Seja um Patrocinador desta Obra.

SEJA UM ALUNO ASSÍDUO NA EBD. Irmãos e amigos leitores, vc pode nos ajudar, através do PIX CHAVE (11)980483304 ou com doações de Comentários Bíblicos. Deste já agradeço! Tenham uma boa leitura ___ Deus vos Abençoe!!!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

LIÇÃO 12 - O ESPÍRITO HUMANO E O ESPÍRITO DE DEUS.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 

VC'S PODEM ADQUIRIR NOSSOS MATERIAS. Temos DOIS E-BOOK'S:

https://go.hotmart.com/E103391666K



https://go.hotmart.com/F103356559I



             



                    TEXTO ÁUREO

"O  mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus." (Rm 8.16)


                    VERDADE PRÁTICA

Além do seu testemunho em nosso espírito, o Espírito Santo age no íntimo de nosso ser intercedendo, edificando e produzindo o seu fruto.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Romanos 8. 14-16; 1 Coríntios 14.14; Gálatas 5.22, 23




                            INTRODUÇÃO

A relação entre o espírito humano e o Espírito de Deus é bem retratada nas Escrituras mediante o registro das experiências do homem no seu relacionamento com o Criador. No Antigo Testamento, a descrição desses fenômenos experienciais leva mais em conta a totalidade da pessoa (a unidade), enquanto o Novo Testamento expõe mais detalhes da pluralidade (espírito, alma e corpo). Quanto ao espírito, menciona-o de forma específica como fonte inicial das realidades sobrenaturais experimentadas pelo homem na sua comunhão com Deus. 

Dessa forma, a literatura veterotestamentária e a neotestamentária completam-se no todo perfeito e harmônico do Cânon Sagrado. Gênesis 41.38 menciona José, o varão “em quem [havia] o Espírito de Deus”. Bezalel foi cheio do Espírito de Deus para que tivesse a capacidade de trabalhar na obra do Tabernáculo (Ex 31.1-3). O Espírito Santo manifestou-se em diversos outros personagens do Antigo Testamento, como nos juizes, dotando-os de poder para realizar obras extraordinárias para Deus. Sansão foi um deles. Numa das ocasiões, o Espírito apoderou-se dele tão possantemente que despedaçou um leão com as suas próprias mãos (Jz 14.5,6). Em todos esses casos, o fenômeno é completo: atinge espírito, alma e corpo, mas sem uma descrição específica da manifestação da experiência em cada parte do ser humano. 

A Bíblia simplesmente descreve a ação do Espírito na pessoa como unidade, cumprindo os propósitos divinos. Embora existam descrições da constituição humana também no Antigo Testamento, como já vimos ao longo deste livro, parece-nos claro que as obras do Espírito no Novo Testamento são descritas com maiores detalhes em relação à constituição do homem, principalmente na obra de Salvação. A agência do Espírito de Deus é geralmente demonstrada indicando o espírito como lugar de início e centralidade. A passagem de Romanos 8.16 é um exemplo disso: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. Paulo refere-se à comunicação da adoção espiritual que o Espírito de Deus faz junto com o espírito humano.  



                    I.    A OBRA INICIAL DO ESPÍRITO 

1.   Consciência e fé    -     Examinar o que as Escrituras revelam sobre a ação do Espírito de Deus no espírito humano é essencial para que não fiquemos limitados a conceitos teológicos racionalistas, formulados por quem acredita na suficiência da razão para a apreensão das verdades divinas. Por outro lado, adverte-nos quanto ao perigo de ter a experiência como fundamento norteador da fé. Nem meramente racional, nem meramente sensorial. A verdadeira fé abre-nos a porta para a essência do conhecimento espiritual, que satisfaz a alma tanto no seu aspecto intelectual quanto emocional. Contudo, o relacionamento do homem com Deus é, acima de tudo, espiritual — e começa com a regeneração. Tendo em vista que a incredulidade aloja-se principalmente no espírito, o Espírito de Deus age removendo-a, para que o ser humano responda com fé ao chamado divino para a salvação, processo que se dá por meio da pregação da Palavra: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). 

 Como afirma Warren W. Wiersbe (2021, p. 466): 

O Espírito Santo convence o mundo de um pecado em particular, o pecado da incredulidade. A lei de Deus e a consciência humana podem convencer a pessoa de seus pecados específicos, mas é a obra do Espírito, por intermédio da Igreja, que revela a incredulidade do mundo perdido. Afinal, é a incredulidade que condena o peca dor (Jo 3.18-21), não seus pecados individuais. Uma pessoa pode “limpar” sua vida, livrar-se de seus maus hábitos e, ainda assim, ir para o inferno.

Há, sem dúvida, um processo de apreensão espiritual pelo espírito e alma, que passam a conhecer a realidade deprimente da natureza humana e os seus terríveis pecados, ao passo que contemplam, em contraste, a beleza da santidade divina. Assim, envolto em convicções, sentimentos e pensa mentos — e também movido na sua vontade —, o homem, compungido, reconhece o seu estado miserável e deseja o Salvador. 

Sobre esse trabalho do Espírito no convencimento do homem morto em ofensas e pecados, Matthew Henry (2008, p. 1000/1001) acentua:

 “O Espírito, pela palavra e pela consciência, é um reprovador. Os ministros são reprovadores por ofício, e por intermédio deles, o Espírito reprova”. Henry também fala da remoção das objeções, mencionando que “o Espírito se prende especialmente ao pecado da incredulidade, que consiste no fato de não se crer em Cristo”. A. W. Tozer (2019, p. 25) argumenta: “Quem pode examinar as complexas profundezas da alma humana, nas profundezas do espírito humano, para limpá-lo? Ninguém além do Deus que o criou!”.


2.    A pedagogia do Espírito    -     Há um universo incomensurável de conhecimento espiritual — a “profundidade das riquezas” mencionada por Paulo em Romanos 11.33 — que agora podemos acessar pelo Espírito, ainda que não completamente (1 Co 13.12; 1 Jo 3.2). Como vimos enfatizando, essa obra do Espírito, de ensinar-nos toda a verdade, não está limitada ao nível do intelecto. Atinge o mais profundo de nosso ser, o lugar do espírito. Embora alinhado ao dicotomismo, a visão de Jonathan Edwards a respeito da verdadeira compreensão espiritual apresenta uma clara distinção entre apreensão meramente intelectual e conhecimento espiritual. 

Edwards fala em “intelecto” e “coração”, o que, a partir de uma visão tricotômica, diz respeito à alma e ao espírito — mas principalmente a este, em especial pela distinção com o intelecto, que é uma das faculdades da alma:

O verdadeiro cristão sente porque vê e compreende algo mais sobre as coisas espirituais do que antes. [...] Neste ponto, quero ,enfatizar que há uma grande diferença entre o conhecimento doutrinário e conhecimento espiritual Conhecimento doutrinário envolve somente o intelecto, porém o conhecimento espiritual é um sentimento do coração pelo qual vemos a beleza da santidade na doutrina cristã. Conhecimento espiritual sempre envolve o intelecto e o coração ao mesmo tempo, (ibid., p. 80)

Tozer arremata essa questão ao afirmar que os pensamentos de Deus pertencem ao mundo do espírito, e os do homem, ao mundo do intelecto, e que, conquanto o espírito possa abranger o intelecto, o intelecto humano jamais pode abranger o espírito. Os pensamentos do homem não podem penetrar nos de Deus (2000, p. 53).


3.    A renovação da mente     -    Edwards menciona a ação do Espírito em relação à transmissão do significado espiritual das Escrituras, por Ele inspirada, cuja compreensão só pode ocorrer mediante o trabalho do mesmo Espírito, libertando-nos da cegueira espiritual (p. 81). Paulo orava pelos efésios para que Cristo habitasse pela fé nos corações, a fim de que pudessem compreender e conhecer o amor de Cristo, “[...] que excede todo o entendimento” (Ef 3.19). Isso demonstra como esse processo é progressivo. Tem início na regeneração, mas deve ser buscado ao longo de toda a vida cristã. A oração é essencial para que se receba essa obra do Espírito no coração (v. 17), na mente espiritual, que compreende o espírito humano e a alma e as suas respectivas faculdades, que Paulo também reúne no conceito do “homem interior” (v. 16). 

O apóstolo apresenta aos romanos a indispensabilidade de uma consagração total — a apresentação da integralidade do ser em adoração — e um firme inconformismo com o sistema mundano como atitudes inafastáveis para a renovação da mente. Sobre o aspecto integral da consagração, é um entendimento que se extrai do evidente fato de Paulo referir-se a um sacrifício vivo (santo e agradável a Deus, que é o culto racional). Assim é a pessoa como unidade composta, em total rendição. F. F. Bruce (1979, p. 183) sugere que o melhor sentido para a expressão “culto racional” seja “culto espiritual”, para contrastar com as exterioridades do culto do Templo de Israel. O autor cita a versão americana RS\j que traz essa tradução: “culto espiritual”. 

O resumo de todo o apelo de Paulo, como destaca Bruce, é que “os crentes são exortados a deixar que a renovação das suas mentes, pelo poder do Espírito, transforme as suas vidas harmonizando-as com a vontade de Deus”. Quanto à referência ao corpo, embora seja claramente uma alusão à pessoa em unidade, também pode ser considerado como o papel do envolvimento físico no culto. Em nossas experiências, sabemos que nem sempre nossa sintonia espiritual com Deus está plenamente ativa, mas, enquanto permanecemos com nosso corpo entregue à adoração, junto com as faculdades da alma — ainda que estas, em princípio, estejam vagueando —, os fenômenos espirituais ficam cada vez mais intensos.


4.    Voz e luz     -    Comentando João 3.27, A. W. Tozer (2000, p. 53) refere -se ao conhecimento espiritual como “uma espécie de verdade que jamais pode ser captada pelo intelecto, pois o intelecto existe para a apreensão de idéias, e esta verdade não consiste de idéias, mas de rida. A verdade divina é de natureza espiritual e, por essa razão, só pode ser recebida por revelação espiritual”. Tozer refere-se ao espírito como o órgão que Deus colocou dentro do homem no momento da criação, por meio do qual se pode conhecer as coisas espirituais. Órgão que, como observa Tozer, morreu no momento do pecado (ibid., p. 54).

No seu livro Homem: Habitação de Deus, o citado autor apresenta três graus do conhecimento religioso que podem ser adquiridos pela razão, pela fé e pela experiência espiritual. O conhecimento adquirido pela razão, explica, é aquele obtido pela observação dos objetos naturais, ou seja, pela criação divina acessada pelo homem no seu cotidiano (SI 19.1,2; Pv 6.6; Mt 6.26). O conhecimento adquirido pela fé é o obtido mediante as Escrituras, que “oferece dados que se acham completamente fora e acima do poder de investigação da mente”. 

O terceiro grau de conhecimento, conforme acentua Tozer, é aquele “auferido pela experiência espiritual direta”, sobre o qual afirma: “Mediante o Espírito que em nós habita, o espírito humano é posto em contato direto com a realidade espiritual superior. Ele observa, prova, sente e vê os poderes do mundo vindouro e tem um encontro consciente com o Deus invisível” (2007, p. 46-48).3 O autor explica, contudo, que esse conhecimento é experimentado, não adquirido: “Não consiste de descobertas acerca de alguma coisa; mas é a coisa propriamente dita. Não é um composto de verdades religiosas. E um elemento que não pode ser decomposto em partes” (p. 48). 

O reconhecido autor não se refere a qualquer conhecimento que seja complementar ao revelado nas Escrituras ou que possa ser atestado à parte desta, mas de uma vida de intimidade com Deus, totalmente alinhada com as Escrituras, mas que permite ao crente viver num relacionamento dinâmico com o seu Senhor, como, ademais, viveram os santos homens de Deus de todos os tempos, inclusive os personagens da Bíblia. Deus é transcendente, mas também é imanente; é um ser relacionai, que interage com os seus filhos diariamente, dirigindo-lhes em todas as áreas da vida. A continuidade da ação divina na experiência humana é uma promessa de Cristo para todos os que nEle creem (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20; Jo 24.49; At 1.8).


https://go.hotmart.com/E103391666K




              




  II.     TESTEMUNHO, INTERCESSÃO E EDIFICAÇÃO


1.    O Espírito testifica ao espírito     -     Sobre o testemunho do Espírito, afirma A. W. Tozer (p. 45): “É dessa forma que Deus age: Há um testemunho imediato, uma ação do Espírito de Deus, sem intermediários, sobre o espírito do homem. Há um infiltrar, uma ação nas células daquela alma humana e uma impressão do Espírito Santo de que tudo isso é verdade”. Nesse ponto, a visão de Tozer difere do pensamento de Gordon Fee, mencionado na introdução deste capítulo, de que o Espírito dá um segundo testemunho, junto com nosso espírito. Tozer considera que o processo é o Espírito de Deus testemunhando diretamente ao espírito humano, como também entende Edwards (p. 72): 

Quando Paulo diz que o Espírito Santo testifica com nosso espírito, não quer dizer que haja duas testemunhas separadas e independentes. Quer dizer que recebemos pelo nosso espírito o testemunho do Espírito de Deus. Isto é, nosso espírito vê e declara a evidência de nossa adoção produzida pelo Espírito Santo em nós. Nosso espírito é a parte de nós que as Escrituras chamam, em outro lugar, de o coração (1 Jo 3.19-21) e de consciência (2 Cor. 1.12). 

Parece-nos ser essa a experiência espiritual descrita por Paulo: o Espírito de Deus testifica ao nosso espírito.


2.    O Espírito intercede    -    “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém,”

O apóstolo Paulo aponta para a “nossa fraqueza”, a limitação humana devida a pecaminosidade. A fraqueza é destacada pelo menos em uma coisa: “não sabemos orar como convém”. Não sabemos se o que estamos orando está conforme a vontade de Deus. Neste pacote de limitação descrito o próprio apóstolo Paulo se coloca junto.

Vamos prestar atenção em um detalhe: o apóstolo Paulo, um homem experimentado nos caminhos do Senhor. Que já havia participado em vários projetos missionários, além de ser o sistematizador do cristianismo através dos seus escritos. Ele mesmo se coloca entre aqueles que não sabem oram como convém. Que dirá nós que somos tão pequenos na obra de Deus?

A dificuldade está em saber pelo que orar em determinadas situações. Orar para Deus levar para si, e acabar com o sofrimento? Ou orar para Deus curar. Orar para Deus manter o meu emprego atual ou orar para arrumar um emprego melhor?

São tantas as situações nas quais não sabemos como Deus quer terminar e muitas vezes acabamos orando em direção contrária à vontade de Deus.

Lembremo-nos de que nós, por nós mesmos, fazemos umas orações que não dá em nada, nada recebemos. Porque pedimos mal, para esbanjarmos em nossos prazeres (Tiago 4.3).

Então por que oramos: porque o Espírito Santo não assume essa função para sempre e daí e nós deixamos de orar? A resposta é que:

  • Deus quer ouvir a voz de Seus filhos em oração e ações de graças;
  • O espirito Santo ora nos corações daqueles que oram;
  • Deus ordenou a oração e prometeu atender as orações que estiverem conforme a Sua vontade e;
  • Deve haver muitas orações que não precisam de intercessão do Espirito Santo, por estarem plenamente conforme a vontade de Deus.

Continuando veremos que O Espírito Santo Intercede Por Nós…

2. PORQUE DEUS SABE QUAL É A INTENÇÃO DO ESPÍRITO (v. 26b-27a)

“mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente [qual é a intenção] do Espírito,”

O que são os gemidos inexprimíveis? Esses gemidos são Espírito Santo ou dos filhos de Deus?

As nossas orações são feitas por meio do Espírito Santo que está em nós. As palavras que emitimos são inspiradas e direcionadas pelo Espírito Santo de forma que estejam em conformidade com a vontade do Pai. Dessa forma, os gemidos emitidos nas nossas orações com o coração cheio de angústias e sofrimentos, são os nossos gemidos, reproduzidos pelo Espírito Santo, quando levados ao Pai, na Sua intercessão por nós.

Deus, aquele que sonda os corações, sabe qual é a intenção do Espírito Santo. O que está em foco neste versículo não é a intenção dos crentes, mas sim, a intenção do Espírito.

Em Tiago 4, nos deparamos com a pergunta no v. 5: “Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele [Deus] fez habitar em nós?

O significado dessa passagem de Tiago, associado com Rm 8.27a é pelo menos a seguinte: “o Espírito ama os santos de forma tão gloriosa que anseia pelo grande dia em que, libertados de todo mancha de pecado, glorifiquem a Deus de eternidade em eternidade na perfeição de santidade e alegria.”

Desde o Antigo Testamento vemos a intercessão de Deus pelos Seus escolhidos, enfraquecidos pela desobediência, quando, falando através da boca do profeta Oseias, disse: “Israel, como poderia eu abandoná-lo? Como poderia desampará-lo? Será que eu o destruiria, como destruí Admá? Ou faria com você o que fiz com Zeboim? Não! Não posso fazer isso, pois o meu coração está comovido, e tenho muita compaixão de você.” (Os 11.8 NTLH).

Para concluir iremos saber que O Espírito Santo Intercede Por Nós…

3. PORQUE É PELA VONTADE DE DEUS (v. 27b)

“porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.”

O comentarista bíblico William Hendiksen nos dá a seguinte explicação:

  • Romanos 8 ensina que os crentes possuem dois intercessores: o Espírito Santo e Cristo. Cristo efetua sua tarefa intercessória no céu (Rm 8.34; Hb 7.25; 1Jo 2.1), o Espírito Santo, na terra. Conforme 1Jo 2.1 que diz: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;”

  • A intercessão de Cristo se dá fora de nós, a do Espírito Santo, dentro de nós, ou seja, em nosso próprio coração, conforme Jo 14.16, 17 que diz: “16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, 17o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.”

  • Cristo ora para que os méritos de sua obra redentiva seja plenamente aplicada aos que nele confiam. O Espírito Santo ora para que as necessidades profundamente ocultas de nosso coração, necessidades essas que nós mesmos às vezes nem mesmo reconhecemos, sejam satisfeitas.

  • A intercessão de Cristo pode ser comparada com a de um pai, o líder da família, em prol de todos os membros da família, A intercessão do Espírito Santo nos lembra, antes, a de uma mãe ajoelhada ao lado do berço de seu filhinho enfermo, e apresentando em sua oração as necessidades do filho diante do Pai celestial.

https://go.hotmart.com/F103356559I



             



  III.     EDIFICAÇÃO E FRUTO DO ESPÍRITO  


1.      O espírito ora bem    -   A Bíblia diz através de Isaías 28.9 A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a entender doutrina? Ao desmamado do leite, e ao arrancado dos seios?

10 Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali.

11 Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo.

12 Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir.

13 Assim, pois, a palavra do Senhor lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos.

1 Co 14.21 Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.

O ensino de Paulo sobre línguas espirituais (ou estranhas) divide-se em três grupos:

1- Lingua falada no batismo como sinal ou confirmação do batismo. JESUS é quem batiza. Língua de oração. Edificação Própria.

2- Língua como Dom do ESPÍRITO SANTO. Este Dom é Concedido pelo ESPÍRITO SANTO. Variedade de Línguas - Edificação da Igreja.

3- Dom de profecia (que pode vir em línguas e interpretação). Pode a profecia ser na língua de origem do ouvinte, mas pode vir em línguas mais interpretação, o que equivale a profecia.


As línguas são úteis para louvor e adoração a DEUS. "falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração"  (Efés. 5:19, Colos. 3:16).Todo crente deve ser batizado no ESPÍRITO SANTO e deve orar em línguas todos os dias de sua vida aqui na Terra para edificação própria. O que fala em língua edifica-se a si mesmo, ... 1 Coríntios 14:4a; Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO (Grifo nosso - orando em línguas) Judas 1:20. Quando o crente ora em línguas não entende o que está falando, mas seu espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO entende e fica fortalecido para vencer as lutas na esfera espiritual, no campo de batalha espiritual.

ORAR BEM - Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem.... (1 Coríntios 14:14a)

O apóstolo Paulo dava tanto valor ao falar em línguas que declara seu dom de línguas ao coríntios: Dou graças a DEUS, que falo em línguas mais do que vós todos. 1 Coríntios 14:18.

Na igreja devemos evitar falar em línguas em voz alta para não atrapalhar as manifestações do ESPÍRITO SANTO e também para que a mensagem pregada e explicada seja ouvida por todos.

Paulo diz que enquanto um irmão está sendo usado em profecias ou em dom de línguas com interpretação os outros devem estar calados ou falando em línguas bem baixinho para não atrapalharem a manifestação dos ESPÍRITO SANTO e apara que todos ouçam e para que todos sejam edificados.

Não se deve proibir falar em línguas, mas educar aqueles que falam - Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. 1 Coríntios 14:39


2.     O ápice da vida cristã     -    Fruto do ESPÍRITO e dons espirituais não deveriam ser exclusivistas, mas duas realidades complementares que revelam todo o conselho de DEUS. Quem é cheio do ESPÍRITO deve desejar o Fruto do ESPÍRITO na mesma intensidade que deseja os dons espirituais. Se os dons são sinais poderosos para a evangelização e edificação da igreja, o fruto do ESPÍRITO é o testemunho poderoso de uma natureza purificada em meio à geração corrompida. Ora, no meio das trevas quem é luz é como quem segura uma tocha iluminada a meia-noite. Assim, o fruto do ESPÍRITO é o testemunho do "eu crucificado" com CRISTO. Esse "eu" não é mais regido pelos instintos primitivos e animalescos da Carne, mas pela direção harmoniosa, calma e serena do ESPÍRITO SANTO.

CUIDADO COM O ORGULHO RELIGIOSO - O FRUTO É DO ESPÍRITO SANTO, NÃO NOSSO. QUANTO MAIS NOS ENTREGAMOS AO ESPÍRITO SANTO, MAIS NOS PARECEMOS COM JESUS.      NÃO HÁ DOM DO ESPÍRITO SANTO SEM AMOR AO PRÓXIMO, POIS É PRECISO QUE AQUELE QUE RECEBE O DOM O MINISTRE AOS OUTROS.       QUEM RECEBE DOM DO ESPÍRITO SANTO VIVE EM JEJUM, ORAÇÃO E ESTUDO DA BÍBLIA. PORTANTO O FRUTO DO ESPÍRITO ESTÁ PRESENTE COM CERTEZA EM QUEM É USADO EM DONS DO ESPÍRITO SANTO.


 O fruto é singular, é um só fruto com 9 qualidades ou aspectos (exemplo didático - uma laranja com 9 gomos).

As qualidades são iniciadas pelo amor, sem a qual, as outras não serão desenvolvidas pelo ESPÍRITO SANTO no crente. O amor é sacrificial e exigirá uma contínua submissão ao ESPÍRITO SANTO.

JESUS quando expulsou os cambistas do templo (Mt 21.12), ou quando chamou Herodes de raposa (Lc 13.32), ou quando discutiu e chamou os religiosos de hipócritas e sepulcros caiados (Mt23.27), não deixou de ser cheio do ESPÍRITO SANTO e nem deixou de ter em si o Fruto do ESPÍRITO SANTO e todas suas qualidades inerentes a ele.

Paulo quando repreendeu Pedro na presença de todos (Gl 3.11) ou quando discutiu, contendeu e se separou de Barnabé (Atos 15.37-40), não deixou de ser cheio do ESPÍRITO SANTO e nem deixou de ter em si o Fruto do ESPÍRITO SANTO e todas suas qualidades inerentes a ele.




Ajude esta obra...
Código do PIX
Banco Mercantil do Brasil
Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

 CANAL YOUTUBE.:    https://www.youtube.com/@pb.junioprofebd7178       Toda semana tem um vídeo da Lição. Deixem seu Like.

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do        PIX 11980483304        

Chave do PIX
Banco Mercantil 





               





         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio Corpo, Alma e Espírito - A Restauração Integral do Ser Humano para chegar à Estatura Completa de Cristo, Silas Queiroz - Editora CPAD

Livro O Homem, a natureza humana explicada pela bíblia - Corpo, Alma e Espírito, Pr. Severino Pedro da Silva, Editora CPAD

https://teologia.plus/o-espirito-santo-intercede-por-nos/

EBD NA TV - Pr. Henrique, 99-99152-0454 WhatsApp, Min.Belém, SP - Canal YouTube @PrHenrique: Escrita Lição 12, CPAD, O Espírito Humano e o Espírito de Deus, 4Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV



sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

LIÇÃO 11 - O ESPÍRITO HUMANO E AS DISCIPLINAS CRISTÃS.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II


                        DIA DA BÍBLIA!!!

História do Dia da Bíblia

Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha, pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI.    O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil, a data começou a ser celebrada em 1850, quando os primeiros missionários cristãos evangélicos chegaram da Europa e dos EUA.    Porém, a primeira comemoração pública aconteceu em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP), ano em que foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB).    Graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela SBB, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de toda a semana que antecede a data.      Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, por meio da Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.      Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas formas que os cristãos encontraram para agradecer a Deus por esse alimento para a vida.

                TEXTO ÁUREO 

"Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir." ( 1Tm 4.8)


                VERDADE PRÁTICA  

As disciplinas espirituais são necessárias para o fortalecimento do espírito, assim como os exercícios físicos para a estrutura óssea e muscular.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1Timóteo 4. 6-8, 13-16


                    INTRODUÇÃO 

O principal objetivo das Disciplinas Espirituais é nos fazer parecidos com Jesus. A verdade é que não precisamos “adivinhar” quem Deus É, como Ele age e qual é o seu caráter. Mas podemos conhecê-lo se andarmos com Ele. As Disciplinas Espirituais ajudam nesse processo, que também é possível chamar de santificação.

Antes de mais nada, é importante entender que a disciplina não é um castigo e nem precisa ser um suplício. Afinal, quantas pessoas têm sido extremamente disciplinadas quanto a sua vida profissional a fim de realizar seus objetivos particulares e de negócios? E por que boa parte dos cristãos encontram grande dificuldade para se esmerar em sua vida com Deus? Simples: a luta contra carne continua por aqui! Saiba, porém, que as Disciplinas Espirituais é um meio de graça que o Senhor nos deixou para crescermos em nosso relacionamento com Ele.

 Quais são as Disciplinas Espirituais?

“Disciplinas Espirituais são as disciplinas pessoais e corporativas que promovem crescimento espiritual. São hábitos de devoção e cristianismo experimental que têm sido praticadas pelo povo de Deus desde os tempos bíblicos.”  Donald S. Whitney

Quando nos referimos a este termo, estamos falando a respeito de: leitura e estudo da palavra, oração, jejum, solitude, doar generosamente, comunhão e adoração. São ações práticas da fé que motivadas por amor profundo a Deus gera transformação pessoal.

Segundo Donald S. Whitney, “Deus usa três catalisadores básicos para nos mudar e nos conformar à semelhança de Cristo, mas somente um pode ser amplamente controlado por nós.”

Catalisadores de transformação:

O primeiro catalisador destacado por Donald são as pessoas: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro (Provérbios 27:17). O Senhor usa os relacionamentos nos ensinando a amar até mesmo os nossos inimigos. Somos aperfeiçoados e crescemos através da comunhão dos santos. Aprendemos a receber perdão e a perdoar.

O segundo, são as circunstâncias: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8:28). Nada acontece sem a permissão do Senhor e mesmo em meio às pressões do dia a dia e aos problemas que enfrentamos, temos esperança e convicção de fé. Entendemos que nada pode nos separar do amor de Deus e sabemos que o Senhor está sempre conosco.  

Estes dois catalisadores são externos e não é possível ter controle sobre eles. Porém, quando se trata do terceiro, das Disciplinas Espirituais, Deus age em nós de dentro para fora. Além disso Donald afirma:

“As Disciplinas Espirituais também diferem dos outros dois métodos de mudança porque Deus nos concede uma medida de escolha a respeito do envolvimento com elas. Nós muitas vezes temos pouca escolha em relação às pessoas e circunstâncias que Deus traz às nossas vidas, mas podemos decidir, por exemplo, se iremos ler a Bíblia ou jejuar hoje.”

Buscando santidade através das Disciplinas Espirituais

“Não devemos simplesmente esperar pela santidade, devemos buscá-la.” Donald S. Whitney

Não podemos pensar que a santidade cairá de paraquedas sobre nós ou que fluirá milagrosamente do nosso interior sem que Cristo seja a nossa primazia. Em The Cost of Discipleship (O Custo do Discipulado), Dietrich Bonhoeffer deixa claro que a graça é grátis, mas não é barata. Além disso, existe um propósito para a manifestação da graça.

“Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos. Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Ele deu a si mesmo por nós, a fim de nos remir de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, dedicado à prática de boas obras. Tito 2:11-14

Jesus pagou um alto preço para que tivéssemos acesso ao Pai. Nós podemos nos relacionar com o Senhor e isso acontece através da meditação (estudo e leitura da Palavra), da oração, da adoração, e de uma vida de fé condizente com as escrituras. Sim! Não é pelo nosso esforço humano que chegamos a Deus, é pela fé, e pelo mover do Espírito Santo em nós. Mas, é neste lugar de ligação que o Senhor deseja nos manter.

Jesus afirmou que só daremos frutos se permanecermos ligados na videira (João 15). Mas lembre-se, o propósito de seu coração é que sejamos seu povo exclusivo e dedicado à prática de boas obras. As Disciplinas Espirituais são importantes para crescimento em santificação. Por este motivo, apresentarei algumas delas neste devocional.




A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE
2Co 6.17,18 “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”.
O conceito de separação do mal é fundamental para o relacionamento entre DEUS e o seu povo. Segundo a Bíblia, a separação abrange duas dimensões, sendo uma negativa e outra positiva: (a) a separação moral e espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a JESUS CRISTO, à justiça e à Palavra de DEUS; (b) acercar-se de DEUS em estreita e íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço a Ele.
(1)            No AT, a separação era uma exigência contínua de DEUS para o seu povo (Lv 11.44; Dt 7.3; Ed 9.2). O povo de DEUS deve ser santo, diferente e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a DEUS. Uma principal razão por que DEUS castigou o seu povo com o desterro na Assíria e Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos povos vizinhos (ver 2Rs 17.7,824.32Cr 36.14; Jr 2.5, 13; Ez 23.2; Os 7.8).
(2)            No NT, DEUS ordenou a separação entre o crente e (a) o sistema mundial corrupto e a transigência ímpia (Jo 17.15,16; 2Tm 3.1-5; Tg 1.27; 4.4); (b) aqueles que na igreja pecam e não se arrependem de seus pecados (Mt 18.15-17; 1Co 5.9-11; 2Ts 3.6-15); e (c) os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam erros teológicos e negam as verdades bíblicas (ver Mt 7.15; Rm 16.17; Gl 1.9; Tt 3.9-11; 2Pe 2.17-22; 1Jo 4.1; 2Jo 10,11Jd vv.12,13).
9.1-         Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de (a) ódio ao pecado, à impiedade e à conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb 1.9; 1Jo 2.15), (b) oposição à falsa doutrina (Gl 1.9), (c) amor genuíno para com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm 9.1 3; 2Co 2.1-8; 11.28,29; Jd v. 22) e (d) temor de DEUS ao nos aperfeiçoarmos na santificação
(3)            Nosso propósito na separação do mal, é que nós, como o povo de DEUS, (a) perseveremos na salvação (1Tm 4.16; Ap 2.14-17), na fé (1Tm 1.19; 6.10, 20,21) e na santidade (Jo 17.14-21; 2Co 7.1)         ; (b) vivamos inteiramente para DEUS como nosso Senhor e Pai (Mt 22.37; 2Co 6.16-18) e (c) convençamos o mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho (Jo 17.21; Fp 2.15).
(4)            Quando corretamente nos separarmos do mal, o próprio DEUS nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18).
(5)            O crente que deixa de separar-se da prática do mal, do erro, da impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com DEUS (6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho (6.18; cf. Rm 8.15,16).



                I.       A PIEDADE E AS DISCIPLINAS CRISTÃS 

1.      Exercício corporal e piedade      -     Contexto: Naquela época as pessoas não tinham como hoje uma vida corrida e sedentária onde precisavam de uma academia para compensar o déficit de cuidado com a saúde e corpo. Na época, as pessoas caminhavam muito e sua locomoção era a pé. Pedro, por exemplo, quando sai de Jope para pregar em Cesaréia para Cornélio, precisou caminhar dois dias a pé e o equivalente a 60km.

Portanto, as pessoas da época tinham mais disposição, ritmo e saúde física. Sendo assim, para as pessoas daquele contexto, quando ouvem Paulo falar do pouco proveito do exercício físico, sabiam que sua referência não era aos cuidados básicos e essenciais, já que, como
normalidade, quase todos plantavam e aravam a terra, pois dependiam de um trabalho manual para sobreviver. Portanto, nenhum deles tinha um estilo de vida sedentário.
Então quando Paulo se referia ao exercício físico, ele estava falando sobre uma cultura que havia sido disseminada na época do império grego e que havia ganhado ainda mais expressão no império romano: a cultura do ginásio (conhecida hoje como academia) com os objetivos de alta performance para competições esportivas ou para definição muscular com objetivos estéticos. Ademais, além da influência da vaidade, havia a visão e crença que os gregos tinham em relação aos seus deuses. Para os gregos, os seus deuses eram semelhantes aos homens em virtudes e defeitos, sujeitos às mesmas paixões e impulsos,
embora dotados de imortalidade. Portanto, para os gregos, desejar um corpo belo, forte e rápido era um meio de se aproximar de seus deuses e, com isso, de uma suposta e superficial perfeição.
Paulo então não condena o exercício, pois como ele mesmo deixa claro, tem algum proveito, mas Paulo condena a cultura desenfreada e demoníaca da época que influenciava toda aquela geração. Paulo queria deixar claro que aquele comportamento não fazia parte da fé
cristã. Por isso, ele condenou o desequilíbrio, o exagero dos helênicos, as mentiras disseminadas e enfatizou assim que o exercício da piedade tinha muito mais proveito do que o exercício físico para a plenitude de vida.
Ali, Paulo fala para Timóteo (filho de grego) o que tem verdadeiramente poder para transformar uma vida e conduzi-la à semelhança do único que tem o padrão perfeito da varonilidade: Jesus.
“Exercita-te, pessoalmente, na piedade.”

Em contrapartida, a piedade (do grego eusebeia, que significa devoção, reverência, santidade prática) é incomparavelmente superior. Paulo diz que ela "para tudo é proveitosa":
·        Benefícios presentes: Melhora a qualidade da vida aqui e agora, oferecendo paz, propósito e um caráter moldado por DEUS.
·        Benefícios eternos: Tem a promessa da "vida que há de vir", garantindo a salvação e a comunhão eterna com DEUS.
O Ponto de Equilíbrio
A mensagem não é para negligenciar o corpo, mas para priorizar o espírito. O cuidado físico é bom, mas o treinamento espiritual é essencial.
A relação entre os dois pode ser resumida assim:
·        Ambos exigem disciplina, esforço e treinamento (como visto nas disciplinas cristãs mencionadas anteriormente).
·        Deve-se investir tempo e energia proporcionalmente ao valor e à duração dos benefícios. A saúde física é temporária; a saúde espiritual é eterna.
Em resumo, a piedade e o exercício corporal são áreas importantes da vida, mas a piedade deve sempre ocupar o lugar de prioridade máxima na vida do cristão, pois seus frutos são eternos.


2.     Piedade Interna e externa      -    Em alguns textos, o termo aparece associado a deveres religiosos em conjunto com atos de caridade, como no caso de Cornélio, que Lucas identifica como um homem “piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus”. Não há, de fato, como conceber piedade sem amor ao próximo. Não se pode, contudo, resumir piedade a atos de caridade. Na carta de Paulo/ a Timóteo, o contexto em que a expressão aparece permite-nos compreender que o apóstolo refere-se principalmente a disciplinas espirituais, já que traça um paralelo com o exercício corporal. Ademais, no versículo 7 do capítulo 4, usa o verbo exercitar. “[...] exercita-te a ti mesmo em piedade”. A NTLH, que é uma versão dinâmica, traduz como “exercícios espirituais”.

A Piedade Interna: O Coração e a Mente
A piedade interna diz respeito à condição do coração e ao relacionamento privado e íntimo do indivíduo com DEUS. É a fonte, a raiz da vida espiritual. Sem essa base interna, qualquer manifestação externa é vazia ou hipócrita.
As principais características e expressões da piedade interna incluem:
·        Atitude de Adoração e Reverência: Um profundo senso de temor (respeito) a DEUS e reconhecimento de Sua santidade e soberania. É a motivação por trás de toda ação.
·        Comunhão Contínua (Oração Privada): O diálogo constante com DEUS, buscando Sua vontade, confessando falhas e agradecendo por Suas bênçãos.
·        Meditação e Estudo da Palavra: A assimilação pessoal dos ensinamentos bíblicos, permitindo que a mente seja renovada e que os valores de DEUS moldem a consciência do crente.
·        Arrependimento Genuíno: Uma sensibilidade à voz do ESPÍRITO SANTO que leva a um pesar sincero pelo pecado e a uma mudança de direção (metanoia).
·        Paz Interior e Confiança em DEUS: Uma dependência que gera calma e segurança, mesmo em meio às tribulações da vida.
As disciplinas internas (meditação, oração, jejum, estudo) são as ferramentas primárias para cultivar essa dimensão da piedade.


A Piedade Externa: A Ação e a Vida Pública
A piedade externa é a expressão visível e tangível da vida interior. É a prova de que a fé e a devoção internas são reais e ativas. JESUS enfatizou que uma árvore boa produz bons frutos (Mateus 7:17).
As principais características e expressões da piedade externa incluem:
·        Obras de Misericórdia: Ações concretas de ajuda aos necessitados, como alimentar os famintos, vestir os nus e visitar os doentes ou presos, demonstrando compaixão ativa.
·        Serviço e Generosidade: Colocar os dons e recursos a serviço dos outros, dentro e fora da comunidade de fé, com humildade.
·        Testemunho e Evangelismo: Compartilhar a fé e os princípios do Evangelho de forma coerente, tanto através de palavras quanto do estilo de vida.
·        Integridade e Ética: Viver de forma honesta, justa e transparente no trabalho, na família e na sociedade, refletindo o caráter de CRISTO.
·        Comunhão Corporativa: Participar ativamente da igreja local, adorando em comunidade, confessando pecados uns aos outros e buscando prestação de contas.
As disciplinas externas e corporativas (simplicidade, serviço, submissão, confissão, adoração coletiva) são as ferramentas para expressar essa dimensão da piedade.


A Necessidade de Ambas
A piedade bíblica autêntica exige um equilíbrio entre o que está dentro e o que está fora:
1.    Apenas Interna (Sem Fruto): Uma fé que se diz profunda, mas não resulta em amor prático ou mudança de comportamento, é considerada morta ou incompleta (Tiago 2:17).
2.    Apenas Externa (Hipocrisia): Fazer boas obras ou participar de rituais religiosos sem um coração transformado e devoto é a hipocrisia que JESUS condenou veementemente nos fariseus (Mateus 23:27).
A verdadeira piedade é um coração que ama a DEUS (interno) que transborda em uma vida que serve ao próximo (externo).


3.    Piedade e discrição     -       Uma das primeiras preocupações de Jesus no seu ministério foi ensinar aos seus discípulos o caráter eminentemente espiritual do Reino de Deus: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus” (Mt 5.3). Citando Alan Hugh McNeile, A. T. Robertson (2017, p. 67) afirma que a expressão “pobres de espírito” diz respeito aos piedosos em Israel, a maior parte pobre, a quem os ricos irreligiosos menosprezavam e perseguiam, e que Reino dos céus significa o reinado de Deus no coração e na vida do crente, o que mais importa. R. V G. Tasker (1980, p. 49) entende a expressão “pobres de espírito” como uma referência aos que reconhecem de coração ser “pobres” no sentido de não poderem realizar nenhum bem sem assistência divina e, também, que não têm nenhum poder em si mesmos que os ajude a fazer o que Deus requer deles.

 Tasker complementa: “O reino dos céus a estes pertence, pois deste reino os orgulhosos por sua autossuficiência são inevitavelmente excluídos”. Fica bem evidenciado que a verdadeira piedade é uma prática espiritual, humilde e profunda, que nasce no espírito e tem expressão mediante a alma e o corpo, já que se encarna na vida. Para que sejam autênticas e agradáveis diante de Deus, as disciplinas espirituais não podem ter qualquer sentido ou propósito exibicionista. Jesus advertiu os seus discípulos a que fossem discretos quando orassem e jejuassem.



                    II.     O DESAFIO DAS DISCIPLINAS ESPIRITUAIS 

1.    A analogia do corpo    -    A analogia do corpo humano e do exercício físico é uma das metáforas mais poderosas e frequentemente usadas na teologia cristã para explicar a natureza e a necessidade das disciplinas espirituais. Essa analogia, enraizada nas Escrituras, compara o cultivo da vida interior ao treinamento de um atleta. 

A Base Bíblica da Analogia
O apóstolo Paulo é quem estabelece essa analogia de forma mais direta, usando termos atléticos em suas cartas:
·        1 Timóteo 4:7-8: "Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercita-te a ti mesmo em piedade [treina-te para ser piedoso]; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, visto que tem a promessa da vida presente e da que há de vir."
·        1 Coríntios 9:24-27: Paulo compara a vida cristã a uma corrida, onde todos correm, mas apenas um recebe o prêmio. Ele fala sobre a necessidade de "disciplinar o meu corpo e mantê-lo sob controle" para não ser desqualificado. 

Paralelos entre Treinamento Físico e Espiritual
A analogia funciona em vários níveis, destacando verdades essenciais sobre as disciplinas espirituais:
1. Esforço Intencional e Consistência
Assim como ninguém fica fisicamente apto por acidente, ninguém cresce espiritualmente sem esforço intencional e regularidade. Um atleta de elite segue uma rotina rigorosa de treinamento, dieta e descanso. Da mesma forma, as disciplinas espirituais (oração, estudo, jejum) exigem dedicação diária e consistente. 
2. Disciplina vs. Rigidez Legalista
A disciplina física não é uma punição, mas um meio para um fim: o desempenho máximo. Da mesma forma, as disciplinas espirituais não são regras rígidas e legalistas para ganhar o favor de DEUS. Elas são meios da graça que nos colocam em um lugar onde DEUS pode nos transformar. 
3. Resultados a Longo Prazo
O corpo não se torna forte da noite para o dia; a força é construída músculo por músculo, ao longo do tempo. O crescimento espiritual também é um processo lento e gradual (santificação). A analogia nos lembra de ter paciência e perseverança, pois a transformação do coração é um trabalho de longo prazo. 
4. O Corpo Como Ferramenta
No treinamento físico, o corpo é a ferramenta que é exercitada. Nas disciplinas espirituais, o nosso próprio corpo, mente e alma são as áreas que a graça de DEUS molda. É através do nosso corpo que praticamos o serviço, a submissão e a simplicidade. Paulo nos exorta a oferecer nossos corpos como sacrifício vivo (Romanos 12:1), o que é o nosso "culto racional". 
5. Hierarquia de Prioridades
Embora o exercício corporal tenha "pouco proveito" (benefícios temporais), a piedade tem valor "para tudo" (benefícios eternos). A analogia ensina que, embora o cuidado físico seja válido, ele é secundário em relação ao investimento na vida eterna. 


2.    Apatia, engano e pecado    -     A apatia, o engano e o pecado estão interligados em um ciclo destrutivo na vida espiritual do cristão. Eles representam estágios ou manifestações da resistência à vontade de DEUS e ao cultivo da piedade.

O Pecado: A Raiz do Problema
pecado é a transgressão da lei de DEUS e a rebelião contra Seu caráter santo (1 João 3:4). É o afastamento intencional de DEUS. O pecado não é apenas um ato isolado; é uma condição do coração humano decaído que, se não for tratado, gera consequências graves.
A relação do pecado com os outros termos é causal: o pecado gera apatia e é perpetuado pelo engano.

A Apatia: A Consequência do Pecado Não Tratado
apatia (do grego a-patheia, falta de sentimento ou paixão) no contexto espiritual não é apenas preguiça. É um estado de indiferença, dormência ou insensibilidade em relação às coisas de DEUS, à moralidade e às necessidades espirituais próprias e alheias.
A apatia é uma consequência direta do pecado persistente:
1.    Endurecimento do Coração: O pecado repetido cauteriza a consciência. O que antes causava culpa passa a ser tolerado, e a voz do ESPÍRITO SANTO torna-se mais difícil de ouvir.
2.    Perda do Primeiro Amor: O zelo e a paixão iniciais por DEUS e Sua Palavra esfriam. A prática das disciplinas espirituais torna-se mecânica ou é abandonada.
3.    Falta de Desejo: A pessoa apática perde a "fome e sede de justiça" (Mateus 5:6). Ela não sente mais o desejo de orar, ler a Bíblia ou buscar a comunhão cristã.
A apatia é um estado perigoso porque a pessoa pode estar espiritualmente doente, mas não sente dor nem urgência de cura.

O Engano: A Manutenção do Ciclo
engano (ou autoengano) é o mecanismo de defesa que mantém a apatia e o pecado. É a mentira que contamos a nós mesmos para justificar nosso estado espiritual. O engano nos cega para a gravidade da nossa condição.
O engano manifesta-se de várias formas:
·        Minimização do Pecado: "Não é tão grave assim", "Todo mundo faz", "DEUS entende minha fraqueza".
·        Justificação Própria: "Meus motivos são bons, apesar das minhas ações", "Sou uma boa pessoa no geral".
·        Falsa Segurança: "Uma vez salvo, salvo para sempre, então não preciso me preocupar com minha vida diária."
·        Culpa Externa: Culpar as circunstâncias, outras pessoas ou até mesmo a DEUS pela própria condição espiritual.
O livro de Tiago alerta sobre esse perigo: "Sede, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos" (Tiago 1:22). A pessoa enganada ouve a verdade, mas não a pratica porque acredita, falsamente, que sua condição está bem.

O Ciclo Vicioso e a Necessidade de Quebra
Esses três elementos formam um ciclo vicioso:
1.    pecado não tratado enfraquece a vida espiritual.
2.    O enfraquecimento leva à apatia (falta de sensibilidade e desejo).
3.    A apatia é protegida pelo engano (justificação e cegueira espiritual).
4.    O engano permite que o pecado continue.

A Solução: Discernimento e Arrependimento
A quebra desse ciclo exige a intervenção da Palavra de DEUS e do ESPÍRITO SANTO, que trazem luz. As disciplinas espirituais, como a meditação e a confissão, são ferramentas cruciais para:
·        Expor o Engano: A Palavra de DEUS é como uma espada que discerne as intenções do coração (Hebreus 4:12), revelando as mentiras que contamos a nós mesmos.
·        Combater a Apatia: A oração e o jejum reavivam o desejo espiritual e a paixão por DEUS.
·        Vencer o Pecado: O arrependimento (mudança de mente e direção) e a dependência do ESPÍRITO SANTO trazem a vitória sobre o poder do pecado.


3.    Da teoria à pratica    -      Na sua carta a Timóteo, Paulo refere-se diversas vezes sobre esse aspecto essencialmente prático dos deveres espirituais. No capítulo 2, ele fala abundantemente sobre a oração como disciplina prioritária tanto individual quanto coletiva e pública. A expressão “antes de tudo” em 1 Tm 2.1 mostra a prioridade da prática. A referência a “deprecações, orações, intercessões e ações de graças” revela a diversidade em que as orações devem ser feitas. Quanto à amplitude, Paulo menciona que deve ser “por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência”. Ou seja, a oração não está sujeita a nossos limites. O caráter coletivo e público é reforçado no versículo 8: “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda”. Verifica-se outro aspecto bem prático da piedade nos versículos 13 e 15 do capítulo 4, voltados para o estudo e o ensino das Escrituras. Timóteo deveria persistir em ler, exortar e ensinar (v. 13). Já há, portanto, a combinação da prática da oração e do estudo bíblico.



                    III.      AS DISCIPLINAS E A LUTA ESPIRITUAL 

1.    As astúcias do Maligno     -    Sabendo que a prática das disciplinas cristãs são fundamentais para nossa saúde e vigor espiritual, numa vida plena e vitoriosa, precisamos estar conscientes de que a observância delas não acontecerá sem oposição do inimigo de nossa alma. Ele procura sempre nos impedir de alguma maneira, querendo fazer com que desistamos de confiar e esperar em Deus. Satanás agiu assim em relação a Daniel quando este orava e jejuava. Depois de algum tempo de resistência enfrentada pelo anjo mensageiro nas regiões celestiais, o profeta recebe a resposta das suas orações e a informação da batalha travada entre os seres espirituais (Dn 10.13,14). O que houve em Daniel é o que não pode faltar em nenhum cristão: a persistência. Tivesse ele desistido nos primeiros dias, frustrado seria o processo espiritual que estava em curso.

O Maligno (Satanás, o Diabo) reconhece o poder transformador das disciplinas espirituais e, por isso, emprega diversas astúcias (estratégias ardilosas e sutis) para nos fazer desistir delas. Seu objetivo é nos manter fracos, apáticos e ineficazes na vida cristã.
A "luta espiritual" mencionada anteriormente é travada, em grande parte, no campo de batalha da nossa mente e rotina diária.


1. A Estratégia da Distração e da Ocupação
Esta é talvez a astúcia mais eficaz na sociedade moderna. O Maligno não precisa necessariamente nos tentar com pecados hediondos; basta nos manter ocupados e distraídos com coisas neutras ou até mesmo boas.
·        Aparência: Fazer com que a agenda diária esteja sempre lotada de compromissos de trabalho, familiares, sociais ou de entretenimento.
·        O Objetivo: Eliminar o tempo e o espaço para o silêncio, a solidão e a meditação. Se não houver tempo para as disciplinas, não há crescimento espiritual. A pessoa se sente constantemente "esgotada", mas não espiritualmente nutrida.


2. A Ilusão do Legalismo e da Culpa
Quando o cristão começa a praticar as disciplinas, o inimigo tenta corromper a motivação.
·        Aparência: Sugerir que as disciplinas são um meio de ganhar a salvação ou o favor de DEUS ("Se você não ler a Bíblia hoje, DEUS ficará desapontado com você"). Isso gera culpa e condenação.
·        O Objetivo: Fazer com que o crente desista por exaustão ou frustração. Se a pessoa falhar um dia, a culpa a leva a abandonar a prática completamente, em vez de recorrer à graça de DEUS.


3. O Desânimo pela Falta de Resultados Imediatos
Vivemos numa cultura que espera resultados instantâneos (o "fast-food espiritual"). As disciplinas, porém, exigem paciência e perseverança.
·        Aparência: Após uma semana de oração e leitura, o crente pode sentir que nada mudou. O Maligno sussurra: "Isso não funciona. Você não está sentindo nada. Por que continuar perdendo tempo?".
·        O Objetivo: Gerar desânimo e fazer com que a pessoa abandone o processo antes de ver o fruto a longo prazo (o amadurecimento do caráter).


4. A Semente da Dúvida e do Engano
O Maligno ataca a Palavra de DEUS e a eficácia da oração.
·        Aparência: Durante a leitura bíblica, surgem dúvidas sobre a veracidade ou relevância do texto. Na oração, a astúcia é sugerir que DEUS não está ouvindo ou não Se importa.
·        O Objetivo: Minar a fé (que é a base da vida cristã). Sem fé na Palavra e na oração, as disciplinas perdem seu fundamento.


5. A Apatia e a Insensibilidade Espiritual
Esta é a astúcia que nos leva ao estado de dormência.
·        Aparência: Tornar a prática das disciplinas entediante e sem vida. O crente ora, mas o coração está longe; lê a Bíblia, mas a mente vagueia. A rotina vira ritual vazio.
·        O Objetivo: Instalar a apatia. Uma pessoa apática não sente urgência espiritual, não luta e, eventualmente, desiste das práticas que não lhe dão "emoção".
Vencendo as Astúcias
A chave para vencer essas astúcias é a intencionalidade vigilante:
·        Reconhecer a Luta: Estar ciente de que a resistência às disciplinas não é apenas preguiça, mas parte de uma batalha espiritual.
·        Motivação Correta: Praticar as disciplinas por amor e graça, não por obrigação ou mérito.
·        Perseverança Humilde: Recomeçar sempre que cair, dependendo da força do ESPÍRITO SANTO e não da própria força de vontade.


2.    Evitando as distrações      -      A Revolução Industrial, iniciada no século 18, e os séculos posteriores prometeram ao ser humano uma vida econômica estável, facilidade na realização das tarefas cotidianas e tempo de sobra para o lazer, mas isso não foi alcançado. As sociedades atuais são mais agitadas e cansadas do que as do período em que a vida era praticamente toda artesanal ou voltada para a manufatura. Como bem assinala Nienkirchen, o que se tem na vida moderna são pessoas cujas vidas são estressantes e aflitivas (ibid., p. 271). Constatar isso não significa negar a importância das grandes invenções, dos eletrodomésticos e dos muitos equipamentos tecnológicos que facilitam a vida moderna.

 A questão está voltada para a gestão humana do tempo, e não para a demonização dos dispositivos e ferramentas que nos oferece a tecnologia. Nesse sentido, o conselho paulino continua aplicável ao cristão de qualquer época, lugar ou cultura: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus” (Ef 5.15,16). Quanta profundidade espiritual em tão poucas palavras! Paulo refere-se à necessidade de um viver prudente, que deve ser sábio, pautado por decisões sensatas. Por outro lado, adverte-nos do perigo da necedade e da estupidez em relação a nosso estilo de vida.

 E aponta para uma questão fundamental, que é a administração do tempo (5.16). Como observa Willard H. Taylor (2020, p. 178), a ideia aí não é pagar um preço determinado pelo tempo, mas aproveitá-lo ao máximo. Pode ser que Paulo tivesse em mente a prática do serviço cristão, mas é mais provável que a sua referência tenha a ver com a vida cristã na sua totalidade — principalmente pelo contexto, que fala, inclusive, de práticas litúrgicas sob o enchimento do Espírito (5.18,19). Assim, é bastante evidente que disso faça parte a prática da piedade, tanto na vida privada quanto na congregacional.

 Por fim, Paulo aponta para a realidade da piora do sistema de vida humano, valendo-se da expressão “dias maus”, conhecida tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (SI 49.5; Ec 7.14; Mt 6.344. Talvez nunca tenha sido tão necessário agir com sabedoria e prudência na administração do tempo, diante da degeneração moral impregnada em todas as áreas do sistema de vida humano, que conspira contra tudo o que diz respeito à vontade de Deus (1 Jo 5.19). Parece-nos muito claro que o conselho joanino de que não amemos o mundo e o que nele há seja de grande abrangência, incluindo os engenhos humanos (inclusive tecnológicos), que lutam para roubar nosso tempo de exercício das disciplinas espirituais. Usá-los, sim, mas sermos manipulados por eles, não.




Ajude esta obra...
Código do PIX
Banco Mercantil do Brasil
Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

 CANAL YOUTUBE.:    https://www.youtube.com/@pb.junioprofebd7178       Toda semana tem um vídeo da Lição. Deixem seu Like.

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do        PIX 11980483304        

Chave do PIX
Banco Mercantil 





               





         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio Corpo, Alma e Espírito - A Restauração Integral do Ser Humano para chegar à Estatura Completa de Cristo, Silas Queiroz - Editora CPAD

Livro O Homem, a natureza humana explicada pela bíblia - Corpo, Alma e Espírito, Pr. Severino Pedro da Silva, Editora CPAD


Mortificando o pecado pelo Espírito Santo - Ministério Fiel

Estudos Doutrinários da Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD

https://fhop.com/serie-disciplinas-espirituais-se-tornado-parecidos-com-jesus/

https://www.pregacaocrista.com/exercitando-se-na-piedade/

https://ebdnatv.blogspot.com/2025/12/escrita-licao-11-cpad-o-espirito-humano.html