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segunda-feira, 12 de maio de 2025

LIÇÃO 07 - "EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA"

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                    TEXTO ÁUREO

"Disse-lhe Jesus: Eu Sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;" (Jo 11.25)


                    VERDADE PRÁTICA

O Senhor Jesus Cristo é a ressurreição e a vida, e por essa razão, temos a garantia de que um dia teremos um corpo glorioso como o dEle.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 11. 14, 15, 17-21, 21, 23-27



                        INTRODUÇÃO

De todos os sinais do ministério de Jesus, o capítulo 11, do livro de João, parece culminar no tempo de Jesus para a sua morte e a ressurreição que viría pouco depois daqueles dias. E possível que tenha sido o sinal milagroso mais dramático dado por Jesus como evidência de que Ele era o Filho de Deus. O milagre da ressurreição de Lázaro só foi registrado por João. Os outros Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) não o registraram. 

Mas a história do ministério público de Jesus tem o registro de outros milagres de ressurreição dos mortos, tais como: a filha de Jairo (Mt 9.18-26; Mc 5.21 -43; Lc 8.40-56); o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); e, por último, a ressurreição de Lázaro Jo 11.32-45). Na narrativa de João, a ressurreição de Lázaro era, de fato, o último sinal milagroso de Jesus como o Filho de Deus antes de enfrentar o suplício do Calvário. 

 O capítulo 11 ganha espaço depois da tentativa dos inimigos de Jesus prendê-lo em Jerusalém, conforme está registrado no capítulo 10. Ele, precavidamente, se retira da cidade e vai para um lugar além do Jordão (Jo 10.40-42) quando teve notícias de que seu amigo Lázaro de Betânia estava doente. Orientado pelo Espírito Santo, Jesus esperou por quatro dias para chegar a Betânia, pois estava na Pereia, a leste do Jordão, quando mensageiros lhe trouxeram notícias da grave enfermidade de Lázaro. Jesus demorou um pouco mais e o seu amigo veio a falecer. Jesus sabia, pelo Espírito, que no momento certo deveria tomar o caminho para Betânia, visto que naquele lugar operaria o milagre que ninguém esperava.




                I.    O PROPÓSITO DE JESUS

1.    Recebimentos da notícia sobre Lázaro   -   Jesus estava na Pereia, que era a porção geográfica do reino de Herodes, o Grande, que ocupava o lado oriental e o lado sul do vale do rio Jordão e fazia fronteira com a Jordânia. Jesus estava no outro lado do rio Jordão, onde foi batizado por João Batista Jo 1.28). Certamente, Jesus sabia que a sua hora de enfrentar o Calvário estava se aproximando e se retirou estrategicamente para longe do povo de Jerusalém para voltar a Jerusalém e colocar-se à disposição do Pai para ser entregue nas mãos dos seus algozes.

 A verdade é que Jesus demorou para atender o pedido de Marta e Maria, irmãs de Lázaro, para curá-lo. Sua demora implicava a consciência que Jesus tinha da sua missão. Quando declarou “Esta enfermidade não é para morte” (11.4), Ele fortalecia a consciência do seu propósito maior de que o milagre que ocorrería seria um grande sinal tanto para os judeus como para os seus discípulos. Jesus estava orientado pelo Espírito Santo e, certamente, ao de- morar-se no lugar onde estava, tinha como objetivo principal, sem dúvida, a oportunidade para realizar uma grande obra que glorificasse o Pai, poucos dias antes de submeter-se ao suplício do Calvário. O milagre da ressurreição aumentaria a fé de todas as pessoas, inclusive de seus discípulos, de que Ele estava cumprindo os desígnios de Deus.


2.    O desapontamento de Marta e Maria   -    E JESUS, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de DEUS, para que o Filho de DEUS seja glorificado por ela

A resposta de JESUS em João11.4 parece enigmática: Ao receber a notícia, disse JESUS: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de DEUS, a fim de que o Filho de DEUS seja por ela glorificado. O que ele está dizendo é que a essa enfermidade não se seguiria um triunfo ininterrupto da morte; antes, ela seria um motivo para a manifestação da glória de DEUS, na vitória da ressurreição e da vida. O amor de JESUS por Lázaro e suas irmãs não impediu que eles passassem pelo vale da morte, mas lhe trouxe vitória sobre a morte.

 Uma demora surpreendente (Jo 11.6).

Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.

Como conciliar a nossa necessidade com a demora de JESUS? (11.6,39). Em vez de mudai sua agenda para socorrer Lázaro, JESUS ficou ainda mais dois dias onde estava. Em vez de ir pessoalmente, mandou apenas um recado. Marta precisou lidar não apenas com a doença do irmão, mas também com a demora de JESUS. Como conciliar o amor de JESUS com o nosso sofrimento?

a) Marta e Maria fizeram a coisa certa na hora da aflição. Buscaram ajuda em JESUS;

b) Elas buscaram ajuda na base certa. Basearam-se no amor de JESUS por Lázaro, e não no amor de Lázaro por JESUS. Hoje dizemos: “JESUS, aquele a quem amas está com câncer. JESUS, aquele a quem amas está se divorciando? JESUS, aquele a quem amas está desempregado”.

JESUS poderia ter impedido que Lázaro ficasse doente e também poderia tê-lo curado a distância. Ele já havia curado o filho do oficial do rei a distância (4.46-54). Por que não curou seu amigo a quem amava? A atitude de JESUS parece contradizer o Seu amor. Alguns judeus não puderam conciliar o amor de CRISTO com o sofrimento da família de Betânia (11.37). Eles pensaram que amor e sofrimento não podiam andar juntos. O fato de sermos amados por JESUS não nos dá imunidades especiais


3.    O tempo divino    -    A demora de JESUS põe nos lábios de Marta um profundo lamento (11.21). Muitas vezes, JESUS parece demorar. DEUS prometeu um filho a Abraão e Sara, e só cumpriu a promessa 25 anos depois. JESUS só foi ao encontro dos discípulos quando eles enfrentaram uma terrível tempestade no mar da Galileia, apenas na quarta vigília da noite. Jairo foi pedir socorro a JESUS, mas, quando chegou a sua casa, sua filha já estava morta. 

A fé de Marta passou por três provas: a ausência de JESUS (11.3), a demora de JESUS (11.21) e a morte de Lázaro (11.39). 

Uma pergunta que se impõe neste contexto é: Como conciliar o nosso tempo (cronos) com o tempo (kairós) de JESUS? A distância entre Betânia e o lugar onde JESUS estava era de mais de 32 quilômetros. Levava um dia de viagem. O mensageiro gastou um dia para chegar até JESUS. Logo que o mensageiro saiu de Betânia, Lázaro morreu. Quando deu a notícia a JESUS, Lázaro já estava morto e sepultado. JESUS demora mais dois dias. E gasta outro dia para chegar. Daí, quando chegou, Lázaro já estava sepultado havia quatro dias. JESUS se alegrou por não estar em Betânia antes da morte de Lázaro (11.15). Ele deu graças ao Pai por isso (11.41b). JESUS sempre agiu de acordo com a agenda do Pai (2.4;7.6,8,30; 8.20; 12.23; 13.1; 17.1). 

Ele sabe a hora certa de agir. Ele age segundo o cronograma do céu, e não segundo a nossa agenda. Ele age no tempo do Pai, e não segundo a nossa pressa. Quando ele parece demorar, está fazendo algo maior e melhor para nós. Marta e Maria pensaram que JESUS tinha chegado atrasado, mas ele chegou na hora certa, no tempo oportuno de DEUS (11.21,32). JESUS não chega atrasado. Ele não falha. Não é colhido de surpresa. Ele conhece o fim desde o princípio, o amanhã desde o ontem. Ele enxerga o futuro desde o passado. JESUS sabia que Lázaro estava doente e depois que Lázaro já estava morto. Ele tardou a ir porque sabia o que ia fazer. Contudo, por que JESUS demorou mais dois dias? Havia uma crença entre os rabinos que um morto poderia ressuscitar até o terceiro dia por intermédio de um agente divino. A partir do quarto dia, porém, somente DEUS, pessoalmente, poderia ressuscitá-lo. Ao ressuscitar Lázaro no quarto dia depois do sepultamento, os judeus precisariam se dobrar diante da realidade irrefutável da divindade de JESUS.

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                    II.    O ENCONTRO DE MARTA COM JESUS

1.    O Encontro   -    Disse, pois, Marta a JESUS: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.(11.21)

Marta vai ao encontro de JESUS com uma declaração: Senhor, se estivesses aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a DEUS, DEUS te concederá. (11.21,22). Quando Marta se encontra com JESUS, foi seu coração que falou através de seus lábios. Marta lamenta a demora, mas crê que JESUS, em resposta à oração a DEUS, pode reverter a situação. Vale destacar que Marta ainda não tem plena consciência de que JESUS é o próprio DEUS. Marta crê no JESUS que poderia ter evitado a morte (11.21), ou seja, intervindo no passado.

 Marta crê no JESUS que ressuscitará os mortos no último dia (11.23,24), ou seja, agindo no futuro. Mas Marta não crê que JESUS possa fazer um milagre agora, no presente. Marta vacila entre a fé (11.22) e a lógica (11.24). Somos assim também. Não temos dúvida de que JESUS realizou prodígios no passado. Não temos dúvida de que ele fará coisas extraordinárias no futuro, no fim do mundo. Mas nossa dificuldade é crer que Ele opera ainda hoje com o mesmo poder. O grande erro do “Ah, se fosse diferente” de Marta foi omitir o poder presente do CRISTO vivo. Marta vivia no passado ou no futuro. Mas é no presente que o tempo toca a eternidade.


2.   Quando Lázaro ressuscitará     -     Noutra ocasião, Jesus declarou nos seus sermões: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama ao Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. (Jo 5.19-21).

 No versículo 24, percebemos que Marta demonstra sua fé e crença na ressurreição dos mortos quando diz: “Eu sei que há de ressuscitar”, mas Jesus fala em um sentido presente ao declarar: “Eu sou”. Marta tinha noção da doutrina bíblica da ressurreição e revela sua crença nessa doutrina do judaísmo, especialmente dos fariseus. Entretanto, Cristo fala da ressurreição num sentido imediato, visto que não diz “Eu vou levantar da morte a Lázaro”, mas diz que vai “ressuscitar a Lázaro”.

 No versículo 25, Jesus se declara como a “ressurreição e a vida”, e assim podemos notar dois fatos extraordinários. Em primeiro lugar: Jesus revela seu poder soberano sobre todas as coisas, inclusive a morte e a vida. Ao declarar-se como sendo a ressurreição, Ele afirma que é a fonte de vida, tanto física como espiritual.


3.    Promessa de vida    -    Jesus faz promessas quando diz: “Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá ”. A quem são feitas essas promessas senão “a aquele que vive e crê em mim”, ou seja, aquele que crê em Jesus recebe vida física e espiritual. A história bíblica tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento e na história da igreja de Cristo dá testemunho do poder divino na ressurreição de mortos, não apenas como promessa futura, mas como promessa presente. 

 Compartilho com os irmãos a história da ressurreição da minha mãe no ano de 1953, quando meu pai era pastor em São Francisco do Sul, Santa Catarina. Os nomes de ambos eram Jardelina Cabral e Osmar Cabral, um dos casais pioneiros da Assembléia de Deus no Estado de Santa Catarina. Eu tinha apenas 7 anos de idade. Meu pai levou-me para a casa de um pastor amigo, e minha irmã, com 5 anos de idade, foi levada para outra casa. Minha mãe fazia trata mento especial para problemas agudos dos pulmões num Hospital em Joinville, também em Santa Catarina. Porém, era uma mulher que amava cantar e tocar seu violino na igreja e, deitada na cama do hospital, numa madrugada, pediu que o Senhor a fizesse ouvir o coral da igreja cantar antes de morrer. Numa madrugada, seu quarto foi invadido por uma luz radiante e um coral de seres angelicais cantou para ela. Aqueles seres angelicais cantavam sem tocar com os pés no  chão. Depois de cantarem, eles foram embora e ela foi consolada por aquela visão. Era, de fato, uma preparação para enfrentar a morte. Pela manhã cedo, seus pulmões não respondiam mais ao tratamento com os aparelhos respiratórios e, em dado momento, com o meu pai acompanhando aquele cenário, minha mãe deu seu último suspiro e morreu. Meu pai imediatamente chamou as enfermeiras e médicos de plantão, mas já era tarde. Minha mãe, a irmã Jardelina Cabral, havia morrido e fora para o Paraíso. Meu pai, um pastor jovem e cheio da unção do Senhor, se ajoelhou segurando uma das mãos de minha mãe e orou com lágrimas: “Senhor, faça voltar à vida a minha esposa, eu tenho dois filhos pequenos e um ministério para cumprir”. Meu pai levantou-se do chão do hospital e ficou olhando o rosto de minha mãe. De repente! Ela deu um suspiro e o coração voltou a bater. Creio na doutrina da ressurreição porque sei de outros testemunhos vibrantes de pessoas que faleceram e voltaram a viver.

 Há um testemunho que o Brasil inteiro conhece que é a ressurrei ção do pastor João de Oliveira. Ele era pastor em Pindamonhangaba, São Paulo, e professor do Instituto Bíblico das Assembléias de Deus no Brasil (IBAD). Tudo aconteceu no ano de 1966. Muitos irmãos foram se despedir do pastor João de Oliveira, entre eles estava J. P. Kolenda. O pastor Kolenda chegou junto à cama onde ainda estava o corpo do pastor João de Oliveira, enquanto se preparava a igreja e os documentos próprios para o seu funeral. J. P. Kolenda tomou uma das mãos do seu amigo, levantou os olhos em lágrimas e disse: “Senhor Jesus, aqui quem fala é J. P. Kolenda; se possível, faça voltar a vida a este corpo do teu servo. Amém!”. Milagrosamente, a vida voltou a João de Oliveira e ele ficou muitos anos testemunhando do poder do Senhor, vindo a falecer anos depois, em 9 de julho de 1980, em São José dos Campos, São Paulo. Esses testemunhos têm na história as suas comprovações. Eles nos fazem reconhecer que a doutrina da ressurreição não é uma mera ilusão, mas se constitui de verdades reais e indiscutíveis ainda em nossos tempos. 

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                    III.    A DOUTRINA BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO DO CORPO

1.    A Ressurreição do Corpo   -    A ressurreição do corpo é uma ideia distintamente bíblica. Os gregos, e a filosofia grega em geral, tinham pouco respeito pelo corpo, considerando-o um estorvo, e ensinavam apenas a imortalidade da alma. A Bíblia vê o homem criado tanto com o corpo como com a alma, e, portanto, incompleto durante o estado intermediário até que receba o seu corpo ressurrecto. O NT acrescenta à mera ideia de uma ressurreição do corpo a revelação de que os cristãos terão um corpo glorificado como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.211 Jo 3.2).

Ressurreição no AT. A doutrina de uma ressurreição corpórea é claramente ensinada no AT, particularmente em Jó (Jó 14.13-1519.23-27), nos Salmos (Sl 16.9-1149.14ss.), Isaías (Is 26.19) e Daniel (Dn 12.2). A existência consciente da alma entre a morte e a ressurreição também é claramente afirmada. O fato de ser falado mais da condição dos ímpios do que dos justos no estado intermediário não diminui o fato dos mortos permanecerem conscientes, mesmo estando os seus corpos na sepultura (Is 14.9-20Ez 32.17-32).

O texto em Jó (Jó 14.14,15a) traz uma pergunta: “Morrendo o homem, porventura, tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te responderia...” No cap. 19, ele toca neste assunto novamente. Jó sabe que seu Redentor vive e que se levantará sobre a terra nos dias futuros, e ele tem a certeza de que, mesmo que os vermes destruam o seu corpo na sepultura, “em” sua carne e com seus próprios olhos verá a DEUS naquele grande dia (Jó 19.25-27). Alguns preferem a tradução “de minha carne” ao invés de “em minha carne”, baseando-se no termo heb. mibbesari (min, “de”; basar, “carne”; veja BDB. min, “o lugar do qual”, p. 579a). Tanto a LXX como Jerônimo apoiam a opinião de que Jó está se referindo à sua futura ressurreição.

Salmo 16.9-11 traz a promessa: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção". Aquilo que Pedro mostra em seu sermão no Pentecostes se aplica ao Davi Maior, CRISTO (At 2.25-31). Esta é a menção mais importante da ressurreição nos Salmos, embora ela seja citada ao menos no Salmo 49.14ss. Em Daniel 12.2, há uma profecia muito importante sobre a ressurreição. Uma tradução literal do heb. seria: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno”, e é justificada pelas palavras heb. rabbim miyyshere (veja JFB, que baseia tal tradução nos dados de Tregelles). A tradução “uns... e outros" é uma tradução melhor ao heb. ,elleh...relleh do que a expressão “alguns... alguns” da versão KJV em inglês. Esta passagem é muito importante, uma vez que, traduzida literalmente, ensina duas ressurreições; uma dos justos e uma segunda, dos ímpios, como encontramos em Apocalipse 20.4-6 (cf. Jo 5.28,29).

O profeta Zacarias prediz O cerco final de Jerusalém juntamente com o arrependimento de Israel na segunda vinda do Senhor, e escreve: “Virá o Senhor, meu DEUS, e todos os santos contigo”, mostrando que os crentes que morreram estão com o Senhor e voltarão para reinar com Ele na terra (Zc 14.5; cf. Ap 5.10). Alguns têm criticado o AT por sua falta de informação sobre a imortalidade da alma, e têm sugerido que mesmo o que é mencionado apareceu apenas bem tarde. Todas estas críticas são injustificadas. O NT também não entra em detalhes quanto ao estado da alma imediatamente após a morte, isto é, o estado intermediário. Tanto no AT como no NT, DEUS concentrou sua revelação na ressurreição e nas bênçãos do reino.

É difícil provar que a ideia da imortalidade aparece apenas mais tarde no AT. Muitos consideram Jó um livro muito antigo, e este livro é muito claro tanto sobre a imortalidade como sobre a ressurreição do corpo. Seja como for, os patriarcas criam em uma vida futura. Enoque nem sequer morreu, mas foi estar diretamente com DEUS (Gn 5.24Hb 11.5). Abraão “esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é DEUS” (Hb 11.10). Todos os santos do AT aguardavam ansiosamente pelo reino (Hb 11.13-16; cf. Lc 13.28,29) desde os dias da aliança com Abraão, não só para os seus descendentes distantes mas também para si mesmos.

Ressurreição no NT. No NT, o termo gr. anastasis refere-se à ressurreição do corpo morto à vida. Somente em Lucas 2.34 a palavra é traduzida de outra forma, e mesmo ali o termo ressurreição pode ser a tradução correta. Isto não tem de ser um ajuntamento de parte por parte ou a restituição do antigo corpo de carne, uma vez que o corpo da ressurreição é um corpo com qualidades completamente diferentes do antigo corpo, mas significa a constituição de um corpo como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.21), e apropriado para o estado eterno da alma.

O NT claramente ensina uma ordem ou série na ressurreição. Paulo revela em 1 Coríntios 15.20-24 que deve ser “cada um por sua ordem. CRISTO, as primícias; depois, os que são de CRISTO, na sua vinda. Depois, virá o fim”. Isto concorda com o que o próprio Senhor JESUS CRISTO havia dito em João 5.28ss.: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”. Daniel, como já visto, indica duas ressurreições, e Apocalipse 20.4-6 fala de uma primeira ressurreição dos santos como distinta de uma segunda, a dos “outros mortos” ou a do “restante” dos mortos, os perdidos, e diz que a segunda está separada da primeira por mil anos. Em 1 Tessalonicenses 4.16,17 são apenas os mortos em CRISTO que são ressuscitados em sua vinda, e estes são imediatamente levados, arrebatados, ao céu (cf. a advertência de CRISTO para estarmos prontos para o arrebatamento em Mateus 24.40-44Marcos 13.28,29Lucas 21.29-31).

O corpo da ressurreição. É revelado que o crente será como o seu Senhor (Fp 3.211 Jo 3.2), tendo um corpo tangível “como o seu corpo glorioso”. A identidade será retida entre o corpo mortal e o novo corpo da ressurreição, embora este não necessite de uma reconstituição dos mesmos átomos. Mesmo nesta vida, as matérias do corpo mudam constantemente. Elas são inteiramente substituídas de um modo progressivo dentro de um período de alguns anos.

O Senhor JESUS CRISTO ressuscitou no corpo tio qual havia sofrido, deixando um túmulo vazio. Seu novo corpo tinha “carne e ossos”, mas embora Ele tenha sido absolutamente reconhecido, suas qualidades estavam gloriosamente mudadas. O novo corpo do crente não deverá ter “carne e sangue”, pois esta é a natureza de seu corpo mortal. Ele será como os anjos que não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.29,30). Este novo corpo é descrito em 1 Coríntios 15.35-50.

Implicações espirituais e morais. O homem é uma criatura composta por uma parte material (o corpo) e uma parte espiritual (a alma e o espírito). Ele faz parte de uma raça. Por ser assim, ele pode conhecer a supremacia do primeiro Adão na qual ele caiu e se perdeu, e pode participar dos benefícios da supremacia do último Adão, JESUS CRISTO, e ser salvo. “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO” (1 Co 15,22). CRISTO não redimiu somente a alma, mas também o corpo, como ficou provado na ressurreição de seu próprio corpo.

O corpo do crente é o Templo do ESPÍRITO SANTO e deve ser mantido puro (1 Co 6.19,20). Ele será finalmente transformado de uma forma miraculosa para se adaptar às necessidades eternas dos filhos de DEUS. Por causa da importante função do corpo, não se deve desprezá-lo nem o destruir através de uma vida devassa.


2.    Da morte para a vida     -     A resposta de Jesus a Marta quando ela declarou sua crença de que haverá ressurreição “no último Dia” (v. 24) referia-se a algo que vai além da vida presente. Entretanto, Jesus fala de algo que transcende a percepção humana e distingue a vida natural da vida eterna. Quando Ele diz: “ainda que esteja morto, viverá” (v. 25) transmite a ideia de que o crente, mesmo que venha a morrer fisicamente, um dia, ele res suscitará. A morte para o crente perde a força porque não será capaz de impedir que o crente tenha a vida eterna.

 Há pelo menos três tipos de ressurreição na Bíblia:

 • A ressurreição nacional. Tem um caráter político e mate rial que se refere, especialmente, à restauração e renovação do povo de Israel (Dt 4.23-28; Lv 26.14,15,31 -35; Ez 11.17; 36.24; 37.21). Todas essas referências correspondem à restauração política, econômica, moral e religiosa de Israel.  

 • A ressurreição espiritual. É o renascimento do espírito tanto em relação a Israel como à igreja de Cristo Jesus na Terra (Ef 2.11; Rm 6.4; 2 Co 5.17). 

 • A ressurreição física . Precisamos distinguir esse tipo sob dois ângulos: o temporal e o escatológico. O escatológico diz respeito ao futuro e aos mortos que partiram em Cristo. Além disso, essa ressurreição dar-se-á no arrebatamento da igreja e a ressurreição dos ímpios no Juízo final (1 Co 15.52; 1 Ts 4.13-17).


3.    Uma viva esperança    -    Jesus comoveu-se e chorou junto com as irmãs de Lázaro e todos os amigos que choravam a perda física de Lázaro Jo 11.35). Ele pediu que o levassem até o túmulo cavado na rocha onde jazia Lázaro há exatos quatro dias Jo 11.39). Chegando junto ao túmulo, o corpo de Lázaro já havia começado a decompor-se e cheirava mal. Jesus então disse a Marta: “Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” (v. 40). Logo em seguida, Jesus pediu que tirassem a pedra da entrada do túmulo e, retirada a pedra da entrada, ordenou com voz alta e com grande autoridade e poder para que entrasse a vida no corpo de Lázaro e ele saísse do túmulo.

 Como defunto, Lázaro estava envolto em lençóis com um lenço sobre o seu rosto. Mas quando o Filho de Deus ordenou a nova força vital, Lázaro saiu andando com passos curtos porque estava totalmente envolvido pelos lençóis dentro do túmulo. De um modo glorioso o seu corpo se recompôs e creio que o cheiro da morte, também, deve ter desaparecido. O milagre desafiou a incredulidade dos seus inimigos porque a glória de Deus não se restringe a milagres físicos, mas se manifesta no milagre da salvação que Jesus opera no pecador.

 “A glória de Deus não se restringe a fatos isolados, mas na ressurreição dos mortos em Cristo, a glória de Deus será manifestada. ”





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - E o Verbo se fez Carne, Pr. Elienai Cabral -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD

Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman - CPAD


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sexta-feira, 2 de maio de 2025

LIÇÃO 06 - O BOM PASTOR E SUAS OVELHAS.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO

"Eu Sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido." (Jo 10.14)


                    VERDADE PRÁTICA

Jesus é o Bom Pastor e nós, que pertencemos à sua Igreja, somos as ovelhas do seu rebanho.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 10. 1-16



                                   INTRODUÇÃO  

Nos últimos versículos do capítulo 9 do Evangelho de João, Jesus teve um diálogo breve com seus inimigos fariseus, os quais procuravam algum assunto discordante para terem de que acusá-lo. No capítulo 10,Jesus interrompe aquele tipo de diálogo, depois da cura de um cego de nascença, que foi  expulso da sinagoga da cidade, porque sabiam que o testemunho daquele homem os perturbaria. Jesus, então, inteligentemente e com perspicácia, usou a figura de forma parabólica do pastor e as ovelhas para descrever aqueles religiosos, tratando-os como falsos pastores e, mais precisamente, como mercenários. Na verdade, eles eram a figura dos falsos pastores da profecia de Ezequiel 34.1-10.

 Na história que Jesus apresenta, há pelo menos três fatos que distinguem o verdadeiro pastor do falso pastor. Primeiro, o verdadeiro pastor entra pela porta; segundo, o guarda lhe permite entrar pela porta; terceiro, as ovelhas o seguem porque reconhecem a sua voz.



                I.    JESUS, A PORTA DAS OVELHAS

1.    O contexto    -     Os fariseus, em sua oposição a CRISTO, baseavam-se no princípio de que eles eram os pastores da igreja, e que JESUS, não tendo comissão outorgada por eles, era um intruso e impostor, e, portanto, as pessoas se viam forçadas, pelo dever, a ficar do lado deles, e contra Ele. Em oposição a isto, CRISTO aqui descreve quem eram os falsos pastores, e quem é o verdadeiro, deixando que eles concluíssem o que quisessem.

O tema do pastor-rei era bem difundido no Antigo Oriente Médio, e não menos no ATOS. E mais do que coincidência que os dois maiores líderes de Israel na época do ATOS passaram os seus anos de aprendizado e estágio como pastores. Javé, o Rei supremo de Israel, é também o Pastor de Israel por excelência (cf. SL 80.1; 100.3; Is 40.11); esse é o papel em que ele fala em todo esse oráculo.
a) A denúncia contra os pastores indignos (34.1-10). Os reis e príncipes de Israel são denunciados como falsos pastores que tosquiavam e devoravam o rebanho de DEUS confiado a seus cuidados, em vez de pastoreá-lo, com a conseqüência de que o rebanho estava espalhado por toda a terra. Essa seção tem eco em Zc 11.15-17 e especialmente na referência de JESUS aos mercenários que se intrometem sorrateiramente no rebanho e, na hora do perigo, abandonam as ovelhas aos ataques dos lobos (Jo 10.12,13).
v. 6. Aí minhas ovelhas vaguearam por todos os montes', cf. a linguagem de Micaías em lRs 22.17 e a compaixão de JESUS pela multidão porque eram como “ovelhas sem pastor” (Mc 6.34) — como um exército sem capitão.
b)    Javé busca as suas ovelhas perdidas (34.11-16). Não importa o que os mercenários tenham feito, o DEUS de Israel vai cumprir com o papel de um verdadeiro pastor do seu rebanho, ajuntando as ovelhas, alimentando-as com boa pastagem (v. 14) e cuidando daquelas que precisam de tratamento especial (cf. SL 23). Linguagem semelhante é usada na parábola da ovelha perdida nos Evangelhos (Mt 18.12,13; Lc 15.3-7); aqui a referência é à restauração do exílio.


2.    A Porta das Ovelhas    -      Nos primeiros cinco versículos, João apresenta um desafio aos porteiros que eram os guardas das portas da cidade (o aprisco) a fim de reconhecerem quem é Jesus, o qual tem direito de entrar pela porta das ovelhas. Se alguém estranho às ovelhas tentar entrar e transpor a cerca do redil, conclui-se que não é o verdadeiro pastor, porque as ovelhas, ao ouvirem a voz desse estranho, não o reconheceram. Mas o verdadeiro pastor entra pela porta das ovelhas e elas ouvem a sua voz e o seguem sem medo. Desse modo, Jesus mesmo declarou-se: “eu sou a porta” Jo 10.7) e, mais uma vez, diz: “eu sou o bom Pastor” Jo 10.11). Ainda em seu discurso para a casta religiosa dos fariseus que eram falsos pastores, Jesus declara outra vez: “eu sou o bom Pastor” Jo 10.14). Notem o contexto dessa parábola do cego de nascença que havia sido curado por Jesus. Aquele homem, que agora podia enxergar, era uma ovelha do aprisco judaico, mas, pelo fato de seguir Jesus onde Ele estivesse, inclusive na sinagoga, aqueles judeus o rejeitaram. Entretanto, aquele homem que foi curado passou a reconhecer que Jesus era o verdadeiro pastor de Israel e de todos quantos creram nEle.


3.   A mensagem da porta    -   Quem entrar por meio de CRISTO será "salvo", i.e., terá vida eterna e abundante (v. 10), tudo quanto necessita para ser liberto do pecado, da culpa e da condenação. JESUS é a única porta da salvação; não há salvação senão por Ele (At 4.12).

 As portas estão bem presentes em nossas vidas, elas são vias de acesso que nos permitem entrar e sair dos mais diversos lugares. Sem elas, nossas vidas seriam muito difíceis e limitadas. A palavra “porta” também pode ser usada em sentido metafórico, como significado de “oportunidade”. Por isso, essa ilustração é tão propícia para pensarmos nossa jornada. Jesus é a maior porta com que podemos nos deparar em nossa vida.

Jesus é a porta da salvação. Quem entra por Ele, não se junta a um rebanho qualquer, a um grupo ou organização qualquer. Quem entra por Ele se torna parte de “um só rebanho”, a Igreja de Cristo. Jesus é o único acesso legítimo à salvação e ao povo de Deus. Não é o nascimento, nem o costume e a tradição, tampouco um sacramento em si, também não é o “ter crescido na igreja” que nos torna membros da comunhão dos redimidos.

Através dessa bela figura de linguagem, Jesus revela que Ele somente é a porta da salvação e o Bom Pastor que, como Deus encarnado, cuida de Seu rebanho ao morrer para livrá-lo. Ele conhece os Seus. Ele os ama. E aqueles que são verdadeiramente dEle — dados a Ele pelo Pai — conhecem Sua voz e encontram segurança em Seu rebanho. Ainda que fôssemos “desgarrados como ovelhas”, nos convertemos “ao Pastor… da [nossa] alma” (1 Pe. 2:25). Mas essa verdade gloriosa não para aí. Jesus, “o grande Pastor das ovelhas” (Hb. 13:20), colocou subpastores para guardar e proteger Seu rebanho agora (1 Pe. 5:2). Esses pastores afastam os falsos mestres ladrões (At. 20:29) e alimentam as ovelhas cuidando de suas necessidades espirituais (João 21:16-17). Eles trabalham para ajudar suas ovelhas a discernirem e seguirem a “voz” de Jesus, que é audível na Palavra de Deus escrita: a Bíblia.


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                    II.     O APRISCO DAS OVELHAS

1.    Parábola? Uma Alegoria?      -    Metáforas profundamente arraigadas em nós (como Deus é a nossa rocha, o amor é uma jornada, etc.) nos ajudam a compreender verdades que de outra forma poderiam escorrer por entre nossos dedos mentais. João 10 é um exemplo proeminente. A complexa “figura de linguagem” (v. 6; “parábola” em algumas traduções) do pastor, ovelha, a porta para o aprisco, e dos possíveis ladrões chega ao coração de quem Jesus é e como somos chamados para seguir somente a Sua voz. Como qualquer boa metáfora, ela se propaga sobre diversos contextos. Vamos rastreá-los.

Utilizando detalhes sobre o pastoreio, que era familiar para a Sua audiência, Jesus visualiza um grande aprisco com um porteiro guardando a porta para assegurar que apenas os verdadeiros pastores entrem e saiam com suas ovelhas vulneráveis. Qualquer um que não entre pela porta é um possível ladrão. A imagem evoca como Jesus descreve o povo, “ovelhas sem pastor” (Mc. 6:34) e Ele próprio como um enviado para reunir as ovelhas perdidas (Mt. 18:12; Lc 15:3-7). A figura também mostra como Ele cuida amorosamente de Suas ovelhas, Sua “voz” é o que mais importa (Jo. 10:4). No antigo Israel, pastores iriam à frente de suas ovelhas e as guiariam (ao invés de conduzi-las por trás) puramente pelo reconhecimento de voz. Nesse estágio do evangelho de João, Jesus está se empenhando para provar que Ele é o verdadeiro líder das “suas próprias ovelhas” (v. 3), não as autoridades religiosas corruptas que querem destruí-las como os possíveis ladrões na parábola.


2.     O aprisco das ovelhas   -    O significado de “aprisco” indica um cercado, pátio, redil ou curral. A palavra “aprisco” na Bíblia traduz termos originais no hebraico e no grego, e é aplicada tanto no sentido literal, descrevendo um abrigo para ovelhas na vida pastoral da antiguidade, como figurado, geralmente fazendo referência ao cuidado do Senhor como um Pastor que cuida e protege o seu rebanho no aprisco.

Entre os termos originais traduzidos pela palavra “aprisco” em algumas versões da Bíblia, está o hebraico mikla, que significa um lugar de confinamento (Salmos 50:9; 78:70; Habacuque 3:17). Outro termo hebraico, gedera, refere-se a um cercado permanente, muitas vezes uma área cercada por muros de pedra a céu aberto (Números 32:16,24,36; Sofonias 2:6). Além disso, o “aprisco” podia assumir a forma de uma construção baixa, como um abrigo com estábulos (2 Crônicas 32:28; 9:25).


3.    Um lugar de proteção    -     Na teologia cristã, a figura do “aprisco” vai além do seu significado literal, assumindo um simbolismo espiritual. Neste sentido, o aprisco pode comunicar no texto bíblico a ideia de proteção, cuidado e vigilância, aludindo ao cuidado de Deus por Seu povo.

No Antigo Testamento, por exemplo, o remanescente de Israel é frequentemente retratado como um rebanho em seu aprisco sendo cuidado pelo Senhor (Jeremias 23:3; Ezequiel 34:14; Miqueias 2:12,13).

No Novo Testamento, Jesus ampliou este conceito, afirmando que o Evangelho não ficaria restrito a Israel, mas se estenderia por todo o mundo. Como resultado, suas ovelhas não estariam limitadas ao aprisco do judaísmo, mas viriam de todas as partes para serem reunidas em um só rebanho de Deus. Isto, obviamente, se cumpre na Igreja que está sob o cuidado de Cristo, o Supremo Pastor (João 10:14-16; cf. 1 Pedro 5:2).

Inclusive, o simbolismo presente na alegoria do “Bom Pastor” é central para entender o significado de “aprisco” na teologia cristã. Neste contexto, o aprisco simboliza a segurança e o refúgio que o Bom Pastor, Jesus Cristo, oferece aos seus seguidores. Assim como um pastor guia suas ovelhas para um lugar de segurança e sustento, Jesus guia seus seguidores para a salvação e vida eterna. Esta conexão é tão íntima, que o pastor conhece suas ovelhas e é conhecido por elas.

Portanto, o aprisco na Bíblia é mais que um termo descritivo para um abrigo de ovelhas. Ele é também uma metáfora que ilustra o cuidado divino e a proteção providencial de Deus. Este conceito encoraja os fiéis a buscarem refúgio e segurança no Senhor, confiando em Sua orientação e proteção em todas as circunstâncias da vida.

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                      III.     A DISTINÇÃO ENTRE O BOM PASTOR E O MERCENÁRIO

1.    O Bom Pastor    -    Ao longo do Antigo Testamento, o próprio Deus é regularmente descrito como o verdadeiro pastor (Gn. 49:24; Sl. 23; Sl. 95:7). Além disso, Deus promete que no futuro: “Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei” (Ez. 34:11). Em outras palavras, tanto Deus como o Messias davídico são os futuros pastores do rebanho. Não é nenhuma surpresa que Jesus desvende as implicações: não apenas preenche o papel messiânico do pastor em Sua parábola, mas declara, “Eu e o Pai somos um” (Jo. 10:30). De uma forma maravilhosa e ainda assim misteriosa, Jesus, como o Filho divino do Pai, cumpre a promessa que “um” pastor — “um” trinitário — cuidaria do rebanho.

Através dessa bela figura de linguagem, Jesus revela que Ele somente é a porta da salvação e o Bom Pastor que, como Deus encarnado, cuida de Seu rebanho ao morrer para livrá-lo. Ele conhece os Seus. Ele os ama. E aqueles que são verdadeiramente dEle — dados a Ele pelo Pai — conhecem Sua voz e encontram segurança em Seu rebanho. Ainda que fôssemos “desgarrados como ovelhas”, nos convertemos “ao Pastor… da [nossa] alma” (1 Pe. 2:25). Mas essa verdade gloriosa não para aí. Jesus, “o grande Pastor das ovelhas” (Hb. 13:20), colocou subpastores para guardar e proteger Seu rebanho agora (1 Pe. 5:2). Esses pastores afastam os falsos mestres ladrões (At. 20:29) e alimentam as ovelhas cuidando de suas necessidades espirituais (João 21:16-17). Eles trabalham para ajudar suas ovelhas a discernirem e seguirem a “voz” de Jesus, que é audível na Palavra de Deus escrita: a Bíblia.

Como deveríamos responder, então, a João 10? Para nós, que somos ovelhas: trabalhemos para sermos boas ovelhas, sigamos a voz do único Pastor. Para nós, que somos subpastores: conduzamos nossos rebanhos através da verdadeira “porta” a fim de acharmos pastagem, e cuidemos deles não como mercenários que buscam um proveito egoísta, mas como aqueles que andam nos passos do Bom Pastor.


2.    O Mercenário     -      O mercenário pouco se interessa pelas ovelhas. É apenas um profissional que trabalha visando vantagem material. Jesus compara aqueles sacerdotes e líderes religiosos aos mercenários que visavam tão somente aos dízimos e ofertas do povo que eram entregues no Templo. No campo pastoril de ovelhas, o mercenário era alguém contratado para cuidar do rebanho quando o pastor não estivesse presente, mas não era capaz de enfrentar as ameaças como os ladrões e os salteadores, nem os animais carnívoros. 

Quando ameaçados, eles abandonavam o redil das ovelhas e as deixavam à mercê dos invasores. Os pastores mercenários gostavam de exercer autoridade e domínio sobre as ovelhas por motivos escusos, porque sabiam que as ovelhas não reconheceríam a sua voz. E lamentável que tenhamos que contextualizar esse mercenarismo de pastores falsos em nossos tempos atuais.


3.    Lobos vorazes x o Bom Pastor    -    Disfarçados de inocentes cordeirinhos, escondidos sob o manto do anonimato e do silêncio, enrustidos em personalidades afáveis e cativantes, mascarados por um véu de aparente "santidade" e "piedade", escondem-se indivíduos perigosos e cruéis, que à semelhança de lobos ferozes, não terão quaisquer escrúpulos de demonstrar o seu lado mais vil quando o momento for propício para tal.


O Apóstolo Paulo, referindo-se a um tempo posterior a sua partida para a eternidade, adiantou que lobos ferozes surgiriam e não poupariam o rebanho de Deus. Sobre isso Paulo advertiu: "Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a Igreja de Deus, que Ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho" (At 20.28,29).

As suas palavras de advertência eram solenes avisos, que tinham o intuito de abrir os olhos dos fiéis sobre o surgimento de falsos mestres e ensinos destruidores, que emergiriam do seio da própria Igreja e causariam danos terríveis as ovelhas do Senhor. “E que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos a si” (At 20.30).

A origem dos falsos mestres (v.30). Na continuação deste discurso de Paulo, no versículo 30, ele falou: “E que de entre vós mesmos se levantem homens que falem coisas perversas, para atraírem os discípulos após si”. Podemos identificar duas coisas importantes nesta fala do apóstolo Paulo: 

a) Eles surgirão em nosso meio. Claro que há muitos hereges em religiões não cristãs e devemos também refutar os seus ensinos perante a Igreja. Mas, precisamos estar alertas quanto aos falsos mestres que aparecem em nosso meio. Estes são muito mais perigosos, pois eles têm livre acesso ao rebanho e estão por toda parte. Pode ser um pastor, um pregador itinerante e até um professor da Escola Dominical. É preciso ter muita cautela antes de entregar o microfone da Igreja para alguém pregar, prestar atenção nas aulas da Escola Dominical e ter cuidado com cultos e campanhas nos lares, sem a presença da liderança da Igreja. Eu mesmo já tive que corrigir erros doutrinários de professores em aula da Escola Dominical, quando era superintendente. Como pastor, também tive que corrigir erros que foram pregados por pregadores de congresso. Não tenho nenhum constrangimento, quanto a isso, pois é obrigação dos pastores e superintendentes fazerem isso a fim de proteger a Igreja.

2) Eles falam coisas perversas para atrair os discípulos para si. Os falsos mestres distorcem a Bíblia e não procuram fazer discípulos para Cristo. O interesse deles é buscar seguidores para si, ter fama e enriquecer. Estes lobos são eloquentes, escrevem bem e tem aparência de piedade. Mas são presunçosos e se colocam acima das Escrituras e dos apóstolos. Quando a Bíblia contraria os seus falsos ensinos, eles querem desacreditar a Bíblia, ou adequar a mensagem bíblica às suas heresias. Tomemos muito cuidado com pregadores e ensinadores que desacreditam as narrativas da Bíblia e dizem que “não é bem assim”. São lobos devoradores, vestidos em pele de ovelhas. Neste sentido, a apologética é muito importante, para orientar a Igreja, como veremos no próximo tópico. 




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - E o Verbo se fez Carne, Pr. Elienai Cabral -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)
Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman

https://www.ibrthe.org.br/post/eu-sou-a-porta-das-ovelhas

https://estiloadoracao.com/aprisco-significado-biblico/

https://voltemosaoevangelho.com/blog/2023/04/a-parabola-do-bom-pastor/


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sexta-feira, 25 de abril de 2025

LIÇÃO 05 - A VERDADE QUE LIBERTA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (Jo 8.32)


                    VERDADE PRÁTICA

O Verbo Divino representa a Verdade que se manifesta na história para libertar o pecador.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 7. 16-18. 37, 38; 8. 31-36



                    INTRODUÇÃO

Para falar de si mesmo como “a Verdade”, Jesus, nos versículos 31-47, teve de confrontar não só aqueles que Ele chama de “filhos de Abraão”, mas também os “filhos do diabo”. Os filhos de Abraão reivindicavam privilégios raciais da linhagem de Abraão, e “os filhos do diabo” (8.44) eram todos aqueles que falavam mentiras e aspiravam por violência contra Jesus porque Ele mantinha sua postura de Filho de Deus. A única verdade contra a mentira era o próprio Jesus (8.32).

O exercício da liberdade cristã com referência à lei, A liberdade cristã está sujeita a uma grande quantidade de mal-entendidos, porque, muitas vezes, o conceito da lei é entendido de forma imprópria. Sem palavras ou frases adjetivas a ele anexadas, o conceito da lei faz referências ao ensino e à instrução que emergem em regras ou princípios de conduta. Lei é norma de vida. A lei de Deus é uma norma de vida que Ele entregou para ensinar sua vontade aos homens. No progresso da divina revelação, Deus achou por bem estabelecer diferentes formas ou sistemas de regras que variam de acordo com a época, os povos e o propósito divino. Uma visão adequada dessa organização é especialmente importante, quando se trata da questão da liberdade cristã, e da lei.


                    I.    JESUS, A VERDADE EM JERUSALÉM

1.    Da Galiléia para Jerusalém    -    Nos capítulos 7 e 8 do Evangelho de João são narradas situações em meio à Festa dos Tabernáculos que a cidade de Jerusalém realizava. A cidade recebia pessoas de todas as partes do mundo e, principalmente, judeus dispersos. Nesses capítulos, Jesus aproveita a ocasião para falar publicamente do seu ministério na Terra. As opiniões acerca de Jesus eram variadas. As pessoas que criam nEle e em sua palavra o acompanhavam; já aquelas que se tornaram antagonistas do que Ele representava não perdiam oportunidade para discordar e discutir suas doutrinas. Durante o período das Festas de Jerusalém, Jesus não só falou a todo o povo que queria ouvi-lo, mas operou curas e milagres. Porém, os discursos de Jesus haviam afastado muitos discípulos e até os próprios irmãos, filhos de José e Maria, os quais não criam no seu papel de Filho de Deus Jo 7.5).

 Seus irmãos, querendo livrá-lo da possibilidade de ser preso pelas autoridades religiosas, pediam a Ele que fosse para a Galileia, mas Jesus, que conhecia o tempo e a vontade do Pai, não atendeu ao pedido de seus irmãos Jo 7.3,4). 

Durante a Festa dos Tabernáculos, Jesus fez declarações ousadas que contrariavam os líderes religiosos, especialmente os fariseus, que o rejeitaram e procuravam matá-lo. Depois dessas recalcitrações dos judeus de Jerusalém e de ter sido confrontado com o episódio da mulher adúltera, que trouxeram para que Ele a julgasse, e não correspondendo ao senso radical de justiça daqueles líderes religiosos, estes ficaram ainda mais irados e decididos a prendê-lo e matá-lo.


2.   A verdade na Festa dos Tabernáculos    -     

Durante a Festa dos Tabernáculos era costume dos sacerdotes irem ao tanque de Siloé e tirar água num cântaro de ouro, cantando ao mesmo tempo Isaías.   A água então era derramada sobre o altar. Isso era considerado como uma comemoração da água dada no deserto, e era simbólico do derramamento futuro do Espírito sobre Israel. Provavelmente, foi nesse ponto que Jesus Se pro­clamou como a Fonte das águas vivas, a Rocha ferida da qual o mundo inteiro pode beber (vers. 37-39).

Inicialmente, Jesus andava pela Galileia porque havia ameaças contra a sua vida na Judeia Jo 7.1). Até que todos os que seguiam Jesus e o admiravam entendessem o seu papel no mundo, Ele sabia que a verdade pregada e anunciada seria rejeitada pelas autoridades de Jerusalém. Na Galileia, Jesus já sabia que o momento de ser entregue nas mãos dos chefes religiosos de Jerusalém estava se aproximando. No capítulo 6, muitos seguidores de Jesus, que eram atraídos pelos milagres que Ele realizava, tinham dificuldades para aceitar a sua mensagem, especialmente quando Ele se identificou como o “pão vivo que desceu do céu” Jo 6.51). Por isso, o abandonaram e ficaram apenas os doze discípulos, anteriormente escolhidos para estar com Ele Jo 6.65,66). Dos doze discípulos, o Senhor já sabia que um deles também se afastaria, que era Judas Iscariotes (6.64).


3.    Vivendo na verdade    -     Nos versículos 10 a 13, Jesus procurou ocultar-se do assédio do povo, pois já estava na metade dos dias da Festa, até que, entendendo que a vontade do Pai havia chegado ao seu ponto culminante, subiu ao Templo e começou a ensinar. Sabendo que o povo estava dividido nas opiniões a seu respeito, Ele disse: “O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou” Jo 7.16, ARA). Houve grandes discórdias entre todas as pessoas, porque preferiam admitir que Ele fosse um grande profeta, mas nunca o Filho de Deus. Jesus se tornou o personagem principal naquela festa. Seria a sua verdade a de um impostor, ou de um profeta, ou Ele estaria falando a verdade acerca da sua origem? Ainda hoje, os homens se sentem obrigados a enfrentar a verdade com as afirmações que Cristo havia feito naquele dia. Ele era o Filho de Deus e o que ensinava continha a única verdade que o mundo de   então não conhecia. Somente Ele podia declarar Eu Sou a Verdade como em João 14.6.

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                    II.     JESUS, A VERDADE DIANTE DOS ESCRIBAS E FARISEUS

1.    A verdade no episódio da mulher adúltera    -    Quando Jesus desceu do monte das Oliveiras, foi direto para o pátio do Templo porque, pelo Espírito, Ele sabia que os seus inimigos viríam ao seu encontro para questioná-lo sobre algumas declarações que havia feito sobre a Lei e sobre Moisés. Pela manhã do dia seguinte, ao se depararem com Jesus no pátio do Templo e com uma pequena multidão que o ouvia, aqueles líderes religiosos se aproximaram dEle. Muitas daquelas pessoas estavam ansiosas por mais milagres. Aquele grupo de escribas e fariseus quis surpreendê-lo ao trazer uma mulher em adultério Jo 8.3-5): 

 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando, e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? 

 Aqueles homens não tinham escrúpulo nenhum e nem respeito algum pelas pessoas. Então, eles começaram a acusá-la de ter pecado contra a Lei de Moisés. Os escribas e fariseus afirmavam que Jesus anulava a Lei de Moisés, além de não respeitar a Lei em tudo que fazia; desse modo, pensavam que o deixariam em situação embaraçosa diante da multidão que o ouvia. Essa era uma maneira de acusá-lo diante do povo. Inteligentemente, Jesus lhes dá uma resposta, fazendo uma pergunta e, assim, Ele lhes mostra que não estava anulando a Lei. Logo, Jesus endereça a sua resposta aos seus inimigos, dizendo-lhes: 'Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” Jo 8.7). Nenhum deles levantou a voz, nem atirou pedra contra  aquela mulher, porque a consciência acusava cada pessoa presente naquele local.

 Jesus disse mais àqueles homens no versículo 15: “Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo”. Jesus é a verdade que aclara as consciências. Sua verdade é como espada que penetra no âmago de cada pessoa e nada fica escondido. Ele não é uma verdade entre outras. Ele é a verdade que liberta o pecador dos seus pecados.