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| Pb. Junio - Congregação Boa Vista II |
TEXTO ÁUREO
"Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? (1 Co 6.19)
VERDADE PRÁTICA
Ter consciência de que nosso corpo é habitação do Espírito Santo faz toda a diferença na maneira como o possuímos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1Corintios 3. 16, 17; 6. 15-20
INTRODUÇÃO
Conforme Lucas narra em Atos 18.1-3, foi em Corinto que Paulo encontrou Aquila e Priscila, casal judeu que tinha o mesmo oficio que ele: fazer tendas. Depois de algum tempo pregando na sinagoga, o trabalho começou a produzir frutos (At 18.8). Certamente diante de algum temor pelas resistências que já havia sofrido na cidade (18.6), Paulo precisou ser encorajado a continuar a sua missão em Corinto (At 18.9,10). O resultado foi o apóstolo dos gentios permanecer na cidade dos coríntios por um ano e seis meses (18.11), deixando uma igreja estabelecida, para qual agora escreve.
Um dos cenários que Paulo permite-nos ver em Corinto é de manifesta carnalidade (1 Co 3.1-4), o que bem justifica a sua ênfase na identificação do corpo como templo do Espírito Santo (3.16,17; 6.17-20). Pelas notícias recebidas por ele e que transparecem nos seus escritos, observa-se que o ambiente pernicioso da cidade estava influenciando a vida da igreja nascente.
Corinto orgulhava-se dos seus templos pagãos e da sua antiga acrópole, a Acrocorinto, que também abrigava vários santuários de diversas divindades pagãs. (Hoje não passa de um amontado de pedras em ruínas no alto de uma grande montanha, próxima aos escombros daquela que foi uma das mais famosas cidades da região do Peloponeso, no centro-sul da Grécia).
0 Tenebroso histórico de Corinto
Uma das características de Corinto era a licenciosidade, a busca desenfreada por prazeres carnais, inclusive estimulada pelos cultos pagãos que expunham e exploravam o corpo. O quadro de bestialidade era mais acentuado do que em outras cidades da região em razão de Corinto, como cidade portuária e de grande fluxo comercial, abrigar diversas culturas. Leon Morris (1981, p. 12) retrata bem esse cenário e menciona que, na cidade, era comum a concentração de gregos, latinos, sírios, egípcios e judeus, que, além de cuidar de negócios, se entregavam às diversões e a todo tipo de luxúria que Corinto oferecia, além de envolverem-se em brigas. Morris usa a expressão “licenciosidade proverbial” para sintetizar o degradante nível moral de Corinto, cujos habitantes “eram pronunciadamente propensos a satisfazer os seus desejos, fossem de que espécie fossem” (idem).
Craig S. Keener (2024, p. 3175) aborda a questão da notória imoralidade de Corinto mencionando expressamente a prostituição, que era considerada como uma “indústria importante”. O histórico da antiga Corinto (dos tempos do Império Grego) era de “culto à prostituição” e, segundo Keener, essa reputação permanecia na Corinto dos dias de Paulo (tempos do Império Romano), já que escritos posteriores registram a associação de Corinto com o prazer sexual e a com a lascívia, apontando que Afrodite, junto com Poseidon, continuaram a ser uma das principais divindades gregas adoradas na cidade (ibid., p. 3176).
Citando A. M. Hunter, Morris recorda que o conceito de Corinto era tão vil que o termo “corintianizar” era usado com o sentido de “ir para o diabo”. Não é preciso ir mais longe para entender, então, como o corpo humano era usado para todo tipo de prática abjeta e pecaminosa nas plagas corintianas, degradando a criação divina. Paulo escreve aos coríntios para conscientizá-los da nova vida que agora deviam viver, como templos do Espírito Santo, buscando exortá-los a uma consagração integral ao Deus Criador a fim de glorificá-lo, pois Cristo Jesus já os redimira por inteiro. Assim, não deveríam mais servir aos seus próprios desejos ou aos espíritos das trevas, que agiam mediante o paganismo da época. Os ensinos de Paulo são absolutamente necessários em todos os tempos, e ainda mais hoje, pois o Maligno continua agindo por meio de um sistema mundano cada vez mais corrupto e hostil, que prega a degradação do corpo.
I. CORPO: PROPRIEDADE E HABITAÇÃO DIVINA
1. Comprado e selado - DEUS sempre vem ao homem no nível em que ele se encontra, de maneira simples e cotidiana, e aqui JESUS usa a figura do noivado judaico (hebreus) para infundir fé em seus ouvintes a respeito de sua volta para buscar-nos; vejamos:
1- Quem escolhia a noiva era a pai do noivo (Gn 24.2-4), compare com Rm 8.29 onde DEUS nos escolhe para seu filho.
2- O costume era que a escolhida fosse a filha mais velha, mas se a mesma fosse maior (acima de 18 anos), poderia aceitar ou não o noivo (Gn 29.24-26), compara com Jo 1.11,12 aonde JESUS veio para ISRAEL (a filha mais velha, porém de maior), mas estes não o receberam, assim JESUS escolheu a nós (gentios filhos mais novos que não eram os escolhidos, para sermos sua noiva, a Igreja).
3- No noivado o noivo ia à casa da noiva para cear e confirmar o compromisso (Gn 24.54), compare com Mt 22.14-20 aonde JESUS vem a nossa casa (o mundo) e ceia conosco (representados pelos apóstolos).
4- O noivo deixava um penhor como prova de que ia voltar para buscar a noiva (Gn 24.53), compare com Ef 1.13,14 onde o ESPÍRITO SANTO nos é dado como penhor e prova de que o SENHOR voltará para nos buscar. (2 Ts 2.7)
5- A noiva era comprada por preço de ouro (Gn 24.47), compare com 1 Co 6.19,20 e At 20.28 onde a palavra de DEUS nos diz que fomos comprados pelo sangue de JESUS CRISTO derramado na cruz do calvário (o preço maior que existe).
6- O noivo ia preparar uma casa para o casal, ao lado da casa de seu pai (Gn 24.67), compare com a leitura em Jo 14.2 onde JESUS diz que na casa de nosso pai existem muitas moradas e que ELE ia nos preparar lugar.
7- O noivo mandava recados e recebia recados da noiva através de algum emissário (a), dizendo como é que gostava da noiva: Se bem-vestida, modo de falar correto e santo etc. Também dizia que era para esperá-lo, pois a casa estava quase pronta e ele estava voltando; compare com Hb 13.7 e 13.14; Ef 5.19 e 5.25-27; Ap 22.7 e 22.20; etc..., Onde JESUS está nos exortando a continuarmos firmes, com uma vida santa e irrepreensível e o ESPÍRITO SANTO sempre nos avisando: JESUS ESTÁ VOLTANDO, a casa está quase pronta, prepara-te.
2. "não sabeis vós?" - Como já destacado, Paulo teve um tempo significativo de ministério presencial em Corinto: ficou um ano e seis meses ensinando a Palavra de Deus à nova igreja (At 18.11). É bem provável, portanto, que a pergunta retórica feita aos coríntios tenha o sentido de lembrá-los de que haviam recebido uma doutrina integral e não dualista, que incluía o aspecto corpóreo espiritual; o ensino de que o corpo é o templo do Espírito Santo. A ênfase paulina certamente foi necessária pelo histórico e pelas características vigentes no ambiente coríntio.
Qualquer semelhança com nossos dias não é mera coincidência, mas, sim, a clara demonstração de que o ser humano continua inveterado para satisfazer as suas próprias paixões, invariavelmente detratando o corpo. Ressaltar a doutrina da santificação integral continua sendo necessário e urgente. Pertençamos a Deus por inteiro. A interpelação feita por Paulo indica que havia certa displicência espiritual na igreja de Corinto, o que o levou a usar por quatro vezes a expressão “não sabeis” ou “não sabeis vós” (1 Co 3.16; 6.15,16,19). Esse é um claro indicativo de falta de maturidade espiritual. Os coríntios eram imaturos e carnais, como Paulo bem enfatizou (1 Co 3.1,2).
O que se espera de todo cristão (da Igreja) é que haja progresso espiritual à medida que a Palavra de Deus é ensinada e exercita-se a comunhão, o amor, a fé, a esperança e as demais \iitudes do Espírito (G15.22). Contudo, há casos em que infelizmente parece haver estagnação e até retrocesso, com crentes e igrejas repetindo os mesmos problemas infantis; girando em torno de questões banais e rasteiras, disputas pueris e lutas fratricidas.
As vezes, isso é visto até mesmo entre os que tem o dever de trabalhar pelo aperfeiçoa mento dos santos, como acontecia em Corinto (2 Co 11.12-15). Esse tipo de cenário costuma florescer em igrejas que misturam manifestações de dons espirituais e obras da carne (G1 5.19-21). Os dons espirituais são maravilhosos e devem ser buscados, mas ainda há um caminho ainda mais excelente (1 Co 12.31). O ponto mais alto da vida cristã é uma fluente produção do fruto do Espírito, principalmente o amor (1 Co 13.1-8).
Em relação ao corpo, esse sublime estágio espiritual traz-nos a compreensão do que é a verdadeira liberdade cristã, tema que Paulo procurou ensinar especialmente aos coríntios, dado o número de questões carnais que apresentavam. A liberdade cristã faz-nos entender que não podemos viver segundo o que agrada ou consideramos ser lícito. Devemos considerar, antes de tudo, se o que queremos fazer edifica ou convém; se pode ou não ser motivo de escândalo ou tropeço a nosso irmão (Mt 18.6; Rm 14.2-11; 1 Co 6.12; 8.8-13).
Frequentemente se verifica questões ligadas à santificação do corpo, o que gera longas discussões e contendas, que por si só demonstram imaturidade e carnalidade. O padrão de vestuário costuma ser um dos pontos mais debatidos. O mais sábio e espiritual, contudo, é seguir o caminho da moderação, em apreço ao modelo de santificação plena, isto é, sem desconsiderar o aspecto corporal. Aliás convém observar que, após tratar o pecado de Adão e Eva num claro confronto de ordem espiritual, o próprio Deus voltou-se para a questão corpórea. O casal cobrira-se com aventais de folhas de figueira (Gn 3.7).
Se Deus não se importasse com que tipo de roupa cada um veste, ali teria sido o primeiro sinal dessa liberdade estética ou de expressão pessoal que o ser humano tanto buscou. Deus, porém, substituiu as vestes de folhas para vestes de couro.
3. Propriedade e domínio - Ao referir-se ao corpo do cristão como uma “propriedade” de Deus, devidamente comprado por bom preço (1 Co 6.20), Paulo transmite a clara lição de direito absoluto; o domínio pleno que o Remidor tem sobre a sua pos sessão. Esse, ademais, é o conceito de propriedade comum, visto, inclusive, no Direito Civil: o detentor da propriedade deve ter também o domínio. Assim, se pertencemos ao Espírito, devemos viver sob o seu domínio a fim de glorificá-lo.
De fato, na sua carta aos coríntios, a ênfase de Paulo volta-se ao aspecto do domínio divino em relação ao corpo e o dever que o cristão tem de possuí-lo para a glória de Deus, pois, como já observado, Corinto experimenta graves problemas voltados ao aspecto corporal. Assim, o apóstolo acentua que nosso corpo “[...] não é para a prostituição, senão para o Senhor” (1 Co 6.13). Também apresenta uma clara ideia de pertencimento integral (1 Co 6.15; 2 Co 6.16). Por tudo isso, não resta dúvida de que o pecado contra o corpo ofende gravemente a santidade de Deus e produz terríveis sofrimentos (SI 31.9,10; 51.4; 1 Co 3.17; 5.1-5; 6.18). Quando é cometido, de nada adianta esconder-se, como fez Adão. Precisamos apresentar-nos a Deus, arrependidos e humilhados, em sincera confissão.
II. O CORPO COMO TABERNÁCULO
1. Portador da Presença - Assim como usa o termo “templo” (gr. naos), inserido na realidade he braica como hekal (palácio, templo) no período da monarquia, Paulo recorre a um termo anterior — “tabernáculo” (gr. skenos; hb. mishkan) —, que Israel conheceu durante a peregrinação pelo deserto do Sinai (2 Co 5.4).
Essa alusão demonstra, a princípio, o entendimento espiritual da sacralidade do corpo, principalmente pela remissão que faz ao Antigo Testamento; ao Tabernáculo de Moisés, acerca do qual o próprio Deus declarou que seria a sua habitação entre o povo (Ex 25.8).
Assim como em relação ao Tabernáculo de Moisés e ao Templo dos dias da monarquia judaica, a presença de Deus, que enche todo o Universo, podería ser considerada apenas na forma transcendente, como suficiente mente realizada entre a comunidade de crentes sob o Novo Pacto.2 Contudo, Deus não é apenas um Ser transcendente, mas também imanente; por isso se agrada de habitar com o seu povo, como fez no Antigo Testamento, e agora o faz na Nova Aliança, vivendo no interior de cada um que crê no seu Filho e recebe-o como Salvador e Senhor. Esse uso imagético do Tabernáculo para simbolizar o corpo, portanto, solidifica o entendimento de que o crente é, literalmente, portador da presença de Deus (Rm 8.11). O Todo-Poderoso decidiu viver em nós, uma tão frágil habitação, assim como se manifestou numa tenda levantada no deserto (Jo 14.23; 2 Co 4.7; Ap 3.20).
2. Tabernáculo e tricotomia - A figura do Tabernáculo de Moisés é também invocada de forma ana lógica em relação à tríplice composição humana. Alguns autores fazem essa comparação, como Eurico Bergstén (2013), que afirma:
Assim como o tabernáculo no deserto era dividido em três partes, também o homem o é. O pátio do tabernáculo representa a parte externa e visível do homem, que é o seu corpo; o lugar santo, que não se podia ver de fora, representa a alma, e o lugar santíssimo representa o espírito do homem.
De fato, é possível ver a imagem tricotômica do ser humano nas três partes da edificação feita no deserto: (1) o pátio — um espaço externo aberto —, (2) o Lugar Santo e (3) o Lugar Santíssimo — um espaço interno único, coberto, separado apenas por um véu (Êx 26.33; 27.9), o que lembra a tênue divisão entre alma e espírito (Hb 4.12). O pastor Antonio Gilberto (2021, p. 1921) faz a mesma analogia, acrescentando também o próprio templo. Comentando 1 Tessalonicenses 5.23, ele recomenda: “Confronte as referências do homem ao Tabernáculo e Templo, os quais eram tripartidos (1 Co 3.16; 2Co 5.1; 2Pe 1.13-14)”.
Severino Pedro da Silva (1988, p. 61) desenvolve o mesmo raciocínio. Muito mais do que a invocação de figuras, as referências a Tabernáculo e Templo indicam a vontade de Deus em encher-nos, assim como aconteceu quando o Tabernáculo foi levantado (Êx 40.34,35) e o Templo foi inaugurado (2 Cr 7.2). Não tenhamos dúvida: Deus quer encher-nos e manter-nos cheios do seu Espírito, permitindo que o sintamos em todo o nosso ser: espírito, alma e corpo (Ef 3.19; 5.18).
Essa profunda experiência espiritual e sensorial sempre foi marca distintiva dos pentecostais clássicos e assim continuará se permanecermos buscando a santa e doce presença do Espírito de Deus. Não pode tornar-se estranho entre nós as visíveis e audíveis manifestações divinas (At 10.44-46; 1 Co 12.7-11). “O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará” (Lv 6.13).
3. Um tabernáculo guiado - A presença de Deus no Tabernáculo não era estática, mas dinâmica. Servia de direção para o povo de Deus durante toda a peregrinação pelo deserto. Essa é outra lição espiritual que podemos extrair da metáfora do Tabernáculo: a importância da presença de Deus como guia permanente e eficaz em nossa vida. O texto de Êxodo 40.36-38 informa-nos que a caminhada do povo de Israel dava-se à medida que a nuvem movimentava-se ou parava. Essa é uma aplicação direta para nossa realidade corpórea.
Deus está interessado em guiar-nos também em nossa movimentação física, isto é, onde moramos, onde estudamos, onde trabalhamos, enfim... Não podemos permitir que sejamos enganados pelo secularismo, fazendo-nos pensar que Deus não interfere nas questões de nosso cotidiano. É Ele quem nos guia por caminhos espirituais, mas também nos guia por caminhos físicos. Tiago aconselha-nos a submetermos todos os nossos projetos à soberana direção divina e cuidar com nossas afirmações (Tg 4.15). Ser dependente de Deus e sensível ao Espírito li\Ta-nos de decisões e movimentos errados em nosso viver diário (Êx 33.15).
III. CUIDANDO DO TEMPLO DO ESPÍRITO
1. "Fugi da prostituição" - Como \imos inicialmente, a igreja de Corinto mostrou-se imatura e carnal, e isso comprometia a sua missão de influenciar a sociedade coríntia. Alguns dos seus membros estavam incorrendo em práticas pecaminosas graves. Paulo aponta um caso específico, que estava abaixo do já degradante padrão da época (1 Co 5.1). O pior de tudo é que havia tolerância para a prática, já que a igreja não disciplinava o abusador. A falta de disciplina eclesiástica é um desvio grave e compromete a santidade da comunidade de fiéis e a sua autoridade para pregar o evangelho.
No capítulo 16, a partir do versículo 15 da mesma carta, o apóstolo volta a referir-se aos pecados sexuais, novamente enfatizando a gravidade de tais transgressões, que era o fato de que, sendo o corpo o templo do Espírito Santo — e membro de Cristo —, a prostituição é um pecado contra o próprio corpo. Os pecados sexuais produzem consequências de gravidade e dimensão incalculáveis. Além de afetarem diretamente o corpo, mancham profunda mente a alma e o espírito, trazendo culpa, vergonha, angústia, dor e muitas outras consequências. O seu raio de destruição costuma não ficar restrito aos autores da prática, e isso diz respeito a todo e qualquer pecado sexual.
2. Disciplinas espirituais - Uma vez que compreendemos o aspecto espiritual de nossa realidade corpórea, é salutar que nos apliquemos fisicamente às disciplinas espirituais necessárias para uma vida cristã equilibrada e integralmente saudável. Nosso corpo tem um papel fundamental nesse processo, que é o exercício em piedade de que Paulo fala a Timóteo (1 Tm 4.7,8). De fato, já vimos que não há como compartimentar a vida espiritual, como se fosse apenas uma atividade do espírito ou da alma ou de ambos como substâncias imateriais inseparáveis que são. O corpo deve estar sempre presente, como veículo indispensável de nossas atitudes de adoração e serviço a Deus. Para que tenhamos uma vida espiritual plena como templo do Espírito Santo, não basta que os membros de nosso corpo deixem de ser instrumentos do pecado. As Escrituras recomendam-nos que nossos membros devem ser “apresentados” a Deus como instrumentos de justiça.
O corpo é parte essencial do culto, pois é através dele que praticamos as mais importantes disciplinas de nossa vida espiritual, como o jejum, a oração e o estudo da Palavra de Deus, fundamentais para uma contínua e fluente agência do Espírito de Deus em nosso interior. O pastor José Orisvaldo Nunes de Lima abordou o tema Disciplina do Jejum Bíblica na Revista Obreiro Aprovado (2025, 3o trim., p. 18-23), destacando que “O jejum não é essencial à salvação, mas ele, a oração, a leitura e escuta da exposição da Palavra e participação nas ordenanças do evangelho (batismo e Ceia do Senhor) são considerados “meios da graça”, ou seja, canais que conduzem à operação da graça de Deus na vida do crente”.
3. Disciplinas corporais - Assim como o Tabernáculo de Moisés e o Templo de Salomão, que foram objeto de esmero desde a descrição das suas composições (feitas pelo próprio Deus), a designação de materiais e o cuidado permanente com a sua manutenção, o corpo humano deve ser preservado adequadamente como templo do Espírito Santo.
Entre os cuidados essenciais estão:
- Alimentação equilibrada e moderada. O corpo precisa de nutrientes adequados, mas a moderação é fundamental. Comer em excesso ou de forma desregrada prejudica o funcionamento físico e mental, comprometendo nossa disposição para servir a Deus e praticar boas obras.
- Descanso e sono restaurador. O descanso é um princípio divino, reconhecido nas Escrituras (Sl.127:2). O sono adequado não é luxo, mas necessidade para o bom funcionamento do corpo e da mente, permitindo clareza de pensamento e equilíbrio emocional.
- Exercícios físicos. O cuidado com o corpo inclui movimento e atividade física. O exercício ajuda na prevenção de doenças, fortalece músculos e articulações, melhora a disposição e favorece uma vida mais longa e produtiva.
- Uso responsável de recursos de saúde. Consultas médicas regulares, exames preventivos e tratamentos adequados são formas de zelar pelo corpo que Deus nos confiou (Is.38:21). Negligenciar a saúde é desprezar o templo do Espírito.
Em resumo, disciplinas corporais e espirituais caminham juntas. O corpo saudável é mais capaz de servir, adorar e glorificar a Deus. O equilíbrio entre cuidados físicos, disciplina espiritual e dependência do Espírito Santo fortalece o crente em todas as dimensões da vida, prevenindo enfermidades e promovendo maior longevidade e qualidade de vida.
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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
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BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro O Homem, a natureza humana explicada pela bíblia - Corpo, Alma e Espírito, Pr. Severino Pedro da Silva, Editora CPAD
Blog do Luciano de Paula Lourenço: O CORPO COMO TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO
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