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Pb. Junio - Congregação Boa Vista II |
TEXTO ÁUREO
"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também." ( Jo 13.15)
VERDADE PRÁTICA
A submissão e o serviço são características de maturidade e grandeza no percurso do crescimento espiritual do cristão.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 13. 1-10
INTRODUÇÃO
Depois desses acontecimentos, Jesus sabia que a Festa da Páscoa estava se aproximando, então resolveu antecipá-la fazendo uma ceia com os seus discípulos no capítulo 13, do Evangelho de João. Jesus reúne seus discípulos na ceia e exemplifica sua humildade fazendo o trabalho de um serviçal da casa onde estavam reunidos. Quando Jesus fez a última ceia pascal com seus discípulos, a narrativa indica que a Festa da Páscoa estava próxima Jo 13.1). Foi nessa ceia que Jesus instituiu um novo ensinamento para a Santa Ceia ou a Ceia do Senhor, que a igreja realiza até os dias de hoje. Jesus quebra o protocolo daquela ceia, dando-lhe um significado particular. Para instruir sobre a humildade, o Filho de Deus, não apenas emite conceitos morais e filosóficos, mas torna-se um exemplo vivo e prático de humildade com uma atitude. Ele aproveita um costume tradicional das pessoas do seu tempo e demonstra como aqueles homens deveriam agir na expansão da igreja no mundo.
I. UMA HISTÓRIA REAL SOBRE A HUMILDADE
1. O lava-pés - Antes de tudo, Jesus tinha interesse em fazer uma ceia com seus discípulos para terem momentos de comunhão e companheirismo. Os discípulos sabiam que alguma coisa aconteceria no futuro do seu Mestre. Jesus sabia, também, que já era chegada a sua hora de fazer o grande sacrifício por toda a humanidade. Aquela ceia era a oportunidade que Jesus tinha, não só para comungar com seus discípulos, mas de, essencialmente, ensinar-lhes algo novo e indispensável antes da Paixão.
Depois da mesa posta para todos e todos os discípulos se assentarem para comer, de repente, Jesus, o Mestre dos mestres, tomou uma bacia com água e uma toalha, alçou as pontas de sua túnica e amarrou-as na cintura. Tomou as mangas compridas e largas, típicas das túnicas daqueles tempos, amarrou-as por trás do pescoço, esse era o modo de um servo da casa “cingir-se” para trabalhar, tendo mãos e pernas livres para os afazeres, e lavou os pés dos discípulos. O costume do “lava-pés”, nos tempos bíblicos, fazia parte do tratamento dispensado aos convidados do senhor de uma casa. Ao chegar à casa onde fariam a ceia da Páscoa, Jesus não encontrou nenhum servo daquela casa para lavar os pés dos convidados. Toda ação pública de Jesus era feita de modo inteligente para transmitir alguma lição de vida. Outrossim, o dono daquela casa a cedeu apenas para que Jesus fizesse a ceia desejada, visto que era o epicentro daquele momento, Ele reuniu apenas seus discípulos para cearem juntos. Nesse episódio, Jesus aproveita para dar o maior exemplo de humildade ao lavar os pés dos seus discípulos, que estavam pasmados sem entender aquela atitude do seu Mestre.
2. O desenvolvimento da história - O costume de LAVAR OS PÉS na época era devido aos viajantes andarem de sandálias e sujarem muito seus pés nas estradas empoeiradas. Não haviam automóveis e algum privilegiado que possuísse um animal ou uma carroça era um homem rico.
JESUS usou uma metáfora para ensinar espiritualmente sobre a sujeira a que estamos sujeitos:
Os discípulos estavam sempre ouvindo as palavras de JESUS, portanto estavam limpos por dentro.
Mas o contato com o estrada empoeirada sujava seus pés, assim, nosso contato com o mundo suja a cada um de nós por fora. Todos os dias devemos nos arrepender de nossos pecados, pois não há quem não peque.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. 1 João 1:9
Humildade (Mt 5.3). JESUS foi modesto em toda a sua maneira de viver (Mt 11.29). Ele demonstrou sua humildade ao despojar-se de sua glória (Fp 2.6,7); na irrestrita obediência à vontade do Pai (Jo 5.30; 6.39; Fp 2.8); quando lavou os pés dos discípulos (Jo 13.3-5); e ao relacionar-se com todas as pessoas, independentemente de sua raça ou posição social (Mt 9.11; 11.19; Jo 3.1-5; 4.1-30). A humildade é um aspecto do caráter imprescindível a todos os crentes (Ef 4.1,2; Cl 3.12), pois os humildes sempre alcançam o favor do Senhor (Tg 4.6).
3. A mudança de paradigma - Jesus sai do cenário público das multidões se aglomerando em torno dEle, sempre querendo mais algum milagre, e olha para os seus discípulos e dedica algum tempo a mais preparando-os para o que viria à frente. Depois de uma caminhada a pé pelas estradas poeirentas entre Betânia e Jerusalém, que eram aproximadamente 15 quilômetros com subidas e descidas, Jesus chega à casa em que realizaria a ceia com seus discípulos. Naturalmente, as sandálias de couro usadas propiciavam a sujeira, o ressecamento e as calosidades nos pés. Em determinado momento, Jesus interrompe a ceia para espanto de todos, a fim de ensinar-lhes que o caminho da conquista do Reino de Deus é palmilhado com humildade Jo 13.5).
Ele ensinou que a humildade é a verdadeira expressão da grandeza de espirito de uma pessoa. Jesus exemplificou a atitude humilde em seu cotidiano. O cristianismo só teria sucesso e alcançaria o seu objetivo se os valores deixados por Jesus fossem vividos por seus seguidores. Por isso, a humildade não pode ser mera demonstração exterior, mas precisa ser interiorizada no coração e na mente dos verdadeiros servos de Deus.
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II. HUMILDADE IMPLICA AUTOCONHECIMENTO
1. Conhecendo a própria natureza - Jesus tinha consciência do seu papel e da sua importância como Senhor e Mestre. Ele inverteu o seu papel de Senhor para agir como simples serviçal, a fim de ensinar a lição aos seus discípulos. Ele sabia o que queria e o que estava fazendo. Para que aqueles homens en tendessem a filosofia do Reino de Deus, Jesus sabia que precisariam mudar os seus valores pessoais. Nossa natureza humana tem o estigma do pecado da presunção, e, por isso, temos dificuldades em abaixar a cabeça e nos humilhar. Preferimos nos impor para provar que temos poder. Preferimos olhar de cima para baixo, nunca de baixo para cima. Preferimos as coisas altas. Preferimos os picos mais altos da vida porque é próprio do ego humano.
Jesus ensina, no ato de “lavar os pés” dos seus discípulos, que Ele, sendo Mestre e Senhor, sabia se humilhar como homem, mesmo não precisando provar que era humilde. Os discípulos não teriam dificuldade alguma para lavar os pés do seu Mestre, mas teriam problemas para lavar os pés uns dos outros. Jesus, com uma atitude não só humilde, mas também decisiva, prosseguiu em lavar os pés dos discípulos. Os discípulos ficaram em choque porque não conseguiam entender o que Jesus queria ensinar. Por essa razão, Ele declarou: “O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois” (Jo 13.7). A lição a ser aprendida era do serviço desinteressado que foi visto na morte de Jesus na cruz. Naquela casa, com uma bacia de água em sua frente, Jesus apenas dá o exemplo Jo 13.15).
2. O exemplo deixado por Jesus - Jesus não precisava provar que era humilde, mas Ele deu o exemplo. O ato de lavar os pés dos discípulos deixou-os envergonhados. Alguns ficaram em silêncio, sem entender; Pedro, um dos mais temperamentais, ficou indignado com o fato de Jesus humilhar-se para lavar os seus pés Jo 13.6). Pedro reagiu porque entendia que o Senhor Jesus não podia estar disposto a fazer o trabalho de um servo. Pedro disse ao Senhor, quando chegou a sua vez, que Ele nunca lavaria os seus pés. Jesus respondeu-lhe: “O eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois” (Jo 13.7). Pedro disse ao Senhor: “Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça” (13.9). O que Jesus queria que Pedro e os demais discípulos soubessem era que Ele havia assumido o papel de “servo” para fazer a vontade do Pai. Jesus disse em outra ocasião: “não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou” (5.30).
Pedro precisava entender que, sem uma obra completa de limpeza e humilhação, aqueles discípulos não conseguiríam fazer a obra de Deus. Sendo Jesus o Verbo Divino, Ele se fez carne para identificar-se conosco. Temos dificuldades para servir e nos sujeitar aos outros porque temos medo da rejeição. Por nossa índole pecaminosa, temos receio de que as pessoas se tornem superiores a nós. A insubmissão tem a ver com o medo e a insegurança. O nosso ego é insubmisso e rebelde, não se submete a nada e ninguém. Às vezes, quando dominados por um sentimento de inferioridade, fazemos de tudo para não nos sentirmos rebaixados. Mas Jesus sabia de onde vinha; Ele conhecia sua procedência e o que realmente importava.
3. O maior no Reino de Deus - O pano de fundo desalentador. A atitude dos apóstolos nesta ocasião ajuda a ressaltar e explicar a ação de CRISTO em lavar os pés dos seus seguidores, assim como o veludo preto dá realce à beleza de um brilhante. Por que ninguém tinha se oferecido para fazer este trabalho? Lucas nos informa que, justamente na época da Última Ceia, “houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior” (Lc 22.24). Se qualquer um deles se tivesse oferecido para lavar os pés dos demais, teria se colocado na posição de servidor dos outros — exatamente o oposto do que cada um deles queria! Estavam procurando um servo — e acharam! (cf. Jo 13.4,5; Mc 10.45). O Senhor viu que seus mais íntimos seguidores não estavam em condições de participar da Santa Ceia e de escutar suas últimas palavras solenes antes de ser levado para a cruz; o espírito de cada um deles estava cheio de vis ambições e ciúmes. Algo de drástico devia ser feito para limpar seus corações tão manchados. É aí que passa a lavar-lhes os pés.
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III. HUMILDADE X OSTENTAÇÃO
1. Uma competição silenciosa - . Aqueles discípulos já se preocupavam sobre quem assumiría o comando do grupo depois da morte de Jesus. Nesse estado de espírito, cada discípulo esperava que o outro fizesse o serviço menor e, por isso mesmo, nenhum deles se dispôs a fazer o serviço de lavar os pés dos outros. Como futuros líderes da igreja não podiam começar erradamente. A igreja seria dinamizada não pela ostentação de alguns e a presunção de outros, mas, sim, pelos comportamentos contrários ao sistema mundano. A igreja teria que ser cimentada na humildade, no serviço, no amor ao próximo e no respeito às pessoas.
Na verdade, Jesus interrompeu aquela disputa de poder dos discípulos e assumiu a postura de inferioridade de um serviçal da casa. Foi uma ação na mudez de palavras que significou um grito na consciência dos discípulos. Depois disso tudo Jesus lhes disse: “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros” (Jo 13.13,14).
2. O caminho humilde de Jesus - Neste ponto, aprendemos que a humildade rejeita a presunção humana. O paradigma do Reino que Cristo deixou como sinal não é a imponência, mas a humildade; não é a supremacia, mas a submissão; não é a conquista de posição, mas o serviço; não é a exaltação, mas a humilhação; não é a sofisticação, mas a simplicidade; não é a superação do outro, mas o amor ao próximo. A igreja não pode entrar no jogo de competição para ver quem é mais, quem tem mais, quem faz mais. A dignidade não está em quem oferta mais, e sim em quem “serve mais”, sem ter o foco em quem foi abençoado. O verdadeiro crente é alguém pronto para servir a Deus e à igreja do Senhor. O que Jesus quis ensinar quando lavou os pés dos discípulos é que a exaltação maior no Reino de Deus está no servir e nunca esperar pelo outro para servir, e servir com alegria.
3. Um convite à humildade - Na experiência humana, a humildade é interpretada como uma virtude frágil que diminui o ser humano, que tira o brilho das pessoas, ou que reduz uma pessoa a ter um sentimento de fraqueza e de inferioridade. A Bíblia declara que Jesus veio a este mundo para desfazer as obras do Diabo e resgatar os valores morais perdidos. Para esse resgate, foi a humildade de Jesus que tornou possível a manifestação da graça de Deus, sem fazer distinção de classe social, de raça ou de língua. Ele submeteu-se ao vitupério do Calvário. Foi cuspido e ferido, mas foi capaz de suportar a afronta da cruz para conquistar a glória da libertação dos filhos de Deus. Os verdadeiros discípulos de Jesus não podem evitar o caminho da resignação. O nosso ego precisa ser subjugado ao Espírito Santo; o orgulho precisa ser desmascarado; a soberba precisa perder a pose e a presunção deve cair por terra e dar lugar ao espírito humilde. A humildade nunca se assenta; está sempre de pé. A humildade cristã é aquela que leva as cargas dos outros, como Paulo ensinou em Gálatas 6.2: “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”.
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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.
Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.
Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.
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BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de apoio - E o Verbo se fez Carne, Pr. Elienai Cabral - Ed. CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman - CPAD
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