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segunda-feira, 26 de maio de 2025

LIÇÃO 09 - O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO   

"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim." (Jo 14.6)


                    VERDADE PRÁTICA  

A imagem de Jesus Cristo como o caminho, a verdade e a vida reforça a nossa fé e consolida a nossa comunhão com Deus.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 14. 1-15



                    INTRODUÇÃO    

Afirmam os estudiosos do Evangelho de João que, a partir do capítulo 13, versículo 31, Jesus se despede com as últimas instruções aos discípulos, orientando-os quanto aos dias futuros. O espírito de Jesus estava angustiado, pois sabia que Judas Iscariotes havia deixado Satanás entrar em seu coração e Ele seria traído e entregue aos homens de Jerusalém (Jo 13.2). Jesus faz a sua despedida e conforta os seus discípulos prometendo que eles não estariam sós. Depois de afirmar-lhes que voltaria para o Pai Jo 14.4), Ele diz: “mesmo vós sabeis para onde eu vou e conheceis o caminho”. Essa declaração provocou a imaginação dos discípulos, e Tomé então lhe pergunta: “Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?” (v. 5). Jesus então lhe responde: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (v. 6). Nesse pronunciamento, Jesus diz que é a verdade que revela Deus, Ele é a verdadeira vida de Deus.




                I.     CONSOLO E PROMESSA  DO SENHOR JESUS   

1.   O Caminho, a Verdade e a Vida    -     Jesus percebeu que seus discípulos também estavam perturbados desde o incidente com Judas Iscariotes Jo 13.21-33). Então, disse aos seus seguidores: “Não se turbe o vosso coração” Jo 14.1). Esse era um modo de aquietar espírito dos discípulos, mas não evitava o fato  de que Ele seria entregue nas mãos dos homens, cumprindo o seu desígnio divino de sofrer por toda a humanidade. Era noite, e Jesus foi para o Monte das Oliveiras (Mt 26.30). Ele estava angustiado e os seus discípulos também (Mt 26.36,37). Todavia, Jesus estava no momento crucial de sua vida e de seu ministério. Ele os deixou na companhia dos discípulos naquele monte para falar com o Pai. Tudo estava se apressando para o momento da dor, da ignomínia, da vergonha e de todo o suplício que sofreria.

Eu sou o caminho pelo qual vocês devem andar; a verdade em que vocês devem crer; a vida que vocês devem viver. Eu sou o caminho inerrante, a verdade infalível, a vida infindável. Se vocês permanecerem no caminho, conhecerão a verdade e tomarão posse da vida eterna. Ele nos abriu o caminho da árvore da vida, que foi fechada quando Adão e Eva caíram.


2.    Consolo num cenário de angústia     -    É JESUS quem está se dirigindo para a agonia da cruz; é JESUS quem está profundamente perturbado no coração (12.27) e no espírito (13.21); todavia, nessa noite das noites, o momento crucial de todos os tempos que seria apropriado para os seguidores de JESUS lhe darem apoio emocional e espiritual, ele ainda é o único que se doa, que conforta e que instrui.

Diante de tudo isso, os discípulos estão com o coração turbado. O coração aqui é o eixo em torno do qual giram os sentimentos e a fé, bem como a mola mestra das palavras e ações. A alma deles é uma tempestade.
É nesse contexto que JESUS se levanta como terapeuta da alma, a fim de confortá-los.
O coração turbado é a coisa mais comum no mundo. Esse problema atinge pessoas de todos os estratos sociais, de todos os credos religiosos e de todas as faixas etárias. Nenhuma tranca consegue manter fora de nossa vida essa dor. Um coração pode ficar turbado pelas pressões que vêm de fora ou pelos temores que vêm de dentro.
Até mesmo os cristãos mais consagrados precisam beber muitos cálices amargos entre a graça e a glória.
SITUAÇÃO DOS DISCÍPUOS:
a) tristes, em razão da iminente partida de CRISTO e da esmagadora solidão que os atingia; b) envergonhados, em razão do egoísmo que haviam evidenciado, perguntando quem era o maior entre eles; c) perplexos, em razão da predição de que Judas trairia JESUS e Pedro o negaria e os demais ficariam dispersos; d) vacilantes na fé, pensando: “Como o Messias pode ser alguém que será traído?”; e) angustiados, diante das aflições, açoites, perseguições, prisões e torturas que enfrentariam pela frente.
JESUS os consola, dizendo: Não se turbe o vosso coração (ARA). O que pode confortar um coração turbado? Como podemos encontrar consolo na hora da aflição? O texto em tela nos dá a resposta.


3.    Uma promessa gloriosa     -     Quando JESUS fala de ir preparar lugar, não se trata de Ele entrar em cena e, depois, começar a preparar o terreno; ao contrário, no contexto da teologia joanina, é o próprio ato de ir, via cruz e a ressurreição, que prepara o lugar para os discípulos. Olhar para a frente, para a recompensa, para a herança imarcescível (incorruptível), para a pátria eterna, para o lar celestial, nos capacita a triunfar sobre as turbulências da vida.

a) É a casa do Pai com muitas moradas (14.2). O céu é onde se encontra o trono de DEUS. Se o céu é a casa do Pai, significa que o céu é o nosso lar. No céu, há morada permanente para todos os filhos de DEUS. Aqui no mundo somos estrangeiros, mas no céu estaremos em casa, na casa do Pai. Lá não haverá dor, nem luto, nem tristeza. Lá esqueceremos as agruras desta vida. Lá nossa alegria será completa. William Barclay diz que não temos porque especular como será o céu. Basta-nos saber que estaremos com JESUS para sempre!
b) O céu é o lugar preparado por JESUS (14.3), Nós não compramos esse lugar no céu. Nós não o merecemos. Esse lugar nos é dado como presente. É graça, pura graça. JESUS preparou esse lugar na cruz, na Sua morte, ressurreição, ascensão e intercessão. Lá na cruz, JESUS abriu-nos um novo e vivo caminho para DEUS. Estamos a caminho da glória!
c) O céu é o lugar de comunhão eterna com CRISTO e com os irmãos (14.3). A maior glória do céu é estarmos com CRISTO para sempre e sempre. Vamos contemplar o Seu rosto, servi-lo, exaltá-lo, a eternidade inteira. Seremos uma só família, um só rebanho, uma só Igreja, um só corpo com o Cordeiro. Vamos abraçar os patriarcas, os profetas, os apóstolos e os entes queridos que nos antecederam.


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                    II.     DÚVIDAS, INCERTEZAS E ENGANOS NO CAMINHO COM CRISTO

1.    A dúvida de Tomé     -     1. Ele disse: “‘Senhor, nós não sabemos para onde vais’, para que lugar ou condição, ‘e como podemos saber o caminho’, em que devemos te seguir? Nós não podemos nem imaginar onde é, nem perguntar, mas ainda estaremos perdidos”. O testemunho de CRISTO a respeito do conhecimento deles os deixou mais conscientes da sua ignorância e mais inquisitivos em busca de esclarecimento adicional. Tomé aqui mostra uma modéstia maior do que a de Pedro, que pensava que poderia seguir a CRISTO agora. Pedro era o mais preocupado em saber para onde CRISTO ia. Aqui Tomé, embora se queixe de não saber isto, parece mais preocupado em saber o caminho. Veja: (1) A confissão da sua ignorância foi suficientemente recomendável. Se os homens bons estão às escuras, e conhecem somente parte das coisas, ainda assim estão dispostos a reconhecer seus defeitos. Mas (2) A causa da sua ignorância era passível de culpa. Eles não sabiam para onde CRISTO ia, porque sonhavam com um reino temporal, em pompa e poder externos, e se iludiam com isto, apesar do fato de que Ele contradizia isto repetidas vezes. Consequentemente, quando CRISTO falou de ir embora e dos discípulos seguindo-o, eles imaginaram que Ele iria a alguma cidade extraordinária, Belém, Nazaré, Cafarnaum, ou algumas das cidades dos gentios, como Davi foi a Hebrom, para ser ungido rei e para restaurar o reino de Israel. E qual era o caminho para este lugar, onde deveriam ser construídos castelos no ar, se era para o leste, oeste, norte, ou sul, eles não sabiam, e, portanto, não sabiam o caminho. Desta maneira, nós consideramos que ainda estamos mais às escuras do que precisamos estar, a respeito do estado futuro da igreja, porque esperamos sua prosperidade terrena, ao passo que é para seu progresso espiritual que a promessa aponta. Se Tomé tivesse compreendido, como poderia ter sido capaz de compreender, que CRISTO estava indo para o mundo invisível, o mundo dos espíritos, ao qual as coisas espirituais estão relacionadas, ele não teria dito: “Senhor, nós não sabemos… o caminho”.


2.    As incertezas de Pedro e Filipe     -   O pedido de Filipe por alguma revelação extraordinária do Pai. Ele não era tão disposto a falar como outros, entre eles, eram, e ainda assim, com um fervoroso desejo de mais luz, ele clama: “Mostra-nos o Pai”. Filipe ouviu tudo o que CRISTO disse a Tomé, e se deteve nas últimas palavras: “O tendes visto”. “Não”, diz Filipe, “isto é o que nós queremos, é o que desejamos: ‘Mostra-nos o Pai, o que nos basta’”. (1) Isto pressupõe um fervoroso desejo de conhecer a DEUS como Pai. O pedido é: “‘Mostra-nos o Pai’. Deixe-nos conhecê-lo neste relacionamento”. E isto ele implora, não somente para si mesmo, mas para o resto dos discípulos. A alegação é: “Nos basta”. Ele não somente professa isto por si mesmo, mas fala também pelos seus co-Discípulos. Conceda-nos somente uma visão do Pai, e teremos o suficiente. Jansênio diz: “Embora Filipe não quisesse dizer isto, ainda assim o ESPÍRITO SANTO, pela sua boca, desejava aqui nos ensinar que a satisfação e a felicidade de uma alma consiste em ver a DEUS, e desfrutar sua gloriosa presença”, Salmos 16.11; 17.15. No conhecimento de DEUS, baseia-se todo o entendimento, e ele está no topo do nosso anelo. No conhecimento de DEUS, como nosso Pai, a alma se satisfaz. Uma visão do Pai é um céu sobre a terra, e nos enche de uma alegria indescritível. (2) A maneira como Filipe fala aqui indica que ele não estava satisfeito com esta revelação do Pai que CRISTO julgava adequado fazer-lhes. Ele deseja argumentar com o Senhor, e pressioná-lo, pedindo algo além, e nada menos que alguma aparição visível da glória de DEUS, como aquela que fora dada a Moisés (Êx 33.22), e aos anciãos de Israel, Êxodo 24.9-11. “Deixa-nos ver o Pai com nossos olhos físicos, como vemos a ti, e isto nos basta. Nós não te perturbaremos com mais perguntas do tipo: Para onde vais?” Isto manifesta não somente a debilidade da sua fé, mas sua ignorância sobre a maneira como o Evangelho manifesta o Pai, que é espiritual e imperceptível. Uma visão de DEUS como esta, pensa Filipe, lhes bastaria, e ainda assim, àqueles que o viram desta maneira não bastou, mas eles logo se corromperam e fizeram uma imagem de escultura. As instituições de CRISTO proveram melhor para a confirmação da nossa fé do que nossas próprias invenções poderiam fazê-lo.


3.     O engano de Judas Iscariotes     -     Judas Iscariotes era filho de um homem chamado Simão (João 6:71; 13:2,26). Seu local de origem passa pela discussão acerca do significado da palavra “Iscariotes”. Provavelmente essa palavra seja derivada do termo hebraico ‘ish Queriyot, que significa “homem de Quiriote”, visto que em certos manuscritos do Evangelho de João aparecem as palavras apo Karyotou.

Se o significado de Iscariotes for realmente este, o que é muito possível, então encontramos a informação sobre o local de origem de Judas. O Antigo Testamento menciona dois locais com o nome de Quiriote. O primeiro era localizado em Moabe (Jeremias 48:24,41; Amós 2:2). Já o segundo, Quriote-Hezrom, ficava localizado aproximadamente ao sul de Hebrom (Josué 15:25).

Há também quem defenda que Iscariotes não seja uma indicação de seu lugar de origem, mas um tipo de designação infame para identificá-lo. Para isso, alguns estudiosos sugerem que essa palavra tenha origem num termo que significa “um assassino”, e, portanto, a interpretam no sentido de “o homem da adaga”.

Contudo, essa última interpretação é bem pouco provável. Normalmente é aceito que a designação “Judas Iscariotes” signifique simplesmente “Judas, o homem de Quiriote”.

O caráter de Judas Iscariotes

Considerando todas as referências bíblicas em que Judas Iscariotes é mencionado, podemos perceber que ele reunia em si a hipocrisia, o egoísmo, a soberba, a avareza, a inveja e a cobiça. Seu caráter duvidoso pode ser muito bem resumido na designação clara e objetiva dada a ele pelo apóstolo João“Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” (João 12:6).

João o identificou, em poucas palavras, como sendo uma pessoa mentirosa, enganadora, gananciosa e capaz de roubar. Além disso, Judas Iscariotes era uma pessoa dissimulada. Diante do anúncio de Jesus de que havia entre eles um traidor, Judas Iscariotes foi tão frio a ponto de dizer: “Porventura sou eu, Rabi?” (Mateus 26:25).

A história de Judas Iscariotes é um retrato vívido de como o homem, em sua própria natureza, é completamente depravado e perverso, apto a ser instrumento nas mãos do diabo (João 6:70,71). É impossível separar a pergunta sobre quem foi Judas Iscariotes das conhecidas palavras de Jesus sobre ele: “Mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído” (Mateus 26:24).

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                    III.     CAMINHO, VERDADE E VIDA  

1.    "Eu Sou o Caminho     -     Quando Jesus declarou “Eu sou o caminho”, não estava mostrando um caminho através de algum princípio ou de uma regra, mas mostrava a si mesmo: “Eu sou o caminho” (Mc 12.14; Lc 20.21). Jesus nos guia no caminho para o Pai porque sua presença alumia os que estão em trevas (Lc 1.79). Ele, pela sua obra expiatória, quando foi rasgado o véu do Templo, escancarou o caminho da graça de Deus, mediante o rasgar de sua própria carne para abrir um novo e vivo caminho para Deus (Hb 10.19-21). Quando nos deparamos com o pronome EU, significa que não somos salvos por algum princípio que tenhamos ado tado, ou por alguma força espiritual, mas, sim, pelo Filho de Deus. O nosso Deus é um Ser Pessoal e, por isso, Jesus é a Pessoa que nos une indissoluvelmente com Deus Pai (Mt 11.27,28).


2.    "Eu Sou a Verdade"     -     Jesus Cristo é a verdade, a essência da verdadeira religião. Tiago, irmão do Senhor, escreveu em sua Epístola: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.27). Jesus tem na sua essência o conteúdo único e singular que o mundo não tem, Ele é “o Verbo que se fez carne” (Jo 1.14), Ele é a verdade que o mundo precisava e ainda precisa conhecer. Ele é a verdade que se opõe à mendra que opera no mundo. Ele é, portanto, a fonte fidedigna da revelação redentora que traz à luz o conhecimento acerca do Pai Jo 14.7). “A Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” Jo 1.17). Sabemos que a lei era a expressão do desígnio de Deus para com Israel, até que fosse revelada e comunicada a verdade a todos os homens. 

A verdade da lei era legíüma, mas era transitória, até que, literal e pessoalmente, Deus revelou a verdade em seu Filho Jesus Cristo, como algo absoluto e eterno. Tudo quanto Jesus dizia acerca de si mesmo era o que Pai o delegou que falasse. Antes de subir ao Pai, após a sua ressurreição, Ele assegurou a continuidade de sua revelação e integridade do cânon das Escrituras. Antes de subir ao Pai, Ele fez a promessa de que seus discípulos receberíam o espírito de revelação da verdade para compreenderem as Escrituras. Estando ainda com eles, Lucas registrou o que Jesus lhes disse:

 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco; convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas e nos Salmos. Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. (24.44,45)

 O apóstolo Paulo orou pela igreja de Efeso e pediu para que “o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação, tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos” (Ef 1.17,18).


3.     "Eu Sou a Vida"      -     Ao dizer “eu sou a vida”, Jesus se coloca como sendo a fonte da vida que se opõe à morte. Ele tem a vida em si mesmo. Por isso, somente Ele pode ser o doador da vida para os que são seus (cf. João 3:16; 5:26; 6:33; 10:28; 11:25).

Quando Jesus diz ser a vida, Ele indica que somente nele o homem, morto em delitos e pecados, poderá encontrar verdadeira vida. Nesse contexto, em quanto a morte significa a separação de Deus, a vida significa comunhão com Ele. Isso significa que somente em Jesus o homem pode ser reconciliado com Deus e desfrutar da bem-aventurança da vida eterna ao seu lado.

Após dizer “eu sou o caminho a verdade e a vida”, Jesus conclui dizendo: “ninguém vem ao Pai senão por mim”. Essa declaração é o resultado natural da frase anterior. Ela indica o quão os homens são absolutamente dependentes de Cristo com relação à comunhão com Deus.

Em outras palavras, não existe nenhuma verdade redentora a parte de Cristo. Não há nenhuma esperança de vida eterna longe dele, e nenhum caminho capaz de levar o homem à casa do Pai. Não há outro Cordeiro de Deus que tira o pecado, não há outro sacrifício que apazígua a santa ira de Deus, e também não há outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Jesus é, absolutamente, o caminho, e a verdade, e a vida, e definitivamente ninguém chegará ao Pai senão através dele.

Explicando o significado da frase “eu sou o caminho, a verdade, e a vida”, W. Hendriksen diz que o caminho leva a Deus; a verdade torna o homem livre; e a vida produz comunhão. Assim, quando Jesus revela a verdade redentora de Deus que liberta os homens da escravidão do pecado, e quando concede a vida que produz comunhão com o Pai, então, sendo o caminho, Ele próprio é quem leva os redimidos para junto do Pai.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - E o Verbo se fez Carne, Pr. Elienai Cabral -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD

Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman - CPAD

Comentário Bíblico Exaustivo - Antigo Testamento e Novo Testamento - Matthew Henry - Obra Completa - CPAD



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sexta-feira, 16 de maio de 2025

LIÇÃO 08 - UMA LIÇÃO DE HUMILDADE.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO

"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também." ( Jo 13.15)


                     VERDADE PRÁTICA   

A submissão e o serviço são características de maturidade e grandeza no percurso do crescimento espiritual do cristão.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 13. 1-10




                                INTRODUÇÃO   

Depois desses acontecimentos, Jesus sabia que a Festa da Páscoa estava se aproximando, então resolveu antecipá-la fazendo uma ceia com os seus discípulos no capítulo 13, do Evangelho de João.  Jesus reúne seus discípulos na ceia e exemplifica sua humildade fazendo o trabalho de um serviçal da casa onde estavam reunidos. Quando Jesus fez a última ceia pascal com seus discípulos, a narrativa indica que a Festa da Páscoa estava próxima Jo 13.1). Foi nessa ceia que Jesus instituiu um novo ensinamento para a Santa Ceia ou a Ceia do Senhor, que a igreja realiza até os dias de hoje. Jesus quebra o protocolo daquela ceia, dando-lhe um significado particular. Para instruir sobre a humildade, o Filho de Deus, não apenas emite conceitos morais e filosóficos, mas torna-se um exemplo vivo e prático de humildade com uma atitude. Ele aproveita um costume tradicional das pessoas do seu tempo e demonstra como aqueles homens deveriam agir na expansão da igreja no mundo. 



                    I.    UMA HISTÓRIA REAL SOBRE A HUMILDADE 

1.    O lava-pés    -      Antes de tudo, Jesus tinha interesse em fazer uma ceia com seus discípulos para terem momentos de comunhão e companheirismo. Os discípulos sabiam que alguma coisa aconteceria no futuro do seu Mestre. Jesus sabia, também, que já era chegada a sua hora de fazer o grande sacrifício por toda a humanidade. Aquela ceia era a oportunidade que Jesus tinha, não só para comungar com seus discípulos, mas de, essencialmente, ensinar-lhes algo novo e indispensável antes da Paixão. 

 Depois da mesa posta para todos e todos os discípulos se assentarem para comer, de repente, Jesus, o Mestre dos mestres, tomou uma bacia com água e uma toalha, alçou as pontas de sua túnica e amarrou-as na cintura. Tomou as mangas compridas e largas, típicas das túnicas daqueles tempos, amarrou-as por trás do pescoço, esse era o modo de um servo da casa “cingir-se” para trabalhar, tendo mãos e pernas livres para os afazeres, e lavou os pés dos discípulos. O costume do “lava-pés”, nos tempos bíblicos, fazia parte do tratamento dispensado aos convidados do senhor de uma casa. Ao chegar à casa onde fariam a ceia da Páscoa, Jesus não encontrou nenhum servo daquela casa para lavar os pés dos convidados. Toda ação pública de Jesus era feita de   modo inteligente para transmitir alguma lição de vida. Outrossim, o dono daquela casa a cedeu apenas para que Jesus fizesse a ceia desejada, visto que era o epicentro daquele momento, Ele reuniu apenas seus discípulos para cearem juntos. Nesse episódio, Jesus aproveita para dar o maior exemplo de humildade ao lavar os pés dos seus discípulos, que estavam pasmados sem entender aquela atitude do seu Mestre.


2.     O desenvolvimento da história     -     O costume de LAVAR OS PÉS na época era devido aos viajantes andarem de sandálias e sujarem muito seus pés nas estradas empoeiradas. Não haviam automóveis e algum privilegiado que possuísse um animal ou uma carroça era um homem rico.

 

JESUS usou uma metáfora para ensinar espiritualmente sobre a sujeira a que estamos sujeitos:

Os discípulos estavam sempre ouvindo as palavras de JESUS, portanto estavam limpos por dentro.

Mas o contato com o estrada empoeirada sujava seus pés, assim, nosso contato com o mundo suja a cada um de nós por fora. Todos os dias devemos nos arrepender de nossos pecados, pois não há quem não peque.

 

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. 1 João 1:9

 

Humildade (Mt 5.3). JESUS foi modesto em toda a sua maneira de viver (Mt 11.29). Ele demonstrou sua humildade ao despojar-se de sua glória (Fp 2.6,7); na irrestrita obediência à vontade do Pai (Jo 5.30; 6.39; Fp 2.8); quando lavou os pés dos discípulos (Jo 13.3-5); e ao relacionar-se com todas as pessoas, independentemente de sua raça ou posição social (Mt 9.11; 11.19; Jo 3.1-5; 4.1-30). A humildade é um aspecto do caráter imprescindível a todos os crentes (Ef 4.1,2; Cl 3.12), pois os humildes sempre alcançam o favor do Senhor (Tg 4.6).


3.    A mudança de paradigma    -     Jesus sai do cenário público das multidões se aglomerando em torno dEle, sempre querendo mais algum milagre, e olha para os seus discípulos e dedica algum tempo a mais preparando-os para o que viria à frente. Depois de uma caminhada a pé pelas estradas poeirentas entre Betânia e Jerusalém, que eram aproximadamente 15 quilômetros com subidas e descidas, Jesus chega à casa em que realizaria a ceia com seus discípulos. Naturalmente, as sandálias de couro usadas propiciavam a sujeira, o ressecamento e as calosidades nos pés. Em determinado momento, Jesus interrompe a ceia para espanto de todos, a fim de ensinar-lhes que o caminho da conquista do Reino de Deus é palmilhado com humildade Jo 13.5). 

Ele ensinou que a humildade é a verdadeira expressão da grandeza de espirito de uma pessoa. Jesus exemplificou a atitude humilde em seu cotidiano. O cristianismo só teria sucesso e alcançaria o seu objetivo se os valores deixados por Jesus fossem vividos por seus seguidores. Por isso, a humildade não pode ser mera demonstração exterior, mas precisa ser interiorizada no coração e na mente dos verdadeiros servos de Deus.


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                    II.      HUMILDADE IMPLICA AUTOCONHECIMENTO  

1.    Conhecendo a própria natureza     -    Jesus tinha consciência do seu papel e da sua importância como Senhor e Mestre. Ele inverteu o seu papel de Senhor para agir como simples serviçal, a fim de ensinar a lição aos seus discípulos. Ele sabia o que queria e o que estava fazendo. Para que aqueles homens en tendessem a filosofia do Reino de Deus, Jesus sabia que precisariam mudar os seus valores pessoais. Nossa natureza humana tem o estigma do pecado da presunção, e, por isso, temos dificuldades em abaixar a cabeça e nos humilhar. Preferimos nos impor para provar que temos poder. Preferimos olhar de cima para baixo, nunca de baixo para cima. Preferimos as coisas altas. Preferimos os picos mais altos da vida porque é próprio do ego humano.

 Jesus ensina, no ato de “lavar os pés” dos seus discípulos, que Ele, sendo Mestre e Senhor, sabia se humilhar como homem, mesmo não precisando provar que era humilde. Os discípulos não teriam dificuldade alguma para lavar os pés do seu Mestre, mas teriam problemas para lavar os pés uns dos outros. Jesus, com uma atitude não só humilde, mas também decisiva, prosseguiu em lavar os pés dos discípulos. Os discípulos ficaram em choque porque não conseguiam entender o que Jesus queria ensinar. Por essa razão, Ele declarou: “O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois” (Jo 13.7). A lição a ser aprendida era do serviço desinteressado que foi visto na morte de Jesus na cruz. Naquela casa, com uma bacia de água em sua frente, Jesus apenas dá o exemplo Jo 13.15).


2.    O exemplo deixado por Jesus    -     Jesus não precisava provar que era humilde, mas Ele deu o exemplo. O ato de lavar os pés dos discípulos deixou-os envergonhados. Alguns ficaram em silêncio, sem entender; Pedro, um dos mais temperamentais, ficou indignado com o fato de Jesus humilhar-se para lavar os seus pés Jo 13.6). Pedro reagiu porque entendia que o Senhor Jesus não podia estar disposto a fazer o trabalho de um servo. Pedro disse ao Senhor, quando chegou a sua vez, que Ele nunca lavaria os seus pés. Jesus respondeu-lhe: “O eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás  depois” (Jo 13.7). Pedro disse ao Senhor: “Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça” (13.9). O que Jesus queria que Pedro e os demais discípulos soubessem era que Ele havia assumido o papel de “servo” para fazer a vontade do Pai. Jesus disse em outra ocasião: “não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou” (5.30). 

 Pedro precisava entender que, sem uma obra completa de limpeza e humilhação, aqueles discípulos não conseguiríam fazer a obra de Deus. Sendo Jesus o Verbo Divino, Ele se fez carne para identificar-se conosco. Temos dificuldades para servir e nos sujeitar aos outros porque temos medo da rejeição. Por nossa índole pecaminosa, temos receio de que as pessoas se tornem superiores a nós. A insubmissão tem a ver com o medo e a insegurança. O nosso ego é insubmisso e rebelde, não se submete a nada e ninguém. Às vezes, quando dominados por um sentimento de inferioridade, fazemos de tudo para não nos sentirmos rebaixados. Mas Jesus sabia de onde vinha; Ele conhecia sua procedência e o que realmente importava.


3.    O maior no Reino de Deus     -    O pano de fundo desalentador. A atitude dos apóstolos nesta ocasião ajuda a   ressaltar e explicar a ação de CRISTO em lavar os pés dos seus seguidores, assim  como o veludo preto dá realce à beleza de um brilhante. Por que ninguém tinha se oferecido para fazer este trabalho? Lucas nos informa que, justamente na época da Última Ceia, “houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior” (Lc 22.24). Se qualquer um deles se tivesse oferecido para lavar os pés dos demais, teria se colocado na posição de servidor dos outros — exatamente o oposto do que cada um deles queria! Estavam procurando um servo — e acharam! (cf. Jo 13.4,5; Mc 10.45). O Senhor viu que seus mais íntimos seguidores não estavam em condições de participar da Santa Ceia e de escutar suas últimas palavras solenes antes de ser levado para a cruz; o espírito de cada um deles estava cheio de vis ambições e ciúmes. Algo de drástico devia ser feito para limpar seus corações tão manchados. É aí que passa a lavar-lhes os pés.


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                    III.     HUMILDADE X OSTENTAÇÃO  

1.     Uma competição  silenciosa    -   . Aqueles discípulos já se preocupavam sobre quem assumiría o comando do grupo depois da morte de Jesus. Nesse estado de espírito, cada discípulo esperava que o outro fizesse o serviço menor e, por isso mesmo, nenhum deles se dispôs a fazer o serviço de lavar os pés dos outros. Como futuros líderes da igreja não podiam começar erradamente. A igreja seria dinamizada não pela ostentação de alguns e a presunção de outros, mas, sim, pelos comportamentos contrários ao sistema mundano. A igreja teria que ser cimentada na humildade, no serviço, no amor ao próximo e no respeito às pessoas.

 Na verdade, Jesus interrompeu aquela disputa de poder dos discípulos e assumiu a postura de inferioridade de um serviçal da casa. Foi uma ação na mudez de palavras que significou um grito na consciência dos discípulos. Depois disso tudo Jesus lhes disse: “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros” (Jo 13.13,14).


2.    O caminho humilde de Jesus    -    Neste ponto, aprendemos que a humildade rejeita a presunção humana. O paradigma do Reino que Cristo deixou como sinal não é a imponência, mas a humildade; não é a supremacia, mas a submissão; não é a conquista de posição, mas o serviço; não é a exaltação, mas a humilhação; não é a sofisticação, mas a simplicidade; não é a superação do outro, mas o amor ao próximo. A igreja não pode entrar no jogo de competição para ver quem é mais, quem tem mais, quem faz mais. A dignidade não está em quem oferta mais, e sim em quem “serve mais”, sem ter o foco em quem foi abençoado. O verdadeiro crente é alguém pronto para servir a Deus e à igreja do Senhor. O que Jesus quis ensinar quando lavou os pés dos discípulos é que a exaltação maior no Reino de Deus está no servir e nunca esperar pelo outro para servir, e servir com alegria.


3.     Um convite à humildade     -     Na experiência humana, a humildade é interpretada como uma virtude frágil que diminui o ser humano, que tira o brilho das pessoas, ou que reduz uma pessoa a ter um sentimento de fraqueza e de inferioridade. A Bíblia declara que Jesus veio a este mundo para desfazer as obras do Diabo e resgatar os valores morais perdidos. Para esse resgate, foi a humildade de Jesus que tornou possível a manifestação da graça de Deus, sem fazer distinção de classe social, de raça ou de língua. Ele submeteu-se ao vitupério do Calvário. Foi cuspido e ferido, mas foi   capaz de suportar a afronta da cruz para conquistar a glória da libertação dos filhos de Deus. Os verdadeiros discípulos de Jesus não podem evitar o caminho da resignação. O nosso ego precisa ser subjugado ao Espírito Santo; o orgulho precisa ser desmascarado; a soberba precisa perder a pose e a presunção deve cair por terra e dar lugar ao espírito humilde. A humildade nunca se assenta; está sempre de pé. A humildade cristã é aquela que leva as cargas dos outros, como Paulo ensinou em Gálatas 6.2: “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”.




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - E o Verbo se fez Carne, Pr. Elienai Cabral -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD

Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman - CPAD

EBD NA TV - Pr. Henrique, agendar - 99-99152-0454 Tel WhatsApp, Ministério Belém, SP, moro Cajamar: Escrita Lição 8, CPAD, Lição De Humildade, 2Tr25, Com. Extra Pr. Henrique, EBD NA TV



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segunda-feira, 12 de maio de 2025

LIÇÃO 07 - "EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA"

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                    TEXTO ÁUREO

"Disse-lhe Jesus: Eu Sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;" (Jo 11.25)


                    VERDADE PRÁTICA

O Senhor Jesus Cristo é a ressurreição e a vida, e por essa razão, temos a garantia de que um dia teremos um corpo glorioso como o dEle.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 11. 14, 15, 17-21, 21, 23-27



                        INTRODUÇÃO

De todos os sinais do ministério de Jesus, o capítulo 11, do livro de João, parece culminar no tempo de Jesus para a sua morte e a ressurreição que viría pouco depois daqueles dias. E possível que tenha sido o sinal milagroso mais dramático dado por Jesus como evidência de que Ele era o Filho de Deus. O milagre da ressurreição de Lázaro só foi registrado por João. Os outros Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) não o registraram. 

Mas a história do ministério público de Jesus tem o registro de outros milagres de ressurreição dos mortos, tais como: a filha de Jairo (Mt 9.18-26; Mc 5.21 -43; Lc 8.40-56); o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); e, por último, a ressurreição de Lázaro Jo 11.32-45). Na narrativa de João, a ressurreição de Lázaro era, de fato, o último sinal milagroso de Jesus como o Filho de Deus antes de enfrentar o suplício do Calvário. 

 O capítulo 11 ganha espaço depois da tentativa dos inimigos de Jesus prendê-lo em Jerusalém, conforme está registrado no capítulo 10. Ele, precavidamente, se retira da cidade e vai para um lugar além do Jordão (Jo 10.40-42) quando teve notícias de que seu amigo Lázaro de Betânia estava doente. Orientado pelo Espírito Santo, Jesus esperou por quatro dias para chegar a Betânia, pois estava na Pereia, a leste do Jordão, quando mensageiros lhe trouxeram notícias da grave enfermidade de Lázaro. Jesus demorou um pouco mais e o seu amigo veio a falecer. Jesus sabia, pelo Espírito, que no momento certo deveria tomar o caminho para Betânia, visto que naquele lugar operaria o milagre que ninguém esperava.




                I.    O PROPÓSITO DE JESUS

1.    Recebimentos da notícia sobre Lázaro   -   Jesus estava na Pereia, que era a porção geográfica do reino de Herodes, o Grande, que ocupava o lado oriental e o lado sul do vale do rio Jordão e fazia fronteira com a Jordânia. Jesus estava no outro lado do rio Jordão, onde foi batizado por João Batista Jo 1.28). Certamente, Jesus sabia que a sua hora de enfrentar o Calvário estava se aproximando e se retirou estrategicamente para longe do povo de Jerusalém para voltar a Jerusalém e colocar-se à disposição do Pai para ser entregue nas mãos dos seus algozes.

 A verdade é que Jesus demorou para atender o pedido de Marta e Maria, irmãs de Lázaro, para curá-lo. Sua demora implicava a consciência que Jesus tinha da sua missão. Quando declarou “Esta enfermidade não é para morte” (11.4), Ele fortalecia a consciência do seu propósito maior de que o milagre que ocorrería seria um grande sinal tanto para os judeus como para os seus discípulos. Jesus estava orientado pelo Espírito Santo e, certamente, ao de- morar-se no lugar onde estava, tinha como objetivo principal, sem dúvida, a oportunidade para realizar uma grande obra que glorificasse o Pai, poucos dias antes de submeter-se ao suplício do Calvário. O milagre da ressurreição aumentaria a fé de todas as pessoas, inclusive de seus discípulos, de que Ele estava cumprindo os desígnios de Deus.


2.    O desapontamento de Marta e Maria   -    E JESUS, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de DEUS, para que o Filho de DEUS seja glorificado por ela

A resposta de JESUS em João11.4 parece enigmática: Ao receber a notícia, disse JESUS: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de DEUS, a fim de que o Filho de DEUS seja por ela glorificado. O que ele está dizendo é que a essa enfermidade não se seguiria um triunfo ininterrupto da morte; antes, ela seria um motivo para a manifestação da glória de DEUS, na vitória da ressurreição e da vida. O amor de JESUS por Lázaro e suas irmãs não impediu que eles passassem pelo vale da morte, mas lhe trouxe vitória sobre a morte.

 Uma demora surpreendente (Jo 11.6).

Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.

Como conciliar a nossa necessidade com a demora de JESUS? (11.6,39). Em vez de mudai sua agenda para socorrer Lázaro, JESUS ficou ainda mais dois dias onde estava. Em vez de ir pessoalmente, mandou apenas um recado. Marta precisou lidar não apenas com a doença do irmão, mas também com a demora de JESUS. Como conciliar o amor de JESUS com o nosso sofrimento?

a) Marta e Maria fizeram a coisa certa na hora da aflição. Buscaram ajuda em JESUS;

b) Elas buscaram ajuda na base certa. Basearam-se no amor de JESUS por Lázaro, e não no amor de Lázaro por JESUS. Hoje dizemos: “JESUS, aquele a quem amas está com câncer. JESUS, aquele a quem amas está se divorciando? JESUS, aquele a quem amas está desempregado”.

JESUS poderia ter impedido que Lázaro ficasse doente e também poderia tê-lo curado a distância. Ele já havia curado o filho do oficial do rei a distância (4.46-54). Por que não curou seu amigo a quem amava? A atitude de JESUS parece contradizer o Seu amor. Alguns judeus não puderam conciliar o amor de CRISTO com o sofrimento da família de Betânia (11.37). Eles pensaram que amor e sofrimento não podiam andar juntos. O fato de sermos amados por JESUS não nos dá imunidades especiais


3.    O tempo divino    -    A demora de JESUS põe nos lábios de Marta um profundo lamento (11.21). Muitas vezes, JESUS parece demorar. DEUS prometeu um filho a Abraão e Sara, e só cumpriu a promessa 25 anos depois. JESUS só foi ao encontro dos discípulos quando eles enfrentaram uma terrível tempestade no mar da Galileia, apenas na quarta vigília da noite. Jairo foi pedir socorro a JESUS, mas, quando chegou a sua casa, sua filha já estava morta. 

A fé de Marta passou por três provas: a ausência de JESUS (11.3), a demora de JESUS (11.21) e a morte de Lázaro (11.39). 

Uma pergunta que se impõe neste contexto é: Como conciliar o nosso tempo (cronos) com o tempo (kairós) de JESUS? A distância entre Betânia e o lugar onde JESUS estava era de mais de 32 quilômetros. Levava um dia de viagem. O mensageiro gastou um dia para chegar até JESUS. Logo que o mensageiro saiu de Betânia, Lázaro morreu. Quando deu a notícia a JESUS, Lázaro já estava morto e sepultado. JESUS demora mais dois dias. E gasta outro dia para chegar. Daí, quando chegou, Lázaro já estava sepultado havia quatro dias. JESUS se alegrou por não estar em Betânia antes da morte de Lázaro (11.15). Ele deu graças ao Pai por isso (11.41b). JESUS sempre agiu de acordo com a agenda do Pai (2.4;7.6,8,30; 8.20; 12.23; 13.1; 17.1). 

Ele sabe a hora certa de agir. Ele age segundo o cronograma do céu, e não segundo a nossa agenda. Ele age no tempo do Pai, e não segundo a nossa pressa. Quando ele parece demorar, está fazendo algo maior e melhor para nós. Marta e Maria pensaram que JESUS tinha chegado atrasado, mas ele chegou na hora certa, no tempo oportuno de DEUS (11.21,32). JESUS não chega atrasado. Ele não falha. Não é colhido de surpresa. Ele conhece o fim desde o princípio, o amanhã desde o ontem. Ele enxerga o futuro desde o passado. JESUS sabia que Lázaro estava doente e depois que Lázaro já estava morto. Ele tardou a ir porque sabia o que ia fazer. Contudo, por que JESUS demorou mais dois dias? Havia uma crença entre os rabinos que um morto poderia ressuscitar até o terceiro dia por intermédio de um agente divino. A partir do quarto dia, porém, somente DEUS, pessoalmente, poderia ressuscitá-lo. Ao ressuscitar Lázaro no quarto dia depois do sepultamento, os judeus precisariam se dobrar diante da realidade irrefutável da divindade de JESUS.

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                    II.    O ENCONTRO DE MARTA COM JESUS

1.    O Encontro   -    Disse, pois, Marta a JESUS: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.(11.21)

Marta vai ao encontro de JESUS com uma declaração: Senhor, se estivesses aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a DEUS, DEUS te concederá. (11.21,22). Quando Marta se encontra com JESUS, foi seu coração que falou através de seus lábios. Marta lamenta a demora, mas crê que JESUS, em resposta à oração a DEUS, pode reverter a situação. Vale destacar que Marta ainda não tem plena consciência de que JESUS é o próprio DEUS. Marta crê no JESUS que poderia ter evitado a morte (11.21), ou seja, intervindo no passado.

 Marta crê no JESUS que ressuscitará os mortos no último dia (11.23,24), ou seja, agindo no futuro. Mas Marta não crê que JESUS possa fazer um milagre agora, no presente. Marta vacila entre a fé (11.22) e a lógica (11.24). Somos assim também. Não temos dúvida de que JESUS realizou prodígios no passado. Não temos dúvida de que ele fará coisas extraordinárias no futuro, no fim do mundo. Mas nossa dificuldade é crer que Ele opera ainda hoje com o mesmo poder. O grande erro do “Ah, se fosse diferente” de Marta foi omitir o poder presente do CRISTO vivo. Marta vivia no passado ou no futuro. Mas é no presente que o tempo toca a eternidade.


2.   Quando Lázaro ressuscitará     -     Noutra ocasião, Jesus declarou nos seus sermões: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama ao Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. (Jo 5.19-21).

 No versículo 24, percebemos que Marta demonstra sua fé e crença na ressurreição dos mortos quando diz: “Eu sei que há de ressuscitar”, mas Jesus fala em um sentido presente ao declarar: “Eu sou”. Marta tinha noção da doutrina bíblica da ressurreição e revela sua crença nessa doutrina do judaísmo, especialmente dos fariseus. Entretanto, Cristo fala da ressurreição num sentido imediato, visto que não diz “Eu vou levantar da morte a Lázaro”, mas diz que vai “ressuscitar a Lázaro”.

 No versículo 25, Jesus se declara como a “ressurreição e a vida”, e assim podemos notar dois fatos extraordinários. Em primeiro lugar: Jesus revela seu poder soberano sobre todas as coisas, inclusive a morte e a vida. Ao declarar-se como sendo a ressurreição, Ele afirma que é a fonte de vida, tanto física como espiritual.


3.    Promessa de vida    -    Jesus faz promessas quando diz: “Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá ”. A quem são feitas essas promessas senão “a aquele que vive e crê em mim”, ou seja, aquele que crê em Jesus recebe vida física e espiritual. A história bíblica tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento e na história da igreja de Cristo dá testemunho do poder divino na ressurreição de mortos, não apenas como promessa futura, mas como promessa presente. 

 Compartilho com os irmãos a história da ressurreição da minha mãe no ano de 1953, quando meu pai era pastor em São Francisco do Sul, Santa Catarina. Os nomes de ambos eram Jardelina Cabral e Osmar Cabral, um dos casais pioneiros da Assembléia de Deus no Estado de Santa Catarina. Eu tinha apenas 7 anos de idade. Meu pai levou-me para a casa de um pastor amigo, e minha irmã, com 5 anos de idade, foi levada para outra casa. Minha mãe fazia trata mento especial para problemas agudos dos pulmões num Hospital em Joinville, também em Santa Catarina. Porém, era uma mulher que amava cantar e tocar seu violino na igreja e, deitada na cama do hospital, numa madrugada, pediu que o Senhor a fizesse ouvir o coral da igreja cantar antes de morrer. Numa madrugada, seu quarto foi invadido por uma luz radiante e um coral de seres angelicais cantou para ela. Aqueles seres angelicais cantavam sem tocar com os pés no  chão. Depois de cantarem, eles foram embora e ela foi consolada por aquela visão. Era, de fato, uma preparação para enfrentar a morte. Pela manhã cedo, seus pulmões não respondiam mais ao tratamento com os aparelhos respiratórios e, em dado momento, com o meu pai acompanhando aquele cenário, minha mãe deu seu último suspiro e morreu. Meu pai imediatamente chamou as enfermeiras e médicos de plantão, mas já era tarde. Minha mãe, a irmã Jardelina Cabral, havia morrido e fora para o Paraíso. Meu pai, um pastor jovem e cheio da unção do Senhor, se ajoelhou segurando uma das mãos de minha mãe e orou com lágrimas: “Senhor, faça voltar à vida a minha esposa, eu tenho dois filhos pequenos e um ministério para cumprir”. Meu pai levantou-se do chão do hospital e ficou olhando o rosto de minha mãe. De repente! Ela deu um suspiro e o coração voltou a bater. Creio na doutrina da ressurreição porque sei de outros testemunhos vibrantes de pessoas que faleceram e voltaram a viver.

 Há um testemunho que o Brasil inteiro conhece que é a ressurrei ção do pastor João de Oliveira. Ele era pastor em Pindamonhangaba, São Paulo, e professor do Instituto Bíblico das Assembléias de Deus no Brasil (IBAD). Tudo aconteceu no ano de 1966. Muitos irmãos foram se despedir do pastor João de Oliveira, entre eles estava J. P. Kolenda. O pastor Kolenda chegou junto à cama onde ainda estava o corpo do pastor João de Oliveira, enquanto se preparava a igreja e os documentos próprios para o seu funeral. J. P. Kolenda tomou uma das mãos do seu amigo, levantou os olhos em lágrimas e disse: “Senhor Jesus, aqui quem fala é J. P. Kolenda; se possível, faça voltar a vida a este corpo do teu servo. Amém!”. Milagrosamente, a vida voltou a João de Oliveira e ele ficou muitos anos testemunhando do poder do Senhor, vindo a falecer anos depois, em 9 de julho de 1980, em São José dos Campos, São Paulo. Esses testemunhos têm na história as suas comprovações. Eles nos fazem reconhecer que a doutrina da ressurreição não é uma mera ilusão, mas se constitui de verdades reais e indiscutíveis ainda em nossos tempos. 

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                    III.    A DOUTRINA BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO DO CORPO

1.    A Ressurreição do Corpo   -    A ressurreição do corpo é uma ideia distintamente bíblica. Os gregos, e a filosofia grega em geral, tinham pouco respeito pelo corpo, considerando-o um estorvo, e ensinavam apenas a imortalidade da alma. A Bíblia vê o homem criado tanto com o corpo como com a alma, e, portanto, incompleto durante o estado intermediário até que receba o seu corpo ressurrecto. O NT acrescenta à mera ideia de uma ressurreição do corpo a revelação de que os cristãos terão um corpo glorificado como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.211 Jo 3.2).

Ressurreição no AT. A doutrina de uma ressurreição corpórea é claramente ensinada no AT, particularmente em Jó (Jó 14.13-1519.23-27), nos Salmos (Sl 16.9-1149.14ss.), Isaías (Is 26.19) e Daniel (Dn 12.2). A existência consciente da alma entre a morte e a ressurreição também é claramente afirmada. O fato de ser falado mais da condição dos ímpios do que dos justos no estado intermediário não diminui o fato dos mortos permanecerem conscientes, mesmo estando os seus corpos na sepultura (Is 14.9-20Ez 32.17-32).

O texto em Jó (Jó 14.14,15a) traz uma pergunta: “Morrendo o homem, porventura, tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te responderia...” No cap. 19, ele toca neste assunto novamente. Jó sabe que seu Redentor vive e que se levantará sobre a terra nos dias futuros, e ele tem a certeza de que, mesmo que os vermes destruam o seu corpo na sepultura, “em” sua carne e com seus próprios olhos verá a DEUS naquele grande dia (Jó 19.25-27). Alguns preferem a tradução “de minha carne” ao invés de “em minha carne”, baseando-se no termo heb. mibbesari (min, “de”; basar, “carne”; veja BDB. min, “o lugar do qual”, p. 579a). Tanto a LXX como Jerônimo apoiam a opinião de que Jó está se referindo à sua futura ressurreição.

Salmo 16.9-11 traz a promessa: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção". Aquilo que Pedro mostra em seu sermão no Pentecostes se aplica ao Davi Maior, CRISTO (At 2.25-31). Esta é a menção mais importante da ressurreição nos Salmos, embora ela seja citada ao menos no Salmo 49.14ss. Em Daniel 12.2, há uma profecia muito importante sobre a ressurreição. Uma tradução literal do heb. seria: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno”, e é justificada pelas palavras heb. rabbim miyyshere (veja JFB, que baseia tal tradução nos dados de Tregelles). A tradução “uns... e outros" é uma tradução melhor ao heb. ,elleh...relleh do que a expressão “alguns... alguns” da versão KJV em inglês. Esta passagem é muito importante, uma vez que, traduzida literalmente, ensina duas ressurreições; uma dos justos e uma segunda, dos ímpios, como encontramos em Apocalipse 20.4-6 (cf. Jo 5.28,29).

O profeta Zacarias prediz O cerco final de Jerusalém juntamente com o arrependimento de Israel na segunda vinda do Senhor, e escreve: “Virá o Senhor, meu DEUS, e todos os santos contigo”, mostrando que os crentes que morreram estão com o Senhor e voltarão para reinar com Ele na terra (Zc 14.5; cf. Ap 5.10). Alguns têm criticado o AT por sua falta de informação sobre a imortalidade da alma, e têm sugerido que mesmo o que é mencionado apareceu apenas bem tarde. Todas estas críticas são injustificadas. O NT também não entra em detalhes quanto ao estado da alma imediatamente após a morte, isto é, o estado intermediário. Tanto no AT como no NT, DEUS concentrou sua revelação na ressurreição e nas bênçãos do reino.

É difícil provar que a ideia da imortalidade aparece apenas mais tarde no AT. Muitos consideram Jó um livro muito antigo, e este livro é muito claro tanto sobre a imortalidade como sobre a ressurreição do corpo. Seja como for, os patriarcas criam em uma vida futura. Enoque nem sequer morreu, mas foi estar diretamente com DEUS (Gn 5.24Hb 11.5). Abraão “esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é DEUS” (Hb 11.10). Todos os santos do AT aguardavam ansiosamente pelo reino (Hb 11.13-16; cf. Lc 13.28,29) desde os dias da aliança com Abraão, não só para os seus descendentes distantes mas também para si mesmos.

Ressurreição no NT. No NT, o termo gr. anastasis refere-se à ressurreição do corpo morto à vida. Somente em Lucas 2.34 a palavra é traduzida de outra forma, e mesmo ali o termo ressurreição pode ser a tradução correta. Isto não tem de ser um ajuntamento de parte por parte ou a restituição do antigo corpo de carne, uma vez que o corpo da ressurreição é um corpo com qualidades completamente diferentes do antigo corpo, mas significa a constituição de um corpo como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.21), e apropriado para o estado eterno da alma.

O NT claramente ensina uma ordem ou série na ressurreição. Paulo revela em 1 Coríntios 15.20-24 que deve ser “cada um por sua ordem. CRISTO, as primícias; depois, os que são de CRISTO, na sua vinda. Depois, virá o fim”. Isto concorda com o que o próprio Senhor JESUS CRISTO havia dito em João 5.28ss.: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”. Daniel, como já visto, indica duas ressurreições, e Apocalipse 20.4-6 fala de uma primeira ressurreição dos santos como distinta de uma segunda, a dos “outros mortos” ou a do “restante” dos mortos, os perdidos, e diz que a segunda está separada da primeira por mil anos. Em 1 Tessalonicenses 4.16,17 são apenas os mortos em CRISTO que são ressuscitados em sua vinda, e estes são imediatamente levados, arrebatados, ao céu (cf. a advertência de CRISTO para estarmos prontos para o arrebatamento em Mateus 24.40-44Marcos 13.28,29Lucas 21.29-31).

O corpo da ressurreição. É revelado que o crente será como o seu Senhor (Fp 3.211 Jo 3.2), tendo um corpo tangível “como o seu corpo glorioso”. A identidade será retida entre o corpo mortal e o novo corpo da ressurreição, embora este não necessite de uma reconstituição dos mesmos átomos. Mesmo nesta vida, as matérias do corpo mudam constantemente. Elas são inteiramente substituídas de um modo progressivo dentro de um período de alguns anos.

O Senhor JESUS CRISTO ressuscitou no corpo tio qual havia sofrido, deixando um túmulo vazio. Seu novo corpo tinha “carne e ossos”, mas embora Ele tenha sido absolutamente reconhecido, suas qualidades estavam gloriosamente mudadas. O novo corpo do crente não deverá ter “carne e sangue”, pois esta é a natureza de seu corpo mortal. Ele será como os anjos que não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.29,30). Este novo corpo é descrito em 1 Coríntios 15.35-50.

Implicações espirituais e morais. O homem é uma criatura composta por uma parte material (o corpo) e uma parte espiritual (a alma e o espírito). Ele faz parte de uma raça. Por ser assim, ele pode conhecer a supremacia do primeiro Adão na qual ele caiu e se perdeu, e pode participar dos benefícios da supremacia do último Adão, JESUS CRISTO, e ser salvo. “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO” (1 Co 15,22). CRISTO não redimiu somente a alma, mas também o corpo, como ficou provado na ressurreição de seu próprio corpo.

O corpo do crente é o Templo do ESPÍRITO SANTO e deve ser mantido puro (1 Co 6.19,20). Ele será finalmente transformado de uma forma miraculosa para se adaptar às necessidades eternas dos filhos de DEUS. Por causa da importante função do corpo, não se deve desprezá-lo nem o destruir através de uma vida devassa.


2.    Da morte para a vida     -     A resposta de Jesus a Marta quando ela declarou sua crença de que haverá ressurreição “no último Dia” (v. 24) referia-se a algo que vai além da vida presente. Entretanto, Jesus fala de algo que transcende a percepção humana e distingue a vida natural da vida eterna. Quando Ele diz: “ainda que esteja morto, viverá” (v. 25) transmite a ideia de que o crente, mesmo que venha a morrer fisicamente, um dia, ele res suscitará. A morte para o crente perde a força porque não será capaz de impedir que o crente tenha a vida eterna.

 Há pelo menos três tipos de ressurreição na Bíblia:

 • A ressurreição nacional. Tem um caráter político e mate rial que se refere, especialmente, à restauração e renovação do povo de Israel (Dt 4.23-28; Lv 26.14,15,31 -35; Ez 11.17; 36.24; 37.21). Todas essas referências correspondem à restauração política, econômica, moral e religiosa de Israel.  

 • A ressurreição espiritual. É o renascimento do espírito tanto em relação a Israel como à igreja de Cristo Jesus na Terra (Ef 2.11; Rm 6.4; 2 Co 5.17). 

 • A ressurreição física . Precisamos distinguir esse tipo sob dois ângulos: o temporal e o escatológico. O escatológico diz respeito ao futuro e aos mortos que partiram em Cristo. Além disso, essa ressurreição dar-se-á no arrebatamento da igreja e a ressurreição dos ímpios no Juízo final (1 Co 15.52; 1 Ts 4.13-17).


3.    Uma viva esperança    -    Jesus comoveu-se e chorou junto com as irmãs de Lázaro e todos os amigos que choravam a perda física de Lázaro Jo 11.35). Ele pediu que o levassem até o túmulo cavado na rocha onde jazia Lázaro há exatos quatro dias Jo 11.39). Chegando junto ao túmulo, o corpo de Lázaro já havia começado a decompor-se e cheirava mal. Jesus então disse a Marta: “Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” (v. 40). Logo em seguida, Jesus pediu que tirassem a pedra da entrada do túmulo e, retirada a pedra da entrada, ordenou com voz alta e com grande autoridade e poder para que entrasse a vida no corpo de Lázaro e ele saísse do túmulo.

 Como defunto, Lázaro estava envolto em lençóis com um lenço sobre o seu rosto. Mas quando o Filho de Deus ordenou a nova força vital, Lázaro saiu andando com passos curtos porque estava totalmente envolvido pelos lençóis dentro do túmulo. De um modo glorioso o seu corpo se recompôs e creio que o cheiro da morte, também, deve ter desaparecido. O milagre desafiou a incredulidade dos seus inimigos porque a glória de Deus não se restringe a milagres físicos, mas se manifesta no milagre da salvação que Jesus opera no pecador.

 “A glória de Deus não se restringe a fatos isolados, mas na ressurreição dos mortos em Cristo, a glória de Deus será manifestada. ”





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - E o Verbo se fez Carne, Pr. Elienai Cabral -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD

Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman - CPAD


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