![]() |
Pb. Junio - Congregação Boa Vista II |
TEXTO ÁUREO
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." (Rm 3.23)
VERDADE PRÁTICA
O pecado é um elemento real na vida de todas as pessoas desde o ventre materno.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gn 3. 1, 6, 7; Rm 5. 12-14
INTRODUÇÃO
Um dos mais profundos problemas da teologia e da filosofia é a existência e a ação do mal. Ao longo da História, o mal tem sido motivo de estudo, pesquisa e discussão, de modo especulativo, mas também de maneira séria. Haja vista o poder do mal impor-se de modo natural na experiência humana, a preocupação com a sua origem desafia a inteligência e aguça o interesse em descobri-lo na sua essência.
Neste campo da realidade universal do mal entra a História da raça humana através da primeira criatura: o homem. Este, por seu livre-arbítrio, cai na rede de engano do agente do mal, o Diabo, e pratica o pecado de rebelião contra o Criador.
O que é pecado? Como se manifesta? Como entrou no mundo? Essas perguntas têm deixado muitos pensadores perplexos.
As Escrituras afirmam que “o pecado é a transgressão da lei” (1 Jo 3.4 - ARA). A doutrina do pecado é chamada na teologia de hamartiologia, do grego, hamartia, “pecado”, e, íogos, “palavra, estudo, tratado”. Quando se afirma que o pecado corrompeu a natureza humana, estamos dizendo que a Bíblia fala de maneira clara e direta: “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Na teologia, isso se chama “depravação total”, que começou com a Queda no Éden (Gn 3.6-19), conhecido ainda como pecado original, mas ele já existia no Universo antes da criação de Adão.
I. A DOUTRINA BÍBLICA DO PECADO E SUA EXTENSÃO
1. O autor do pecado (Gn 3.1,2) - A primeira manifestação foi na esfera angelical. Os teólogos divergem quanto ao fato de que a primeira manifestação de pecado tenha começado no céu. Sendo DEUS o Criador de todas as coisas, não podemos atribuir a Ele a autoria do pecado. Toda a Bíblia rejeita essa ideia quando diz: “Longe de DEUS a impiedade, e do Todo-poderoso, a perversidade” (Jó 34.10).
Em outra passagem está escrito que não há injustiça nEle (Dt 32.4; SI 92.15). Tiago, no Novo Testamento, disse que o Senhor não pode ser tentado pelo mal (Tg I.13). Por isso, é blasfêmia considerar DEUS como autor do pecado. Ora, duas passagens bíblicas que melhor ilustram a origem do pecado no Céu são metafóricas (Is 14.12-14; Ez 28.12-17); daí a dificuldade na compreensão desses textos pelos intérpretes. Do ponto de vista pentecostal esses textos falam do pecado iniciado entre os anjos e pelo principal deles, o Querubim Lúcifer.
Os dois textos acima mencionados são tidos como relacionados à queda de Lúcifer e o começo do pecado no Universo. O primeiro (Isaías) refere-se ao rei caído da Babilônia, cujo orgulho tornou-o soberbo; por isso, ele não pôde subsistir, com tirania e orgulho, ante o DEUS Vivo. Diz o texto que esse rei era elevado e importante, mas por seu orgulho foi cortado como uma árvore.
Segundo, a linguagem metafórica, o texto sugere o relato a história da queda de Lúcifer, denominado “estrela da manhã”, o qual, por sua rebelião foi expulso da presença de DEUS. O segundo texto (Ezequiel) apresenta um lamento sobre o rei de Tiro, mas a linguagem figurada ilustra a queda de Satanás.
O registro bíblico da origem do pecado prossegue noutras referências que tratam do assunto. O que fica claro é que o pecado foi originado por Satanás. Ele pecou antes de Adão e Eva quando se apresentou na forma de uma serpente para tentar Eva (Gn 3.1-6; 2 Co 11.3). JESUS declarou que Satanás é homicida “desde o princípio” (Jo 8.44; I Jo 3.8). A expressão “desde o princípio” não quer dizer que este ser angélico foi sempre mau. Seu primeiro estado era de santidade. A expressão “desde o princípio” indica no contexto da história da criação que Ele se fez opositor do DEUS trino desde o início da criação do mundo.
Entretanto, antes da criação do Universo material, os anjos já haviam sido criados. Mesmo considerando as nossas dificuldades para entendermos plenamente a origem do pecado no céu, sabemos que DEUS conhece todas as coisas e “faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1. 11).
O pecado entrou na vida da humanidade através de Adão e Eva (Gn 3.1-19). Como isso aconteceu? A história bíblica descreve como o pecado tomou-se uma realidade na vida da humanidade quando uma criatura extraordinária e espiritual se materializou numa “serpente” (Gn 3.1-7) para enganar as mais belas criaturas da terra, o homem e a mulher. Essa criatura é denominada em outras passagens como “a antiga serpente”, o “Diabo” e “Satanás” (Ap 12.9; 20.2). Foi essa criatura que pecou desde o princípio e se tomou inimiga da criação de DEUS e originou a catástrofe cósmica.
DEUS, então, estabeleceu para eles uma regra para não comerem de uma árvore denominada “árvore do conhecimento do bem e do mal”, mas Eva se deixou enganar pela insinuação diabólica da serpente e tomou do fruto, comeu e o deu ao seu marido (Gn 3.6). Duvidaram da veracidade da palavra de DEUS e acataram as insinuações do Inimigo. Daí desobediência, egotismo, rebeldia, pecado, queda e suas consequências, que se transmitiram à toda posteridade de Adão.
O pecado de Adão foi um ato pessoal. Já consideramos o fato de que o pecado é um estado da vontade e que esse estado egoísta da vontade é universal. Uma vez que o homem preferiu obedecer ao seu “eu”, pervertendo sua própria vontade, também, tornou-se responsável pelas consequências de sua transgressão.
Satanás levou o casal a duvidar da veracidade de DEUS insinuando que o Criador estaria tirando deles o direito de conhecer coisas mais sublimes. Adão e Eva, então, pecaram e deixaram que seus corações fossem corrompidos e afetasse seus apetites naturais. Diz o relato bíblico que sua disposição interior manifestou-se em atos. O texto diz, literalmente: “... ela tomou do seu fruto, e comeu, e deu também ao seu marido, e ele comeu com ela” (Gn 3.6).
O homem seguiu a indução do seu coração e fez a escolha do seu “eu” em desacordo com DEUS. Portanto, o pecado surgiu de dentro do homem, do seu interior, e ele transgrediu a lei do Senhor (Tg I.I5).
2. "Foram abertos os olhos de ambos" (Gn 3.7) - A palavra “morte” significa “separação”; quando Adão e Eva desobedeceram a Deus e comeram do fruto proibido, a morte espiritual aconteceu de maneira imediata, seus olhos foram abertos e perceberam que estavam nus e procuraram se esconder da presença de Deus ao ouvirem a voz do Senhor soar no jardim. Antes, o homem e a sua mulher já “estavam nus e não se envergonhavam” (Gn 2.25). Depois que “os olhos de ambos se abriram; e, percebendo que estavam nus, costuraram folhas de figueira e fizeram cintas para si” (Gn 3.7). O pecado trouxe separação, houve uma ruptura na comunhão com Deus. O que aconteceu foi a morte espiritual. Deus fez túnicas de peles de animais para o casal cobrir a sua nudez, “O Senhor Deus fez roupas de peles, com as quais vestiu Adão e sua mulher” (3.21). Um animal foi sacrificado no lugar de Adão, desde esta Queda, eles perderam a comunhão com Deus e ficaram separados dEle, eles procuraram se esconder da presença divina quando Deus chamou Adão (Gn 3.8-10).
O sacrifício salta à vista de qualquer leitor do Antigo Testamento. Esse ritual é tão antigo quanto a humanidade. O pecado é aquilo que separa o ser humano do Deus Criador, por isso, o ritual é importante para buscar a reconexão com o divino, “0 salário do pecado é a morte”, explica o apóstolo Paulo (Rm 6.23); quando 0 animal é sacrificado no altar, ele está morrendo no lugar do pecador. Todo o sistema sacrificial fundamenta-se na ideia de substituição, e isso implica expiação, redenção, perdão e sacrifício vicário à base de sangue: “porque é 0 sangue que fará expiação pela vida” (Lv 17.11).
A Bíblia revela a origem do pecado, mas a Queda do Éden foi uma etapa do desastre. A serpente é 0 próprio Satanás, 0 autor do pecado que já havia sido expulso do céu antes mesmo da criação de Adão e Eva. A Bíblia diz que Satanás é o maioral dos demônios (Mt 12.24; 25.41). No princípio, Deus criou o querubim ungido, perfeito em sabedoria e em formosura, o qual era 0 selo da simetria (Ez 28.12-15). Ele se rebelou contra Deus e foi expulso do céu (Is 14.12-15).
Satanás, por meio da serpente (cobra), tenta a fé e afasta da Palavra. Eva transgrediu depois de ser convencida, em oposição à Palavra de Deus, que não morreria, mas, apenas seus olhos seriam abertos. No entanto, seus olhos só foram abertos para verem o grande mal que haviam feito. E diante disso, o homem e a mulher se veem desesperados (Gn 3.7, 8 esconderam, 10, 12, 13).
Esse é o grande objetivo do diabo, que o ser humano se encontre em total desespero.
Toda pessoa, seja cristão ou ateu, sabe que matar é pecado. Mas, o cristão quando acaba matando sente o assassinato de maneiro diferente. Por que? A lei de Deus o acusa.
Homem e mulher, tiveram seus olhos para abertos para essa acusação da lei.
3. A consequência da Queda no Éden - No capítulo primeiro de Romanos, 0 apóstolo Paulo denuncia a corrupção geral dos gentios, desenhando um quadro sombrio da condição humana diante de Deus. No capítulo seguinte, é a vez de tratar do estado dos judeus (2.1-3.19). Ambos os povos, judeus e gentios estão no mesmo bojo — “Pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado” (Rm 3.g). A conjunção grega dió, “por isso, em razão de que”, ou, “portanto” (ARC), em Romanos 2.1 mostra a ligação com o texto do capítulo anterior. A mensagem é dirigida aos judeus, ainda que de maneira velada no início do discurso, mas logo o judeu é identificado pelo fato de condenar os outros (2.9,10).
Os judeus aprovariam tudo o que 0 apóstolo Paulo diz sobre o pecado dos gentios (Rm 1.18-32). Porém, o mesmo apóstolo está mostrando que os judeus são inescusáveis também, pois acusam os outros, mas praticam a mesma coisa. Paulo usa a expressão “ó homem” como prova da rigorosa imparcialidade do julgamento divino, num estilo conhecido como diatribe, é uma forma de severa crítica. A intenção paulina é mostrar a extensão do pecado e não denunciar 0 fracasso dos judeus. Havia mesmo entre os pagãos muitos moralistas, entre eles Sêneca, que foi preceptor de Nero, quando 0 referido imperador ainda era menino. A seção da epístola aos Romanos 2.1-3.19 diz respeito a judeus e gentios. Isso significa que tantos os devassos como os moralistas estão sob o pecado.
Trazendo essa situação para a atualidade, entendemos que, tantos os iníquos, identificados em Romanos 1.18-32, como os pecadores “respeitáveis” — religiosos e moralistas, identificados em Romanos 2, precisam nascer de novo, necessitam de um encontro com Jesus (Jo 3.3). A Bíblia revela a corrupção geral dos seres humanos e a extensão da pecaminosidade humana em toda a sua totalidade (Is 1.5,6), corpo, alma e espírito;130 e, não fica somente nisso, envolve ainda o intelecto, a vontade, a consciência, a razão e a liberdade.131 Todos se extraviaram, não há quem
4. Extensão do pecado - A pecaminosidade humana é um fato inquestionável revelado na Bíblia e confirmado pela experiência humana desde o limiar da história humana. Mas, a Bíblia não mostra como essa transmissão do pecado de Adão passou a todos os humanos, no entanto, afirma que se trata de um fato incontestável e que essa tragédia humana veio pela desobediência de um só homem, Adão: “assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado veio a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram” (Rm 5.12).
O apóstolo explica que 0 primeiro homem, Adão, é terreno (1 Co 15.45-47) e, na comparação entre Adão e Jesus, Paulo conclui que “assim como trouxemos a imagem do homem terreno, traremos também a imagem do homem celestial” (1 Co 15.49)- É uma comparação similar a de Romanos 5.12-21. São duas informações teológicas de grande importância encontradas nessa perícope de Romanos 5.12-21.
A primeira que o pecado original veio de um só homem e a segunda, que a prova dessa verdade é o fato de a morte ter passado para todas as pessoas: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado veio a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram” (Rm 5.12). Essa é a declaração mais contundente revelando que a transgressão de Adão passou para toda a humanidade. Em Romanos 1.18-32, 0 apóstolo apresenta a mais longa lista de pecados encontrada em todas as suas epístolas. A outra lista aparece em Romanos 3.9-18, sendo que a maioria desses atos pecaminosos é citação do Antigo Testamento.
A depravação dos gentios e a denúncia contra os judeus são a fotografia da humanidade corrupta, sem Deus, judeus e gentios num mesmo bojo: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Todas as pessoas foram concebidas em pecado (SI 51.5), exceto 0 Senhor Jesus (Hb 4.15; 7.28), que foi concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.20; Lc 1.35).
![]() |
Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube |
II. A HERESIA QUE NEGA O ADVENTO DO PECADO
1. O Pelagianismo - Não se sabe muito sobre a história de Pelágio. Ele era um monge britânico que nasceu no século 4 d.C. Em aproximadamente 405 d.C. ele foi para Roma e depois partiu para o norte da África.
Pelágio se propôs a refutar as doutrinas ensinadas por Agostinho, o bispo de Hipona, que naquela altura já era uma figura proeminente dentro da Igreja. Já na Palestina, Pelágio escreveu dois livros sobre o livre-arbítrio, o pecado e a graça.
Não há evidências de que Pelágio tenha em algum momento se encontrado com Agostinho. Mas Agostinho e seu amigo Jerônimo, o tradutor da Vulgata Latina, criticaram fortemente os escritos de Pelágio.
Pelágio foi considerado culpado de heresia pelo bispo de Roma (417-418 d.C.) e pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.). Ele foi acusado de negar o pecado original e de não reconhecer que a graça de Deus é essencial para a salvação. Pelágio ensinava ser possível viver uma vida sem pecado fazendo uso do livre-arbítrio.
O que o Pelagianismo ensina?
O Pelagianismo basicamente ensina que o homem nasce em uma condição moralmente neutra, ou seja, sem pecado. Assim ele é dotado plenamente do livre-arbítrio, de modo que sozinho ele é capaz de decidir entre o bem e o mal.
Isso significa que o ensino pelagiano nega a doutrina acerca do pecado original. Para o Pelagianismo, o pecado de Adão prejudicou apenas a ele mesmo. Desta forma, a raiz do pecado e sua culpa não foram transmitidas aos seus descendentes. Saiba o que é o pecado original.
Tudo isso significa que para o Pelagianismo cada pessoa nasce exatamente na mesma condição de Adão antes da Queda, ou seja, completamente inocente da corrupção e da culpa do pecado. No entanto, como o Pelagianismo não nega a realidade do pecado na vida das pessoas, ele defende que cada pessoa peca pelos exemplos ruins a que tem contato. Entenda o que é o pecado na Bíblia.
Em outras palavras, para o Pelagianismo Adão não precipitou toda a humanidade num estado de rebelião e culpa diante de Deus, mas apenas serviu de mau exemplo para sua posteridade. Depois, quando seus descendentes nasceram, eles seguiram seu mau exemplo e também passaram a pecar.
Assim, o Pelagianismo entende que pecado universal nada mais é do que uma má educação generalizada e o prevalecimento de um antigo hábito, o hábito de pecar. Com base nesse conceito de pecado, o Pelagianismo afirma que a morte não é resultado do pecado. Para Pelágio, mesmo que Adão não tivesse pecado, ainda assim ele teria morrido.
Os erros do Pelagianismo
Obviamente o conceito principal do Pelagianismo ao negar o pecado original ocasiona inúmeros erros gravíssimos. Na verdade a heresia pelagiana é tão grave e profunda que podemos dizer que ela distorce todo conteúdo das Escrituras.
Ao entender que o homem tem sua capacidade de decisão livre de qualquer contaminação, o Pelagianismo diz que qualquer pessoa, por si mesma, é capaz de rejeitar o pecado e fazer o bem. Segundo o Pelagianismo, por seu próprio esforço o homem pode tornar-se merecedor da bem-aventurança eterna. Basicamente o Pelagianismo diz que é possível viver no mundo sem pecar.
Por defender que Adão foi apenas um mau exemplo para a humanidade, o Pelagianismo também entende que Cristo nada mais é do que um exemplo oposto ao de Adão. Assim, a salvação consiste em simplesmente seguir o bom exemplo de Jesus em vez do mau exemplo de Adão.
Para o Pelagianismo, o homem é capaz de se salvar ao seguir o exemplo de Cristo, utilizando seus próprios dons naturais. Para tanto, ele conta com o auxilio da revelação de Deus nas Escrituras. Então a Lei e o Evangelho servem como guias que conduzem o homem capaz ao reino dos céus.
O Pelagianismo e a Bíblia
O Pelagianismo realmente é uma doutrina completamente antibíblica. De fato, as Escrituras afirmam que o homem foi criado por Deus em um estado de inocência (cf. Gênesis 1:31). Isso significa que o homem possuía pleno livre-arbítrio moral. Ele podia escolher agradar a Deus ou se rebelar contra Ele.
Adão escolheu se rebelar contra Deus. Por ser o cabeça e representante da raça humana, quando ele caiu toda a humanidade também caiu nele. Com isso, a natureza humana foi lançada num estado de total depravação, herdando uma natureza pecaminosa caída e a culpa pelo pecado. Saiba como foi a Queda do homem.
Portanto, enquanto o Pelagianismo diz que o homem é pecador simplesmente porque ele peca, a Bíblia diz que o homem peca justamente porque ele é pecador. Isso significa que sem a graça soberana de Deus, nenhuma pessoa pode finalmente ser salva.
O coração do homem é inclinado ao mal. Sozinho ele é incapaz de rejeitar o pecado e viver uma vida que agrada a Deus. Isso significa que sem a regeneração, ninguém ama, deseja e obedece aos mandamentos do Senhor (Salmos 51:5; Romanos 3:10; 5:12; 6:23). Enquanto o Pelagianismo sugere que o homem precisa de um tipo de educação moral, a Bíblia afirma que o homem precisa nascer de novo para entrar no reino de Deus. Somente assim, pela presença do Espírito Santo habitando nele, o homem é habilitado a fazer o bem diante de Deus (Romanos 8:3,4; Gálatas 2:20; 5:22,23).
Além disso, completamente oposta ao Pelagianismo, a Bíblia afirma que o sacrifício de Cristo não foi um tipo de exemplo. O sacrifício de Cristo foi substitutivo! Ele substituiu pecadores e recebeu, no lugar deles, o castigo pelo pecado, satisfazendo então a justiça de Deus. É por isto que é impossível que alguém seja considerado justo diante de Deus se não for pelos méritos de Cristo.
2. A morte de Jesus em favor dos pecadores - Entre as várias diferenças teológicas entre cristianismo e islamismo, a Bíblia e o Alcorão, está também a hamartiologia, pois esta religião rejeita a doutrina bíblica do pecado original (Alcorão, 30.30). Afirma um documento oficial islâmico sobre 0 tema: “O Islão adotou uma posição única perante o assunto, uma posição que não foi compartilhada por nenhuma religião do nosso conhecimento”.133 Sua doutrina não é totalmente original, há muita semelhança com o pelagianismo. Não existe na religião islâmica a ideia da corrupção total do gênero humano de que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23), de que não há um justo sequer (SI 14.3; 53.3; Rm 3.10). O ensino dessa religião é que a humanidade não tem nada com o pecado de Adão, pois todo 0 ser humano nasce bom, quando peca, pede perdão, e Allah, o nome da divindade deles, o perdoa: “A ideia de pecado original ou de criminalidade hereditária não tem lugar dentro dos ensinamentos do Islão... 0 homem nasce num estado natural de pureza”, declara o documento mais adiante.134 Desse modo, não precisam de Jesus. Se não há pecado, logo não há necessidade de salvação.
![]() |
Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube |
III. O PERIGO DESSA HERESIA PARA A VIDA DO CRENTE E DA IGREJA
1. Pensamentos pelagianistas em nossos dias -
Primeiros passos para formação da seita
Apesar de Mary Baker ter sido recebida como membro da Igreja Congregacional, foi influenciada por um "curandeiro" popular chamado Fineas Quimby que anunciava um novo método de curar os enfermos, não pela medicina, mas ensinando aos enfermos a natureza de seu mal. Dizia-lhes que podiam curar-se por seu estado mental. Mary procurou Fineas Quimby a fim de buscar alívio para seus males crônico. Este lhe disse que ela não tinha nada de enferma. O que se passava com ela era que seu espírito refletia a angústia sobre o corpo.
b) Os escritos de Mary Baker Eddy.
Depois da morte de Quimby, Mary sentiu-se inspirada a repartir com outros a grande verdade que havia descoberto. Em 1875 publicou o livro que chegou a ser a autoridade suprema na religião que ela fundou. Chama-se "Ciência e Saúde como Chave das Escrituras". Ela afirmava havê-lo escrito sob inspiração divina, porém as investigações posteriores revelaram que copiou trinta e três páginas de um manuscrito do Dr. Lieber sobre os escritos de Hegel. Em seu livro, Mary ia além das teorias de Quimby, pois negava a existência não somente da enfermidade, mas da própria matéria. Afirmava que toda aparência de matéria ou de experiência mortal é somente uma ilusão, um sonho. Em realidade tudo o que existe é Deus. Ele é tudo em tudo. Nosso espírito é uma parte dele, e portanto, bom. Não há tal coisa como pecado ou morte. Deve-se aplicar a "ciência cristã" e negar tais ilusões para que desapareçam essas idéias errôneas. Esse é o ensino básico que ela apresentava.
c) A fundação da seita:
Em 1879 foi organizada a primeira Igreja de Cristo Cientista. Conta atualmente com milhares de adeptos ao redor do mundo. Antes de sua morte, em 1910, Mary Baker Eddy amontoou uma fortuna com o lucro da venda de seus livros ; pois estes escritos ensinavam como receber a cura das enfermidades.
Doutrinas da "Ciência Cristã":
Muitas pessoas são enganadas pela hipocrisia do nome e crêem que é simplesmente outra Igreja cristã. Notam que se cantam hinos e se lê a Bíblia e não se dão conta do paganismo do sistema. Pouco a pouco vão sendo doutrinados até serem transformados em vítimas do erro. Enfim, começando com a fundadora, parece que alguns abraçam essa fé num esforço de achar algum escape das realidades intoleráveis da vida. Veja 1 Tm 6.20 como Paulo enfatiza a falsa ciência.
a) Sobre a Bíblia.
Embora a senhora Eddy tenha dito que a Bíblia era sua autoridade, por outra parte afirma que tantos erros têm se insinuado na Bíblia que já não se pode aceitá-la como verdadeira. Sempre que uma declaração bíblica esteja em contradição com a ciência Cristã , a senhora Eddy diz que trata de um erro da Bíblia. Dizia que a tradução literal da Bíblia as faz sem valor, e ainda é base para incredulidade e o desespero. Como refutação podemos afirmar que a experiência de milhões de cristãos demonstra que a leitura e interpretação literal da Bíblia, longe de levar-nos à incredulidade e ao desespero, tem operado maravilhas em suas vidas, cumprindo 2 Tm 3.16-17.
b) Sobre Deus:
Em resposta à uma pergunta: Existe uma divindade pessoal? Escreve ela: "Deus é amor, e amor é um princípio, não uma pessoa. Este princípio é Mente, substância, Vida, Verdade, Amor. Interpretado corretamente, princípio é o único termo que expressa completamente as idéias de Deus. Uma Mente, um homem perfeito, e Ciência divina". Somente com essas citações observamos vários conceitos heréticos sobre Deus. Os fundamentos básicos de todo o sistema descansam sobre o conceito panteísta de Deus, isto é, que Deus é tudo e tudo que existe: Deus é tudo em tudo. Se Deus é tudo o que existe, então só existe o bem. Isso todos nós sabemos que não é verdade. Os fatos estão diariamente diante de todos nós. Deus é uma pessoa que se revela aos homens e fala através de Jesus Cristo conf. Hb 1.1. Veja ainda Is 43.10.
c) Sobre o Espírito Santo:
A ciência Cristã nega a doutrina da trindade. A senhora Eddy diz: "A teoria de três pessoas em um Deus sugere politeísmo em vez do único sempre presente "Eu Sou". A ciência cristã é o Espírito Santo. Nas palavras de São João: "Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco". Este Consolador entendo ser a "Ciência Divina"., conf. a Senhora Eddy. De acordo com a Bíblia temos outro ensinamento; pois o Espírito Santo é uma pessoa e é Deus. Ele intercede pelos crentes (Rm 8,26,27). Pode ser entristecido ( Ef 4.30). A doutrina da Trindade foi ensinada pelo próprio Cristo. Veja Mt 28.19. Paulo cria nela (2 Co 13.14 Veja também Jo 16.7; Atos 5.3,4; 8.19,20. Isso não significa que temos três deuses, mas que o nosso Deus se revela de três maneiras. Como Pai, como Filho e Espírito Santo.
3. Outros Erros Doutrinários:
As seitas sempre se caracterizam por uma falsa hermenêutica. Seus erros doutrinários são frutos de falsas interpretações. O Apóstolo Pedro admite que há certas coisas difíceis de entender, e que os ignorantes e indoutos e inconstantes torcem igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. (2 Pe 3.16). E para maior desgraça e calamidade, quando estes ignorantes nos conhecimentos hermenêuticos se apresentam como doutos, torcendo as Escrituras para provar seus erros, arrastam consigo multidões à perdição.
a) Sobre a Encarnação de Cristo e sua Divindade:
Para a ciência cristã, Jesus era simplesmente uma idéia, "o resultado da consciente comunhão de Maria com Deus", segundo a senhora Eddy. "Jesus não era o Filho de Deus num sentido diferente daquele em que todo homem é filho de Deus. Jesus é o ser humano, e Cristo a idéia divina". Segundo a Bíblia, infalível palavra de Deus, a encarnação de Jesus uniu a natureza humana e a divina em uma só personalidade, a qual retém eternamente. Veja Lc 1.30-35; Mt 1.18-23; Jo 1.1, 18; Hb 13.8.
b) Sobre a Ressurreição e a ascensão de Jesus:
A ciência Cristã também nega a realidade da morte e ressurreição de Jesus. Com o objetivo de adaptar-se ou ajustar-se às idéias imaturas com respeito ao poder espiritual, Jesus denominou seu corpo de carne e ossos". O que os evangélicos chamam de ressurreição era a demonstração da Ciência Divina, o triunfo da Verdade e do Amor imortal sobre o erro". O que a Palavra de Deus nos ensina é que Cristo Morreu, foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras e que foi visto por vários irmãos depois de sua ressurreição conf. 1 Co 15.3-6. Veja ainda 1 Co 15.14-21; Jo 1.14; 2 Tm 2.8; At 1.1-3,9-11; Lc 24.39,44-46; 50-51; Hb 4.14.
c) Sobre a segunda vinda de Cristo:
A ciência cristã ensina que a Segunda vinda de Cristo é o despertar de um sono enganoso para dar-se conta da verdade. Segundo a Bíblia Jesus voltará ao mundo tal como se foi ( At 1.11; 1 Ts 4.16,17; Mt 24.23-31,36-44). Cristo já descreveu a maneira de sua vinda. Seguramente ele sabe muito mais que a senhora Mary Baker Eddy.
![]() |
Ajude esta obra... Código do PIX Banco Mercantil do Brasil |
![]() |
Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube |
AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.
Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.
Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.
INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL
FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO
CANAL YOUTUBE.: https://www.youtube.com/@pb.junioprofebd7178 Toda semana tem um vídeo da Lição. Deixem seu Like.
![]() |
Chave do PIX Banco Mercantil |
BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de apoio, Em defesa da Fé Cristã, Esequias Soares - Ed. CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe
Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.
Hamartiologia — a Doutrina do Pecado (Elienai Cabral)
Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD
https://sermoescristoparatodos.blogspot.com/2021/06/resultado-dos-olhos-abertos-para-o.html
https://estiloadoracao.com/o-que-e-pelagianismo/
http://solascriptura-tt.org/Seitas/CienciaCrista-PlanetaEv.htm
![]() |
Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube |