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| Pb. Junio - Congregação Boa Vista II |
TEXTO ÁUREO
"E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns." (At 4.32)
VERDADE PRÁTICA
O amor é o elo que mantém a unidade da igreja local. Sem o amor, não existe relacionamento cristão saudável.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 4. 32-37
INTRODUÇÃO
A Igreja de Jerusalém, no contexto bíblico, é frequentemente destacada como um exemplo de igreja cheia de amor, onde havia comunhão, generosidade e cuidado mútuo entre os membros. Essa característica é evidenciada em passagens como Atos 4:32, que descreve a unidade de coração e alma entre os crentes, onde ninguém considerava seus bens como próprios, mas tudo era compartilhado.
A igreja primitiva em Jerusalém, fundada após a ascensão de CRISTO, demonstrava um modelo de amor prático através de ações como a partilha de bens, onde ninguém era necessitado e todos eram assistidos segundo suas necessidades. Essa prática era liderada pelos apóstolos, que testemunhavam a ressurreição de JESUS e a graça abundante estava presente. DEUS Operava Diariamente Sinais, Prodígios E Maravilhas E Almas Eram Salvas Todos Os Dias.
O conceito de uma igreja cheia de amor é fundamental na fé cristã, pois ensina sobre a importância da comunhão, generosidade e cuidado mútuo entre os membros. Esse amor se manifesta na prática, promovendo a unidade e fortalecendo a igreja como um corpo.
A Igreja de Jerusalém, portanto, serve como um exemplo inspirador de como o amor cristão pode transformar uma comunidade e torná-la um reflexo do caráter de DEUS.
I. O AMOR MANIFESTADO NA COMUNHÃO CRISTÃ
1. O crescimento da Igreja Cristã - Pablo Deiros destaca que:
A maneira em que Lucas apresenta a comunidade do Reino nesses versículos é interessante, pois ele descreve como ela foi formada. Lucas menciona uma variedade de membros ativos e comprometidos dessa comunidade. Todos os crentes (v. 32). Afirma-se “da multidão dos que creram” (v. 32) que eles eram de um só sentir e pensar (lit., “um só coração e alma”) e agia com surpreendente solidariedade. Não é possível fazer uma distinção precisa entre “coração” e “mente” aqui (v. Marcos 12.30), apenas se pode dizer que a expressão indica uma atitude unânime de pensamento e afeto. Como já foi dito, tal atitude, como grupo de crentes, era refletida em sua concepção da realidade total, a tal ponto que “ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham” — quanto ao uso e exploração, não em termos de domínio ou título de propriedade. Era uma comunidade de uso, não de domínio. Cada um era dono de seus bens, mas estes estavam a serviço de todos, conforme a necessidade do momento. Era desse modo que eles “compartilhavam tudo o que tinham”.
É impossível entender essa prática da comunidade de bens sem levar em conta que não foi fruto de imposição, e sim de uma atitude de amor solidário de pessoas que de fato se consideravam membros de um só corpo, o corpo de Cristo. A necessidade de um membro era a necessidade de todos, e a bênção recebida por alguém devia ser compartilhada com todos os que precisassem de ajuda. Essas ações também não eram entendidas como obras meritórias, sacrifícios de renúncia ou voto de pobreza. Os primeiros cris tãos não exaltavam a pobreza como virtude nem faziam da generosidade imposta uma medida para forçar uma igualdade. Os fiéis compartilhavam seus bens como expressão de ação de graças a Deus pelas bênçãos.
Deiros é bastante preciso quando diz que aqueles cristãos formavam uma comunidade de “uso”, e não de “domínio”. Isso significa dizer que eles partilhavam os seus bens à medida que alguém tinha necessidade sem, contudo, serem obrigados a desfazer-se deles. Não há aqui nenhuma indicação de que aqueles crentes deveríam renunciar o seu direito à propriedade privada. Isso fica claro no caso de Maria, mãe de Marcos, que possuía uma casa que não foi vendida, continuando na sua propriedade e servindo como um local onde se faziam reuniões de oração (At 12.12).
2. Os desafios do crescimento - Craig Keener também destaca esse aspecto dessa questão:
Os verbos no imperfeito não sugerem a venda de todos os bens no ato da conversão, mas crentes vendendo as suas propriedades quando a necessidade surgia e contribuindo para um fundo comum supervisionado (àquela altura) pelos apóstolos. Â medida que a comunidade crescia e surgiam novas situações, os apóstolos, em última análise, teriam que delegar a supervisão desses assuntos a pessoas com mais tempo para isso (6.2-4). Além disso, a venda de bens podería desafiar “a atitude cultural greco-romana que racionalizava a retenção de riqueza à guisa de a pessoa poder auferir benefícios futuros, especialmente entre os seus amigos”.
A “venda” dos bens também pode evocar o chamado de Jesus ao jovem rico (Lc 18.22), o qual constitui uma espécie de modelo para todos os discípulos (12.33). Sobre a partilha de bens, vide a análise aprofundada em Atos 2.44-45 (o uso de m7tpácrKU) em At 4.34 e 5.4 está entre as características que remontam à passagem anterior); cf. também o princípio de Jesus em 20.35. A afirmação de que não havia necessitados entre eles (4.34) reflete a linguagem da comunidade bíblica ideal em Deuteronômio 15.4.
Deus prometeu que se os seus membros fossem obedientes, não havería pobreza entre eles (15.4-6), muito embora os pobres jamais deixariam a terra (15.11), porque Deus proveria recursos suficientes aos que os tinham para que eles os compartilhassem com aqueles que não os tinham (15.7-10). Destarte, Lucas retrata a Igreja Primitiva não somente em termos gregos como a comunidade ideal, mas também em termos bíblicos tradicionais (adequados para o remanescente justo de Israel; vide o comentário, especialmente, de At 1.26).
3. A vida interior - Nos primeiros dias da igreja em Jerusalém, a característica central dos cristãos era a unidade, expressa como "um só coração e uma só alma". Essa unidade se manifestava na comunhão, na partilha de bens materiais e na dedicação aos ensinamentos dos apóstolos e às orações.
A descrição da igreja primitiva em Atos dos Apóstolos (Atos 2:42-47 e 4:32-37) revela um grupo unido em que ninguém considerava seus bens como propriedade exclusiva, mas tudo era compartilhado conforme a necessidade de cada um. Essa prática de comunhão e partilha era um testemunho poderoso da fé cristã e do amor entre os irmãos.
Além disso, a igreja primitiva se dedicava ao ensino dos apóstolos, à comunhão fraterna, ao partir do pão (ceia do Senhor) e às orações, demonstrando uma vida espiritual intensa e uma busca constante por santidade. A igreja crescia em número e também em graça, com a bênção de DEUS e o reconhecimento do povo.
Em resumo, a igreja primitiva em Jerusalém era caracterizada pela unidade, comunhão, partilha e dedicação aos ensinamentos de CRISTO e dos apóstolos, resultando em um testemunho poderoso do amor e da graça de DEUS.
II. O AMOR COMO MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA
1. A graça como manifestação do Espírito - “E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.33). Lucas usa a palavra grega dynamâ, a mesma usada em Atos 1.8, para referir-se ao poder com que os apóstolos davam testemunho da ressurreição de Jesus. A ideia por trás desse texto é de uma grande demonstração do Espírito mediante milagres, sinais e prodígios. A vida em harmonia na comunidade cristã somada às demonstrações carismáticas eram reflexo da abundante graça na igreja.
2. A graça como favor imerecido - Nos primeiros dias da igreja em Jerusalém, a graça, entendida como favor imerecido de DEUS, foi central na experiência e na vida dos primeiros cristãos. Essa graça, manifestada na pessoa e obra de JESUS CRISTO, não apenas perdoava os pecados, mas também transformava vidas, unia a comunidade e impulsionava a proclamação do evangelho.
A graça como perdão e transformação:
· A graça é a base da salvação, um presente de DEUS que não pode ser conquistado por méritos humanos. JESUS CRISTO é a graça de DEUS manifestada a nós.
· Através da fé em JESUS, a graça de DEUS perdoa os pecados e restaura a pessoa.
· Essa graça não apenas perdoa, mas também capacita os crentes a viverem de maneira nova, longe do pecado e em busca da santidade.
· A transformação pela graça é um processo contínuo, onde DEUS age na vida do crente, capacitando-o a viver de acordo com sua vontade.
A graça como unidade e serviço:
· A graça de DEUS uniu a igreja primitiva em Jerusalém, criando um forte senso de comunidade e fraternidade.
· A experiência da graça comum, compartilhada por todos, levou a uma partilha de bens e recursos entre os membros da igreja.
· A graça foi o motor para o serviço e a proclamação do evangelho, levando os primeiros cristãos a compartilhar as boas novas com outros.
A graça como poder e autoridade:
· A graça de DEUS capacitou os apóstolos e outros líderes da igreja primitiva com poder e autoridade para pregar, ensinar e realizar sinais, prodígios e maravilhas.
· Essa graça não se limitava à esfera espiritual, mas também se manifestava no poder para realizar obras e testemunhar a ressurreição de JESUS.
· O favor divino, concedido pela graça, abriu portas e permitiu que a igreja primitiva crescesse e se expandisse.
A graça como um presente a ser desfrutado:
· A graça não é apenas um conceito teológico, mas uma realidade que deve ser vivida e desfrutada.
· A graça é um convite para uma vida de gratidão, onde a resposta ao amor de DEUS se manifesta em obras de serviço e amor ao próximo.
· A graça nos leva a reconhecer que somos dependentes de DEUS e que tudo o que temos e somos provém Dele.
· A graça é JESUS CRISTO e sua obra salvífica. É JESUS presente conosco.
III. A MANIFESTAÇÃO DO AMOR NA SOLIDARIEDADE CRISTÃ
1. A busca pela equidade - A equidade na fé é um conceito que se refere à justiça e à imparcialidade dentro do contexto religioso, especialmente no Cristianismo. Este princípio é fundamental para a prática da fé protestante, onde a igualdade entre os crentes é enfatizada. A equidade implica que todos os indivíduos, independentemente de sua origem, status social ou histórico, têm acesso igual à graça de Deus e às oportunidades de crescimento espiritual.
Equidade Na Fé e Liderança
A liderança dentro das comunidades de fé desempenha um papel crucial na promoção da equidade. Líderes que praticam a equidade e que são sensíveis às necessidades de todos os membros podem criar um ambiente mais justo e acolhedor. Isso inclui a promoção de uma liderança diversificada, onde diferentes vozes e experiências são ouvidas e valorizadas, contribuindo para uma comunidade mais rica e vibrante.
Impacto da Equidade Na Fé na Sociedade
O impacto da equidade na fé vai além das paredes da igreja, influenciando a sociedade como um todo. Comunidades que praticam a equidade tendem a ser mais coesas e resilientes, promovendo a paz e a justiça social. Através de ações coletivas, as igrejas podem ser agentes de mudança, desafiando estruturas injustas e promovendo um mundo mais equitativo para todos.
Equidade Na Fé e Espiritualidade
A equidade na fé também enriquece a espiritualidade individual. Quando os crentes se sentem aceitos e valorizados, eles são mais propensos a se envolverem profundamente em sua jornada espiritual. A prática da equidade permite que cada pessoa experimente a graça de Deus de maneira plena, contribuindo para um relacionamento mais íntimo e significativo com o Criador.
2. Propriedade e compartilhamento - “[...] os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos” (At 4.34). Três coisas precisam ser destacadas aqui sobre a igreja de Jerusalém: (1) a supervisão dos apóstolos, (2) a voluntariedade e (3) a solidariedade da igreja. Como resposta à abundante graça de Deus dispensada para com a igreja, os crentes logo perceberam que havia pessoas necessitadas no seu meio. A igreja não era nivelada. Houve um movimento voluntário de partilha e doação para atender os mais carentes que passou a ser concentrado nos apóstolos. Os apóstolos tornaram-se o centro de distribuição e de supervisão. Posteriormente (cf. At 6), vemos que eles dividiram ou responsabilizaram outros para que essa tarefa fosse executada.
3. Um exemplo da voluntariedade - Algumas lições ficam claras nessa narrativa. Em primeiro lugar, deve haver voluntariedade por parte dos crentes para realizar o traba lho do Senhor — isso tanto na esfera social como na missional. Mesmo aqueles que recebem alguma ajuda financeira para executar alguma tarefa não devem ter no dinheiro a sua motivação. Se isso acontecer, o seu trabalho não será realizado a contento. Isso não quer dizer que alguém não possa ser remunerado ou recompensa do financeiramente pelo que faz. Significa que o desejo de agradar a Deus deve ser a sua real motivação. Em segundo lugar, além da voluntariedade, há a necessidade de possuir-se um espírito solidário. Uma igreja que não é solidária na sua essência deixou de ser Igreja. Por natureza, uma igreja necessita ser solidária. Em terceiro lugar, uma igreja precisa de supervisão.
Os apóstolos agiam como bons gestores das coisas da igreja. Sem uma boa gestão, a igreja, ou qualquer outra instituição, está fadada ao fracasso. Infelizmente, o problema de muitas igrejas não é propriamente dos membros, mas dos seus gestores. Nem todo o mundo sabe lidar com o que lhe é confiado, especialmente se isso envolver dinheiro. Nesse caso, é necessário que haja a maior transparência possível. Uma igreja em que os seus líderes não prestam contas e relatórios do que estão super visionando terá problemas. O problema ocasionado, por exemplo, por uma falta de prestação de contas logo é seguido pela insatisfação, críticas e murmuração.
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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.
Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.
Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.
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BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de apoio - A Igreja que Nasceu em Jerusalém, Pr. José Gonçalves - Ed. CPAD
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman
(Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)
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