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sexta-feira, 3 de maio de 2024

LIÇÃO 06 - AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 

 


                        TEXTO ÁUREO 

"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas." (2Co 10.4)


                    VERDADE PRÁTICA  

Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum.



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: LC 4.1-4, 16-20



                            INTRODUÇÃO 

As armas espirituais são os recursos que Deus disponibiliza aos crentes para que eles possam enfrentar a realidade da batalha espiritual. Na luta espiritual o cristão deve usar armas espirituais, ou seja, não adianta o crente tentar usar suas próprias forças no campo de batalha espiritual.  Esse assunto é tão sério que o apóstolo Paulo dedicou a parte final de sua Carta aos Efésios para falar justamente sobre a batalha espiritual e as armas espirituais que o crente deve usar (Efésios 6). Nesse sentido, o apóstolo ilustrou o conflito do cristão com Satanás usando a linguagem militar. Dessa forma ele enfatizou que o cristão verdadeiro deve entender que sua nova vida com Cristo também o colocou num verdadeiro campo de batalha.

Deus é maravilhoso, Ele sabe das adversidades, lutas e desafios que iremos encontrar na nossa trajetória para o Céu enquanto seguimos na jornada, por isso, coloca ao nosso dispor as armas que nos auxiliarão durante a caminhada de fé para a Sião celestial. Com essas armas da fé, o cristão poderá seguir adiante, enfrentando sem temor as tentações e resistindo às artimanhas do nosso Inimigo. 



                    I.   AS ARMAS DO CRENTE

1.   As armas    -   O armamento para a batalha espiritual não é físico ou militar. Paulo diz que as armas dos que fazem parte do exército de Cristo para o combate são espirituais (2 Co 10.4). Ao falar de armas espirituais, logo se conclui que a batalha é de outra natureza, que o inimigo é outro, descartando qualquer ideia de se fazer guerra em nome de Jesus ou do evangelho para fins humanos. Está claro que o inimigo a ser vencido é Satanás e seus demônios (Ef 6.12). Descartando o arsenal deste mundo, o cristão se vale da armadura espiritual, que pode ser encontrada em diversas passagens das Escrituras. A primeira que podemos mencionar é a Palavra de Deus, conhecida como espada do Espírito (Ef 6.17). Com ela se vencem as mentiras, os enganos, se conhece a vontade de Deus e promove santidade (Jo 17.17). Outra arma poderosa é a oração, visto que por meio dela se mantém contato com Deus, firma-se a comunhão (Ef 6.18). É pertinente lembrar que, pela leitura que se faz de Efésios 6.13-17, tem-se um conjunto completo da armadura que o cristão precisa ter para enfrentar a batalha e ficar firme. Nesta lista consta o cinto da verdade, a couraça da justiça, as sandálias da preparação do evangelho da paz, o escudo da fé e o capacete da salvação. Neste capítulo, trataremos especificamente de três armas poderosas que nos ajudam na nossa jornada espiritual para o Céu: Palavra, oração e jejum.


2.    As estratégias do Inimigo   -     O nosso Inimigo, Satanás, é perigoso, sagaz. Por isso Paulo falou que não é bom ignorar seus desígnios, isto é, o seu propósito vil (2 Co 2.11), que pelo entendimento do apóstolo havia um propósito maligno para contaminar a fé dos irmãos e desfazer a boa ordem na Igreja.   E o motivo pelo qual o crente deve usar essas armas é muito claro: “para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Efésios 6:11).     A palavra “ciladas” nesse versículo traduz um termo grego que significa basicamente “esquemas”. Isso significa que Satanás é um estrategista que emprega métodos astutos e meticulosamente planejados para atacar o crente durante sua jornada na fé. Isso inclui tentações, enganos e mentiras, todo tipo de prática imoral etc. Seu objetivo é atrapalhar o servo de Deus e minar sua confiança.    Mas as armas espirituais disponibilizadas pelo Senhor são suficientes para manter os crentes firmes contra os ataques de Satanás. Essas armas são armas de resistência, são armas que sustentam o crente durante toda sua vida cristã.     Podemos descrever oito estratégias do Inimigo que procura destruir o povo de Deus e impedir sua marcha para o Céu. A primeira estratégia dele é fazer uso da mentira e do engano. A segunda estratégia dele é a tentação. A terceira estratégia que esse adversário usa para enfraquecer o povo de Deus, criando sentimento de culpa nos crentes, fazendo-os sentir-se não perdoados é a acusação (Ap 12.10).   A quarta arma dele é distorcer as verdades divinas.   A quinta estratégia de Satanás é provocar nos cristãos desânimo e fraqueza.   temos a sexta, na qual ele se vale de cientistas, filósofos e sistemas mundanos para se levantar contra a Igreja.   A sétima estratégia do Maligno é encher o coração e a mente das pessoas de egocentrismo.


3.   O chefe de toda força do mal   -   Já descrevemos em um capítulo sobre a personalidade de Satanás, porém, bíblica e teologicamente sabemos que ele é o chefe de toda força do mal. Seus títulos e nomes expressam de fato quem ele é, um ser totalmente maligno que se opõe aos projetos de Deus e do seu povo. Esse chefe maligno é descrito em algumas partes da Bíblia como aquele que se opõe a Deus, buscando estragar a obra realizada por Cristo na vida das pessoas, isto é, a salvação (At 13.10). É tentador, trabalha constantemente para fazer as pessoas se afastarem de Deus, serem desobedientes, viverem totalmente desviadas. Não deseja que as pessoas tenham uma vida marcada pela piedade, santidade, verdade, amor, perdão e compaixão. Mesmo sendo o chefe de todo mal, jamais ele é páreo para Cristo e seus servos, que desenvolvem uma vida de comunhão perfeita com o Pai. João mostra que Jesus veio para desfazer as obras do Diabo (1 Jo 3.8). Assim, todos quantos vivem em Cristo Jesus têm a vitória contra esse inimigo (Tg 4.7; Ef 6.10-18).

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                    II.   AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

1.  A Palavra de Deus   -  O Gládio era a espada utilizada pelas legiões romanas. Era uma espada curta, de dois gumes, de mais ou menos 60 cm, mais larga na extremidade. Era muito mais uma arma de perfuração do que de corte, ou seja, devia ser utilizada como um punhal, ou uma adaga, no combate corpo-a-corpo.

Por ser uma arma de fácil manejo possibilitava ao soldado maior êxito na batalha. Apensar de ser uma arma de porte médio era também usado como arma de defesa e não somente de ofensa. A palavra de Deus é a espada do crente. Ela é a arma que o Espírito usa em suas batalhas. A palavra de Deus pode ser usada tanto na defesa como na ofensa do inimigo. O conhecimento da Palavra de Deus é responsável por nos manter de pé diante do Senhor. Ele nos livra dos laços de Satanás. Jesus usou essa arma preciosa pra se defender do inimigo (Mt 4.1-8). E essa foi a causa de sua vitória sobre Satanás. Hoje muitas pessoas são atingidas pelas mentiras de Satanás, e acabam cedendo às mentiras do engano. Heresias são difundidas por toda parte e conseguem levarem cativos milhares de pessoas. Tudo isso só é possível porque falta o verdadeiro conhecimento da Palavra de Deus. A única maneira de nos mantermos firmes diante dos ataques sutis de Satanás é através do exercício constante das disciplinas da vida Cristã. Oração, jejum, estudo da Bíblia etc. O povo de Israel pereceu porque lhes faltou o verdadeiro conhecimento de Deus (Os 4.6). O mesmo acontece hoje na vida dos cristãos indisciplinados.


2.   A Oração    -   A oração é indispensável à vida cristã como o oxigênio é indispensável à vida de todo ser vivo.

A prática do diálogo com Deus remonta as próprias origens da humanidade (Gn 4.26). E pode ser evidenciada como prática comum da vida dos servos de Deus por todas as suas páginas.

O próprio Jesus nos deu inúmeros exemplos disso; essa prática na vida de Jesus é citada pelos quatro evangelistas e com ênfase maior no evangelho de Lucas (4.21; 5.16; 6.12; 9.18,28, 29; 11.1; 22.41).

Jesus afirmou que muitos demônios só podem ser expulsos por meio de oração e jejum (Mt 17.21).

As Escrituras nos exorta a vivermos sempre em oração e nunca esmorecer (Mt 7.7,8; Lc 18.1; Rm 12.12; Cl 4.2; 1 Ts 5.17).

Os crentes da igreja primitiva viviam sempre em oração (At 1.14; 3.1; 6.4; 16.13; 1 Co 7.5; 2 Co 9.14; Fl 4.6.

A oração é uma das armas contra o poder da tentação (Lc 22.40).

Paulo em Efésios 6.18 trata da oração como sendo algo distinto da súplica “orações e súplicas”.

Alguns tentam distingui-las da seguinte forma: oração é o diálogo entre Deus e o homem, um diálogo comum, normal, uma conversa pacífica, enquanto a súplica trata especificamente de petições feitas a Deus em tom mais agressivo. Isso é implorando insistentemente a graça e favor do Senhor.


3.   O Jejum    -    O jejum como arma espiritual do cristão é importantíssimo porque por meio dele se pode desenvolver uma busca por Deus de modo mais íntimo, profundo e reverente. A negação do alimento é uma forma de esquecer por um momento a comida física e concentrar-se mais e mais em Deus, priorizando sua vontade. Os que se dedicam à prática do jejum aliado à oração fazem isso de modo humilde, revelando arrependimento sincero e quebrantamento perante Deus. O cristão pode ainda mais receber fortalecimento para a sua vida de fé, porque quem se lança a essa prática faz isso na dependência e confiança no supremo poder de Deus, crendo que Ele supre todas as necessidades, quer físicas, quer espirituais. Além de buscar orientação para a solução ou decisão de algum caso ou situação importante, isto é, que envolve um assunto bem específico, o salvo em Cristo pode também jejuar em favor de outras pessoas, seja por libertação, seja por salvação. Nesse caso, desenvolve-se um ato de intercessão na mais profunda intimidade com Deus pelo bem de outra pessoa.     Um cristão sincero jejua em segredo, como foi ensinado por Cristo (Mt 6.6-18), faz isso com um coração quebrantado, puro e verdadeiro, sem qualquer ato de hipocrisia, mas aliado à oração e à meditação na Palavra, evidenciando um ardente desejo de ser impactado por Deus. O cristão que prioriza a Palavra, a oração e o jejum em seu viver diário na busca de sua comunhão com Deus, está bem preparado, capaz e apto para crescer cada vez mais na fé e resistir às artimanhas de seu opositor, Satanás, não cedendo jamais às tentações, mas permanecendo inabalável e priorizando a vontade de Deus.

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                        III.    JESUS CRISTO: O NOSSO MAIOR MODELO

1.  Vencendo o Diabo com a Palavra   -   Jesus é o nosso modelo maior, nosso exemplo de vida. O que Ele fez em sua vida humana para estreitar cada vez mais sua comunhão com Deus também devemos fazer.   Na tentação enviada por Satanás, o propósito era fazê-lo desviar da missão para a qual havia sido enviado. O Inimigo buscou confundi-lo questionando sua identidade de Filho de Deus, mas, a cada fala do Maligno, durante a tentação, Jesus respondia apenas firmado na Palavra. Fez isso primeiramente porque confiava nela e sabia que era ela mesma que testificava de sua pessoa (Jo 5.39; Lc 24.44). Por viver na Palavra e desenvolver uma vida santa neste mundo (Hb 4.15), Jesus passou a ser o nosso sacrifício perfeito, por meio de quem a vitória contra o pecado, a morte e Satanás se concretizaram gloriosamente.   Pedro nos diz que devemos resistir ao Diabo, desse modo ele fugirá de nós, o que pode ser feito por meio da Palavra.   


2.   Vivendo em oração   -    Em nossa última pastoral, falamos sobre a nossa necessidade de crescer em uma constância na oração. Evidentemente, tudo o que demanda crescimento e constância acaba exigindo de nós uma disciplina dedicada e uma boa dose de esforço. Isso se aplica a todas as áreas da nossa vida: seja o desejo de emagrecer ou de economizar; seja a rotina de exercícios físicos ou crescimento na vida profissional. E quando nós pensamos em nossa vida de oração precisamos considerar a disciplina e o esforço. Por conta disso, enfatizamos a necessidade da vida como igreja e de rotina diária de oração. Em outras palavras, precisamos conhecer os motivos pelos quais orar e também precisamos ter um horário para orar.
      Acontece que a disciplina da oração não envolve tão somente estes dois elementos – precisamos considerar o local onde iremos orar. Ainda que nós tenhamos o hábito de orar enquanto realizamos outras tarefas (dirigindo, fazendo o serviço doméstico, na pausa para o café – e não há nada de errado nisso), nós só vamos conseguir desenvolver um crescimento constante em nossa vida de oração se separarmos também um lugar pra isso! É o “quarto, de porta fechada” – ainda que seja na sacada da sua casa, ou na mesa da cozinha, ou no seu escritório. Ali, durante aquele momento (que já foi separado antes), será o seu quarto de oração – o lugar onde o Seu Pai, que vê em secreto, verá você e o seu desejo de estar na presença dEle.


3.   Vivendo em Jejum   -  O ensino de Jesus sobre o jejum está relatado no texto acima de Mateus 6:16-18. Embora Jesus não esteja mandando jejuar, suas palavras revelam que ele esperava de nós esta prática, pois Ele disse “quando jejuardes”. Ele nos instruiu até sobre a motivação correta que se deve ter ao jejuar. E quando disse que o Pai recompensaria a atitude correta do jejum, nos mostrou que tal prática produz resultados. O próprio Jesus praticou o jejum, e lemos em Atos que os líderes da Igreja também o faziam, os pais da Igreja continuaram observando essa prática. Era costume dos fariseus jejuarem dois dias por semana (Lucas 18:12 “Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo o que ganho.” Claramente Jesus não foi contra o jejum, mas disse que depois que Ele fosse “tirado” do convívio direto com os discípulos, eles haveriam de jejuar. Entretanto, Jesus condenou a motivação errada, pois as pessoas jejuavam para provar sua religiosidade e espiritualidade, e Jesus ensinou a fazê-lo em secreto, sem alarde.” Kenneth Hagin disse: “O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois de seu jejum. Mas, jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais suscetível ao Espírito de Deus”. O jejum deixará nosso espírito atento pois mortifica a carne e aflige nossa alma. O propósito primário do jejum é mortificar a carne, o que nos fará mais suscetíveis ao Espírito Santo. Quando Jesus disse aos discípulos que não puderam expulsar um demônio por falta de jejum (Mateus 17:21 “[Mas esse tipo de demônio só pode ser expulso por meio de oração e jejum.]”), ele não limitou o problema somente a isto mas falou sobre a falta de fé (Mateus 17:19,20 “Então os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: — Por que motivo nós não pudemos expulsá-lo? Jesus respondeu: — Por causa da pequenez da fé que vocês têm. Pois em verdade lhes digo que, se tiverem fé como um grão de mostarda, dirão a este monte: “Mude-se daqui para lá”, e ele se mudará. Nada lhes será impossível.”) como um fator decisivo no fracasso daquela tentativa de libertação. O jejum ajuda a liberar a fé! O jejum em si não me faz vencer, mas libera a fé para o combate e nos fortalece, fazendo-nos mais conscientes da autoridade que nos foi delegada.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de Apoio, A Carreira que  nos está proposta - Comentarista Pr. Osiel Gomes, Editora CPAD.

https://estiloadoracao.com/armas-espirituais/

https://www.institutoteologicoadonai.com/post/as-armas-espirituais-da-f%C3%A9

https://www.iptaruma.org.br/como-cultivar-uma-vida-poderosa-de-oracao-pt-02-rev-thiago-mattos/?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwltKxBhDMARIsAG8KnqVn_n3nJCQCy06hIOr1g1VSQpz8AVEdgPSUE-YXscDNenA21wbmiK8aAtFpEALw_wcB

https://www.nazareno.com.br/post/gc-i-estudo-25-guia-pr%C3%A1tico-da-vida-crist%C3%A3o-jejum-para-que-serve


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