus de justiça. O apóstolo comprova a certeza da severa condenação divina com base em três condenações anteriores: a rebelião angelical, a geração pré-diluviana e as cidades de Sodoma e Gomorra: “(…) se Deus condenou os anjos que pecaram lançando-os no inferno; se Deus condenou o mundo antigo destruindo-o pelo dilúvio, e se Deus condenou as cidades da planície reduzindo-as a cinzas, então é absolutamente certo que os falsos mestres também receberão a sua condenação” (Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento). Esta passagem enaltece a justiça e a imparcialidade de Deus. Ele é amor, mas é também justiça (Sl 50.6). De modo claro, essa passagem das Escrituras confronta os falsos ensinos que negam a ideia do inferno e da punição eterna para os pecadores. Nesse sentido, o universalismo — linha teológica que afirma que todos os homens estão destinados à salvação eterna — não encontra qualquer respaldo no texto sagrado. 3. O livramento dos justos. Pedro contrasta a condenação dos ímpios com o livramento dos justos. Ele recorda que Deus guardou a Noé e sua família, e livrou a Ló. Evidentemente, isso é uma prova do favor divino em benefício dos pecadores arrependidos. O perdão de Deus está disponível àqueles que abandonam o pecado e passam a viver inteiramente para Ele, mediante a graça. Por essa razão, não é possível conceber a ideia segundo a qual a salvação é uma ação divina incondicional, sem a necessária correspondência por parte do homem. A condição da salvação é estar em Cristo, permanecendo fiel à sua Palavra. Isso pressupõe fé e arrependimento dos pecados.






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio, Em defesa da Fé Cristã, Esequias Soares -  Ed. CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe

Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.

https://www.mentesbereanas.info/atos-2029-30-ensina-esse-texto-uma-apostasia-total-da-igreja/

https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2019/lbj-2019-03-11.htm


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