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sexta-feira, 10 de maio de 2024

LIÇÃO 07 - O PERIGO DA MURMURAÇÃO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO 

"E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor." (1Co 10.10)


                    VERDADE PRÁTICA

A  prática da murmuração enfraquece a vida espiritual, acaba com a comunhão da igreja local e nos impede de desfrutar das promessas de Deus.


            LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Êx. 16.1-7; 1Co 10.10,11



                    INTRODUÇÃO 

A murmuração não pode fazer parte do contexto da vida cristã, pois apresenta atitudes de incredulidade e negatividade, visto que se trata de um murmúrio apresentando reclamações marcadas por insatisfação e descontentamento. É prejudicial em tudo para o povo de Deus, uma vez que além de ser um pecado, suas consequências são desastrosas, gerando mágoas, ressentimentos, confusões, atraso na caminhada para o Céu. Os que praticam o pecado da murmuração estão claramente declarando a falta de confiança em Deus e no seu controle, inclusive nos seus planos para nossas vidas. Agir dessa maneira é como se alguém estivesse dizendo que Ele não está sabendo fazer as coisas corretamente. O cristão não deve, sob hipótese alguma, viver na prática da murmuração. Se assim proceder, comprometerá sua espiritualidade, não tendo mais tempo para orar, visto que não confia plenamente em Deus, porque seu foco está simplesmente firmado nas queixas e reclamações. A murmuração está ligada à ingratidão, e passamos a não reconhecer mais o que Deus já fez em nosso favor, todas as bênçãos que Ele concedeu; o alvo agora é só olhar para o que está faltando, necessitando, transformando-nos em crentes rabugentos. 



                I.  A MURMURAÇÃO NA BÍBLIA

1. O que é murmurar?     -    A Bíblia descreve a murmuração como um comportamento comprometedor do crente, que acontece por meio de gestos e palavras, feito em tom baixo, em reclamações e censuras (Êx 15.24; Lc 15.2), que revela atitude de incredulidade, ingratidão, insatisfação, lamento, queixas, envolvendo circunstâncias e pessoas, bem como o próprio Deus. Israel reclamava de Arão e de Moisés, e, ao reclamarem dessas eram pessoas, logicamente estariam também reclamando de Deus, pois foi o Senhor quem os havia escolhido para tal missão. A teologia fala da murmuração como um pecado, comportamento e atitude pecaminosa, visto que, ao agir dessa maneira, o crente está se opondo aos planos que foram estabelecidos por Deus, não querendo sua vontade. Anteriormente, destacamos que o que caracteriza a murmuração é a ingratidão, insolência, rebeldia, descrença, falta de fé, resistência à soberania de Deus; tudo isso pôde ser visto na vida dos israelitas, o que resultou em atraso, fracasso e morte para a maioria deles. Não há como avançar na vida espiritual quando o coração está cheio do pecado da murmuração, pois esse mal prejudica primeiramente nossa comunhão com Deus e também com o nosso irmão.  


2.   O comportamento dos murmuradores    -   As primeiras passagens a que faremos menção sobre o comportamento de pessoas murmuradoras é a de Êxodo 16 e Números 14. Ambos dão os retratos dos principais personagens de Israel que agiram como murmuradores. Quando Israel passou a caminhar pelo deserto, reclamava de tudo, de água, comida e da liderança. Essa postura custou caro para os murmuradores, pois Deus não se agradou deles e os matou. Em Números 12, os dois irmãos de Moisés, Arão e Miriã, murmuraram contra ele por causa da mulher estrangeira, bem como tentaram atacar a liderança do irmão. O procedimento desses dois irmãos não agradou a Deus em nada, e prontamente o Senhor puniu Miriã com lepra perante todo o Israel, um ato vergonhoso, não somente isso, o comportamento dela atrasou a marcha do povo de Deus. No Novo Testamento, temos exemplo de murmuração até dos discípulos de Jesus, que depois de um discurso se apresentando como o Pão da Vida, que eles acharam pesado, muitos deixaram de segui-lo, porém, Jesus advertiu que quem quisesse ir tinha todo o direito. Depois que Cristo fez a explicação de sua pessoa como o Pão da Vida, eles viram que é preciso ter fé nEle e não buscar uma vida independente (Jo 6.68). 

A conduta pouco ética dos murmuradores faz com que, em pouco tempo, muitos sejam contagiados. A ferramenta deles é a língua, a palavra. É por isso que, em Hebreus 12.13 e 14, a Palavra de Deus recomenda: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”.


3.   O crente murmurador    -   Há um grande perigo quando o crente se torna murmurador. Ele pode tornar-se cheio de contendas, e seu testemunho não terá eficácia perante o mundo, pois todos verão que está insatisfeito com a vida e com as pessoas, reclama de tudo e de todos. Jó, no meio das piores circunstâncias de sua vida, não murmurou de nada, nem de Deus, mas compreendeu que Ele estava conduzindo todas as coisas, por isso na prova o adorou (Jó 1.20). É impossível que dos lábios do murmurador não saiam palavras negativas, depreciadoras, sujas, atacando líderes, esposas e esposos, membros, enfim, todos. É sempre bom ter todo o cuidado com o que falamos, pois como bem ensinou Jesus, nós seremos condenados ou justificados com nossa fala: “Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras, serás condenado” (Mt 12.37).  Não se pode confundir o questionamento bem intencionado e a crítica construtiva, com o pecado a murmuração. A murmuração inclui más intenções, é insensível e traiçoeira, é negativa e destrutiva, é desagregadora.   Somos desafiados a rever a maneira como tratamos nossos líderes, pois o alvo dos murmuradores é sempre a liderança. Confira a exortação contida nestas passagens bíblicas: Fp 2.25, 29, 30; I Ts 5.12 e 13; Hb 13.17.   A murmuração é incompatível com uma vida cristã marcada por fidelidade, confiança e cooperação. Esse pecado afasta a bênção de Deus e atrai o seu juízo. Por outro lado, quando se dá lugar à confiança em Deus, à união e cooperação entre os irmãos, “ali derrama o Senhor a sua bênção e a vida para sempre” (Sl 133).

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                    II.    MURMURAÇÃO: IMPEDIMENTO DA PRIMEIRA GERAÇÃO À TERRA PROMETIDA

1.  A murmuração contra os líderes escolhidos por Deus    -   Apesar de muitas vezes aparentemente o povo ter murmurado contra Moisés e Arão, na realidade eles estavam murmurando contra o próprio Deus. Em certa ocasião Moisés diz isso explicitamente: “As vossas murmurações não são contra nós, e sim contra o SENHOR” (Êxodo 16:8). A murmuração de Israel em Refidim foi tão grave que o texto bíblico identificou aquela atitude como algo que tentou a Deus (Êxodo 17:2-7).   Infelizmente a murmuração foi um comportamento que caracterizou a incredulidade de Israel e sua desesperança na providência de Deus (cf. Números 14-17). Inclusive, esse exemplo negativo foi lembrado pelos escritores do Novo Testamento como advertência aos cristãos (cf. 1 Coríntios 10:5; Hebreus 3:12-4:13; etc.).   Tornou-se uma prática comum da geração de murmuradores se levantar contra a liderança do Senhor. Em Números 20.2-13, logo que faltou água esse povo se levanta e passa a murmurar contra Moisés. Os dois líderes estavam já machucados pela reação desse povo, de modo que a ordem divina a Moisés era que ele falasse à rocha, mas na condição que se encontrava, magoado, feriu a rocha duas vezes, ato que trouxe consequências para a sua vida. Podemos nos dirigir a eles fazendo nossos questionamentos ou alguma outra coisa, mas com humildade, sinceridade e reverência, desejando de verdade os propósitos divinos.


2.   A murmuração contra Deus   -   A murmuração reflete uma miopia espiritual, que nos faz ver o pior lado de todas as coisas, inclusive das bênçãos de Deus. O povo acabara de ter saído do Egito, após 400 anos de escravidão. Deus libertou este povo com mão forte e triunfou sobre todos os deuses do Egito (Êx 12.12). No entanto, pela condução de Deus eles estavam agora no meio de um deserto. No texto, podemos ver o povo murmurando contra o SENHOR, interpretando o livramento bondoso de Deus como sendo mal, pois o povo disse: “Quem dera tivéssemos morrido por mão do SENHOR na terra do Egito” (Êx 16.2). Veja que esse tipo de murmuração já havia sido feita anteriormente, na saída do Egito, quando o povo disse: “Não havia sepulcros no Egito, para nos tirar de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, fazendo-nos sair do Egito? Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto” (Êx 14.11-12). A murmuração fez com que o povo visse o pior lado do que estava acontecendo com eles. Eles não conseguiam enxergar as bênçãos de Deus. A amorosa ação de Deus em libertá-los parecia um ato cruel! Como temos enxergado a ação de Deus nos momentos difíceis de nossas vidas? Será que em meio ao sofrimento nós podemos ver a bondosa mão de Deus sobre nós?

A murmuração reflete falta de gratidão. A murmuração reflete uma falta de agradecimento para com aquilo que Deus tem feito em nossas vidas, mesmo em meio ao sofrimento. Veja que o povo havia sido liberto do cativeiro e não fazia muitos dias que eles, ao murmurarem viram Deus transformar as águas amargas de Mara em águas doces (cf Êx 15.24-25). Geralmente o que nos conduz à falta de gratidão é a amnésia espiritual.

Murmuramos quando temos mais prazer nas coisas do mundo do que nas coisas de Deus.Por fim, muitas vezes o que está por detrás da murmuração não é porque desejamos algo melhor, mas porque temos dado mais valor às coisas do mundo do que as coisas de Deus.


3.   Por que é perigoso murmurar?    -    Podemos dizer que seis coisas acontecem quando o crente pratica o pecado da murmuração: a primeira é que ele revela que em sua vida não há fé verdadeira em Deus, pois se a tivesse, ainda que enfrentasse qualquer crise, luta, problema, dependeria e confiaria plenamente no poder de Deus. Eclesiastes nos lembra de que nós estamos embaixo e Deus está lá em cima (Ec 5.2).   Em segundo lugar, o perigo de murmurar é que o crente jamais será grato a Deus, por não reconhecer suas bênçãos concedidas. Desse modo, ele cometerá o pecado da ingratidão, marca de uma humanidade sem Deus (2 Tm 3.2). Uma pessoa ingrata nunca olha para o que alguém já fez por ela, pois sua visão ou foco está voltado apenas para aquilo que está em falta, não atentando para todas as bênçãos que já recebeu.   O terceiro perigo para o crente que murmura é sempre viver em desobediência e rebeldia, porque ele não se submete à vontade do Senhor, não crê em sua providência e não descansa em suas promessas. O quarto perigo que o crente sofre com o pecado da murmuração é que seu relacionamento com Deus é quebrado. Como glorificará a Ele com alegria e prazer quando não se confia no seu poder, não reconhece os seus benefícios? Todos os que se dão ao pecado da murmuração passam a ter um relacionamento rompido com o Senhor, afastando-se completamente dEle. O quinto perigo do pecado da murmuração é que ele afeta o relacionamento com o próximo. Isso é perigoso porque, quando começam a campear no meio do povo de Deus as queixas de um contra o outro, de imediato as divisões aparecem, pois as conversas em tom baixo vão gerando nos outros insatisfação, descontentamentos, ódio, falta de alegria, de amor. O resultado é disputa, brigas e falta de comunhão. O sexto perigo do pecado da murmuração é que ele enfraquece nossa vida espiritual. Não há como ter uma vida espiritual cheia de gozo, alegria e comunhão quando não reconhecemos a bondade de Deus manifestada para conosco, quando não vivemos com Ele em total fé e obediência, mas sempre reclamando de tudo, achando que Ele ainda não fez o suficiente por nós. Nessa condição, não tem como o cristão dobrar os joelhos e orar, o que domina o seu coração e pensamento são queixumes, reclamações e insatisfações.

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                    III.   MURMURAÇÃO: UM PECADO QUE NOS IMPEDE DE ENTRAR NA CANAÃ CELESTIAL

1.   O fim dos israelitas murmuradores    -   Por meio das Escrituras, já sabemos o fim de todo homem que não confia nem entrega sua vida a Deus. O salmista diz que o caminho do ímpio perecerá (Sl 1.6). Os israelitas infiéis, de quem Deus não se agradou, foram abatidos no deserto. Não se tratou de um ato pesado da parte de Deus, nem de uma ação arbitrária, mas por serem ingratos, desobedientes, irreverentes e murmuradores, ficaram prostrados (Nm 14.29,32,35; 26.64,65). Está plenamente provado nos acontecimentos envolvendo Israel que Deus não aceita ou tolera o pecado da murmuração. Esse ato é por demais perigoso, contagiante, gera um espírito negativista, sem fé, sem amor, sem consideração, sem obediência, sem reconhecimento, sem gratidão. Todos esses textos nos convidam a desenvolver uma vida de comunhão com Deus e sua Palavra, buscando sua vontade e confiando em sua soberania, não importando as circunstâncias, pois sabemos que Ele está no controle e que tudo redundará para louvor e glória do seu nome.


2.   O destino dos murmuradores    -   4.1. A verdade é que devemos fugir das murmurações, pois elas podem trazer sobre nós o castigo.

4.2. Israel não ficou impune por ter murmurado, ou se queixado, aos ouvidos de Deus.
4.3. Fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu extremidades do acampamento (11:1c).
Explicar o que pode ser o fogo: Fogo literal ou alguma espécie de praga. Seja como for, foi algo terrível. Inclusive, deram àquele lugar o nome hebraico de Taberá (11:3), que significa incêndio.
4.4. Não é sensato murmurar diante de Deus isto pode trazer castigo sobre nós.   


3.    Os males da murmuração    -   A primeira consequência que ela traz é criar divisões, ou seja, grupinhos na igreja. Esses grupos terão em seu meio pessoas revoltadas, ingratas, insatisfeitas, as quais causarão desarmonia entre os demais. Os membros das igrejas que estão dominados pelo pecado da murmuração não têm maturidade nem crescimento espiritual.   Por andar na prática da murmuração, as pessoas descrentes notarão naquele que se diz cristão atitudes que não correspondem à sua fé.   Novamente reforçamos a recomendação de Paulo: “Fazei todas as coisas sem murmuração nem contenda” (Fp 2.14). A murmuração, além de trazer atraso para toda comunidade de salvo, isto é, a Igreja, compromete também aquele que tem o chamado ministerial, mas que se deixa seduzir por esse pecado. Uma pessoa vocacionada retrocederá quando passar a murmurar contra os seus líderes, não querendo mais servir com prazer, alegria e voluntariedade, achando que poderia merecer alguma coisa melhor, um reconhecimento mais adequado, se esquecendo de tantas bênçãos que já recebeu.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de Apoio, A Carreira que  nos está proposta - Comentarista Pr. Osiel Gomes, Editora CPAD.

https://ipbguacui.org.br/2020/09/27/o-pecado-da-murmuracao/

https://www.icacacias.org/post/2016/02/11/o-que-est%C3%A1-por-tr%C3%A1s-da-murmura%C3%A7%C3%A3o-%C3%AAx-16110

https://escolabiblicadominical.com.br/esboco-de-pregacao-impactante-em-numeros-111-3/



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sexta-feira, 3 de maio de 2024

LIÇÃO 06 - AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 

 


                        TEXTO ÁUREO 

"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas." (2Co 10.4)


                    VERDADE PRÁTICA  

Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum.



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: LC 4.1-4, 16-20



                            INTRODUÇÃO 

As armas espirituais são os recursos que Deus disponibiliza aos crentes para que eles possam enfrentar a realidade da batalha espiritual. Na luta espiritual o cristão deve usar armas espirituais, ou seja, não adianta o crente tentar usar suas próprias forças no campo de batalha espiritual.  Esse assunto é tão sério que o apóstolo Paulo dedicou a parte final de sua Carta aos Efésios para falar justamente sobre a batalha espiritual e as armas espirituais que o crente deve usar (Efésios 6). Nesse sentido, o apóstolo ilustrou o conflito do cristão com Satanás usando a linguagem militar. Dessa forma ele enfatizou que o cristão verdadeiro deve entender que sua nova vida com Cristo também o colocou num verdadeiro campo de batalha.

Deus é maravilhoso, Ele sabe das adversidades, lutas e desafios que iremos encontrar na nossa trajetória para o Céu enquanto seguimos na jornada, por isso, coloca ao nosso dispor as armas que nos auxiliarão durante a caminhada de fé para a Sião celestial. Com essas armas da fé, o cristão poderá seguir adiante, enfrentando sem temor as tentações e resistindo às artimanhas do nosso Inimigo. 



                    I.   AS ARMAS DO CRENTE

1.   As armas    -   O armamento para a batalha espiritual não é físico ou militar. Paulo diz que as armas dos que fazem parte do exército de Cristo para o combate são espirituais (2 Co 10.4). Ao falar de armas espirituais, logo se conclui que a batalha é de outra natureza, que o inimigo é outro, descartando qualquer ideia de se fazer guerra em nome de Jesus ou do evangelho para fins humanos. Está claro que o inimigo a ser vencido é Satanás e seus demônios (Ef 6.12). Descartando o arsenal deste mundo, o cristão se vale da armadura espiritual, que pode ser encontrada em diversas passagens das Escrituras. A primeira que podemos mencionar é a Palavra de Deus, conhecida como espada do Espírito (Ef 6.17). Com ela se vencem as mentiras, os enganos, se conhece a vontade de Deus e promove santidade (Jo 17.17). Outra arma poderosa é a oração, visto que por meio dela se mantém contato com Deus, firma-se a comunhão (Ef 6.18). É pertinente lembrar que, pela leitura que se faz de Efésios 6.13-17, tem-se um conjunto completo da armadura que o cristão precisa ter para enfrentar a batalha e ficar firme. Nesta lista consta o cinto da verdade, a couraça da justiça, as sandálias da preparação do evangelho da paz, o escudo da fé e o capacete da salvação. Neste capítulo, trataremos especificamente de três armas poderosas que nos ajudam na nossa jornada espiritual para o Céu: Palavra, oração e jejum.


2.    As estratégias do Inimigo   -     O nosso Inimigo, Satanás, é perigoso, sagaz. Por isso Paulo falou que não é bom ignorar seus desígnios, isto é, o seu propósito vil (2 Co 2.11), que pelo entendimento do apóstolo havia um propósito maligno para contaminar a fé dos irmãos e desfazer a boa ordem na Igreja.   E o motivo pelo qual o crente deve usar essas armas é muito claro: “para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Efésios 6:11).     A palavra “ciladas” nesse versículo traduz um termo grego que significa basicamente “esquemas”. Isso significa que Satanás é um estrategista que emprega métodos astutos e meticulosamente planejados para atacar o crente durante sua jornada na fé. Isso inclui tentações, enganos e mentiras, todo tipo de prática imoral etc. Seu objetivo é atrapalhar o servo de Deus e minar sua confiança.    Mas as armas espirituais disponibilizadas pelo Senhor são suficientes para manter os crentes firmes contra os ataques de Satanás. Essas armas são armas de resistência, são armas que sustentam o crente durante toda sua vida cristã.     Podemos descrever oito estratégias do Inimigo que procura destruir o povo de Deus e impedir sua marcha para o Céu. A primeira estratégia dele é fazer uso da mentira e do engano. A segunda estratégia dele é a tentação. A terceira estratégia que esse adversário usa para enfraquecer o povo de Deus, criando sentimento de culpa nos crentes, fazendo-os sentir-se não perdoados é a acusação (Ap 12.10).   A quarta arma dele é distorcer as verdades divinas.   A quinta estratégia de Satanás é provocar nos cristãos desânimo e fraqueza.   temos a sexta, na qual ele se vale de cientistas, filósofos e sistemas mundanos para se levantar contra a Igreja.   A sétima estratégia do Maligno é encher o coração e a mente das pessoas de egocentrismo.


3.   O chefe de toda força do mal   -   Já descrevemos em um capítulo sobre a personalidade de Satanás, porém, bíblica e teologicamente sabemos que ele é o chefe de toda força do mal. Seus títulos e nomes expressam de fato quem ele é, um ser totalmente maligno que se opõe aos projetos de Deus e do seu povo. Esse chefe maligno é descrito em algumas partes da Bíblia como aquele que se opõe a Deus, buscando estragar a obra realizada por Cristo na vida das pessoas, isto é, a salvação (At 13.10). É tentador, trabalha constantemente para fazer as pessoas se afastarem de Deus, serem desobedientes, viverem totalmente desviadas. Não deseja que as pessoas tenham uma vida marcada pela piedade, santidade, verdade, amor, perdão e compaixão. Mesmo sendo o chefe de todo mal, jamais ele é páreo para Cristo e seus servos, que desenvolvem uma vida de comunhão perfeita com o Pai. João mostra que Jesus veio para desfazer as obras do Diabo (1 Jo 3.8). Assim, todos quantos vivem em Cristo Jesus têm a vitória contra esse inimigo (Tg 4.7; Ef 6.10-18).

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                    II.   AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

1.  A Palavra de Deus   -  O Gládio era a espada utilizada pelas legiões romanas. Era uma espada curta, de dois gumes, de mais ou menos 60 cm, mais larga na extremidade. Era muito mais uma arma de perfuração do que de corte, ou seja, devia ser utilizada como um punhal, ou uma adaga, no combate corpo-a-corpo.

Por ser uma arma de fácil manejo possibilitava ao soldado maior êxito na batalha. Apensar de ser uma arma de porte médio era também usado como arma de defesa e não somente de ofensa. A palavra de Deus é a espada do crente. Ela é a arma que o Espírito usa em suas batalhas. A palavra de Deus pode ser usada tanto na defesa como na ofensa do inimigo. O conhecimento da Palavra de Deus é responsável por nos manter de pé diante do Senhor. Ele nos livra dos laços de Satanás. Jesus usou essa arma preciosa pra se defender do inimigo (Mt 4.1-8). E essa foi a causa de sua vitória sobre Satanás. Hoje muitas pessoas são atingidas pelas mentiras de Satanás, e acabam cedendo às mentiras do engano. Heresias são difundidas por toda parte e conseguem levarem cativos milhares de pessoas. Tudo isso só é possível porque falta o verdadeiro conhecimento da Palavra de Deus. A única maneira de nos mantermos firmes diante dos ataques sutis de Satanás é através do exercício constante das disciplinas da vida Cristã. Oração, jejum, estudo da Bíblia etc. O povo de Israel pereceu porque lhes faltou o verdadeiro conhecimento de Deus (Os 4.6). O mesmo acontece hoje na vida dos cristãos indisciplinados.


2.   A Oração    -   A oração é indispensável à vida cristã como o oxigênio é indispensável à vida de todo ser vivo.

A prática do diálogo com Deus remonta as próprias origens da humanidade (Gn 4.26). E pode ser evidenciada como prática comum da vida dos servos de Deus por todas as suas páginas.

O próprio Jesus nos deu inúmeros exemplos disso; essa prática na vida de Jesus é citada pelos quatro evangelistas e com ênfase maior no evangelho de Lucas (4.21; 5.16; 6.12; 9.18,28, 29; 11.1; 22.41).

Jesus afirmou que muitos demônios só podem ser expulsos por meio de oração e jejum (Mt 17.21).

As Escrituras nos exorta a vivermos sempre em oração e nunca esmorecer (Mt 7.7,8; Lc 18.1; Rm 12.12; Cl 4.2; 1 Ts 5.17).

Os crentes da igreja primitiva viviam sempre em oração (At 1.14; 3.1; 6.4; 16.13; 1 Co 7.5; 2 Co 9.14; Fl 4.6.

A oração é uma das armas contra o poder da tentação (Lc 22.40).

Paulo em Efésios 6.18 trata da oração como sendo algo distinto da súplica “orações e súplicas”.

Alguns tentam distingui-las da seguinte forma: oração é o diálogo entre Deus e o homem, um diálogo comum, normal, uma conversa pacífica, enquanto a súplica trata especificamente de petições feitas a Deus em tom mais agressivo. Isso é implorando insistentemente a graça e favor do Senhor.


3.   O Jejum    -    O jejum como arma espiritual do cristão é importantíssimo porque por meio dele se pode desenvolver uma busca por Deus de modo mais íntimo, profundo e reverente. A negação do alimento é uma forma de esquecer por um momento a comida física e concentrar-se mais e mais em Deus, priorizando sua vontade. Os que se dedicam à prática do jejum aliado à oração fazem isso de modo humilde, revelando arrependimento sincero e quebrantamento perante Deus. O cristão pode ainda mais receber fortalecimento para a sua vida de fé, porque quem se lança a essa prática faz isso na dependência e confiança no supremo poder de Deus, crendo que Ele supre todas as necessidades, quer físicas, quer espirituais. Além de buscar orientação para a solução ou decisão de algum caso ou situação importante, isto é, que envolve um assunto bem específico, o salvo em Cristo pode também jejuar em favor de outras pessoas, seja por libertação, seja por salvação. Nesse caso, desenvolve-se um ato de intercessão na mais profunda intimidade com Deus pelo bem de outra pessoa.     Um cristão sincero jejua em segredo, como foi ensinado por Cristo (Mt 6.6-18), faz isso com um coração quebrantado, puro e verdadeiro, sem qualquer ato de hipocrisia, mas aliado à oração e à meditação na Palavra, evidenciando um ardente desejo de ser impactado por Deus. O cristão que prioriza a Palavra, a oração e o jejum em seu viver diário na busca de sua comunhão com Deus, está bem preparado, capaz e apto para crescer cada vez mais na fé e resistir às artimanhas de seu opositor, Satanás, não cedendo jamais às tentações, mas permanecendo inabalável e priorizando a vontade de Deus.

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                        III.    JESUS CRISTO: O NOSSO MAIOR MODELO

1.  Vencendo o Diabo com a Palavra   -   Jesus é o nosso modelo maior, nosso exemplo de vida. O que Ele fez em sua vida humana para estreitar cada vez mais sua comunhão com Deus também devemos fazer.   Na tentação enviada por Satanás, o propósito era fazê-lo desviar da missão para a qual havia sido enviado. O Inimigo buscou confundi-lo questionando sua identidade de Filho de Deus, mas, a cada fala do Maligno, durante a tentação, Jesus respondia apenas firmado na Palavra. Fez isso primeiramente porque confiava nela e sabia que era ela mesma que testificava de sua pessoa (Jo 5.39; Lc 24.44). Por viver na Palavra e desenvolver uma vida santa neste mundo (Hb 4.15), Jesus passou a ser o nosso sacrifício perfeito, por meio de quem a vitória contra o pecado, a morte e Satanás se concretizaram gloriosamente.   Pedro nos diz que devemos resistir ao Diabo, desse modo ele fugirá de nós, o que pode ser feito por meio da Palavra.   


2.   Vivendo em oração   -    Em nossa última pastoral, falamos sobre a nossa necessidade de crescer em uma constância na oração. Evidentemente, tudo o que demanda crescimento e constância acaba exigindo de nós uma disciplina dedicada e uma boa dose de esforço. Isso se aplica a todas as áreas da nossa vida: seja o desejo de emagrecer ou de economizar; seja a rotina de exercícios físicos ou crescimento na vida profissional. E quando nós pensamos em nossa vida de oração precisamos considerar a disciplina e o esforço. Por conta disso, enfatizamos a necessidade da vida como igreja e de rotina diária de oração. Em outras palavras, precisamos conhecer os motivos pelos quais orar e também precisamos ter um horário para orar.
      Acontece que a disciplina da oração não envolve tão somente estes dois elementos – precisamos considerar o local onde iremos orar. Ainda que nós tenhamos o hábito de orar enquanto realizamos outras tarefas (dirigindo, fazendo o serviço doméstico, na pausa para o café – e não há nada de errado nisso), nós só vamos conseguir desenvolver um crescimento constante em nossa vida de oração se separarmos também um lugar pra isso! É o “quarto, de porta fechada” – ainda que seja na sacada da sua casa, ou na mesa da cozinha, ou no seu escritório. Ali, durante aquele momento (que já foi separado antes), será o seu quarto de oração – o lugar onde o Seu Pai, que vê em secreto, verá você e o seu desejo de estar na presença dEle.


3.   Vivendo em Jejum   -  O ensino de Jesus sobre o jejum está relatado no texto acima de Mateus 6:16-18. Embora Jesus não esteja mandando jejuar, suas palavras revelam que ele esperava de nós esta prática, pois Ele disse “quando jejuardes”. Ele nos instruiu até sobre a motivação correta que se deve ter ao jejuar. E quando disse que o Pai recompensaria a atitude correta do jejum, nos mostrou que tal prática produz resultados. O próprio Jesus praticou o jejum, e lemos em Atos que os líderes da Igreja também o faziam, os pais da Igreja continuaram observando essa prática. Era costume dos fariseus jejuarem dois dias por semana (Lucas 18:12 “Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo o que ganho.” Claramente Jesus não foi contra o jejum, mas disse que depois que Ele fosse “tirado” do convívio direto com os discípulos, eles haveriam de jejuar. Entretanto, Jesus condenou a motivação errada, pois as pessoas jejuavam para provar sua religiosidade e espiritualidade, e Jesus ensinou a fazê-lo em secreto, sem alarde.” Kenneth Hagin disse: “O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois de seu jejum. Mas, jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais suscetível ao Espírito de Deus”. O jejum deixará nosso espírito atento pois mortifica a carne e aflige nossa alma. O propósito primário do jejum é mortificar a carne, o que nos fará mais suscetíveis ao Espírito Santo. Quando Jesus disse aos discípulos que não puderam expulsar um demônio por falta de jejum (Mateus 17:21 “[Mas esse tipo de demônio só pode ser expulso por meio de oração e jejum.]”), ele não limitou o problema somente a isto mas falou sobre a falta de fé (Mateus 17:19,20 “Então os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: — Por que motivo nós não pudemos expulsá-lo? Jesus respondeu: — Por causa da pequenez da fé que vocês têm. Pois em verdade lhes digo que, se tiverem fé como um grão de mostarda, dirão a este monte: “Mude-se daqui para lá”, e ele se mudará. Nada lhes será impossível.”) como um fator decisivo no fracasso daquela tentativa de libertação. O jejum ajuda a liberar a fé! O jejum em si não me faz vencer, mas libera a fé para o combate e nos fortalece, fazendo-nos mais conscientes da autoridade que nos foi delegada.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de Apoio, A Carreira que  nos está proposta - Comentarista Pr. Osiel Gomes, Editora CPAD.

https://estiloadoracao.com/armas-espirituais/

https://www.institutoteologicoadonai.com/post/as-armas-espirituais-da-f%C3%A9

https://www.iptaruma.org.br/como-cultivar-uma-vida-poderosa-de-oracao-pt-02-rev-thiago-mattos/?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwltKxBhDMARIsAG8KnqVn_n3nJCQCy06hIOr1g1VSQpz8AVEdgPSUE-YXscDNenA21wbmiK8aAtFpEALw_wcB

https://www.nazareno.com.br/post/gc-i-estudo-25-guia-pr%C3%A1tico-da-vida-crist%C3%A3o-jejum-para-que-serve


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