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sexta-feira, 24 de maio de 2024

LIÇÃO 09 - RESISTINDO À TENTAÇÃO NO CAMINHO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II




                TEXTO ÁUREO 

"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mt 26.41)


                VERDADE PRÁTICA  

No lugar de ceder à tentação, é melhor triunfar sobre ela. 


        LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: MT 4.1-11



                        INTRODUÇÃO  

Há uma tônica veemente nas Sagradas Escrituras no tocante à tentação; somos lembrados e alertados a vigiar para resistir a ela. Por meio da Bíblia, temos as orientações precisas que nos ajudam na nossa jornada de fé em santidade e piedade todos os dias (Lc 1.75). O apóstolo Paulo nos lembra de que Deus é fiel e não nos deixará provar além das nossas forças, mas, juntamente com a tentação, proverá livramento (1 Co 10.13).  Semelhantemente, em sua Primeira Carta, o apóstolo João apresenta maiores detalhes a respeito de como os crentes são tentados nas três áreas da natureza humana: na física (concupiscência da carne), na psicológica (concupiscência dos olhos) e no ego (soberba da vida) (1Jo 2.15-17). O conhecimento apurado sobre essas áreas ensina os crentes a lidarem melhor com a tentação.  



                I.   A TENTAÇÃO E SUA ESFERA HUMANA 

1.   Conceito bíblico de tentação    -   Pelas Escrituras, a tentação é descrita como prova, teste. Por intermédio dela, o cristão é desafiado a escolher fazer a vontade de Deus ou rejeitá-la; decidir fazer o que é certo ou errado; procurar submeter-se ao Espírito Santo de Deus ou render-se aos desejos pecaminosos da carne; viver sob o senhorio de Cristo ou ao comando de Satanás. Todo cristão pode ser tentado, como Jesus foi, o que não é pecado, mas, caso ceda, então aí pecará.  Biblicamente, a tentação é vista como uma atração para fazer o mal por esperança de obter prazer ou lucro. Pode vir do Tentador (Gn 3.1) ou de dentro do ser humano (Tg 1.14-15). Ninguém é tentado acima das suas forças (1 Co 10.13). Jesus foi tentado e venceu, podendo, por isso, socorrer os que são tentados (Hb 2.18; 4.15). Devemos vigiar e orar para não cedermos à tentação (Mt 6.13; 26.41). E também é nosso dever socorrer os que caem (Gl 6.1). Em nossa jornada para o Céu, sempre seremos tentados em tudo, desafiados, para ver se realmente estamos prontos a viver um estilo de vida conforme a Palavra, que envolve fé, obediência e santidade, sem jamais ceder aos desejos pecaminosos. 


2.   Duas vias da tentação   -  A tentação vem de Satanás como objetivo de nos distanciar de DEUS, mas, na vida do crente que lê a Bíblia, ora e jejua, a tentação serve para nos tornar mais fortes, pois vencemos as tentações como JESUS venceu. Os que caem na provação e também nas tentações caem porque atenderam seus próprios desejos pecaminosos.  Além disso, Deus não vai permitir que Satanás e seus anjos lancem sobre você tentação mais forte do que você possa aguentar. Isso é bíblico: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Coríntios 10:13). Por isso, devemos nos posicionar quanto as nossas tentações. O primeiro passo que devemos dar é o de não darmos espaço ou oportunidade a qualquer tipo de tentação. Como podemos fazer isto? Vigiando nossos olhos, pensamentos e atitudes. O sábio Salomão diz: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4:23). Reivindicando sua honestidade perante seus amigos, Jó disse: “Fiz uma aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela” (Jó 31:1)? Se você deseja vencer o pecado, não vá a lugares, nem dê ocasião a pensamentos e imagens que possam levá-lo à tentação.  


3.   Tentação: um fenômeno humano   -  Tiago deixa claro que, além de ser um fenômeno humano, a tentação tem seus processos (Tg 1.15), gerando por fim as consequências espirituais negativas, pois é ela que leva ao pecado, e depois do pecado vem a morte. A tentação, conforme já dito, é vista como humana pelo fato de termos a natureza pecaminosa, mas temos de Deus os recursos imprescindíveis que nos ajudam a vencê-la. Há que se dizer ainda que a tentação na vida do cristão pode tratar-se de uma luta espiritual, na qual ele tem que decidir entre fazer a vontade de Deus ou do Diabo, da carne ou do espírito. Caso opte por fazer o certo, isto é, a vontade de Deus, prova que sua vida de fé e comunhão com Ele está bem firmada; por outro lado, se escolher o Inimigo, mostra o quanto está fraco. Um cristão que suporta as tentações prova que tem crescimento espiritual, que em sua vida está o Espírito de Deus, que o capacita a ter força, equilíbrio, controle, sabedoria e vida moral ordenada. Assim, cada vez que a nossa fé for provada, temos a oportunidade de vencer ou perder, de revelar de fato o que somos.

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                    II.   O SENHOR JESUS E A TENTAÇÃO 

1.  A provação do Senhor Jesus    -   Há propósitos específicos pelos quais se compreende a razão de se tratar sobre a tentação sofrida por Jesus. A primeira delas é que ficou provada a sua plena obediência aos propósitos do Pai, que Ele era o perfeito Filho de Deus. Em segundo lugar, Ele é o nosso Sumo Sacerdote porque deu exemplo de fidelidade ao Pai e, ao encarnar-se, identificou-se com nossa natureza fraca, humana, perecível, enfrentando tudo o que nós enfrentamos na carne, de modo que, ao interceder por nós, faz isso porque nos compreende (Hb 2.18; 1 Jo 2.16). Ao vencer a tentação como homem, estava dando exemplo a todos nós que podemos vencer tais desejos pecaminosos e mantermos nossa fidelidade a Deus. O texto de Hebreus 4.15 é bem enfático quando diz que Ele foi tentado em tudo. É importante perceber que o verbo está no tempo perfeito, ou seja, uma ação que é vista como tendo sido completa no passado, de uma vez por todas, sem precisar ser repetida. Portanto, a vitória de Cristo sobre a tentação como homem é um exemplo estimulador para todos nós. Dessa maneira, quando recorremos ao seu poder, pois sem Ele nada podemos fazer (Jo 15.5), temos condições de resistir e vencer as tentações que surgirem na caminhada de nossa vida espiritual, assim como Ele venceu.


2.   As áreas que Jesus foi tentado    -  As tentações de Satanás se enfocam em três coisas: (1) desejos físicos, (2) posses e poder, e (3) orgulho (em 1Jo 2:15-16 achará uma lista similar). Mas JESUS não cedeu. Hb 4:15-16 diz que JESUS foi tentado como nós o somos, mas que O não cedeu nem uma vez e não pecou. Percebemos que o Diabo o testou nas principais àreas da existências humanas: 1) Necessidades básicas; 2) Identidade e Propósito; 3)  Ganância e Poder.

A primeira tentação de JESUS revela-nos que Ele não usou o seu poder para benefício próprio, pois antes agradava obedecer a DEUS que a Satanás. Seria natural, se com fome, o nosso Senhor transformasse pedra em pão e revelasse ser verdadeiramente o Filho de DEUS. Não! A resposta do nosso Senhor foi direta: nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de DEUS (Dt 8.3).
A segunda tentação de nosso Senhor tem a ver com a ambição de conquistar e governar todos os reinos do mundo. Satanás colocou diante de JESUS toda a autoridade do mundo, e em troca, ordenou que JESUS o adorasse prostrado. O Diabo usou de meia-verdade, pois apesar de ter poder (Ef 2.2), ele não tinha autoridade para dar ou não a JESUS reinos ou a glória desse mundo. A promessa de torná-lo o grande soberano do mundo não "encheu os olhos" de nosso Senhor, que de pronto, logo respondeu: "O Senhor, teu DEUS, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás" (Dt 6.13).
A terceira tentação mostra o nosso Senhor sendo levado pelo Diabo ao pináculo do Templo. A proposta de Satanás: Pular, pois estava escrito que DEUS daria ordens aos anjos para livrá-lo. Ainda haveria outro impacto: Pular do pináculo do Templo e cair salvo no meio pátio sagrado, de uma só vez, faria o Senhor ser reconhecido como "Messias". Mas não foi isso que aconteceu. O nosso Senhor não queimou etapas, mas repreendeu Satanás dizendo que ninguém pode tentar a DEUS. As coisas do Altíssimo não são para fazermos provas sem sentido.
As três tentações de JESUS CRISTO expuseram três áreas que o ser humano se mostra frágil: A das pulsões carnais, as do poder e a da busca pela fama. Nosso Senhor venceu as tentações e nos estimulou a fugir das pulsões carnais, do apego pelo poder e da possibilidade de usar as promessas divinas para benefício próprio para a formação da autoimagem.


3.  Como Jesus venceu a tentação?     -   Esta seção mostra JESUS como o Filho de DEUS derrotando Satanás num combate aberto. Nenhuma discussão ou tentação poderia amedrontar ao Senhor JESUS. Esta tentação por parte de Satanás também revela que, embora JESUS fosse humano e estivesse sujeito às tentações humanas, Ele era perfeito porque venceu todas as tentações que Satanás lhe apresentou. A história da tentação de JESUS é uma importante demonstração do seu poder e da ausência de pecado em sua vida. Ele enfrentou a tentação e não desistiu. Os seus seguidores devem confiar nele quando enfrentarem tentações que irão colocar à prova a sua fidelidade a DEUS.    Suas tentações têm por fito mostrar-nos que ele se identificou totalmente conosco, sem qualquer limitação. Ele era humano tal e qual somos humanos; não possuía alguma natureza humana diferente, como a do homem «antes da queda». (Ver Rom. 8:3).  JESUS precisava vencer Satanás mesmo, o chefe dos demônios, para ter autoridade sobre todos os demônios que se apresentariam diante Dele em seu ministério, dali para frente. Veja que os demônios tinham medo de JESUS, pois Ele venceu o chefe deles 

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                III.   RESISTINDO À TENTAÇÃO 

1.  Todos somos tentados   -    Por estarmos conscientes de que seremos tentados, devido a nossa inclinação carnal para o mal, devemos cada vez mais intensificar nossa vida de oração e comunhão com Deus, estudar sua Palavra mais e mais e não ceder, sendo sempre fiel. Ainda, o cristão sabe que tem o poder do Espírito Santo em sua vida para não satisfazer os desejos pecaminosos da concupiscência da carne (Gl 5.16), e prosseguirá firme em sua jornada de fé.  

De onde vem a tentação?

  • Do diabo – o diabo quer nos destruir, levando-nos ao pecado; ele tentou Adão e Eva e eles caíram no pecado
  • De outras pessoas – algumas pessoas nos convidam ou pressionam a fazer o que é errado; isso é tentação
  • De dentro – nossa natureza humana nos convida a pecar diante de algumas situações, porque somos imperfeitos – Tiago 1:14

                                                                                                                 

ALGUNS CONSELHOS DE COMO VENCERAS TENTAÇÕES:

Além disso, quando você pensa na Bíblia, você enche sua mente de coisas boas. Isso ajuda a mudar seu coração e a se sentir menos tentado pelo pecado.

Quais são suas fraquezas? Conte para Deus e peça Sua ajuda para superar a tentação. Você pode se sentir fraco, mas Deus é forte e tem poder para lhe ajudar.

Se você é salvo por Jesus, você tem poder para escolher o que é certo. Deus não retira todas as tentações da vida, mas Ele dá força para resistir.

Se você sente que não vai conseguir resistir, fuja da tentação.  Resistir e fugir são as duas formas mais importantes de vencer a tentação.

Por vezes, aquilo que você vai ter de fazer para vencer a tentação vai doer tanto como perder uma mão ou um olho! Mas é melhor perder algo precioso agora que cair em condenação.


2.   Rejeite a tentação   -  Resistir à tentação e ao pecado é uma recomendação enfática da Palavra de Deus. Essa rejeição é feita mediante um andar de santidade firmado na Palavra do Senhor (Gl 5.16), pelo revestimento da armadura espiritual (Ef 6.10-18), aborrecimento ao mal e apego ao bem (Rm.12.9), sujeição a Deus e vigilância plena (Mt 26.41; Tg 4.7), sobriedade em tudo (1 Pe 5.8,9). Por mais que a tentação seja uma realidade que o cristão tenha que enfrentar em sua caminhada de vida e fé para o Céu, ele é chamado a desenvolver uma vida que rejeite totalmente as seduções e deste mundo, jamais deixando que essas coisas venham a sufocar a Palavra (Mt 13.22). O Inimigo faz de tudo para que a vontade de Deus não seja realizada pelos seus servos, visto que ele sabe que somente entrará no Céu aquele que faz a vontade do Senhor (Mt 7.21). Dessa maneira, ele batalha para que o cristão sempre tome os atalhos errados, os caminhos que os desviem da verdade, contrariando os planos de Deus. A consciência do não mais eu, mas Cristo (Gl 2.20), é o passo certo para resistir à tentação, pois dessa maneira o cristão vai afirmando que aquilo que quer o pecado, que deseja uma vida na libertinagem, já foi destruído, pois, conforme Jesus falou, para segui-lo é preciso essa negação do próprio eu (Mt 16.24). O velho homem já foi sepultado, ressuscitamos para andar em novidade de vida, não pensando mais nas coisas deste mundo, e sim nas vindouras (Rm 6.4; Cl 3.13).

 

3.   Arrependa-se! No meio da nossa caminhada   -   Em Salmos 1.6, o contraste entre o destino do ímpio e do justo é visível. O primeiro perecerá; ao passo que o segundo, que Deus conhece, prosperará: “Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá”. Diante dessa verdade, caso o cristão tenha caído em tentação, o caminho a ser seguido de imediato é arrepender-se e confessar, pois é por meio desses dois elementos cruciais que haverá a restauração do perfeito relacionamento com o Senhor. O arrependimento, como alhures já foi tratado, é o passo primordial porque é um ato de reconhecimento e desejo de mudança, anelando um novo coração.  Não adianta tentar esconder os pecados diante de Deus, pois todas as coisas estão nuas e patentes diante de seus olhos (Hb 4.13). Para com Ele, não vale arrependimento de meras palavras, aparência, lágrimas de falsidade, pois Ele conhece o mais íntimo do nosso ser.  Por isso, ao ceder à tentação, o arrependimento deve ser genuíno, puro, verdadeiro, sem tentar fazer maquiagem. É necessário que se reconheça o tamanho do pecado cometido contra Deus, sentir grande tristeza por seu pecado, confessá-lo diante de Deus rogando por seu perdão, desejar de fato mudar de vida, de atitude, de coração, abandonando o pecado totalmente e seguir a jornada para o Céu sempre ouvindo as palavras de Cristo — “[...] não peques mais” (Jo 8.11) — desejando agora viver em toda obediência à vontade dEle.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de Apoio, A Carreira que  nos está proposta - Comentarista Pr. Osiel Gomes, Editora CPAD.

https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/como-vencer-as-tentacoes/

https://jesuseabiblia.com/jesus/a-tentacao-de-jesus/

https://ebdnatv.blogspot.com/2024/05/escrita-licao-9-cpad-resistindo.html

https://www.respostas.com.br/vencer-a-tentacao/

Revista ensinador. Editora CPAD Ano 16 - N° 62. pag. 38.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 340.



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sábado, 18 de maio de 2024

LIÇÃO 08 - CONFESSANDO E ABANDONANDO O PECADO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 



                    TEXTO ÁUREO 

"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia." (Pv 28.13)


                    VERDADE PRÁTICA

Para desfrutar um caminho de restauração e reconciliação com Deus, precisamos confessar o pecado e abandoná-lo de uma vez por todas.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Sl 51.1-12; 1Jo 1.8-10



                        INTRODUÇÃO  

O remédio de Deus contra o pecado está especificado em 1 João 1.9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.    Confessar é algo diferente de dizer: “Sinto muito”, ou pedir desculpas. Confessar (homologeo) significa reconhecer ou concordar.

Suponha que um pai surpreenda seu filho atirando pedras em um carro. O pai diz:  — Você atirou uma pedra naquele carro, e isso é errado. Se o menino apenas responder que sente muito, terá confessado? O garoto poderá ainda acrescentar:     — Por favor, desculpe-me, papai.   Terá, porém, confessado seu erro? Não. Ele ainda não terá confessado enquanto não concordar com seu pai.   — Eu atirei uma pedra naquele carro, e isso é errado.

Quando você peca, pode sentir-se triste, mas sentir tristeza, e até mesmo contar a Deus que você está triste, de modo algum é confissão.    Você confessa seu pecado quando diz a Deus o que Deus está dizendo: “Eu dei guarida a um pensamento lascivo e isso é pecado”; “tratei meu cônjuge de modo grosseiro nesta manhã, e isso é errado”; “o que me motivou a buscar aquela posição na diretoria foi o orgulho, e o orgulho não deve fazer parte da minha vida”.    Satanás fará que a confissão seja uma coisa dificílima para você. Ele tentará convencê-lo de que é tarde demais para confessar, que Deus já apagou seu nome do livro da vida.

Trata-se de mais uma de suas inúmeras grandes mentiras. Você está em Cristo: você já foi perdoado.



                    I.   A CONFISSÃO DE PECADO 

1.  Definição  -   Vamos fazer uso de dois verbos hebraicos que expressam o significado de confissão. O primeiro é דהָיָ) yadah) — cujo significado pode ser visto como “dar graças”, “louvar”, “reconhecer” ou “confessar”. Logo se nota que o seu uso visava expressar gratidão a Deus. No caso do segundo verbo, הוֹדהָ (hodah), tem também o significado de “dar graças”, “agradecer” ou “louvar”, semelhantemente ao verbo yadah, mas seu real sentido vai depender do uso que se faz dele, em especial no contexto de confissão de pecados, denotando o ato de admitir ou reconhecer diante de Deus que pecamos ou erramos. Compreende-se então que ambos os verbos fazem alusão à ideia de reconhecimento, admissão, o que é necessário para o ato de confessar os pecados perante Deus. Fazendo uso do Salmo 32.5, tem-se a presença de ambos os verbos com o sentido de confissão de pecados como também de  perdão: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado” (ARA).  

Falando dessa confissão e perdão, o Comentário Bíblico Broadman, relata:  

Assim, o salmista diz: “Quando fiquei em silêncio, todo o meu quadro desperdiçou a minha agonia durante todo o dia”. Dia e noite, ele podia sentir a mão de Yahweh pesada sobre ele, e sua força foi gastada como no calor do verão. É uma descrição vívida do efeito debilitante e distrativo da rebelião não amortizada contra Deus. Então, quando ele não suportou mais a pressão, ele deu a conhecer ao Senhor seu pecado, não cobriu sua perversidade e disse: “Eu direi sobre mim mesmo a minha desobediência a Yahweh”. E, como ele sempre faz, Yahweh se afastou a culpa da transgressão do pecador. Por esta razão, isto é, com base na experiência que ele relacionou, o salmista aconselha todos os que seguem a Javé a orar a ele em qualquer momento de angústia; se assim for, as águas de qualquer problema, por profundo que seja, nem sequer tocarão o suplicante. (COMENTÁRIO BÍBLICO BROADMAN, 1983, p. 132)


2.   A confissão bíblica de pecado    -     Biblicamente, o verbo confessar quer dizer declarar o que se crê ou sabe. A pessoa confessa os seus pecados (Sl 32.5) e afirma que crê em um Deus Poderoso e Salvador (Rm 10.9,10). A confissão de pecados e a necessidade de seu abandono não é algo criado por líderes, um conselho de teólogos ou pastores, mas trata-se de uma recomendação bíblica, ou seja, há base bíblica para tal exigência. Há diversas passagens na Bíblia que tratam dessa temática, como, por exemplo, Provérbios 28.13, Salmos 32.5, Tiago 5.16 e 1 João 1.9. Compreendemos por meio das Escrituras Sagradas a relevância da confissão e abandono do pecado na nossa trajetória de fé, mas é uma ação que deve ser feita com um sincero e humilde coração, marcado por um quebrantamento e arrependimento verdadeiro, reconhecendo seus pecados e falhas diante de Deus. Quando a confissão é sincera e verdadeira, o grandioso Deus estará sempre pronto para manifestar sua graça, amor e misericórdia, que, por meio de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.


3.   O símbolo da confissão   -   “Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca…” Os primeiros versículos do Salmo 32, do Rei Davi, talvez descrevam um dos momentos mais angustiantes e tristes da vida daquele que era conhecido por ser “segundo o coração de Deus”.    Davi sabia bem o que estava escrevendo, pois sentia na pele o peso de encobrir seus feitos e não confessá-los. Seu adultério com Bate-Seba, sua conspiração para matar o marido enganado (Urias) e seus planos para manter todos os seus erros em segredo por pouco não custaram a vida do maior rei que Israel já teve.   Como disse Charles Spurgeon:  “Deus não permite que seus filhos pequem com sucesso”.

E John Donne escreveu:  “O pecado é uma serpente, e aqueles que o encobrem mantêm aquecido esse réptil venenoso para que possa picar com mais violência e espalhar seu veneno e malignidade de modo mais eficaz”.

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                    II.   O PERIGO DO PECADO NÃO CONFESSADO 

1.  Os males dos pecados não confessados    -    Quando não há confissão de pecado, a primeira consequência é que a pessoa fica separada de Deus, Ele esconde seu rosto de nós (Is 59.2). Culpa e vergonha são sentimentos que vão se alastrando cada vez mais na vida de quem não confessa seus pecados, gerando também a falta de paz interior e inquietação. Tudo isso atingiu Davi por esconder seus pecados (Sl 32.3-5). Em prosseguimento, os males dos pecados não confessados vão gerando cada vez mais outros males, como diz o salmista: “Um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7). Onde o pecado entra vem com ele a mentira, desconfiança, trapaça, atingido não apenas quem peca, mas envolvendo outras pessoas. O pecado afasta o homem do bom relacionamento com Deus, ocasionando uma vida espiritual fracassada, morta. Se realmente não desejamos ser dominados por esses males do pecado não confessado, é preciso arrepender-se de verdade, confessá-los e abandoná-los de uma vez, como é ensinado por João, pois o Senhor é fiel para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1.9). Os que confessam e deixam seus pecados passam a ter uma vida de comunhão perfeita com Cristo, pois é tão somente pelo ato da confissão que a verdadeira restauração acontece, jogando fora o medo, a vergonha, e voltando a ter um relacionamento maravilhoso com Deus.


2.   As consequências do pecado de Adão e Eva    -   Logo após a Queda, Adão e Eva foram tomados por um sentimento de culpa. Rapidamente eles foram avisados da separação que o pecado causou entre eles e Deus. O próprio ato imediato de o casal ter se escondido, aponta para essa realidade. Ao se encontrarem com Deus, Adão e Eva receberam a seguinte sentença:

  • A morte seria uma realidade a partir daquele momento.
  • Haveria dores tanto para o homem quanto para mulher (principalmente no parto).
  • O suor seria constante na sobrevivência humana.
  • Eles seriam banidos da presença de Deus.

É importante entender que Deus criou o homem como um ser pessoal, moral e com capacidade intelectual e de discernimento. Isto significa que ao mesmo tempo em que o homem era inocente por conta de sua natureza que não havia sido contaminada pelo pecado, ele também era capaz de fazer escolhas livremente. Ele estava apto a julgar o que era bom e o que era mau.   A diferença é que Adão e Eva conheciam o mal de uma maneira bem diferente antes da Queda. Podemos dizer que eles conheciam o mal como algo que fosse contrário a Deus e Suas ordens. Era um tipo de conhecimento por contraste. Qualquer coisa ou situação que se encaixasse nessa descrição, seria o mal. Após o Pecado Original, o homem passou a conhecer o mal de forma experimental.   Ainda sobre a sentença dada por Deus em decorrência da Queda do Homem, é interessante destacarmos alguns pontos conforme veremos a seguir.


3.   As consequências do pecado de Davi   -  Davi conhecia os Dez Mandamentos e sabia que proibiam o adultério, o homicídio e a falsidade. O pecado diz respeito a “errar o alvo” e a não viver dentro dos padrões determinados por Deus. Iniquidade (v. 2) quer dizer “distorção” e descreve o que acontece no caráter do pecador. Doloso refere-se à “dissimulação”.     Davi tentou encobrir seus pecados e fingir que nada havia acontecido, mas o Senhor o disciplinou até ele confessar que havia pecado. Esses termos voltam a aparecer no versículo 5.     Perdoar quer dizer “remover um fardo”. O perdão é retratado pelo “bode expiatório” no Dia da Expiação, pois esse animal simbolicamente “carregava” os pecados do povo para o deserto (Lv 16:20-22; Sl 103:12; Jo 1:29).    “A tua mão”. A mão que corrige, pela qual Deus açoita e surra os filhos. O sentido do poder de Deus castigando ou corrigindo é chamado de a mão de Deus, como ocorre em 1 Samuel 5.11. A mão de Deus castigava duramente a Ecrom por causa da arca. 

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                    III.   CONFISSÃO DE PECADO: UM CAMINHO DE CURA E RESTAURAÇÃO

1.  Confessando o pecado a Deus   -    No capítulo 51 de Salmos, veremos que Davi sempre manteve uma proximidade e intimidade com o senhor, entretanto, como todo ser humano acabou caindo em tentação e pecou.   Porém, Davi teve a humildade de se arrepender e se confessar com o senhor. Isso nos mostra que às vezes por mais que sejamos próximos a Deus, pode ser que venhamos a fraquejar, entretanto, o importante é que nos arrependamos e façamos as pazes com nosso pai, nos justiçando e não errando mais.   v. 4 Contra ti, somente contra ti eu pequei, e cometi este mal à tua vista; para que tu pudesses ser justificado quando falares, e ser claro quando julgares.  A declaração contra ti não significa que outros não estavam envolvidos nas consequências do pecado, e sim que, mesmo pecando contra outros, a maior afronta foi contra o próprio Deus. Está claro que era essa a ênfase de Davi quando foi confrontado com seu pecado (2Sm 12:13).


2.    Alcançando cura e restauração    -   No Novo Testamento, no caso da parábola do fariseu e do publicano, foi a Deus que ambos se dirigiram, sendo que somente o publicano recebeu o perdão, pois o fez não com meras palavras vazias, mas com verdadeiro arrependimento, afirmando ser um grande pecador (Lc 18.13). Por fim, já foi feita a citação de 1 João 1.9, mostrando que Deus é misericordioso e fiel para perdoar os nossos pecados. No Novo Testamento, os pecados que ofenderam outros irmãos devem ser confessados uns para com os outros. Essa recomendação vem de Tiago (Tg 5.16). Não podemos jamais experimentar relacionamentos saudáveis se vivermos ferindo ou atacando os outros. Assim, a real cura da ferida só pode acontecer quando entre ambos há arrependimento e confissão sincera. Por vezes, um cristão acha que está no direito, mesmo tendo pecado contra alguém, então, o líder espiritual escolhido por Deus irá orientá-lo pela Palavra a buscar a reconciliação com o seu próximo e com Deus (Hb 12.14). Note que Davi pecou e escondeu o seu pecado, sua consciência morta não falava mais, foi necessário a presença do homem escolhido por Deus, Natã, para o repreender severamente e despertar sua consciência morta (2 Sm 12.1-11). Para uma restauração espiritual e saudável, é valioso contar com a presença do seu líder espiritual, que durante o processo disciplinar lhe dará apoio e orientação certa.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de Apoio, A Carreira que  nos está proposta - Comentarista Pr. Osiel Gomes, Editora CPAD.

https://www.mundocristao.com.br/blog/como-confessar-verdadeiramente-meus-pecados-2/

https://comunhao.com.br/o-poder-da-confissao/

https://bibliotecadopregador.com.br/salmo-32-estudo/

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sexta-feira, 10 de maio de 2024

LIÇÃO 07 - O PERIGO DA MURMURAÇÃO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO 

"E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor." (1Co 10.10)


                    VERDADE PRÁTICA

A  prática da murmuração enfraquece a vida espiritual, acaba com a comunhão da igreja local e nos impede de desfrutar das promessas de Deus.


            LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Êx. 16.1-7; 1Co 10.10,11



                    INTRODUÇÃO 

A murmuração não pode fazer parte do contexto da vida cristã, pois apresenta atitudes de incredulidade e negatividade, visto que se trata de um murmúrio apresentando reclamações marcadas por insatisfação e descontentamento. É prejudicial em tudo para o povo de Deus, uma vez que além de ser um pecado, suas consequências são desastrosas, gerando mágoas, ressentimentos, confusões, atraso na caminhada para o Céu. Os que praticam o pecado da murmuração estão claramente declarando a falta de confiança em Deus e no seu controle, inclusive nos seus planos para nossas vidas. Agir dessa maneira é como se alguém estivesse dizendo que Ele não está sabendo fazer as coisas corretamente. O cristão não deve, sob hipótese alguma, viver na prática da murmuração. Se assim proceder, comprometerá sua espiritualidade, não tendo mais tempo para orar, visto que não confia plenamente em Deus, porque seu foco está simplesmente firmado nas queixas e reclamações. A murmuração está ligada à ingratidão, e passamos a não reconhecer mais o que Deus já fez em nosso favor, todas as bênçãos que Ele concedeu; o alvo agora é só olhar para o que está faltando, necessitando, transformando-nos em crentes rabugentos. 



                I.  A MURMURAÇÃO NA BÍBLIA

1. O que é murmurar?     -    A Bíblia descreve a murmuração como um comportamento comprometedor do crente, que acontece por meio de gestos e palavras, feito em tom baixo, em reclamações e censuras (Êx 15.24; Lc 15.2), que revela atitude de incredulidade, ingratidão, insatisfação, lamento, queixas, envolvendo circunstâncias e pessoas, bem como o próprio Deus. Israel reclamava de Arão e de Moisés, e, ao reclamarem dessas eram pessoas, logicamente estariam também reclamando de Deus, pois foi o Senhor quem os havia escolhido para tal missão. A teologia fala da murmuração como um pecado, comportamento e atitude pecaminosa, visto que, ao agir dessa maneira, o crente está se opondo aos planos que foram estabelecidos por Deus, não querendo sua vontade. Anteriormente, destacamos que o que caracteriza a murmuração é a ingratidão, insolência, rebeldia, descrença, falta de fé, resistência à soberania de Deus; tudo isso pôde ser visto na vida dos israelitas, o que resultou em atraso, fracasso e morte para a maioria deles. Não há como avançar na vida espiritual quando o coração está cheio do pecado da murmuração, pois esse mal prejudica primeiramente nossa comunhão com Deus e também com o nosso irmão.  


2.   O comportamento dos murmuradores    -   As primeiras passagens a que faremos menção sobre o comportamento de pessoas murmuradoras é a de Êxodo 16 e Números 14. Ambos dão os retratos dos principais personagens de Israel que agiram como murmuradores. Quando Israel passou a caminhar pelo deserto, reclamava de tudo, de água, comida e da liderança. Essa postura custou caro para os murmuradores, pois Deus não se agradou deles e os matou. Em Números 12, os dois irmãos de Moisés, Arão e Miriã, murmuraram contra ele por causa da mulher estrangeira, bem como tentaram atacar a liderança do irmão. O procedimento desses dois irmãos não agradou a Deus em nada, e prontamente o Senhor puniu Miriã com lepra perante todo o Israel, um ato vergonhoso, não somente isso, o comportamento dela atrasou a marcha do povo de Deus. No Novo Testamento, temos exemplo de murmuração até dos discípulos de Jesus, que depois de um discurso se apresentando como o Pão da Vida, que eles acharam pesado, muitos deixaram de segui-lo, porém, Jesus advertiu que quem quisesse ir tinha todo o direito. Depois que Cristo fez a explicação de sua pessoa como o Pão da Vida, eles viram que é preciso ter fé nEle e não buscar uma vida independente (Jo 6.68). 

A conduta pouco ética dos murmuradores faz com que, em pouco tempo, muitos sejam contagiados. A ferramenta deles é a língua, a palavra. É por isso que, em Hebreus 12.13 e 14, a Palavra de Deus recomenda: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”.


3.   O crente murmurador    -   Há um grande perigo quando o crente se torna murmurador. Ele pode tornar-se cheio de contendas, e seu testemunho não terá eficácia perante o mundo, pois todos verão que está insatisfeito com a vida e com as pessoas, reclama de tudo e de todos. Jó, no meio das piores circunstâncias de sua vida, não murmurou de nada, nem de Deus, mas compreendeu que Ele estava conduzindo todas as coisas, por isso na prova o adorou (Jó 1.20). É impossível que dos lábios do murmurador não saiam palavras negativas, depreciadoras, sujas, atacando líderes, esposas e esposos, membros, enfim, todos. É sempre bom ter todo o cuidado com o que falamos, pois como bem ensinou Jesus, nós seremos condenados ou justificados com nossa fala: “Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras, serás condenado” (Mt 12.37).  Não se pode confundir o questionamento bem intencionado e a crítica construtiva, com o pecado a murmuração. A murmuração inclui más intenções, é insensível e traiçoeira, é negativa e destrutiva, é desagregadora.   Somos desafiados a rever a maneira como tratamos nossos líderes, pois o alvo dos murmuradores é sempre a liderança. Confira a exortação contida nestas passagens bíblicas: Fp 2.25, 29, 30; I Ts 5.12 e 13; Hb 13.17.   A murmuração é incompatível com uma vida cristã marcada por fidelidade, confiança e cooperação. Esse pecado afasta a bênção de Deus e atrai o seu juízo. Por outro lado, quando se dá lugar à confiança em Deus, à união e cooperação entre os irmãos, “ali derrama o Senhor a sua bênção e a vida para sempre” (Sl 133).

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                    II.    MURMURAÇÃO: IMPEDIMENTO DA PRIMEIRA GERAÇÃO À TERRA PROMETIDA

1.  A murmuração contra os líderes escolhidos por Deus    -   Apesar de muitas vezes aparentemente o povo ter murmurado contra Moisés e Arão, na realidade eles estavam murmurando contra o próprio Deus. Em certa ocasião Moisés diz isso explicitamente: “As vossas murmurações não são contra nós, e sim contra o SENHOR” (Êxodo 16:8). A murmuração de Israel em Refidim foi tão grave que o texto bíblico identificou aquela atitude como algo que tentou a Deus (Êxodo 17:2-7).   Infelizmente a murmuração foi um comportamento que caracterizou a incredulidade de Israel e sua desesperança na providência de Deus (cf. Números 14-17). Inclusive, esse exemplo negativo foi lembrado pelos escritores do Novo Testamento como advertência aos cristãos (cf. 1 Coríntios 10:5; Hebreus 3:12-4:13; etc.).   Tornou-se uma prática comum da geração de murmuradores se levantar contra a liderança do Senhor. Em Números 20.2-13, logo que faltou água esse povo se levanta e passa a murmurar contra Moisés. Os dois líderes estavam já machucados pela reação desse povo, de modo que a ordem divina a Moisés era que ele falasse à rocha, mas na condição que se encontrava, magoado, feriu a rocha duas vezes, ato que trouxe consequências para a sua vida. Podemos nos dirigir a eles fazendo nossos questionamentos ou alguma outra coisa, mas com humildade, sinceridade e reverência, desejando de verdade os propósitos divinos.


2.   A murmuração contra Deus   -   A murmuração reflete uma miopia espiritual, que nos faz ver o pior lado de todas as coisas, inclusive das bênçãos de Deus. O povo acabara de ter saído do Egito, após 400 anos de escravidão. Deus libertou este povo com mão forte e triunfou sobre todos os deuses do Egito (Êx 12.12). No entanto, pela condução de Deus eles estavam agora no meio de um deserto. No texto, podemos ver o povo murmurando contra o SENHOR, interpretando o livramento bondoso de Deus como sendo mal, pois o povo disse: “Quem dera tivéssemos morrido por mão do SENHOR na terra do Egito” (Êx 16.2). Veja que esse tipo de murmuração já havia sido feita anteriormente, na saída do Egito, quando o povo disse: “Não havia sepulcros no Egito, para nos tirar de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, fazendo-nos sair do Egito? Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto” (Êx 14.11-12). A murmuração fez com que o povo visse o pior lado do que estava acontecendo com eles. Eles não conseguiam enxergar as bênçãos de Deus. A amorosa ação de Deus em libertá-los parecia um ato cruel! Como temos enxergado a ação de Deus nos momentos difíceis de nossas vidas? Será que em meio ao sofrimento nós podemos ver a bondosa mão de Deus sobre nós?

A murmuração reflete falta de gratidão. A murmuração reflete uma falta de agradecimento para com aquilo que Deus tem feito em nossas vidas, mesmo em meio ao sofrimento. Veja que o povo havia sido liberto do cativeiro e não fazia muitos dias que eles, ao murmurarem viram Deus transformar as águas amargas de Mara em águas doces (cf Êx 15.24-25). Geralmente o que nos conduz à falta de gratidão é a amnésia espiritual.

Murmuramos quando temos mais prazer nas coisas do mundo do que nas coisas de Deus.Por fim, muitas vezes o que está por detrás da murmuração não é porque desejamos algo melhor, mas porque temos dado mais valor às coisas do mundo do que as coisas de Deus.


3.   Por que é perigoso murmurar?    -    Podemos dizer que seis coisas acontecem quando o crente pratica o pecado da murmuração: a primeira é que ele revela que em sua vida não há fé verdadeira em Deus, pois se a tivesse, ainda que enfrentasse qualquer crise, luta, problema, dependeria e confiaria plenamente no poder de Deus. Eclesiastes nos lembra de que nós estamos embaixo e Deus está lá em cima (Ec 5.2).   Em segundo lugar, o perigo de murmurar é que o crente jamais será grato a Deus, por não reconhecer suas bênçãos concedidas. Desse modo, ele cometerá o pecado da ingratidão, marca de uma humanidade sem Deus (2 Tm 3.2). Uma pessoa ingrata nunca olha para o que alguém já fez por ela, pois sua visão ou foco está voltado apenas para aquilo que está em falta, não atentando para todas as bênçãos que já recebeu.   O terceiro perigo para o crente que murmura é sempre viver em desobediência e rebeldia, porque ele não se submete à vontade do Senhor, não crê em sua providência e não descansa em suas promessas. O quarto perigo que o crente sofre com o pecado da murmuração é que seu relacionamento com Deus é quebrado. Como glorificará a Ele com alegria e prazer quando não se confia no seu poder, não reconhece os seus benefícios? Todos os que se dão ao pecado da murmuração passam a ter um relacionamento rompido com o Senhor, afastando-se completamente dEle. O quinto perigo do pecado da murmuração é que ele afeta o relacionamento com o próximo. Isso é perigoso porque, quando começam a campear no meio do povo de Deus as queixas de um contra o outro, de imediato as divisões aparecem, pois as conversas em tom baixo vão gerando nos outros insatisfação, descontentamentos, ódio, falta de alegria, de amor. O resultado é disputa, brigas e falta de comunhão. O sexto perigo do pecado da murmuração é que ele enfraquece nossa vida espiritual. Não há como ter uma vida espiritual cheia de gozo, alegria e comunhão quando não reconhecemos a bondade de Deus manifestada para conosco, quando não vivemos com Ele em total fé e obediência, mas sempre reclamando de tudo, achando que Ele ainda não fez o suficiente por nós. Nessa condição, não tem como o cristão dobrar os joelhos e orar, o que domina o seu coração e pensamento são queixumes, reclamações e insatisfações.

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                    III.   MURMURAÇÃO: UM PECADO QUE NOS IMPEDE DE ENTRAR NA CANAÃ CELESTIAL

1.   O fim dos israelitas murmuradores    -   Por meio das Escrituras, já sabemos o fim de todo homem que não confia nem entrega sua vida a Deus. O salmista diz que o caminho do ímpio perecerá (Sl 1.6). Os israelitas infiéis, de quem Deus não se agradou, foram abatidos no deserto. Não se tratou de um ato pesado da parte de Deus, nem de uma ação arbitrária, mas por serem ingratos, desobedientes, irreverentes e murmuradores, ficaram prostrados (Nm 14.29,32,35; 26.64,65). Está plenamente provado nos acontecimentos envolvendo Israel que Deus não aceita ou tolera o pecado da murmuração. Esse ato é por demais perigoso, contagiante, gera um espírito negativista, sem fé, sem amor, sem consideração, sem obediência, sem reconhecimento, sem gratidão. Todos esses textos nos convidam a desenvolver uma vida de comunhão com Deus e sua Palavra, buscando sua vontade e confiando em sua soberania, não importando as circunstâncias, pois sabemos que Ele está no controle e que tudo redundará para louvor e glória do seu nome.


2.   O destino dos murmuradores    -   4.1. A verdade é que devemos fugir das murmurações, pois elas podem trazer sobre nós o castigo.

4.2. Israel não ficou impune por ter murmurado, ou se queixado, aos ouvidos de Deus.
4.3. Fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu extremidades do acampamento (11:1c).
Explicar o que pode ser o fogo: Fogo literal ou alguma espécie de praga. Seja como for, foi algo terrível. Inclusive, deram àquele lugar o nome hebraico de Taberá (11:3), que significa incêndio.
4.4. Não é sensato murmurar diante de Deus isto pode trazer castigo sobre nós.   


3.    Os males da murmuração    -   A primeira consequência que ela traz é criar divisões, ou seja, grupinhos na igreja. Esses grupos terão em seu meio pessoas revoltadas, ingratas, insatisfeitas, as quais causarão desarmonia entre os demais. Os membros das igrejas que estão dominados pelo pecado da murmuração não têm maturidade nem crescimento espiritual.   Por andar na prática da murmuração, as pessoas descrentes notarão naquele que se diz cristão atitudes que não correspondem à sua fé.   Novamente reforçamos a recomendação de Paulo: “Fazei todas as coisas sem murmuração nem contenda” (Fp 2.14). A murmuração, além de trazer atraso para toda comunidade de salvo, isto é, a Igreja, compromete também aquele que tem o chamado ministerial, mas que se deixa seduzir por esse pecado. Uma pessoa vocacionada retrocederá quando passar a murmurar contra os seus líderes, não querendo mais servir com prazer, alegria e voluntariedade, achando que poderia merecer alguma coisa melhor, um reconhecimento mais adequado, se esquecendo de tantas bênçãos que já recebeu.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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https://www.icacacias.org/post/2016/02/11/o-que-est%C3%A1-por-tr%C3%A1s-da-murmura%C3%A7%C3%A3o-%C3%AAx-16110

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