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Pb. Junio - Congregação Boa Vista II |
TEXTO ÁUREO
"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo." (Mt 28.19)
VERDADE PRÁTICA
Desde a eternidade Deus é Pai, Filho e Espírito Santo e essa verdade está em toda a Bíblia.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mateus 3. 15-17; 28. 19, 20
INTRODUÇÃO
Os teólogos da Torre de Vigia, com a frase “De fato, a palavra ‘Trindade’ nem aparece na Bíblia” revelam uma ignorância abissal ou têm consciência do que estão fazendo na tentativa de persuadir seus leitores com uma doutrina estranha às Escrituras. Isso porque é necessário distinguir entre a doutrina da Trindade e a Trindade em si mesma, como bem esclareceu Robert Letham. Desde a eternidade Deus é Pai, Filho e Espírito Santo e essa verdade está em toda a Bíblia. Mas, a igreja precisou recorrer a conceitos mais elaborados para responder às idéias equivocadas “numa linguagem mais extensa para expressar a realidade que Deus revelara”, acrescenta Letham. O que a tradição cristã acredita e ensina tem fundamentação bíblica. O pensamento trinitário que apresentamos permeia a Bíblia inteira. Essa base bíblica vem sendo mostrada pelos teólogos cristãos desde o período patrístico. No entanto, o que os líderes das testemunhas de Jeová fazem nada mais é do que pinçar as Escrituras aqui e acolá e buscar em diversas traduções da Bíblia palavras que pareçam favorecer suas crenças e práticas, sem considerar a exegese e sem priorizar as línguas originais das Escrituras Sagradas. Sua teologia é uma colcha de retalhos, inconsistente e tão frágil que nenhuma testemunha de Jeová tem a liberdade de examinar qualquer literatura cristã fora das publicações da sua religião. Respondendo ao questionamento da Torre de Vigia de que a palavra “Trindade nem aparece na Bíblia” não é a Trindade, mas sua formulação teológica sim e será analisada mais adiante.
I. COMO A BÍBLIA APRESENTA A SANTÍSSIMA TRINDADE
1. A Trindade e o monoteísmo judaico-cristão - Tal pensamento de ideia abstrata ou de intensidade pode ter lógica, se considerado isoladamente, pois os relatos na própria Escritura dos judeus parecem não oferecer consistência para essa interpretação. Isso é manifesto mais adiante na própria narrativa do Gênesis: “Disse também Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26). O que 0 texto sagrado revela é: Javé distinto de Javé, pois com quem Javé falava na criação de Adão? “Então o Senhor Deus disse: — Eis que 0 homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal” (Gn 3.22). Com quem falava quando disse que 0 homem havia se tornado como Deus, conhecendo 0 bem e o mal? “E 0 Senhor disse: — Eis que o povo é um, e todos têm a mesma língua. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo o que planejam fazer. Venham, vamos descer e confundir a língua que eles falam, para que um não entenda 0 que 0 outro está dizendo” (Gn 11.6,7). Quem são os participantes desse diálogo? A Bíblia, a começar pelo Antigo Testamento, mostra que existe um relacionamento intratrinitariano desde a eternidade passada que os teólogos posteriores chamaram de “pericoresis”.
A pericorese é a união íntima intratrinitariana entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, é a habitação das Pessoas da Trindade uma na outra. João Damasceno escreveu:
Existe uma permanência e uma habitação de umas hipóstases em outras, porque as hipóstases divinas são contínuas e indivisíveis umas das outras, e têm uma compenetração sem confusão de umas em outras: não contraídas nem confundidas, senão como quem se contém umas às outras. Com efeito, o Filho está no Pai e no Espírito, e o Espírito, no Pai e no Filho, e o Pai, no Filho e no Espírito, não produzindo nenhuma fusão, nem mescla, nem confusão (Exposición de lafe, livro 1.8).
DEUS é uma trindade de pessoas: o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO. O Pai não é a mesma pessoa que o Filho; o Filho não é a mesma pessoa que o ESPÍRITO SANTO e o ESPÍRITO SANTO não é a mesma pessoa que o Pai. Eles são pessoas distintas; ainda assim, são todos o mesmo único DEUS. Eles estão em perfeita harmonia consistindo de uma única substância. Eles são co-eternos, co-iguais e co-poderosos. Se qualquer deles fosse retirado, então não haveria DEUS. (Veja também, “Mais a Respeito da Trindade”)
Existe, aparentemente, uma separação de algumas funções entre os membros da divindade. Por exemplo: o Pai escolhe quem será salvo (Ef 1:4); o Filho os redime (Ef 1:7); e o ESPÍRITO SANTO os sela (Ef 1:13).Um ponto que é necessário esclarecer é que DEUS não é uma pessoa, o Pai, com JESUS sendo uma criação e o ESPÍRITO SANTO uma força de DEUS (Testemunhas de Jeová). Nem é uma pessoa que adquiriu três formas consecutivas, isto é, o Pai tornou-se o Filho que, depois, tornou-se o ESPÍRITO SANTO (Unicistas). Nem é a Trindade uma associação de três deuses separados (Mormonismo).
O quadro a seguir ajudará você a ver como a doutrina da Trindade originou-se das Escrituras.
A lista não é exaustiva, somente ilustrativa. O primeiro passo é estabelecer quantos deuses existem: UM! (Is 43:10; Is 44:6; Is 45:14,18,21,22; Is 46:5,9).
“Eu sou o SENHOR e fora de mim não há DEUS” (Is 45:5).
2. Evidência no Antigo Testamento - E importante prestar melhor atenção naquelas passagens conhecidas dos crentes, que são mais familiares à igreja. “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de justiça é 0 cetro do teu reino. 0 Senhor, ó rei, ama a justiça e odeia a iniquidade; por isso, Deus, 0 seu Deus, 0 ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos seus companheiros” (SI 45.6,7). Que história é essa de o Deus do versículo 7 estar ungindo o Deus do versículo 6? Isso não pode fazer sentido numa estrutura monoteísta sem a encarnação do Verbo, em Hebreus 1.8 ficamos sabendo que se trata do Filho. Veja ainda: “Disse o Senhor ao meu Senhor: ‘Sente-se à minha direita, até que eu ponha os seus inimigos por estrado dos seus pés’” (SI 110.1).30 Essa passagem é o próprio Deus conversando com Deus, Javé em diálogo com Adonai.
Isaías 6.3 diz que: “a terra está cheia da glória de Javé dos Exércitos”, entretanto, o Novo Testamento diz que esse Javé é Jesus. Compare Isaías 6.3,10 com João 12.40,41. O texto do v. 40 é uma citação de Isaías 6.10, e 0 v. 41, de Isaías 6.3. Assim, a Bíblia ensina que Jesus é o Deus-Javé dos Exércitos. O versículo 3 diz que: “a terra está cheia da glória de Javé dos Exércitos”, mas o Novo Testamento revela que esse Javé dos Exércitos é o próprio Cristo: “Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: ‘Cegou os olhos deles e endureceu-lhes 0 coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados. Isaías disse isso porque viu a glória dele e falou a respeito dele” (Jo 12.39-41). Então, a terra está cheia da glória do Filho. Mas, a palavra profética não se restringe somente a Cristo, o Espírito Santo é identificado também com o Javé de Isaías 6.8-10. Isaías ouviu a voz de Javé (v. 8), no entanto, 0 apóstolo Paulo afirma que foi o Espírito Santo quem falou (At 28.25-27). Do mesmo modo como o Filho, o Espírito Santo também é identificado com o mesmo Deus Javé de Israel, assim, essa visão de Isaías é uma revelação, ainda que embrionária da Trindade.
A passagem de Isaías 63.8-14 ajuda na compreensão da pluralidade na unidade divina no relato da criação. Foi Javé que se tornou Salvador de Israel (v. 8), mas, em seguida, 0 profeta afirma que 0 “Anjo da sua presença os salvou... e os remiu” (v. 9). Essa construção hebraica é expressão única, não existe outro exemplo no Antigo Testamento. Afirmar que esse Anjo “é a imagem do Deus invisível” (Cl 1.15) e “o resplendor da sua glória e a imagem expressa da sua substancia (Hb 1.3) é uma realidade praticamente incontestável pelos teólogos, até porque está em perfeita harmonia como a obra desse Anjo na história de Israel (Êx 3.4-6; Jz 13.21,22). Mas, não é só isso, esse Anjo é identificado com o próprio Javé nesse próprio contexto, em que, tanto Javé como 0 Anjo de sua face são identificados como o mesmo Deus (w. 8, 9). Essa revelação não é única no Antigo Testamento (Gn 16.7-13; Nm 20.16). Ao longo de sua história, os israelitas se rebelaram contra Deus “contristaram o seu Santo Espírito” (v. 10). O Espírito Santo esteve no meio do povo de Israel (v. 11). O Espírito Santo reaparece mais duas vezes nessa seção: “Onde está o que pôs nele o seu Espírito Santo?” (v. 11); “Como o gado que desce aos vales para repousar, 0 Espirito do SENHOR, lhes deu descanso.” Assim, guiaste o teu povo, para adquirires um nome glorioso” (v. 14). Então, está claro que foi o Espírito de Javé que trouxe o povo para o seu descanso; Isaías descreve em linguagem poética e metafórica que o Espírito Santo deu descanso aos Israelitas em Canaã e, ao mesmo tempo, a palavra profética diz que Javé guiou o seu povo (Is 63.10,11,14).
3. Revelada no Novo Testamento - O Novo Testamento não contradiz o Antigo, mas torna explícito o que dantes estava implícito, pois a unidade de Deus não é absoluta. Deus não é uma mônada estéril, de modo que as Escrituras Sagradas dos judeus revelam a unidade na Trindade, ao passo que o texto sagrado da Nova Aliança revela a Trindade na unidade. A doutrina da Trindade não neutraliza e nem contradiz a doutrina da Unidade e nem a doutrina da Unidade anula a Trindade. A Trindade bíblica pregada pelos cristãos consiste em um só Deus em três Pessoas, não três deuses, que seria uma tríade e não uma trindade.
Mateus 28.19. O Deus da Bíblia é uno e trino, subsiste eternamente em três pessoas distintas e essa verdade pode ser vista na fórmula batismal: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Essa é a passagem bíblica mais contundente em favor da Trindade porque menciona um único nome e três pessoas. Nela está 0 conceito trinitário muito claro e vivido. Trata-se de um resumo da realidade divina ensinada por Jesus durante o seu ministério acerca de si mesmo e do Pai (Mt 11.27) e do Espírito Santo (Mt 12.28).
2 Coríntios 13.13. “A graça do Senhor Jesus Cristo, e 0 amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vocês”. A Trindade, em Mateus 28.19, começa com 0 Pai, em 1 Coríntios 12.4-6, com o Espírito Santo, e em 2 Coríntios 13.13, com 0 Filho. É a mais bela bênção das epístolas paulinas e mostra a função abençoadora de cada uma dessas três Pessoas. Ela é conhecida como “bênção apostólica”, bem que poderia também ser chamada de “bênção trinitária”. Há nessa passagem um certo paralelismo com a bênção sacerdotal (Nm 6.24-26). A graça, o amor e a comunhão são propriedades de pessoas e não de energia, força ativa ou de qualquer coisa impessoal. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo na concepção paulina.
1 Pedro 1.2 . “Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo”. A salvação é obra do Deus trino, o Pai idealizou a salvação, o Filho a realizou e o Espírito Santo a consumou. O Pai é responsável pela eleição, segundo a sua presciência; a redenção realizada no Calvário pela “aspersão do sangue de Jesus”, o Filho; e a santificação dos salvos é obra do Espírito Santo. Há ainda várias passagens tripartidas no Novo Testamento que revelam a Trindade.37 Além das declarações bíblicas apresentadas aqui, há outras evidências contundentes que fundamentam essa doutrina. Cada uma dessas Pessoas é chamada, individualmente, de Deus e Senhor.
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II. AS HERESIAS CONTRA A DOUTRINA DA TRINDADE
1. O Unicismo - O monarquianismo foi 0 movimento que surgiu depois da metade do segundo século em torno do monoteísmo cristão. Os monarquianistas se dividiam em dois grupos: os dinâmicos, que ensinavam ser Cristo Filho de Deus, mas por adoção; e os modalistas, que ensinavam ser Cristo apenas uma forma temporária da manifestação do único Deus. Tertuliano, que polemizou com eles, os chamou de monarquianistas (Contra Práxeas, II), do grego monarchia, “governo exercido por um único soberano”. Eram os opositores da doutrina do Logos, os alogoi, aqueles que rejeitavam o Evangelho de João. O tema sobre o monarquianismo dinâmico será retomado no capítulo seguinte. Os monarquianistas modalistas não negavam a divindade do Filho nem a do Espírito Santo, mas sim, a distinção destas Pessoas, o que é, diametralmente, oposto aos ensinos do Novo Testamento, visto que este ensina a unidade composta de Deus em três Pessoas distintas. Esses modalistas pregavam a unidade absoluta de Deus. Seus principais representantes foram Noeto, Práxeas e Sabélio.
Noeto era natural de Esmirna, segundo Hipólito de Roma, ele ensinava que “Cristo era o próprio Pai, e o próprio Pai nasceu, sofreu e morreu” (Homília Sobre a Heresia de Noeto, 1). Cipriano (200-258), bispo de Cartago, chamou a heresia de Noeto de “patripassionismo” (Epístolas, 72.4), do latim pater, “pai”, e passus, de patrior, “sofrer”. Práxeas foi discípulo de Noeto e o seu principal opositor foi Tertuliano em Contra Práxeas. Tertuliano disse que “Práxeas fez duas obras do demônio em Roma: expulsou a profecia e introduziu a heresia; fez voar 0 Paracleto e crucificou o Pai” (Contra Práxeas, I).
Há quatro pontos fundamentais em que os unicistas modernos diferem dos evangélicos, os quais foram defendidos pelos sabelianistas da antiguidade, a saber: a natureza de Deus, a natureza de Cristo, a fórmula batismal e 0 significado do batismo. Tudo isso é contrário à ortodoxia cristã universal e, em particular, à nossa doutrina. Os unicistas defendem o monoteísmo, mas negam a doutrina da Trindade. Eles ensinam que Deus e Jesus, ao passo que a doutrina trinitária ensina que Jesus e Deus. Isso não e apenas um jogo de palavras, mas indica que o Deus deles não é o mesmo revelado nas Escrituras, é outra divindade. Todos esses grupos pregam que o Pai, o Filho e Espírito Santo são uma só Pessoa, e não três Pessoas em uma só divindade. Todos esses grupos religiosos heterodoxos pinçam a Bíblia aqui e acolá em busca de subsídios para consubstanciar suas crenças peculiares, e, assim, poderem dar às suas doutrinas uma roupagem bíblica.
Os unicistas de hoje e da antiguidade citam algumas passagens bíblicas que eles julgam favorecer sua doutrina como Isaías 9.6; João 10.30; 14.8,9,18. A expressão “Pai da eternidade” (Is 9.6) não está afirmando que 0 Filho seja o Deus Pai, mas Pai da eternidade. O título de “Pai” se diferencia dos demais títulos e funções de Deus porque nunca se aplica a Jesus nem ao Espírito Santo. Há uma vasta lista de atributos, títulos, funções e obras do Deus Pai presentes no Filho e no Espírito Santo, mas o título de Pai é exclusivo ao Pai.
O bispo Sabélio costumava citar essa palavra profética de Isaías para fundamentar a crença unicista de que Pai é Filho e Filho é Pai. Mas, o que a Bíblia ensina nesse versículo é 0 Messias, como rei, “O governo está sobre os seus ombros”, Ele é pai do seu povo: “Ele será como um pai para os moradores de Jerusalém e para a casa de Judá” (Is 22.21), e não o Deus-Pai. O Filho é Deus igual ao Pai (Jo 5.17,18; 10.30), mas não é o Pai, senão “o Filho do Pai” (2 Jo 3).
2. A verdade bíblica - O nosso Cremos, publicado em cada edição do jornal Mensageiro da Paz, órgão oficial da Convenção Geral das Assembléias de DEUS do Brasil — CGADB, diz no primeiro artigo de fé: "Cremos em um só DEUS, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO" Dt 6.4; Mt 28.19; Marc 12.29. E mais adiante afirma o nosso Cremos: "No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO, conforme determinou o Senhor JESUS CRISTO" (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12).
Cada uma das Pessoas da Santíssima Trindade é DEUS pleno, em toda sua plenitude, não se trata de uma parte de DEUS. As três Pessoas são da mesma natureza, essência, substância, pois são um só DEUS. O fato de o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO serem um só e mesmo DEUS, não significa que os membros da Trindade sejam uma só Pessoa. A Trindade, portanto, como já vimos à luz da Bíblia, é a união de três Pessoas distintas em uma só Divindade, e não em uma só Pessoa, pois a unidade de DEUS é composta e não absoluta. Isso não é triteísmo, está enfatizando a existência de um só DEUS em três Pessoas. Veja o capítulo 4.O Credo Atanasiano, no seu quarto artigo de fé, afirma: "Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância". Os unicistas confundem as Pessoas mutilando a personalidade do Pai e do Filho, com a doutrina das "manifestações", que é uma maneira camuflada de negar JESUS como o Filho de DEUS. A Bíblia diz que negar o Pai e o Filho traz a condenação: "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que JESUS é o CRISTO? E o anti-cristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai" (1 Jo 2.22, 23).
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III. UNICISMO: UMA HERESIA ANTIGA NA ATUALIDADE
1. O problema - Há quem afirme que se trata de uma questão meramente secundária, isso de ambas as partes. Nos Estados Unidos os unicistas são numerosos no sul, Texas, Oklahoma e sudoeste da Califórnia. Tanto lá como aqui, os unicistas são agressivos e não hesitam em chamar os evangélicos de diabólicos. No Brasil eles são muito pouco em relação aos Estados Unidos. Lá, os mais moderados diziam que Myer Pearlmann podia estar com o coração bem com DEUS, mas que a cabeça estava cheia de confusão.
Do nosso lado, há os que acham que esse problema não é grave, dizendo que o ESPÍRITO SANTO não está preocupado com sistema teológico, com o trinitarianismo e nem com o unicismo. Discordamos dessa posição, pois é o mesmo que dizer que o ESPÍRITO SANTO não está preo- cupado com a verdade. A Bíblia chama o ESPÍRITO SANTO de "ESPÍRITO da verdade" (Jo 14.16,17; 15.26) e "o ESPÍRITO é a verdade"(l Jo 5.6). Os dois sistemas teológicos, unicismo e trinitarianismo, são excludentes. Não é possível conciliar os dois. Um desses sistemas não é verdadeiro.
Não é difícil entender porque tal doutrina implica na salvação do homem. Uma cristologia errônea implica numa salvação errônea. Quem adora um DEUS errado está seguindo um JESUS errado e vai parar num céu errado. JESUS disse do alto da cruz: "Pai, nas tuas mão entrego o meu espírito" (Lc 24.46).
Para quem JESUS ofereceu o sacrifício de nossa redenção? A Bíblia diz que pecamos contra DEUS e que estávamos em inimizade com ele. JESUS é apresentado como o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo. Veja Romanos 3.23; 5.9; João 1.29.JESUS é o nosso advogado e a propiciação de nossos pecados. Isso mostra que o advogado não pode ser ao mesmo tempo juiz. O advogado defende o réu diante do juiz. O unicismo toma a doutrina da redenção, como diz Stanley M. Horton, numa "charada teológica". Veja 1 João 2.1,2.
2. Uma reflexão bíblica - O que dizer de pessoas convertidas por meio do ministério de músicas unicistas? O poder é da Palavra, e não do tal movimento, ela é a semente, mesmo sendo semeada por mãos enfermas e infeccionadas, a semente vai germinar. Jesus falou sobre isso no Sermão do Monte (Mt 7.21-23). Convém lembrar que ninguém está autorizado a fundar doutrinas sobre experiências humanas. As emoções caíram com a natureza humana no Éden (Jr 17.9), não servem como instrumento aferidor da doutrina. Mesmo que as experiências sejam milagrosas, a Bíblia diz que Satanás se transfigura em anjo de luz (2 Co 11.13-15) e oferece, portanto, experiências espirituais falsas. Jesus disse que os falsos profetas são reconhecidos pelos frutos e não pelos milagres e maravilhas. A Bíblia é a única fonte de doutrina e não as nossas emoções. Portanto, dizer que se sente bem ao escutar certa música não garante que sua teologia é bíblica.
3. A posição oficial - O unicismo é condenado na Bíblia, considerado heresia pelas igrejas desde a sua origem e rejeitado pelos principais ramos do cristianismo e pela Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil (III.2). A nossa Convenção, a CGADB, divulgou um manifesto contra 0 unicismo e o uso de suas músicas em nossas igrejas. A maioria de nossa liderança tem se posicionado contra essa heresia. A importância dessa decisão é para evitar que se adore a outro Jesus, um Jesus falso, diferente do revelado no Novo Testamento (2 Co 11.4). O Deus que é louvado nessas músicas não é trino e uno, e isso seus mestres declaram abertamente aos quatro ventos. Mas, é importante destacar que não somos contra os unicistas, mas contra 0 unicismo. Devemos manter contato respeitoso no nosso dia a dia com essas pessoas, embora discordando de suas crenças, de maneira educada. Isso vale para cultores de crenças inadequadas, mas não devemos compartilhar de suas crenças (2 Jo 10,11). A doutrina de Deus é 0 primeiro de todos os mandamentos, é uma questão de vida ou morte, não é, portanto, mensagem alternativa. Salta à vista de qualquer leitor da Bíblia a pluralidade na divindade. O ensino do Senhor Jesus e de seus apóstolos expressava a fé em um só Deus, mas, ao mesmo tempo, eles ensinavam a deidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. De modo que podemos afirmar com embasamento bíblico que o Jesus de suas músicas não é 0 mesmo que nós servimos, mas outro Jesus.
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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.
Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.
Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.
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BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de apoio, Em defesa da Fé Cristã, Esequias Soares - Ed. CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe
Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.
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