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sábado, 18 de janeiro de 2025

LIÇÃO 04 - DEUS É TRIÚNO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II







        TEXTO ÁUREO

"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo." (Mt 28.19)


            VERDADE PRÁTICA 

Desde a eternidade Deus é Pai, Filho e Espírito Santo e essa verdade está em toda a Bíblia.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mateus 3. 15-17; 28. 19, 20



                INTRODUÇÃO  

Os teólogos da Torre de Vigia, com a frase “De fato, a palavra ‘Trindade’ nem aparece na Bíblia” revelam uma ignorância abissal ou têm consciência do que estão fazendo na tentativa de persuadir seus leitores com uma doutrina estranha às Escrituras. Isso porque é necessário distinguir entre a doutrina da Trindade e a Trindade em si mesma, como bem esclareceu Robert Letham. Desde a eternidade Deus é Pai, Filho e Espírito Santo e essa verdade está em toda a Bíblia. Mas, a igreja precisou recorrer a conceitos mais elaborados para responder às idéias equivocadas “numa linguagem mais extensa para expressar a realidade que Deus revelara”, acrescenta Letham. O que a tradição cristã acredita e ensina tem fundamentação bíblica. O pensamento trinitário que apresentamos permeia a Bíblia inteira. Essa base bíblica vem sendo mostrada pelos teólogos cristãos desde o período patrístico. No entanto, o que os líderes das testemunhas de Jeová fazem nada mais é do que pinçar as Escrituras aqui e acolá e buscar em diversas traduções da Bíblia palavras que pareçam favorecer suas crenças e práticas, sem considerar a exegese e sem priorizar as línguas originais das Escrituras Sagradas. Sua teologia é uma colcha de retalhos, inconsistente e  tão frágil que nenhuma testemunha de Jeová tem a liberdade de examinar qualquer literatura cristã fora das publicações da sua religião. Respondendo ao questionamento da Torre de Vigia de que a palavra “Trindade nem aparece na Bíblia” não é a Trindade, mas sua formulação teológica sim e será analisada mais adiante.



                    I.   COMO A BÍBLIA APRESENTA A SANTÍSSIMA TRINDADE

1.   A Trindade e o monoteísmo judaico-cristão   -    Tal pensamento de ideia abstrata ou de intensidade pode ter lógica, se considerado isoladamente, pois os relatos na própria Escritura dos judeus parecem não oferecer consistência para essa interpretação. Isso é manifesto mais adiante na própria narrativa do Gênesis: “Disse também Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26). O que 0 texto sagrado revela é: Javé distinto de Javé, pois com quem Javé falava na criação de Adão? “Então o Senhor Deus disse: — Eis que 0 homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal” (Gn 3.22). Com quem falava quando disse que 0 homem havia se tornado como Deus, conhecendo 0 bem e o mal? “E 0 Senhor disse: — Eis que o povo é um, e todos têm a mesma língua. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo o que planejam fazer. Venham, vamos descer e confundir a língua que eles falam, para que um não entenda 0 que 0 outro está dizendo” (Gn 11.6,7). Quem são os participantes desse diálogo? A Bíblia, a começar pelo Antigo Testamento, mostra que existe um relacionamento intratrinitariano desde a eternidade passada que os teólogos posteriores chamaram de “pericoresis”.

 A pericorese é a união íntima intratrinitariana entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, é a habitação das Pessoas da Trindade uma na outra. João Damasceno escreveu:

 Existe uma permanência e uma habitação de umas hipóstases em outras, porque as hipóstases divinas são contínuas e indivisíveis umas das outras, e têm uma compenetração sem confusão de umas em outras: não contraídas nem confundidas, senão como quem se contém umas às outras. Com efeito, o Filho está no Pai e no Espírito, e o Espírito, no Pai e no Filho, e o Pai, no Filho e no Espírito, não produzindo nenhuma fusão, nem mescla, nem confusão (Exposición de lafe, livro 1.8).

DEUS é uma trindade de pessoas: o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO. O Pai não é a mesma pessoa que o Filho; o Filho não é a mesma pessoa que o ESPÍRITO SANTO e o ESPÍRITO SANTO não é a mesma pessoa que o Pai. Eles são pessoas distintas; ainda assim, são todos o mesmo único DEUS. Eles estão em perfeita harmonia consistindo de uma única substância. Eles são co-eternos, co-iguais e co-poderosos. Se qualquer deles fosse retirado, então não haveria DEUS. (Veja também, “Mais a Respeito da Trindade”)

Existe, aparentemente, uma separação de algumas funções entre os membros da divindade. Por exemplo: o Pai escolhe quem será salvo (Ef 1:4); o Filho os redime (Ef 1:7); e o ESPÍRITO SANTO os sela (Ef 1:13).
Um ponto que é necessário esclarecer é que DEUS não é uma pessoa, o Pai, com JESUS sendo uma criação e o ESPÍRITO SANTO uma força de DEUS (Testemunhas de Jeová). Nem é uma pessoa que adquiriu três formas consecutivas, isto é, o Pai tornou-se o Filho que, depois, tornou-se o ESPÍRITO SANTO (Unicistas). Nem é a Trindade uma associação de três deuses separados (Mormonismo).
O quadro a seguir ajudará você a ver como a doutrina da Trindade originou-se das Escrituras.
A lista não é exaustiva, somente ilustrativa. O primeiro passo é estabelecer quantos deuses existem: UM! (Is 43:10Is 44:6Is 45:14,18,21,22Is 46:5,9).
“Eu sou o SENHOR e fora de mim não há DEUS” (Is 45:5).


2.   Evidência no Antigo Testamento    -    E importante prestar melhor atenção naquelas passagens conhecidas dos crentes, que são mais familiares à igreja. “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de justiça é 0 cetro do teu reino. 0 Senhor, ó rei, ama a justiça e odeia a iniquidade; por isso, Deus, 0 seu Deus, 0 ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos seus companheiros” (SI 45.6,7). Que história é essa de o Deus do versículo 7 estar ungindo o Deus do versículo 6? Isso não pode fazer sentido numa estrutura monoteísta sem a encarnação do Verbo, em Hebreus 1.8 ficamos sabendo que se trata do Filho. Veja ainda: “Disse o Senhor ao meu Senhor: ‘Sente-se à minha direita, até que eu ponha os seus inimigos por estrado dos seus pés’” (SI 110.1).30 Essa passagem é o próprio Deus conversando com Deus, Javé em diálogo com Adonai.

Isaías 6.3 diz que: “a terra está cheia da glória de Javé dos Exércitos”, entretanto, o Novo Testamento diz que esse Javé é Jesus. Compare Isaías 6.3,10 com João 12.40,41. O texto do v. 40 é uma citação de Isaías 6.10, e 0 v. 41, de Isaías 6.3. Assim, a Bíblia ensina que Jesus é o Deus-Javé dos Exércitos. O versículo 3 diz que: “a terra está cheia da glória de Javé dos Exércitos”, mas o Novo Testamento revela que esse Javé dos Exércitos é o próprio Cristo: “Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: ‘Cegou os olhos deles e endureceu-lhes 0 coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados. Isaías disse isso porque viu a glória dele e falou a respeito dele” (Jo 12.39-41). Então, a terra está cheia da glória do Filho. Mas, a palavra profética não se restringe somente a Cristo, o Espírito Santo é identificado também com o Javé de Isaías 6.8-10. Isaías ouviu a voz de Javé (v. 8), no entanto, 0 apóstolo Paulo afirma que foi o Espírito Santo quem falou (At 28.25-27). Do mesmo modo como o Filho, o Espírito Santo também é identificado com o mesmo Deus Javé de Israel, assim, essa visão de Isaías é uma revelação, ainda que embrionária da Trindade. 

A passagem de Isaías 63.8-14 ajuda na compreensão da pluralidade na unidade divina no relato da criação. Foi Javé que se tornou Salvador de Israel (v. 8), mas, em seguida, 0 profeta afirma que 0 “Anjo da sua presença os salvou... e os remiu” (v. 9). Essa construção hebraica é expressão única, não existe outro exemplo no Antigo Testamento. Afirmar que esse Anjo “é a imagem do Deus invisível” (Cl 1.15) e “o resplendor da sua glória e a imagem expressa da sua substancia (Hb 1.3) é uma realidade praticamente incontestável pelos teólogos, até porque está em perfeita harmonia como a obra desse Anjo na história de Israel (Êx 3.4-6; Jz 13.21,22). Mas, não é só isso, esse Anjo é identificado com o próprio Javé nesse próprio contexto, em que, tanto Javé como 0 Anjo de sua face são identificados como o mesmo Deus (w. 8, 9). Essa revelação não é única no Antigo Testamento (Gn 16.7-13; Nm 20.16). Ao longo de sua história, os israelitas se rebelaram contra Deus “contristaram o seu Santo Espírito” (v. 10). O Espírito Santo esteve no meio do povo de Israel (v. 11). O Espírito Santo reaparece mais duas vezes nessa seção: “Onde está o que pôs nele o seu Espírito Santo?” (v. 11); “Como o gado que desce aos vales para repousar, 0 Espirito do SENHOR, lhes deu descanso.” Assim, guiaste o teu povo, para adquirires um nome glorioso” (v. 14). Então, está claro que foi o Espírito de Javé que trouxe o povo para o seu descanso; Isaías descreve em linguagem poética e metafórica que o Espírito Santo deu descanso aos Israelitas em Canaã e, ao mesmo tempo, a palavra profética diz que Javé guiou o seu povo (Is 63.10,11,14).


3.   Revelada no Novo Testamento   -   O Novo Testamento não contradiz o Antigo, mas torna explícito o que dantes estava implícito, pois a unidade de Deus não é absoluta. Deus não é uma mônada estéril, de modo que as Escrituras Sagradas dos judeus revelam a unidade na Trindade, ao passo que o texto sagrado da Nova Aliança revela a Trindade na unidade. A doutrina da Trindade não neutraliza e nem contradiz a doutrina da Unidade e nem a doutrina da Unidade anula a Trindade. A Trindade bíblica pregada pelos cristãos consiste em um só Deus em três Pessoas, não três deuses, que seria uma tríade e não uma trindade.

Mateus 28.19. O Deus da Bíblia é uno e trino, subsiste eternamente em três pessoas distintas e essa verdade pode ser vista na fórmula batismal: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Essa é a passagem bíblica mais contundente em favor da Trindade porque menciona um único nome e três pessoas. Nela está 0 conceito trinitário muito claro e vivido. Trata-se de um resumo da realidade divina ensinada por Jesus durante o seu ministério acerca de si mesmo e do Pai (Mt 11.27) e do Espírito Santo (Mt 12.28).

2 Coríntios 13.13. “A graça do Senhor Jesus Cristo, e 0 amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vocês”. A Trindade, em Mateus 28.19, começa com 0 Pai, em 1 Coríntios 12.4-6, com o Espírito Santo, e em 2 Coríntios 13.13, com 0 Filho. É a mais bela bênção das epístolas paulinas e mostra a função abençoadora de cada uma dessas três Pessoas. Ela é conhecida como “bênção apostólica”, bem que poderia também ser chamada de “bênção trinitária”. Há nessa passagem um certo paralelismo com a bênção sacerdotal (Nm 6.24-26). A graça, o amor e a comunhão são propriedades de pessoas e não de energia, força ativa ou de qualquer coisa impessoal. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo na concepção paulina.

1 Pedro 1.2 . “Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo”. A salvação é obra do Deus trino, o Pai idealizou a salvação, o Filho a realizou e o Espírito Santo a consumou. O Pai é responsável pela eleição, segundo a sua presciência; a redenção realizada no Calvário pela “aspersão do sangue de Jesus”, o Filho; e a santificação dos salvos é obra do Espírito Santo. Há ainda várias passagens tripartidas no Novo Testamento que revelam a Trindade.37 Além das declarações bíblicas apresentadas aqui, há outras evidências contundentes que fundamentam essa doutrina. Cada uma dessas Pessoas é chamada, individualmente, de Deus e Senhor.

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                    II.    AS HERESIAS CONTRA A DOUTRINA DA TRINDADE

1.   O Unicismo   -   O monarquianismo foi 0 movimento que surgiu depois da metade do segundo século em torno do monoteísmo cristão. Os monarquianistas se dividiam em dois grupos: os dinâmicos, que ensinavam ser Cristo Filho  de Deus, mas por adoção; e os modalistas, que ensinavam ser Cristo apenas uma forma temporária da manifestação do único Deus. Tertuliano, que polemizou com eles, os chamou de monarquianistas (Contra Práxeas, II), do grego monarchia, “governo exercido por um único soberano”. Eram os opositores da doutrina do Logos, os alogoi, aqueles que rejeitavam o Evangelho de João. O tema sobre o monarquianismo dinâmico será retomado no capítulo seguinte. Os monarquianistas modalistas não negavam a divindade do Filho nem a do Espírito Santo, mas sim, a distinção destas Pessoas, o que é, diametralmente, oposto aos ensinos do Novo Testamento, visto que este ensina a unidade composta de Deus em três Pessoas distintas. Esses modalistas pregavam a unidade absoluta de Deus. Seus principais representantes foram Noeto, Práxeas e Sabélio. 

Noeto era natural de Esmirna, segundo Hipólito de Roma, ele ensinava que “Cristo era o próprio Pai, e o próprio Pai nasceu, sofreu e morreu” (Homília Sobre a Heresia de Noeto, 1). Cipriano (200-258), bispo de Cartago, chamou a heresia de Noeto de “patripassionismo” (Epístolas, 72.4), do latim pater, “pai”, e passus, de patrior, “sofrer”. Práxeas foi discípulo de Noeto e o seu principal opositor foi Tertuliano em Contra Práxeas. Tertuliano disse que “Práxeas fez duas obras do demônio em Roma: expulsou a profecia e introduziu a heresia; fez voar 0 Paracleto e crucificou o Pai” (Contra Práxeas, I).


Há quatro pontos fundamentais em que os unicistas modernos diferem dos evangélicos, os quais foram defendidos pelos sabelianistas da antiguidade, a saber: a natureza de Deus, a natureza de Cristo, a fórmula batismal e 0 significado do batismo. Tudo isso é contrário à ortodoxia cristã universal e, em particular, à nossa doutrina. Os unicistas defendem o monoteísmo, mas negam a doutrina da Trindade. Eles ensinam que Deus e Jesus, ao passo que a doutrina trinitária ensina que Jesus e Deus. Isso não e apenas um jogo de palavras, mas indica que o Deus deles não é o mesmo revelado nas Escrituras, é outra divindade. Todos esses grupos pregam que o Pai, o Filho e Espírito Santo são uma só Pessoa, e não três Pessoas em uma só divindade. Todos esses grupos religiosos heterodoxos pinçam a Bíblia aqui e acolá em busca de subsídios para consubstanciar suas crenças peculiares, e, assim, poderem dar às suas doutrinas uma roupagem bíblica.

Os unicistas de hoje e da antiguidade citam algumas passagens bíblicas que eles julgam favorecer sua doutrina como Isaías 9.6; João 10.30; 14.8,9,18. A expressão “Pai da eternidade” (Is 9.6) não está afirmando que 0 Filho seja o Deus Pai, mas Pai da eternidade. O título de “Pai” se diferencia dos demais títulos e funções de Deus porque nunca se aplica a Jesus nem ao Espírito Santo. Há uma vasta lista de atributos, títulos, funções e obras do Deus Pai presentes no Filho e no Espírito Santo, mas o título de Pai é exclusivo ao Pai.

 O bispo Sabélio costumava citar essa palavra profética de Isaías para fundamentar a crença unicista de que Pai é Filho e Filho é Pai. Mas, o que a Bíblia ensina nesse versículo é 0 Messias, como rei, “O governo está sobre os seus ombros”, Ele é pai do seu povo: “Ele será como um pai para os moradores de Jerusalém e para a casa de Judá” (Is 22.21), e não o Deus-Pai. O Filho é Deus igual ao Pai (Jo 5.17,18; 10.30), mas não é o Pai, senão “o Filho do Pai” (2 Jo 3). 


2.    A verdade bíblica   -   O nosso Cremos, publicado em cada edição do jornal Mensa­geiro da Paz, órgão oficial da Convenção Geral das Assembléias de DEUS do Brasil — CGADB, diz no primeiro artigo de fé: "Cre­mos em um só DEUS, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO" Dt 6.4Mt 28.19Marc 12.29. E mais adiante afirma o nosso Cremos: "No batismo bíblico efetua­do por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO, conforme determinou o Se­nhor JESUS CRISTO" (Mt 28.19Rm 6.1-6Cl 2.12).

Cada uma das Pessoas da Santíssima Trindade é DEUS pleno, em toda sua plenitude, não se trata de uma parte de DEUS. As três Pessoas são da mesma natureza, essência, substância, pois são um só DEUS. O fato de o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO serem um só e mesmo DEUS, não significa que os membros da Trindade sejam uma só Pessoa. A Trindade, portanto, como já vimos à luz da Bí­blia, é a união de três Pessoas distintas em uma só Divindade, e não em uma só Pessoa, pois a unidade de DEUS é composta e não absoluta. Isso não é triteísmo, está enfatizando a existência de um só DEUS em três Pessoas. Veja o capítulo 4.
O Credo Atanasiano, no seu quarto artigo de fé, afirma: "Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância". Os unicistas confundem as Pessoas mutilando a personalidade do Pai e do Filho, com a doutrina das "manifestações", que é uma maneira camuflada de negar JESUS como o Filho de DEUS. A Bíblia diz que negar o Pai e o Filho traz a condenação: "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que JESUS é o CRISTO? E o anti-cristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai" (1 Jo 2.2223).

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                    III.    UNICISMO: UMA HERESIA ANTIGA NA ATUALIDADE

1.   O problema   -   Há quem afirme que se trata de uma questão meramente se­cundária, isso de ambas as partes. Nos Estados Unidos os unicistas são numerosos no sul, Texas, Oklahoma e sudoeste da Califórnia. Tanto lá como aqui, os unicistas são agressivos e não hesitam em chamar os evangélicos de diabólicos. No Brasil eles são muito pouco em relação aos Estados Unidos. Lá, os mais moderados diziam que Myer Pearlmann podia estar com o coração bem com DEUS, mas que a cabeça estava cheia de confusão.

Do nosso lado, há os que acham que esse problema não é grave, dizendo que o ESPÍRITO SANTO não está preocupado com sistema teoló­gico, com o trinitarianismo e nem com o unicismo. Discordamos dessa posição, pois é o mesmo que dizer que o ESPÍRITO SANTO não está preo- cupado com a verdade. A Bíblia chama o ESPÍRITO SANTO de "ESPÍRITO da verdade" (Jo 14.16,1715.26) e "o ESPÍRITO é a verdade"(l Jo 5.6). Os dois sistemas teológicos, unicismo e trinitarianismo, são excludentes. Não é possível conciliar os dois. Um desses sistemas não é verdadeiro.
A doutrina de DEUS é o primeiro de todos os mandamentos, é uma questão de vida ou morte, não é, portanto, mensagem alternativa. A Bí­blia diz que negai- o Pai e o Filho, traz a condenação. Os unicistas muti­lam a personalidade do Pai e do Filho, com a doutrina das "manifesta­ções", que é uma maneira camuflada de negar JESUS como o Filho de DEUS. Veja Marcos 12.29,30João 17.31 João 2.22,235.5,9.
Não é difícil entender porque tal doutrina implica na salvação do homem. Uma cristologia errônea implica numa salvação errônea. Quem adora um DEUS errado está seguindo um JESUS errado e vai parar num céu errado. JESUS disse do alto da cruz: "Pai, nas tuas mão entrego o meu espírito" (Lc 24.46). 
Para quem JESUS ofereceu o sacrifício de nossa redenção? A Bíblia diz que pecamos contra DEUS e que estáva­mos em inimizade com ele. JESUS é apresentado como o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo. Veja  Romanos 3.235.9João 1.29.
JESUS é o nosso advogado e a propiciação de nossos pecados. Isso mostra que o advogado não pode ser ao mesmo tempo juiz. O advogado defende o réu diante do juiz. O unicismo toma a doutrina da redenção, como diz Stanley M. Horton, numa "charada teológica". Veja 1 João 2.1,2.


2.    Uma reflexão  bíblica   -      O que dizer de pessoas convertidas por meio do ministério de músicas unicistas? O poder é da Palavra, e não do tal movimento, ela é a semente, mesmo sendo semeada por mãos enfermas e infeccionadas, a semente vai germinar. Jesus falou sobre isso no Sermão do Monte (Mt 7.21-23). Convém lembrar que ninguém está autorizado a fundar doutrinas sobre experiências humanas. As emoções caíram com a natureza humana no Éden (Jr 17.9), não servem como instrumento aferidor da doutrina. Mesmo que as experiências sejam milagrosas, a Bíblia diz que Satanás se transfigura em anjo de luz (2 Co 11.13-15) e oferece, portanto, experiências espirituais falsas. Jesus disse que os falsos profetas são reconhecidos pelos frutos e não pelos milagres e maravilhas. A Bíblia é a única fonte de doutrina e não as nossas emoções. Portanto, dizer que se sente bem ao escutar certa música não garante que sua teologia é bíblica.


3.   A posição oficial   -   O unicismo é condenado na Bíblia, considerado heresia pelas igrejas desde a sua origem e rejeitado pelos principais ramos do cristianismo e pela Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil (III.2). A nossa Convenção, a CGADB, divulgou um manifesto contra 0 unicismo e o uso de suas músicas em nossas igrejas. A maioria de nossa liderança tem se posicionado contra essa heresia. A importância dessa decisão é para evitar que se adore a outro Jesus, um Jesus falso, diferente do revelado no Novo Testamento (2 Co 11.4). O Deus que é louvado nessas músicas não é trino e uno, e isso seus mestres declaram abertamente aos quatro ventos. Mas, é importante destacar que não somos contra os unicistas, mas contra 0 unicismo. Devemos manter contato respeitoso no nosso dia a dia com essas pessoas, embora discordando de suas crenças, de maneira educada. Isso vale para cultores de crenças inadequadas, mas não devemos compartilhar de suas crenças (2 Jo 10,11). A doutrina de Deus é 0 primeiro de todos os mandamentos, é uma questão de vida ou morte, não é, portanto, mensagem alternativa. Salta à vista de qualquer leitor da Bíblia a pluralidade na divindade. O ensino do Senhor Jesus e de seus apóstolos expressava a fé em um só Deus, mas, ao mesmo tempo, eles ensinavam a deidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. De modo que podemos afirmar com embasamento bíblico que o Jesus de suas músicas não é 0 mesmo que nós servimos, mas outro Jesus.

  






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio, Em defesa da Fé Cristã, Esequias Soares -  Ed. CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe

Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.

Manual de Apologética Cristã - Ezequias Soares – CPAD


















sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

LIÇÃO 03 - A ENCARNAÇÃO DO VERBO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II


                    TEXTO ÁUREO  

"E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." (Jo 1.14)


                    VERDADE PRÁTICA   

A vinda do Filho de Deus em forma humana é um fato presenciado por muitas testemunhas, por isso a negação da sua historicidade não se sustenta.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1Jo 1. 1-3; 4. 1-3; 2Jo 7



                            INTRODUÇÃO   

0 Senhor Jesus perguntou certa vez, “Quem os outros dizem que é o Filho do Homem?” (Mt 16.13). Ninguém acertou a resposta: “Uns dizem que é João Batista; outros dizem que é Elias; e outros dizem que é Jeremias ou um dos profetas” (Mt 16.14). Somente Pedro acertou, mas Jesus esclareceu que isso só foi possível em virtude da revelação de Deus, e isso mostra que ninguém pode conhecer a Jesus se não for pelo Espírito Santo. O apóstolo Paulo disse: “ninguém pode dizer que Jesus é 0 Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1 Co 12.3 - ARC). Foi, então, em tomo da cristologia que muitos manifestaram suas opiniões, cada uma mais exótica e mais excêntrica do que a outra, durante o longo período da história do cristianismo. Desde os primeiros séculos do cristianismo, houve tentativa de resposta para essa pergunta, porém, muitos tropeçaram porque se abeberaram em fontes erradas e estribaram-se em métodos inadequados. Essa busca resultou em grupos religiosos isolados e seus líderes tornaram-se os grandes heresiarcas do passado. Porém, 0 Espírito Santo já tinha falado de antemão pelo ministério do apóstolo Paulo sobre os pregadores de um Jesus estranho aos evangelhos (2 Co 11.4). 



                    I.    HERESIAS QUE NEGAM A CORPOREIDADE DE CRISTO.  

1.   O que é Docetismo?    -      Os docetistas negavam a realidade da humanidade de CRISTO, dizendo que seu sofrimento e sua morte foram apa­rentes. Erravam ao permitir que a filosofia gnóstica ditasse o significado dos dados bíblicos. Em última análise, o CRISTO descrito pelos docetistas não poderia salvar ninguém, pois a sua morte, num corpo humano, era a condição prévia para destruir o domínio de Satanás sobre a humanidade (Hb 2.14).

    O primeiro movimento a negar que 0 Senhor Jesus veio em carne foi 0 gnosticismo, um sistema eclético-filosófico-religioso que surgiu no primeiro século da Era Cristã. O movimento buscava conciliar toda as religiões e decifrar-lhes o sentido por meio da gnose. Seu período áureo foi entre 135-160 d.C., mas há evidência deles no seu estágio incipiente na época do apóstolo João, em seus últimos dias. O termo gnosticismo provém do grego gnõsis, que significa “conhecimento”. 

Os membros desse movimento ensinavam a salvação por meio de um conhecimento místico, e não pela fé em Jesus. Eles eram grupos muito diversificados em suas doutrinas, pois diferiam de lugar para lugar, e em seus períodos. Essa doutrina era nada mais que um enxerto das filosofias pagãs nas doutrinas vitais do cristianismo. Esses movimentos negavam o cristianismo histórico, pois segundo essa doutrina, 0 Senhor Jesus não teve um corpo, isto é, não veio em carne, o seu corpo seria uma mera aparência, que chamavam de corpo docético. 

Quando 0 apóstolo João enfatiza que “o Verbo se fez carne” (Jo 1.14) e que “e todo espírito que não confessa isso a respeito de Jesus não procede de Deus” (1 Jo 4.3 - ARC), está respondendo ao embrião desse movimento que já existia em algumas igrejas. É bom lembrar que os escritos joaninos são do final do primeiro século e foram escritos na cidade de Éfeso, então capital da Asia menor, onde surgiu 0 gnosticismo.


2.   O que os docetas ensinavam sobre Jesus?    -    A negação da existência física de JESUS foi a primeira precursora da heresia docética que acossava a Igreja nos séculos I, II e III.

Nos tempos dos pais da Igreja, existiam diferenças, nas duas ramificações da Igreja, quanto ao modo de interpretar as Escrituras. A escola de Alexandria enfatizava a aborda­gem alegórica. Esses cristãos apegavam-se à defesa da divin­dade de CRISTO, às vezes deixando sua plena humanidade em segundo plano. A escola de Antioquia enfatizava a aborda­gem literal à interpretação das Escrituras. Defendiam bem a doutrina da humanidade de CRISTO, mas às vezes o faziam às custas da sua plena divindade.

Devemos ressaltar que a banalização do conceito de he­resia, frequente em nos dias de hoje, não deve ser atribuída aos tempos antigos que estamos estudando. Os pais da Igreja encaravam com a máxima seriedade as suas controvérsias contra os hereges, porque entendiam que os próprios alicerces do Cristianismo estavam em jogo nessas questões. Além de serem zelosos pela compreensão correta das Escrituras, os pais da Igreja também eram orientados pela convicção de que a suprema questão em jogo era a própria salvação. Mui­tas vezes, nessas controvérsias, chegava-se a questionar se o CRISTO, como era apresentado, poderia realmente ser o sacri­fício pelo pecado do mundo.


3.   O que os principais docetas diziam sobre Jesus?    -   Estava em frontal oposição à de­claração joanina: "Nisto conhecereis o ESPÍRITO de DEUS: todo o espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS; e todo o espírito que não confessa que JESUS CRISTO não veio em carne não é de DEUS; mas este é o espírito do anticristo..."(1 Jo 4.2,3).

Cerinto, habitante da Ásia Menor, defendia a opinião de que JESUS fora unido a CRISTO, o Filho de DEUS, por ocasião do seu batismo, e que CRISTO abandonou o JESUS terreno antes da crucificação. Acreditava que o sofri­mento e a morte de JESUS eram incompatíveis com a divin­dade de CRISTO.

Outra teoria docética, associada a Basílides, sugeria que ocorreu um engano: que Simão, o Cirineu, fora crucificado em lugar de CRISTO, escapando JESUS, desse modo, da morte na cruz (História da Teologia – Concórdia S/A – Pág18). 

Contra as heresias do docetismo, além do apóstolo João, se levantou Irineu, um dos líderes da Igreja antiga. Quanto ao docetismo, aos crentes seus contemporâneos, escreveu ele: "Torna-te surdo quando te falam de um JESUS CRISTO fora daquele que foi da família de Davi, filho de Maria, nasceu autenticamente, comeu e bebeu, padeceu verda­deiramente sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado e morreu verdadeiramente... De que me valeria estar em ca­deias, se CRISTO sofreu somente na aparência, como certos pretendem? Esses, sim, não passam de meras aparên­cias" (Documentos da Igreja Cristã – Juerp – Pág.68).

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                    II.    A AFIRMAÇÃO APOSTÓLICA DA CORPOREIDADE DE JESUS  

1.    "O que era desde o princípio" (Jo 1.1)    -    O “Logos” da filosofia era impessoal, mas o de João é uma Pessoa. O “Logos” da filosofia não é 0 mesmo de João 1.1. O Verbo Eterno tornou-se a Palavra encarnada quando foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria. Isso quer dizer que 0 Verbo se tornou homem perfeito, com corpo, alma e espírito, como descreve a Declaração de Fé das Assembléias de Deus: Em sua natureza humana, Jesus participou de nossa fraqueza física e emocional, mas não de nossa fraqueza moral e espiritual” (Hb 2.17; 4-iS)- Há inúmeras passagens bíblicas que mostram o aspecto humano de Jesus. A introdução do Evangelho de Lucas, nos três primeiros capítulos é uma prova incontestável do Jesus historico. Mas, 0 apostolo João foi enfático ao usar uma linguagem pitoresca na introdução de sua primeira carta (1 Jo 1.1) que dificulta a qualquer pessoa que queira negar a verdadeira humanidade de Cristo, ou seja, negar que Ele veio em carne, pois 0 apóstolo apresenta uma descrição.


2.   A reafirmação apostólica (v.1b)    -     Chama-nos a atenção os três verbos que o apóstolo usa nessa introdução: ouvir, ver e tocar. João está falando de sua experiência com o Verbo encarnado, afirmando categoricamente que Ele esteve e viveu fisicamente entre nós com as seguintes palavras: “0 que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida” (v. íb) - (ARC). O apóstolo usa um tempo verbal para “ouvimos e vimos” (NAA) raro no Novo Testamento e até mesmo na cultura grega antiga que indica uma ação completada no passado, mas com resultados valendo no presente, “denotando os efeitos ainda permanentes do ato de ouvir e ver”.

Parece até uma redundância, “vimos com os nossos olhos”, mas, o propósito disso é mostrar com muita ênfase, sem deixar dúvida nenhuma, que o Senhor Jesus veio em carne ao mundo e pode ser tocado e apalpado pelos que com Ele conviveram (Jo 20.27). A presença do nome de Pilatos no Credo dos Apóstolos é para estabelecer uma data de um fato histórico: a crucificação e a ressurreição de Jesus. Tudo isso aponta a falta de fundamentos sólidos da cristologia dos gnósticos.


3.   Uma crença herética (1Jo 4.2,3)    -    Cerinto (c 100) foi um dos primeiros líderes do antigo Gnosticismo que foi reconhecido como um "Heresiarca" pelos primeiros Cristãos devido aos seus ensinamentos sobre JESUS CRISTO e suas interpretações sobre o Cristianismo. Ao contrário dos ensinamentos da Cristandade ortodoxa, a escola gnóstica de Cerinto seguia a lei Judaica, usava o Evangelho dos Hebreus, negava que o deus supremo tinha feito o mundo físico e negava a divindade de JESUS. Na interpretação de Cerinto, o espírito de "CRISTO" veio a JESUS no momento do seu batismo, guiando-lhe em todo o seu ministério, mas abandonando-o momentos antes de sua crucificação.

Crenças

O relato mais antigos que sobreviveu sobre Cerinto é a refutação ao Gnosticismo de Ireneu, que foi escrito aproximadamente em 170. De acordo com ele, Cerinto era um homem educado na sabedoria dos egípcios e cuja inspiração viria dos anjos.

Cerinto, assim como os ebionitas, usava apenas uma versão do evangelho de Mateus como escritura, rejeitando os demais escritos, principalmente os do apóstolo Paulo, por o considerarem um apóstata da Lei. Esforçava-se para se sujeitar aos usos e costumes da lei judaica e à maneira de viver dos judeus. Venerava a cidade de Jerusalém como se fosse a casa de DEUS.    A tradição Cristã antiga descreve Cerinto como um contemporâneo e oponente do apóstolo João, o Evangelista, que escreveu a Primeira Epístola de João e a Segunda Epístola de João para avisar aos menos amadurecidos na fé e doutrina sobre as mudanças que ele estava fazendo nos Evangelhos originais.

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                        III.   COMO ESSAS HERESIAS SE REVELAM HOJE  

1.   Quanto as nascimento virginal de Jesus    -    Há em diversos grupos religiosos heterodoxos ou crenças inadequadas idéias ou alguns lampejos dessa falsa identidade de Cristo, apregoada pelos diversos grupos gnósticos. A doutrina de Cerinto aparece na doutrina da Igreja dos Santos do Últimos Dias, cujos seguidores são conhecidos como mórmons. O mormonismo nega o nascimento virginal de Jesus e ensina que Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo. O profeta mórmon, Brigham Young, sucessor de Joseph Smith Junior, 0 fundador do referido movimento, escreveu:

 Quando a virgem Maria concebeu o menino Jesus, o Pai o havia gerado em sua própria semelhança. Não foi gerado pelo Espírito Santo. E, quem é 0 Pai? Ele é o primeiro da família humana... Jesus, nosso irmão mais velho, foi gerado na carne pelo mesmo indivíduo que estava no jardim do Éden, que é o nosso Pai no céu... lembrem, agora, desde este tempo em diante, e para sempre, que Jesus Cristo não foi gerado pelo Espírito Santo” (Journal ofDiscourses, vol. 1, pp. 50, 51). O grifo é nosso.

Esse discurso tem a repulsa de todos os cristãos, é frontalmente oposto ao ensino bíblico. A Bíblia afirma com todas as letras que o Senhor Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo.


2.   Quanto à morte e à ressurreição de Cristo    -      Quanto à morte e à ressurreição de Cristo, existem ainda hoje alguns lampejos gnósticos e de parte dos ebionitas. Estamos falando sobre a morte de Jesus conforme o ensino do islamismo, pois eles ensinam que Jesus não morreu. E o movimento das testemunhas de Jeová, nega a ressurreição corporal de Jesus. Há uma certa semelhança entre o Jesus islâmico do Alcorão e o do gnóstico Basílides. 0 islamismo ensina que Jesus não morreu na cruz. Os muçulmanos afirmam que Jesus era santo e justo, portanto, não faz sentido Deus permitir que alguém como Jesus padeça na cruz. Isso, como se fosse comum os justos terem boa acolhida no mundo (Mt 23.35). Por isso, negam a sua morte com essas palavras:

 E por seu dito: ‘Por certo, matamos 0 Messias, Jesus, Filho de Maria, Mensageiro de Allah.’ Ora, eles não 0 mataram nem o crucificaram, mas isso lhes foi simulado. E, por certo, os que discrepam a seu respeito estão em dúvida acerca disso. Eles não têm ciência alguma disso, senão conjeturas, que seguem. E não o mataram, seguramente (Alcorão 4.157).

 Nas notas explicativas de rodapé nas edições do Alcorão, lê-se que um sósia de Jesus foi levado à cruz. “De qualquer modo, o Islão mantém firmemente o seu ponto de vista de que Jesus não foi crucificado nem morto, mas sim honrado e levado ao pé do próprio Deus”. Alguns teólogos muçulmanos dizem que Jesus foi pregado na cruz, mas que não morreu lá, teria sim desmaiado; tirado de lá naquele estado, recuperou-se no túmulo com a ajuda das mulheres. Outros dizem que Judas foi confundido com Jesus e crucificado, ou um sósia. Os fatos contra essa posição cristológica do islamismo são esmagadores à luz da Bíblia e da história. Toda essa argumentação não faz sentido algum. A cruz de Cristo sempre foi escândalo para os que perecem (1 Co 1.23). A morte e a ressurreição de Jesus estavam previstas no Antigo Testamento (Is 53.8-10; SI 16.10), cumpriram-se e estão registradas no Novo Testamento (Lc 24.44-46) para a nossa salvação (1 Co 15.3,4). O sacrifício de Jesus Cristo na cruz mostra que 0 homem é completamente incapaz de ir ao céu pela sua própria bondade e força. Negar o sacrifício de Jesus na cruz, ou fazê-lo parecer desnecessário, é uma forma de invalidar a única maneira de 0 ser humano ser salvo.


3.    Confirmação histórica    -    Historiadores não cristãos, judeus e romanos, atestaram a morte de Jesus. Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século da Era Cristã (37 -100), escreveu:  

Nesse mesmo tempo, apareceu JESUS, que era um homem sábio, se é que podemos considerá-lo simplesmente um homem, tão admiráveis eram as suas obras. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o CRISTO. Os mais ilustres dentre os de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou que o crucificassem. Os que o haviam amado durante a sua vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas haviam predito, dizendo também que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, os quais vemos ainda hoje, tiraram o seu nome (Antiguidades Judaicas 18.4.772).

A literatura judaica antiga também menciona a morte de Jesus. Algumas edições do Talmude inseriram uma baraita,17 que diz 0 seguinte: 

Na véspera da Páscoa eles penduraram Yeshu. E um arauto saiu adiante dele, durante quarenta dias (dizendo): ‘Ele vai ser apedrejado por praticar feitiçaria e seduzir e desviar Israel. Quem quer que saiba qualquer coisa a favor dele, que venha e peça por ele’. Mas não tendo encontrado nada a seu favor, eles o enforcaram na véspera da Páscoa.

O Talmude é o conjunto da Mishná e Guemará. A Mishná é 0 comentário das Escrituras (Antigo Testamento Hebraico). Está dividida em seis partes ou ordens, do hebraico seder, “ordem”, e estão organizadas em 63 tratados. A Guemará é o comentário da Mishná. Há o Talmude Babilônico e o de Jerusalém. O Talmude foi redigido num período de quase mil anos, entre 450 a.C. e soo d.C. É reconhecido pelos judeus como tendo a mesma autoridade da Bíblia (Antigo Testamento). Esse complexo literário rege a vida judaica até os dias de hoje e, desde longa data, tem exercido forte influência na vida do povo. 

O Dr. David Flusser afirma com todas as letras o Jesus histórico e acrescenta ainda: “Uma leitura imparcial dos Evangelhos Sinóticos resulta num quadro que é mais característico de um fazedor de milagres e pregador judeu do que de um redentor da humanidade”; mais adiante, na mesma página, acrescenta: “O Jesus retratado nos Evangelhos Sinóticos é, pois, o Jesus histórico, não o ‘Cristo querigmático’”.

O movimento das testemunhas de Jeová ensina uma ressurreição de Cristo diferente das tradições cristãs. Os teólogos das testemunhas de Jeová também negam, terminantemente, sua ressurreição corporal. Eles ensinam que Jesus não ressuscitou corporalmente e que Deus o materializou para convencer a Tome, provando ser 0 proprio Jesus que estava ali diante dele: “Jesus simplesmente se materializou, ou assumiu um corpo carnal, como os anjos haviam feito no passado . Eles afirmam que Jeová criou outra pessoa com as mesmas características e personalidade de Cristo: “Deus 0 ressuscitou, mas não como humano”. O corpo daquele que foi pendurado no madeiro desapareceu, argumenta ainda que foi por essa razão que Maria confundiu Jesus com o jardineiro em João 20.15.

Quando se revela ou se aponta uma heresia, é responsabilidade nossa refutá-la à luz da Bíblia, do contrário, 0 que estamos fazendo nada mais é do que a propaganda delas; em vez de apologia em defesa da verdade, torna-se um anúncio publicitário em favor da causa delas, ainda que indireta. Qualquer pessoa que lê 0 Novo Testamento, independentemente do seu grau de instrução e de sua familiaridade com a Bíblia não terá dificuldade em entender que 0 Senhor Jesus veio ao mundo como homem: “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade, Cristo Jesus, homem” (1 Tm 2.5). Diante de toda a descrição pessoal de Jesus apresentada nos evangelhos, o testemunho da história e dos historiadores seculares, é praticamente impossível negar 0 Jesus histórico, negar que Ele veio em carne. 






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


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sábado, 4 de janeiro de 2025

LIÇÃO 02 - SOMOS CRISTÃOS.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II 

            "SEJA UM ALUNO ASSÍDUO NA EBD."    



     

              TEXTO ÁUREO  

"Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus". (At 15.19)


                    VERDADE PRÁTICA

O Cristianismo é uma religião de relacionamento pessoal com o Cristo ressuscitado e não um conjunto de regras e ritos.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gálatas 2. 1-9, 14



                            INTRODUÇÃO   

Martinho Lutero disse: “Quem sabe distinguir corretamente o evangelho da lei deve agradecer a Deus e pode estar certo de que é um teólogo”. O cristianismo nasceu no contexto judaico, mas não é judaico; recebeu do judaísmo rica herança espiritual, teológica e ética, mas não é judaísmo. Por isso, não é seita. A fé cristã é centrada em Cristo e não depende de ritos e praticas judaicas para levar as pessoas à salvação. Veja que o apóstolo Paulo era um judeu ultranacionalista, doutor da Lei de Moisés, praticante inveterado da religião dos hebreus e principal expoente das doutrinas centrais de seus antepassados. Ele se considerava o homem mais crente dentre eles (G11.14). O que aconteceu com Paulo, como pôde chegar a conclusões inovadoras sobre os propósitos de Deus? Ele se despojou de todas as coisas, porque Deus lhe revelou que nada disso era necessário para a salvação. Para Deus, a fé em Jesus basta para a humanidade.


                I.    PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE

1.    Subindo outra vez a Jerusalém (Gl 2.1-2)    -     a. Catorze anos depois, subi novamente a Jerusalém: Em Gálatas 1:18-19, Paulo descreve uma viagem que fez a Jerusalém três anos depois que Jesus o encontrou no caminho para Damasco. Aqui ele descreve uma segunda viagem a Jerusalém, catorze anos depois.

i. Lembre-se do ponto de Paulo em Gálatas 1. Ele demonstrou que seu evangelho veio por uma revelação de Jesus e não do homem, nem mesmo dos apóstolos em Jerusalém. Duas visitas a Jerusalém durante 14 anos demonstraram que Paulo não se sentou aos pés dos discípulos de Jesus para aprender o evangelho.


2.     Objetivo da reunião   -   Catorze anos depois da sua conversão a Cristo, Paulo sobe pela segunda vez a Jerusalém por uma revelação” (G1 2.1,2), numa visita rápida para levar os donativos para os irmãos pobres de Jerusalém (At 11.27-30). Não confundir essa visita de Paulo com a sua ida ao Concilio de Jerusalém, registrada em Atos is. Gálatas foi escrita antes do referido Concilio. Somando os anos mencionados nessa epístola, podemos afirmar que essa visita aconteceu antes de sua primeira viagem missionária.


3.    Tito e a circuncisão   -    Barnabé e Tito integravam a comitiva de Paulo. Barnabé era judeu, natural de Chipre (At 4-36), 0 fato de Tito ser grego constituiu um risco para Paulo, mas não foi uma provocação introduzir um incircunciso no seio dos judeus. Os judaizantes queriam que Tito fosse circuncidado. Onde quer que Paulo fundasse igrejas, os judaizantes iam em seu encalço para despregar o que ele pregava. O evangelho que Paulo anunciava era  algo novo tanto para os gentios como para os judeus. Paulo chegou a ser tolerante com os fracos na fé, a ponto de circuncidar Timóteo (At 16.3); mas nessa reunião em Jerusalém, em que expôs o evangelho que pregava aos gentios, ele não cedeu nem um pouco, “nem por uma hora”(Gl 2.5). A indignação de Paulo não era com sua posição ou seu status de apóstolo de Cristo. A questão era, como declara duas vezes, a “verdade do evangelho” (G1 2.5,14). Tanto Paulo como os demais apóstolos viam em tudo isso dois problemas sérios: a ameaça à liberdade cristã e o perigo de o cristianismo tornar-se mera seita judaica. Estava em jogo a verdade do evangelho e o futuro do próprio cristianismo. Isso explica por que 0 apóstolo Paulo foi tão contundente com os judaizantes.

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                II.     A TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA 

1.   O espanto do Apóstolo    -    Ao saber das ultimas notícias da Galácia, o apóstolo ficou surpreso e indignado com essa mudança de pensamento tão rápida (G11.6). Ele chamou esses gálatas de desertores e empregou o verbo grego metatithesthe,5 usado na antiguidade quando alguém desertava do exército ou quando se rebelava contra ele. Esse verbo significa “deixar, abandonar, desertar, mudar de pensamento, virar a casaca”; indica ainda mudança de partido político, filosofia e religião. Em outras palavras, aqueles irmãos estavam abandonando a fé. O apóstolo chamou esse desvio de “outro evangelho” e amaldiçoou todo aquele que viesse a adotar tal doutrina (G11.6-9). Os judaizantes exigiam a circuncisão dos gentios convertidos ao Senhor Jesus (At 15.1,5). Isso significava minar a essência do cristianismo, reduzir a fé cristã a uma mera seita judaica. Os apóstolos tiveram que convocar uma assembléia para tratar o assunto. À luz de Atos 14.27 - 15.2, o Concilio de Jerusalém aconteceu depois dessa viagem em virtude do grande número de gentios convertidos e havia também muita controvérsia sobre o modus vivendi — “maneira de viver” — desses novos crentes. Havia judeus convertidos ao cristianismo que queriam impor aos gentios as práticas judaicas como condição para a salvação.  


2.   Quem eram os judaizantes (V.4)    -   Os judaizantes eram falsos mestres que ensinavam heresias (falso evangelho debaixo da lei) como se fossem enviados pelos apóstolos de Jerusalém, o que não era verdade. Além de falsos eram mentirosos.  Ao que parece, essa expressão indica que, embora essas pessoas se passassem por cristãs de maneira convincente, havia razão para ver a profissão de fé delas como um fingimento. Esses pseudocristãos não anunciavam seu objetivo, que era restringir a liberdade cristã (Gl 5.1,13) e levar Paulo e os novos convertidos à servidão do legalismo judaico (Gl 6.12-15). Esses falsos irmãos afirmavam que o cristão tinha de cumprir a Lei judaica para ser salvo. Eles se recusavam a confessar que a salvação era dom de Deus por meio da fé em Cristo, e nada mais. Por essa razão, Paulo não os reconhecia como verdadeiros cristãos.


3.    O clima de tensão (Vv.3-5)    -     Parece que esses falsos mestres tinham livre acesso aos apóstolos e até penetraram na reunião de Paulo, Barnabé e Tito com os apóstolos. Queriam que Paulo circuncidasse Tito, o que ele não fez. Paulo parece ter até discutido com eles e os apóstolos deram apoio a Paulo.  

Houve grande debate logo na abertura da reunião em Jerusalém até que o apóstolo Pedro tomou a palavra (At 15.7), chamando a atenção dos ouvintes. Ele evocou a revelação que recebeu para ir à casa de Cornélio, lembrando que, com essa experiência, Deus o havia escolhido para falar aos gentios (At 10). Pedro, antes de qualquer outro apóstolo, foi o primeiro que Deus escolheu para pregar aos gentios, portanto, tinha autoridade para falar sobre o assunto. O fato de os gentios haverem recebido o Espírito Santo como os judeus receberam no dia de Pentecostes mostrava que não havia mais diferença entre judeus e gentios convertidos a Cristo, pois ambos foram purificados  pela fé em Jesus (At 15.9). No versículo seguinte, Pedro reconheceu que nem mesmo os judeus puderam suportar 0 jugo da lei: “Agora, pois, por que vocês querem tentar a Deus, pondo sobre o pescoço dos discípulos um jugo que nem os nossos pais puderam suportar, nem nós?”. Então, como poderíam esses judaizantes impor esse peso sobre os gentios, e 0 pior, como condição para a salvação (At 15.5)? A declaração de Pedro: “cremos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus, assim como eles” (At 15.11) significa que judeus e gentios são salvos pela graça sem as obras da lei. Esse discurso petrino revela que ele concordou com Paulo na discussão de Antioquia, um fato acontecido anteriormente (G1 2.14). São as mesmas palavras que Paulo usou em Gálatas 2.16. Com isso, Pedro votava contra os judaizantes.

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                III.   A TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE 

1.   O mesmo evangelho    -     Não havia dois evangelhos diferentes, um para os gentios incircuncisos (NVI) e outro para os judeus circuncisos (NVI). Mas o ministério apostólico de Paulo tinha como principal alvo os gentios (Rm 11.13), enquanto o apostolado de Pedro estava, em primeiro lugar, voltado para os judeus. O fato de que Deus operou eficazmente por meio de Pedro para alcançar os judeus e com a mesma eficácia por meio de Paulo para alcançar os gentios era uma prova convincente da comissão apostólica de Paulo para os líderes em Jerusalém (Rm 1.5). E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios e eles, à circuncisão (v. 9). As destras, em comunhão eram um sinal de aceitação e amizade entre eles. Indicava o pleno reconhecimento de Paulo pelos representantes da igreja de Jerusalém. Segundo Paulo, o pedido de Tiago, Cefas e João foi apenas para que ele e Barnabé se lembrassem dos pobres — provavelmente dos pobres da Igreja na Judeia (At 11.29,30), o que reflete uma constante preocupação de Paulo (Rm 15.26).


2.   O perigo da doutrina judaizante    -   Segundo o erudito judeu messiânico David H. Stern, “essas quatro proibições são uma variante das leis estabelecidas desde os tempos de Noé, e apresentada no Talmud como os requisitos de Deus para toda a humanidade desde os dias de Noé (i. e., antes que ‘judeus’ e ‘gentios’ fossem definidos)”. 

Havia através desses falsos mestres com suas heresias a ameaça à liberdade cristã e o perigo de o Cristianismo se tornar uma mera seita judaica (o que acabou ocorrendo após a morte dos apóstolos e dos demais pais da igreja, assim chamados).

Os judaizantes, apesar de terem se convertido, não compreenderam o verdadeiro evangelho e  alteravam o cerne do Evangelho, pois colocavam a Lei como complemento da obra que JESUS efetuou no Calvário. Era, de fato, “outro evangelho”, por isso o apóstolo Paulo os amaldiçoou (Gl 1.8,9).


3.   As práticas judaizantes atuais    -    O Senhor Jesus nasceu “conforme a lei” (G14.4); cresceu e viveu dentro da cultura judaica; reconheceu as Escrituras Hebraicas e a autoridade de Moisés. Todavia, não pregou costumes judaicos, e nem seus apóstolos judaizaram o mundo. O apóstolo Paulo não deu aula sobre 0 Tetragrama no Areópago de Atenas, para explicar 0 nome “Jeová” ou “Javé”, antes, estava preocupado em desfazer o escândalo da cruz com a mensagem da ressurreição. A epístola aos Gálatas é uma apologia à liberdade cristã, contra toda a forma de legalismo. A salvação é um ato da graça de Deus, somos salvos pela fé em Jesus (G12.16). Acrescentar algo mais que isso, como condição para salvação, descaracteriza totalmente o cristianismo revelado no Novo Testamento.

Os missionários respeitaram a cultura dos povos evangelizados, eles não judaizaram o mundo. Não exigiram dos gentios o aprendizado da língua hebraica para fazer suas orações e nem exigiram recitar em hebraico o Shemá, confissão de fé dos judeus: Shema Israel Adonay Eloheino Adonay echad, “Ouve, Israel, o SENHOR, Nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4). Os judeus religiosos recitam esse versículo três vezes ao dia, no entanto, os gentios não foram obrigados a seguir esse padrão. Tampouco lhes foi exigido a prática da circuncisão, da guarda do sábado, da observação do kasherut, do uso do kipar, do talit, do shophar na liturgia e nem outras práticas.

 O cristianismo é supra cultural, muito diferente do islamismo, que arabizou 0 mundo que eles conquistaram. É importante que 0 missionário, a igreja e 0 ministério saibam disso. Muitos, por falta de preparo, se escandalizam quando vão visitar o campo missionário, num país de cultura muito diferente da nossa, como na África, por exemplo, esperam ver uma igreja brasileira cantando hinos da Harpa Cristã e com a mesma liturgia nossa e ficam desapontados ao constatarem algo diferente. 

Esses problemas existiram também nos dias apostólicos, mas eles ainda estavam começando e, a cada dia, se deparavam com uma experiência nova, mas nós estamos aqui para aprender com os seus erros e acertos. A igreja de Jerusalém enviou o homem certo para Antioquia, Barnabé, por ser cipriota, talvez tivesse mais jeito de lidar com os gentios (At 11.22). 






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         BIBLIOGRAFIA


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Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio, Em defesa da Fé Cristã, Esequias Soares -  Ed. CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe

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