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segunda-feira, 12 de maio de 2025

LIÇÃO 07 - "EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA"

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                    TEXTO ÁUREO

"Disse-lhe Jesus: Eu Sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;" (Jo 11.25)


                    VERDADE PRÁTICA

O Senhor Jesus Cristo é a ressurreição e a vida, e por essa razão, temos a garantia de que um dia teremos um corpo glorioso como o dEle.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 11. 14, 15, 17-21, 21, 23-27



                        INTRODUÇÃO

De todos os sinais do ministério de Jesus, o capítulo 11, do livro de João, parece culminar no tempo de Jesus para a sua morte e a ressurreição que viría pouco depois daqueles dias. E possível que tenha sido o sinal milagroso mais dramático dado por Jesus como evidência de que Ele era o Filho de Deus. O milagre da ressurreição de Lázaro só foi registrado por João. Os outros Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) não o registraram. 

Mas a história do ministério público de Jesus tem o registro de outros milagres de ressurreição dos mortos, tais como: a filha de Jairo (Mt 9.18-26; Mc 5.21 -43; Lc 8.40-56); o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); e, por último, a ressurreição de Lázaro Jo 11.32-45). Na narrativa de João, a ressurreição de Lázaro era, de fato, o último sinal milagroso de Jesus como o Filho de Deus antes de enfrentar o suplício do Calvário. 

 O capítulo 11 ganha espaço depois da tentativa dos inimigos de Jesus prendê-lo em Jerusalém, conforme está registrado no capítulo 10. Ele, precavidamente, se retira da cidade e vai para um lugar além do Jordão (Jo 10.40-42) quando teve notícias de que seu amigo Lázaro de Betânia estava doente. Orientado pelo Espírito Santo, Jesus esperou por quatro dias para chegar a Betânia, pois estava na Pereia, a leste do Jordão, quando mensageiros lhe trouxeram notícias da grave enfermidade de Lázaro. Jesus demorou um pouco mais e o seu amigo veio a falecer. Jesus sabia, pelo Espírito, que no momento certo deveria tomar o caminho para Betânia, visto que naquele lugar operaria o milagre que ninguém esperava.




                I.    O PROPÓSITO DE JESUS

1.    Recebimentos da notícia sobre Lázaro   -   Jesus estava na Pereia, que era a porção geográfica do reino de Herodes, o Grande, que ocupava o lado oriental e o lado sul do vale do rio Jordão e fazia fronteira com a Jordânia. Jesus estava no outro lado do rio Jordão, onde foi batizado por João Batista Jo 1.28). Certamente, Jesus sabia que a sua hora de enfrentar o Calvário estava se aproximando e se retirou estrategicamente para longe do povo de Jerusalém para voltar a Jerusalém e colocar-se à disposição do Pai para ser entregue nas mãos dos seus algozes.

 A verdade é que Jesus demorou para atender o pedido de Marta e Maria, irmãs de Lázaro, para curá-lo. Sua demora implicava a consciência que Jesus tinha da sua missão. Quando declarou “Esta enfermidade não é para morte” (11.4), Ele fortalecia a consciência do seu propósito maior de que o milagre que ocorrería seria um grande sinal tanto para os judeus como para os seus discípulos. Jesus estava orientado pelo Espírito Santo e, certamente, ao de- morar-se no lugar onde estava, tinha como objetivo principal, sem dúvida, a oportunidade para realizar uma grande obra que glorificasse o Pai, poucos dias antes de submeter-se ao suplício do Calvário. O milagre da ressurreição aumentaria a fé de todas as pessoas, inclusive de seus discípulos, de que Ele estava cumprindo os desígnios de Deus.


2.    O desapontamento de Marta e Maria   -    E JESUS, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de DEUS, para que o Filho de DEUS seja glorificado por ela

A resposta de JESUS em João11.4 parece enigmática: Ao receber a notícia, disse JESUS: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de DEUS, a fim de que o Filho de DEUS seja por ela glorificado. O que ele está dizendo é que a essa enfermidade não se seguiria um triunfo ininterrupto da morte; antes, ela seria um motivo para a manifestação da glória de DEUS, na vitória da ressurreição e da vida. O amor de JESUS por Lázaro e suas irmãs não impediu que eles passassem pelo vale da morte, mas lhe trouxe vitória sobre a morte.

 Uma demora surpreendente (Jo 11.6).

Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.

Como conciliar a nossa necessidade com a demora de JESUS? (11.6,39). Em vez de mudai sua agenda para socorrer Lázaro, JESUS ficou ainda mais dois dias onde estava. Em vez de ir pessoalmente, mandou apenas um recado. Marta precisou lidar não apenas com a doença do irmão, mas também com a demora de JESUS. Como conciliar o amor de JESUS com o nosso sofrimento?

a) Marta e Maria fizeram a coisa certa na hora da aflição. Buscaram ajuda em JESUS;

b) Elas buscaram ajuda na base certa. Basearam-se no amor de JESUS por Lázaro, e não no amor de Lázaro por JESUS. Hoje dizemos: “JESUS, aquele a quem amas está com câncer. JESUS, aquele a quem amas está se divorciando? JESUS, aquele a quem amas está desempregado”.

JESUS poderia ter impedido que Lázaro ficasse doente e também poderia tê-lo curado a distância. Ele já havia curado o filho do oficial do rei a distância (4.46-54). Por que não curou seu amigo a quem amava? A atitude de JESUS parece contradizer o Seu amor. Alguns judeus não puderam conciliar o amor de CRISTO com o sofrimento da família de Betânia (11.37). Eles pensaram que amor e sofrimento não podiam andar juntos. O fato de sermos amados por JESUS não nos dá imunidades especiais


3.    O tempo divino    -    A demora de JESUS põe nos lábios de Marta um profundo lamento (11.21). Muitas vezes, JESUS parece demorar. DEUS prometeu um filho a Abraão e Sara, e só cumpriu a promessa 25 anos depois. JESUS só foi ao encontro dos discípulos quando eles enfrentaram uma terrível tempestade no mar da Galileia, apenas na quarta vigília da noite. Jairo foi pedir socorro a JESUS, mas, quando chegou a sua casa, sua filha já estava morta. 

A fé de Marta passou por três provas: a ausência de JESUS (11.3), a demora de JESUS (11.21) e a morte de Lázaro (11.39). 

Uma pergunta que se impõe neste contexto é: Como conciliar o nosso tempo (cronos) com o tempo (kairós) de JESUS? A distância entre Betânia e o lugar onde JESUS estava era de mais de 32 quilômetros. Levava um dia de viagem. O mensageiro gastou um dia para chegar até JESUS. Logo que o mensageiro saiu de Betânia, Lázaro morreu. Quando deu a notícia a JESUS, Lázaro já estava morto e sepultado. JESUS demora mais dois dias. E gasta outro dia para chegar. Daí, quando chegou, Lázaro já estava sepultado havia quatro dias. JESUS se alegrou por não estar em Betânia antes da morte de Lázaro (11.15). Ele deu graças ao Pai por isso (11.41b). JESUS sempre agiu de acordo com a agenda do Pai (2.4;7.6,8,30; 8.20; 12.23; 13.1; 17.1). 

Ele sabe a hora certa de agir. Ele age segundo o cronograma do céu, e não segundo a nossa agenda. Ele age no tempo do Pai, e não segundo a nossa pressa. Quando ele parece demorar, está fazendo algo maior e melhor para nós. Marta e Maria pensaram que JESUS tinha chegado atrasado, mas ele chegou na hora certa, no tempo oportuno de DEUS (11.21,32). JESUS não chega atrasado. Ele não falha. Não é colhido de surpresa. Ele conhece o fim desde o princípio, o amanhã desde o ontem. Ele enxerga o futuro desde o passado. JESUS sabia que Lázaro estava doente e depois que Lázaro já estava morto. Ele tardou a ir porque sabia o que ia fazer. Contudo, por que JESUS demorou mais dois dias? Havia uma crença entre os rabinos que um morto poderia ressuscitar até o terceiro dia por intermédio de um agente divino. A partir do quarto dia, porém, somente DEUS, pessoalmente, poderia ressuscitá-lo. Ao ressuscitar Lázaro no quarto dia depois do sepultamento, os judeus precisariam se dobrar diante da realidade irrefutável da divindade de JESUS.

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                    II.    O ENCONTRO DE MARTA COM JESUS

1.    O Encontro   -    Disse, pois, Marta a JESUS: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.(11.21)

Marta vai ao encontro de JESUS com uma declaração: Senhor, se estivesses aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a DEUS, DEUS te concederá. (11.21,22). Quando Marta se encontra com JESUS, foi seu coração que falou através de seus lábios. Marta lamenta a demora, mas crê que JESUS, em resposta à oração a DEUS, pode reverter a situação. Vale destacar que Marta ainda não tem plena consciência de que JESUS é o próprio DEUS. Marta crê no JESUS que poderia ter evitado a morte (11.21), ou seja, intervindo no passado.

 Marta crê no JESUS que ressuscitará os mortos no último dia (11.23,24), ou seja, agindo no futuro. Mas Marta não crê que JESUS possa fazer um milagre agora, no presente. Marta vacila entre a fé (11.22) e a lógica (11.24). Somos assim também. Não temos dúvida de que JESUS realizou prodígios no passado. Não temos dúvida de que ele fará coisas extraordinárias no futuro, no fim do mundo. Mas nossa dificuldade é crer que Ele opera ainda hoje com o mesmo poder. O grande erro do “Ah, se fosse diferente” de Marta foi omitir o poder presente do CRISTO vivo. Marta vivia no passado ou no futuro. Mas é no presente que o tempo toca a eternidade.


2.   Quando Lázaro ressuscitará     -     Noutra ocasião, Jesus declarou nos seus sermões: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama ao Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. (Jo 5.19-21).

 No versículo 24, percebemos que Marta demonstra sua fé e crença na ressurreição dos mortos quando diz: “Eu sei que há de ressuscitar”, mas Jesus fala em um sentido presente ao declarar: “Eu sou”. Marta tinha noção da doutrina bíblica da ressurreição e revela sua crença nessa doutrina do judaísmo, especialmente dos fariseus. Entretanto, Cristo fala da ressurreição num sentido imediato, visto que não diz “Eu vou levantar da morte a Lázaro”, mas diz que vai “ressuscitar a Lázaro”.

 No versículo 25, Jesus se declara como a “ressurreição e a vida”, e assim podemos notar dois fatos extraordinários. Em primeiro lugar: Jesus revela seu poder soberano sobre todas as coisas, inclusive a morte e a vida. Ao declarar-se como sendo a ressurreição, Ele afirma que é a fonte de vida, tanto física como espiritual.


3.    Promessa de vida    -    Jesus faz promessas quando diz: “Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá ”. A quem são feitas essas promessas senão “a aquele que vive e crê em mim”, ou seja, aquele que crê em Jesus recebe vida física e espiritual. A história bíblica tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento e na história da igreja de Cristo dá testemunho do poder divino na ressurreição de mortos, não apenas como promessa futura, mas como promessa presente. 

 Compartilho com os irmãos a história da ressurreição da minha mãe no ano de 1953, quando meu pai era pastor em São Francisco do Sul, Santa Catarina. Os nomes de ambos eram Jardelina Cabral e Osmar Cabral, um dos casais pioneiros da Assembléia de Deus no Estado de Santa Catarina. Eu tinha apenas 7 anos de idade. Meu pai levou-me para a casa de um pastor amigo, e minha irmã, com 5 anos de idade, foi levada para outra casa. Minha mãe fazia trata mento especial para problemas agudos dos pulmões num Hospital em Joinville, também em Santa Catarina. Porém, era uma mulher que amava cantar e tocar seu violino na igreja e, deitada na cama do hospital, numa madrugada, pediu que o Senhor a fizesse ouvir o coral da igreja cantar antes de morrer. Numa madrugada, seu quarto foi invadido por uma luz radiante e um coral de seres angelicais cantou para ela. Aqueles seres angelicais cantavam sem tocar com os pés no  chão. Depois de cantarem, eles foram embora e ela foi consolada por aquela visão. Era, de fato, uma preparação para enfrentar a morte. Pela manhã cedo, seus pulmões não respondiam mais ao tratamento com os aparelhos respiratórios e, em dado momento, com o meu pai acompanhando aquele cenário, minha mãe deu seu último suspiro e morreu. Meu pai imediatamente chamou as enfermeiras e médicos de plantão, mas já era tarde. Minha mãe, a irmã Jardelina Cabral, havia morrido e fora para o Paraíso. Meu pai, um pastor jovem e cheio da unção do Senhor, se ajoelhou segurando uma das mãos de minha mãe e orou com lágrimas: “Senhor, faça voltar à vida a minha esposa, eu tenho dois filhos pequenos e um ministério para cumprir”. Meu pai levantou-se do chão do hospital e ficou olhando o rosto de minha mãe. De repente! Ela deu um suspiro e o coração voltou a bater. Creio na doutrina da ressurreição porque sei de outros testemunhos vibrantes de pessoas que faleceram e voltaram a viver.

 Há um testemunho que o Brasil inteiro conhece que é a ressurrei ção do pastor João de Oliveira. Ele era pastor em Pindamonhangaba, São Paulo, e professor do Instituto Bíblico das Assembléias de Deus no Brasil (IBAD). Tudo aconteceu no ano de 1966. Muitos irmãos foram se despedir do pastor João de Oliveira, entre eles estava J. P. Kolenda. O pastor Kolenda chegou junto à cama onde ainda estava o corpo do pastor João de Oliveira, enquanto se preparava a igreja e os documentos próprios para o seu funeral. J. P. Kolenda tomou uma das mãos do seu amigo, levantou os olhos em lágrimas e disse: “Senhor Jesus, aqui quem fala é J. P. Kolenda; se possível, faça voltar a vida a este corpo do teu servo. Amém!”. Milagrosamente, a vida voltou a João de Oliveira e ele ficou muitos anos testemunhando do poder do Senhor, vindo a falecer anos depois, em 9 de julho de 1980, em São José dos Campos, São Paulo. Esses testemunhos têm na história as suas comprovações. Eles nos fazem reconhecer que a doutrina da ressurreição não é uma mera ilusão, mas se constitui de verdades reais e indiscutíveis ainda em nossos tempos. 

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                    III.    A DOUTRINA BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO DO CORPO

1.    A Ressurreição do Corpo   -    A ressurreição do corpo é uma ideia distintamente bíblica. Os gregos, e a filosofia grega em geral, tinham pouco respeito pelo corpo, considerando-o um estorvo, e ensinavam apenas a imortalidade da alma. A Bíblia vê o homem criado tanto com o corpo como com a alma, e, portanto, incompleto durante o estado intermediário até que receba o seu corpo ressurrecto. O NT acrescenta à mera ideia de uma ressurreição do corpo a revelação de que os cristãos terão um corpo glorificado como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.211 Jo 3.2).

Ressurreição no AT. A doutrina de uma ressurreição corpórea é claramente ensinada no AT, particularmente em Jó (Jó 14.13-1519.23-27), nos Salmos (Sl 16.9-1149.14ss.), Isaías (Is 26.19) e Daniel (Dn 12.2). A existência consciente da alma entre a morte e a ressurreição também é claramente afirmada. O fato de ser falado mais da condição dos ímpios do que dos justos no estado intermediário não diminui o fato dos mortos permanecerem conscientes, mesmo estando os seus corpos na sepultura (Is 14.9-20Ez 32.17-32).

O texto em Jó (Jó 14.14,15a) traz uma pergunta: “Morrendo o homem, porventura, tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te responderia...” No cap. 19, ele toca neste assunto novamente. Jó sabe que seu Redentor vive e que se levantará sobre a terra nos dias futuros, e ele tem a certeza de que, mesmo que os vermes destruam o seu corpo na sepultura, “em” sua carne e com seus próprios olhos verá a DEUS naquele grande dia (Jó 19.25-27). Alguns preferem a tradução “de minha carne” ao invés de “em minha carne”, baseando-se no termo heb. mibbesari (min, “de”; basar, “carne”; veja BDB. min, “o lugar do qual”, p. 579a). Tanto a LXX como Jerônimo apoiam a opinião de que Jó está se referindo à sua futura ressurreição.

Salmo 16.9-11 traz a promessa: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção". Aquilo que Pedro mostra em seu sermão no Pentecostes se aplica ao Davi Maior, CRISTO (At 2.25-31). Esta é a menção mais importante da ressurreição nos Salmos, embora ela seja citada ao menos no Salmo 49.14ss. Em Daniel 12.2, há uma profecia muito importante sobre a ressurreição. Uma tradução literal do heb. seria: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno”, e é justificada pelas palavras heb. rabbim miyyshere (veja JFB, que baseia tal tradução nos dados de Tregelles). A tradução “uns... e outros" é uma tradução melhor ao heb. ,elleh...relleh do que a expressão “alguns... alguns” da versão KJV em inglês. Esta passagem é muito importante, uma vez que, traduzida literalmente, ensina duas ressurreições; uma dos justos e uma segunda, dos ímpios, como encontramos em Apocalipse 20.4-6 (cf. Jo 5.28,29).

O profeta Zacarias prediz O cerco final de Jerusalém juntamente com o arrependimento de Israel na segunda vinda do Senhor, e escreve: “Virá o Senhor, meu DEUS, e todos os santos contigo”, mostrando que os crentes que morreram estão com o Senhor e voltarão para reinar com Ele na terra (Zc 14.5; cf. Ap 5.10). Alguns têm criticado o AT por sua falta de informação sobre a imortalidade da alma, e têm sugerido que mesmo o que é mencionado apareceu apenas bem tarde. Todas estas críticas são injustificadas. O NT também não entra em detalhes quanto ao estado da alma imediatamente após a morte, isto é, o estado intermediário. Tanto no AT como no NT, DEUS concentrou sua revelação na ressurreição e nas bênçãos do reino.

É difícil provar que a ideia da imortalidade aparece apenas mais tarde no AT. Muitos consideram Jó um livro muito antigo, e este livro é muito claro tanto sobre a imortalidade como sobre a ressurreição do corpo. Seja como for, os patriarcas criam em uma vida futura. Enoque nem sequer morreu, mas foi estar diretamente com DEUS (Gn 5.24Hb 11.5). Abraão “esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é DEUS” (Hb 11.10). Todos os santos do AT aguardavam ansiosamente pelo reino (Hb 11.13-16; cf. Lc 13.28,29) desde os dias da aliança com Abraão, não só para os seus descendentes distantes mas também para si mesmos.

Ressurreição no NT. No NT, o termo gr. anastasis refere-se à ressurreição do corpo morto à vida. Somente em Lucas 2.34 a palavra é traduzida de outra forma, e mesmo ali o termo ressurreição pode ser a tradução correta. Isto não tem de ser um ajuntamento de parte por parte ou a restituição do antigo corpo de carne, uma vez que o corpo da ressurreição é um corpo com qualidades completamente diferentes do antigo corpo, mas significa a constituição de um corpo como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.21), e apropriado para o estado eterno da alma.

O NT claramente ensina uma ordem ou série na ressurreição. Paulo revela em 1 Coríntios 15.20-24 que deve ser “cada um por sua ordem. CRISTO, as primícias; depois, os que são de CRISTO, na sua vinda. Depois, virá o fim”. Isto concorda com o que o próprio Senhor JESUS CRISTO havia dito em João 5.28ss.: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”. Daniel, como já visto, indica duas ressurreições, e Apocalipse 20.4-6 fala de uma primeira ressurreição dos santos como distinta de uma segunda, a dos “outros mortos” ou a do “restante” dos mortos, os perdidos, e diz que a segunda está separada da primeira por mil anos. Em 1 Tessalonicenses 4.16,17 são apenas os mortos em CRISTO que são ressuscitados em sua vinda, e estes são imediatamente levados, arrebatados, ao céu (cf. a advertência de CRISTO para estarmos prontos para o arrebatamento em Mateus 24.40-44Marcos 13.28,29Lucas 21.29-31).

O corpo da ressurreição. É revelado que o crente será como o seu Senhor (Fp 3.211 Jo 3.2), tendo um corpo tangível “como o seu corpo glorioso”. A identidade será retida entre o corpo mortal e o novo corpo da ressurreição, embora este não necessite de uma reconstituição dos mesmos átomos. Mesmo nesta vida, as matérias do corpo mudam constantemente. Elas são inteiramente substituídas de um modo progressivo dentro de um período de alguns anos.

O Senhor JESUS CRISTO ressuscitou no corpo tio qual havia sofrido, deixando um túmulo vazio. Seu novo corpo tinha “carne e ossos”, mas embora Ele tenha sido absolutamente reconhecido, suas qualidades estavam gloriosamente mudadas. O novo corpo do crente não deverá ter “carne e sangue”, pois esta é a natureza de seu corpo mortal. Ele será como os anjos que não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.29,30). Este novo corpo é descrito em 1 Coríntios 15.35-50.

Implicações espirituais e morais. O homem é uma criatura composta por uma parte material (o corpo) e uma parte espiritual (a alma e o espírito). Ele faz parte de uma raça. Por ser assim, ele pode conhecer a supremacia do primeiro Adão na qual ele caiu e se perdeu, e pode participar dos benefícios da supremacia do último Adão, JESUS CRISTO, e ser salvo. “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO” (1 Co 15,22). CRISTO não redimiu somente a alma, mas também o corpo, como ficou provado na ressurreição de seu próprio corpo.

O corpo do crente é o Templo do ESPÍRITO SANTO e deve ser mantido puro (1 Co 6.19,20). Ele será finalmente transformado de uma forma miraculosa para se adaptar às necessidades eternas dos filhos de DEUS. Por causa da importante função do corpo, não se deve desprezá-lo nem o destruir através de uma vida devassa.


2.    Da morte para a vida     -     A resposta de Jesus a Marta quando ela declarou sua crença de que haverá ressurreição “no último Dia” (v. 24) referia-se a algo que vai além da vida presente. Entretanto, Jesus fala de algo que transcende a percepção humana e distingue a vida natural da vida eterna. Quando Ele diz: “ainda que esteja morto, viverá” (v. 25) transmite a ideia de que o crente, mesmo que venha a morrer fisicamente, um dia, ele res suscitará. A morte para o crente perde a força porque não será capaz de impedir que o crente tenha a vida eterna.

 Há pelo menos três tipos de ressurreição na Bíblia:

 • A ressurreição nacional. Tem um caráter político e mate rial que se refere, especialmente, à restauração e renovação do povo de Israel (Dt 4.23-28; Lv 26.14,15,31 -35; Ez 11.17; 36.24; 37.21). Todas essas referências correspondem à restauração política, econômica, moral e religiosa de Israel.  

 • A ressurreição espiritual. É o renascimento do espírito tanto em relação a Israel como à igreja de Cristo Jesus na Terra (Ef 2.11; Rm 6.4; 2 Co 5.17). 

 • A ressurreição física . Precisamos distinguir esse tipo sob dois ângulos: o temporal e o escatológico. O escatológico diz respeito ao futuro e aos mortos que partiram em Cristo. Além disso, essa ressurreição dar-se-á no arrebatamento da igreja e a ressurreição dos ímpios no Juízo final (1 Co 15.52; 1 Ts 4.13-17).


3.    Uma viva esperança    -    Jesus comoveu-se e chorou junto com as irmãs de Lázaro e todos os amigos que choravam a perda física de Lázaro Jo 11.35). Ele pediu que o levassem até o túmulo cavado na rocha onde jazia Lázaro há exatos quatro dias Jo 11.39). Chegando junto ao túmulo, o corpo de Lázaro já havia começado a decompor-se e cheirava mal. Jesus então disse a Marta: “Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” (v. 40). Logo em seguida, Jesus pediu que tirassem a pedra da entrada do túmulo e, retirada a pedra da entrada, ordenou com voz alta e com grande autoridade e poder para que entrasse a vida no corpo de Lázaro e ele saísse do túmulo.

 Como defunto, Lázaro estava envolto em lençóis com um lenço sobre o seu rosto. Mas quando o Filho de Deus ordenou a nova força vital, Lázaro saiu andando com passos curtos porque estava totalmente envolvido pelos lençóis dentro do túmulo. De um modo glorioso o seu corpo se recompôs e creio que o cheiro da morte, também, deve ter desaparecido. O milagre desafiou a incredulidade dos seus inimigos porque a glória de Deus não se restringe a milagres físicos, mas se manifesta no milagre da salvação que Jesus opera no pecador.

 “A glória de Deus não se restringe a fatos isolados, mas na ressurreição dos mortos em Cristo, a glória de Deus será manifestada. ”





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - E o Verbo se fez Carne, Pr. Elienai Cabral -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD

Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman - CPAD


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