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| Pb. Junio - Congregação Boa Vista II |
TEXTO ÁUREO
"E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus." (At 4.1)
VERDADE PRÁTICA
Uma Igreja cheia do Espírito Santo suporta aflições, ora com poder e ousa no testemunho cristão.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 4. 24-31
INTRODUÇÃO
RECEBEREIS A VIRTUDE. O termo original para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no ESPÍRITO SANTO é o recebimento de poder divino para testemunhar de CRISTO, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto CRISTO ordenou. Sua finalidade é que CRISTO seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de DEUS (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27). (1) Poder (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no ESPÍRITO SANTO trará o poder pessoal do ESPÍRITO SANTO à vida do crente. (2) Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no ESPÍRITO SANTO com a salvação e regeneração da pessoa, mas com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia. (3) A obra principal do ESPÍRITO SANTO no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra salvífica de CRISTO, à sua ressurreição e à promessa do batismo no ESPÍRITO (cf. 2.14-42).
SER-ME-EIS TESTEMUNHAS. O batismo no ESPÍRITO SANTO não somente outorga poder para pregar JESUS como Senhor e Salvador, como também aumenta a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO por termos sido cheios do ESPÍRITO (cf. Jo 14.26; 15.26,27). (1) O ESPÍRITO SANTO revela e torna mais real para nós a presença pessoal de JESUS (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio JESUS CRISTO resultará num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador. (2) O ESPÍRITO SANTO dá testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a CRISTO (Jo 16.14), não somente com palavras, mas também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do ESPÍRITO SANTO a respeito da obra redentora de JESUS CRISTO, manifestará com certeza, à semelhança de CRISTO, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13). (3) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorga poder para o crente testemunhar de CRISTO e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8). Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem (2.39,40). (4) O batismo no ESPÍRITO SANTO destina-se àqueles cujos corações pertencem a DEUS por terem abandonado seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante a mesma dedicação sincera a CRISTO (ver 5.32). (5) O batismo no ESPÍRITO SANTO é um batismo no ESPÍRITO que é santo (cf. ESPÍRITO de santificação , Rm 1.4). Assim, se o ESPÍRITO SANTO realmente estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a santidade de CRISTO. À luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for batizado no ESPÍRITO SANTO, terá um desejo intenso de agradar a CRISTO em tudo o que puder. Noutras palavras: a plenitude do ESPÍRITO complementa (i.e., completa) a obra salvífica e santificadora do ESPÍRITO SANTO em nossa vida. Aqueles que afirmam ter a plenitude do ESPÍRITO, mas vivem uma vida contrária ao ESPÍRITO de santidade, estão enganados e mentindo. Aqueles que manifestam dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória inspiradora, mas não têm uma vida de verdadeira fé, amor e retidão, não estão agindo segundo o ESPÍRITO SANTO, mas segundo um espírito impuro que não é de DEUS (Mt 7.21-23; cf. Mt 24.24; 2 Co 11.13-15).
I. UMA IGREJA PERSEVERANTE
1. Suporta o sofrimento - Com a igreja de Jerusalém, essa dinâmica deu-se de forma total mente diferente. A igreja começou avivada e continuou dessa forma porque estava energizada pelo poder do Espírito Santo e totalmente preparada para o que podería encontrar pela frente. Quando as adversidades chegaram, ela não recuou, nem esmoreceu, mas, com resignação, ficou firme diante dessas circunstâncias adversas. “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus” (At 4.19).
A igreja de Jerusalém havia experimentado um grande avivamento que veio com o derramamento do Espírito no Pentecostes (At 2.1-4). Posteriormente, o encarceramento dos apóstolos provocou uma sequência de fatos que demonstraram que o fogo do Espírito não se havia arrefecido nem tampouco se apagado. Na verdade, houve uma reação organizada e coordenada por parte do clero daqueles dias para barrar a ação da igreja. Não houve, contudo, êxito nesse intento porque a igreja ainda estava impulsionada e preparada pelo poder do Espírito. O que observamos nesse texto é uma igreja totalmente determinada, firme e perseverante.
O expositor William Barclay comenta:
Nesta passagem, encontramos a reação da Igreja cristã no momento de perigo. Poder-se-ia pensar que, quando Pedro e João regressaram e contaram o que lhes tinha acontecido, uma grande depressão ter-se-ia abatido sobre a Igreja, ao considerarem os problemas que tinham pela frente. Mas o que nem sequer lhes passou pela cabeça foi o fato de terem de obedecer ao Sinédrio e deixar de falar de Jesus. Pelo contrário, vieram- -lhes à mente grandes convicções, e uma onda de força surgiu nas suas vidas. (1) Eles estavam convencidos do poder de Deus. O Criador e Sustentador de todas as coisas estava do lado deles. Uma vez o enviado do Papa ameaçou Lutero com o que lhe aconteceria se persistisse na sua atitude, e avisou-o que todos os que pareciam estar com ele iriam abominá-lo. “Onde esta rás então?”, perguntou-lhe. “Então, como agora”, respondeu Lutero, “nas mãos de Deus”. Para os cristãos, aquele que está conosco é maior do que todos aqueles que podem estar contra nós. (2) Estavam convencidos da futilidade da rebelião humana. A palavra que traduzimos por “rugir” — “Por que rugem as nações” — é usada para designar o relinchar de cavalos espirituosos: dão coices e abanam a cabeça, mas acabam por submeter-se à disciplina das rédeas. Assim, os homens podem fazer gestos de desafio contra Deus, mas Deus prevalecerá sempre. (3) Trazem à memória a lembrança de Jesus. Lembraram-se de como Ele tinha sofrido e como tinha triunfado; e essa memória restaurou-lhes a confiança, pois basta ao discípulo ser como o seu Senhor. (4) Pediram a Deus que lhes desse coragem. Não procuraram enfrentar a situação confiando nas suas próprias forças, mas procuraram o poder que está acima de tudo. (5) O resultado foi o dom do Espírito. A promessa cumpriu-se, e eles não ficaram desamparados: receberam a coragem e a força necessárias para testemunhar, quando o seu testemunho podia levar à morte.
2. Não negocia seus valores - Como observou Barclay, mesmo diante do perigo de serem mortos, aqueles crentes não se intimidaram: “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus” (At 4.19). Isso mostra a atitude de uma igreja convicta da sua fé e firme nos seus valores. Ser perseverante, portanto, não significa aceitar as circunstâncias passivamente nem tampouco ter uma atitude quietista diante das adversidades.
Significa, sim, agir na força do Espírito Santo tendo como lastro das suas ações a orientação da Palavra de Deus, mesmo que isso signifique, como foi o caso aqui, enfrentamento. Esse fato fica bem evidente quando vemos o apóstolo Pedro opondo-se ao Sinédrio, que era a autoridade governamental judaica naqueles dias. Nesse caso, a igreja podia desobedecer à autoridade constituída?
O teólogo Wayne Grudem respondeu:
Deus não exige que as pessoas obedeçam ao governo civil quando essa obediência implica desobedecer de forma direta a uma ordem do próprio Deus. Esse princípio é indicado por várias passagens nos trechos da narrativa bíblica. Encontramos um exemplo claro no início da igreja. Depois de Jesus ter ordenado aos apóstolos que pregassem o evangelho (cf. Mt 28.19,20), o Sinédrio, autoridade governamental judaica, prendeu alguns deles e ordenou “que não falassem nem ensinassem em nome de Jesus” (At 4.18). Os apóstolos Pedro e João, porém, responderam: “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4.20) e, posteriormente, Pedro declarou: “É mais importante obedecer a Deus que aos homens” (At 5.29). Trata-se de uma afirmação clara do princípio de que Deus requer que seu povo desobedeça ao governo civil nos casos em que a obediência ao governo implique desobediência direta a Deus.
3. Está convicta de sua fé - Isso sugere que a comunidade religiosa tem uma crença forte e inabalável nos seus princípios e ensinamentos. Essa convicção pode se manifestar na adesão aos princípios de defesa da doutrina, mesmo diante de desafios ou críticas.
Elaboração:
· Fé como convicção:
A fé, nesse contexto, não é apenas uma crença vaga, mas uma convicção profunda, um "firme fundamento" como descrito no livro de Hebreus. Essa convicção implica uma adesão total aos ensinamentos religiosos, um compromisso que vai além da mera adesão intelectual.
· Manifestação da convicção:
A convicção da fé pode ser expressa de diversas maneiras: através da participação ativa na vida da igreja, da prática dos cultos, do testemunho pessoal e da defesa da doutrina perante outras pessoas ou grupos.
· Importância da convicção:
A convicção na fé é fundamental para a identidade e a coesão da comunidade religiosa. Ela fortalece os laços entre os membros, motiva a ação e oferece um senso de propósito e significado para a vida.
· Desafios à convicção:
Em um mundo diverso e plural, a fé pode ser confrontada por diferentes perspectivas e críticas. A igreja convicta de sua fé é aquela que, mesmo diante desses desafios, mantém sua crença e seus valores, buscando ser coerente com o que acredita.
· Exemplos de convicção:
A história da igreja está repleta de exemplos de pessoas que demonstraram convicção na sua fé, enfrentando perseguições e provações por amor a seus princípios. A fidelidade de líderes religiosos e de fiéis comuns, mesmo diante da morte, é um testemunho da força da convicção
II. UMA IGREJA QUE ORA COM PODER
1. Orando com propósito - “E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus e disseram: Senhor, tu és o Deus que fizeste o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há” (At 4.24). A primeira coisa que os apóstolos fizeram ao serem soltos foi juntarem-se com os demais crentes. Juntos, levantaram a voz a Deus em oração. Como demonstra o texto, essa oração terá um efeito extraordinário não só na esfera espiritual, mas também na física. Ela fez o lugar tremer. Antes, contudo, de qualquer manifestação sobrenatural, houve uma ação humana extremamente necessária para que a oração tivesse efeito — a unidade da igreja. O texto diz que aqueles crentes oraram unânimes.
Exemplos de oração com propósito:
· Orar pela salvação de almas, buscando a expansão do Reino de DEUS.
· Orar pela liderança da igreja, para que sejam guiados pelo ESPÍRITO SANTO.
· Orar pela unidade e comunhão entre os membros da igreja.
· Orar pela cura de enfermos e pela libertação de oprimidos.
· Orar pelas autoridades e governantes, para que haja justiça e paz.
Ao orar com propósito, a igreja se aproxima de DEUS, se fortalece em sua fé e se torna um instrumento eficaz para a realização da vontade de DEUS na terra.
2. Orando em unidade - Lucas usa o termo grego homothymadon, traduzido como “unânimes”, com o sentido de com uma só mente e de comum, acordo. Na sua oração sacerdotal, Jesus orou pela unidade da igreja Jo 17.1-26). Na sua oração por unidade, Jesus mostra que realizou o propósito de Deus: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer” Jo 17.4). Nesse aspecto, Ele mostrou que a unidade deve ser o telos, isto é, o propósito, o fim último de Deus para a Igreja Jo 17.4,23). Essa unidade era para ser vivenciada pela comunidade presente, isto é, os discípulos Jo 17.9), bem como a comunidade futura, a Igreja Jo 17.20). Jesus também mostrou que a unidade não é uniformidade: “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um” Jo 17.22). A expressão “como nós somos um” é uma referência à unidade da Trindade.
Três pessoas diferentes, contudo, numa só essência. Assim também deve ser a unidade da Igreja. Pessoas diferentes, porém compartilhando de um mesmo objetivo e vivendo em torno de um único propósito. Há, ainda, alguns conceitos na oração sacerdotal de Cristo que envolvem a unidade da Igreja que precisamos destacar. Em primeiro lugar, a unidade é mostrada como sendo experimental: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).
3. Orando fundamentada na Palavra de Deus - Só há unidade na Igreja se os seus membros conhecerem o Deus de Jesus Cristo. Sem o conhecimento de Deus não haverá unidade. Dizendo isso de outra forma, se não houver experiência com Deus não haverá unidade. Isso explica o processo de fragmentação que a igreja vem enfrentando amiudamente. Pessoas carnais, egoístas e narcisistas jamais conseguem viver em unidade. A igreja é um ambiente hostil para elas.
Como orar fundamentada na Palavra?
1. Escolha um versículo ou passagem:
Selecione um trecho da Bíblia que fale ao seu coração e que você queira aplicar em oração.
2. Medite na Palavra:
Reflita sobre o significado da passagem, suas aplicações práticas e como ela se relaciona com sua vida.
3. Declare a Palavra:
Transforme a passagem em oração, declarando suas verdades e aplicando-as em sua vida e na vida da igreja.
4. Peça a DEUS sabedoria e discernimento:
Busque a orientação de DEUS para compreender a Palavra e aplicá-la corretamente em suas orações.
5. Seja específico em suas orações:
Ao orar, seja claro sobre o que você está pedindo e como a Palavra de DEUS se relaciona com sua petição.
Ao orar fundamentada na Palavra, a igreja se torna mais poderosa, eficaz e alinhada com a vontade de DEUS, experimentando a transformação que vem de uma vida de oração verdadeira.
III. UMA IGREJA OUSADA NO SEU TESTEMUNHO
1. Ousadia para enfrentar oposição ao Evangelho - A igreja, como corpo de CRISTO, é chamada a ser sal e luz no mundo, e isso inevitavelmente a levará a enfrentar resistência e oposição. Essa oposição pode vir de diversas fontes, como sistemas de crenças diferentes, valores culturais contrários ou até mesmo perseguição direta. No entanto, a igreja não deve se intimidar ou se retrair diante dessas dificuldades.
A ousadia, nesse contexto, não significa arrogância ou agressividade, mas sim uma coragem fundamentada na fé e no amor. É a confiança na verdade do Evangelho e no poder de DEUS que capacita a igreja a se manter firme e a proclamar a mensagem com convicção, mesmo diante da oposição.
Por último, uma igreja unida estará pronta para ser enviada ao mundo Jo 17.18). Uma igreja desarranjada, dividida e fragmentada não consegue sair para cumprir a sua missão.
Por fim, convém fazer alguns destaques da unidade na diversidade:
Quatro conceitos diferentes de unidade. Unidade espiritual — A igreja universal invisível é unificada por um Espírito e evangelho comuns. Essa unidade pode não ser experimentada ou testemunhada na história. Unidade relacional - Reconhecimento mútuo e comunhão entre grupos cristãos. Esse pode ser o tipo de identidade mútua que os primos de uma família teriam entre si. Pode ser muito superficial. Por exemplo, presbiterianos e metodistas podem ter comunhão estreita numa base informal. Unidade de tarefa - Frequentemente grupos cristãos podem unir-se numa tarefa ou ministério comum. Nesse tipo de unidade, podem existir diferenças significativas entre grupos que são separados com o propósito de alcançar
2. Ousadia no exercício dos dons espirituais - “E, tendo orado [...] todos foram cheios do Espírito Santo” (At 4.31). Na gênese da Assembléia de Deus no Brasil, está uma reunião de oração. Em 1902, o pastor batista sueco de Chicago, J. W. Hjerts- trõm, levantou uma campanha de oração às segundas-feiras. De acordo com o escritor batista Adolfo Olson, que também participou desse avivamento, as orações duravam a noite toda.
Quatro anos depois de iniciada essa oração, mais precisamente em fevereiro de 1906, irrompeu o poderoso derramamento do Espírito naquela congregação. E possível observarmos no periódico batista sueco Nya Wecko-posten que Hjertstróm encontrou muitas críticas por conduzir aquelas reuniões de oração. Esse avivamento foi marcado por várias manifestações do Espírito, inclusive o falar em outras línguas. Muitas pessoas vinham confessar os seus pecados. Olson detalha que muitas pessoas vinham de longe, até mesmo de outras cidades, para participarem daquela reunião de oração.
Três anos depois, em 1909, o avivamento estava consolidado na Segunda Igreja Batista de Chicago. O pastor batista sueco Gunnar Vingren diz que Deus deu a ele um forte desejo de ser batizado naquele ano e, com esse fim, ele dirigiu-se à cidade de Chicago para participar de uma Conferência para a Edificação Espiritual que estava acontecendo naquela igreja.
Vingren participou todos os dias, orando para receber o batismo pentecostal. Ele, contudo, não foi batizado naquela Conferência. No dia imediato ao término da Conferência, Vingren, juntamente com outros irmãos, dirigiram-se à casa do irmão Otto Mellquist, onde era costume os irmãos orarem. Foi ali que ele foi cheio do Espírito Santo e falou em outras línguas.8
3. Ousadia na exposição da Palavra - “E tendo orado [...] anunciavam com ousadia a paloma de Deus” (At 4.31). Os léxicos traduzem a palavra grega parrésia, traduzida aqui como “ousadia”, como significando confiança e, especialmente, liberdade para falar. A ideia é de possuir autoridade. Esse mesmo vocábulo é usado no Novo Testamento grego para referir-se à ousadia de Pedro e João diante das autoridades religiosas quando foram questionados sobre a sua fé: “Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus” (At 4.13). Em outras palavras, significa poder para testemunhar.
O professor e escritor Tiago Rosas sublinha esse fato quando diz:
Após a ressurreição e antes da ascensão, Jesus soprara uma porção do Espírito sobre seus discípulos Jo 20.22), mas eles necessitariam de mais que aquela provisão temporária pré- Pentecoste; eles necessitaram do revestimento completo de poder! Mais que o Espírito residente, eles precisariam do Espírito presidente; mais que o Espírito consolador, eles precisariam do Espírito empoderador! Não à toa Jesus os advertiu para que ficassem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder (Lc 24.49), e lhes assegurou: “receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo” (At 1.8).
O pastor Estevam Ângelo de Souza, pioneiro da evangelização no Nordeste, conta um incidente que aconteceu com ele nos anos 1950 e como sentiu a autoridade de Deus para enfrentar a situação:
Eu estava para realizar mais uma daquelas viagens de dezenas de dias. Foi quando eu tive uma visão, na qual via um touro valente, acompanhado de outros, que partiam furiosamente contra mim. Tomei uma pedra e atirei-a com força na testa do touro. Este ficou tremendo por pouco tempo, mas logo disparou numa violenta corrida, acompanhado do grupo que o seguia. Quando eu despertei, disse à esposa: “Ore por mim, alguma coisa vai acontecer nesta viagem, mas Deus me dará vitória”. Num lugarejo chamado Mata Alta, município de Porto, ao começar o culto, entrou um homem forte, enfiou um cacete de jucá na parede de palha e veio sentar-se bem na minha frente, com o facão colins atravessado sobre as pernas. Ele passou a me insultar, chamando-me de mentiroso, enganador, exigindo que eu me calasse. Preguei cerca de 40 minutos, diante desse “ouvinte” preocupante. Quando fiz o apelo, ele levantou-se e, de modo furioso, exigiu que eu me calasse. Naquele momento, ao mesmo tempo que eu falava com os olhos fitos no homem perverso, comunicava-me com o céu. Então, me veio a resposta. Movido pelo Espírito Santo de Deus, disse-lhe: “O senhor está cometendo um grande crime, passível de processo e de cadeia. A lei maior do Brasil, a Constituição Federal, no seu artigo 141, assegura a liberdade de crença e o direito de pregar o evangelho, enquanto o artigo 108 do Código Penal diz que ‘insultar, ameaçar a ministro de qualquer culto religioso sujeita o infrator à pena de prisão celular de três meses a um ano, além da multa de 500 a 3.000 cruzeiros’ (dispositivos legais e moeda da época)”. Quando terminei estas palavras, aquele homem, que era vermelhão, estava pálido e tremendo. Olhou para a porta e saiu correndo, visivelmente assombrado. O grupo que o acompanhava também o seguiu em desesperada carreira. Compreendi a visão que eu tivera. A pedra atingiu em cheio a testa do touro valente. Tempos depois, soube que o homem era um paraibano muito valente. Seus companheiros haviam ficado do lado de fora, esperando que ele começasse o confronto, para então se manifestarem, completando todo o trabalho, cuja finalidade maior seria fazer-me silenciar de uma vez por todas. Soube depois que eles correram até longe, à casa do patrão, implorando-o que os livrasse da cadeia. Vi repetir-se o que aconteceu com Jacó, quando partiu de Siquém para Betel: “O terror de Deus caiu sobre eles... e não perseguiram aos filhos de Jacó” (Gn 35.5).
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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.
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BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de apoio - A Igreja que Nasceu em Jerusalém, Pr. José Gonçalves - Ed. CPAD
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman
(Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)
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