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segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

LIÇÃO 13 - PREPARANDO O CORPO, A ALMA E O ESPÍRITO PARA A ETERNIDADE.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                    TEXTO ÁUREO

"Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo." (Fp 3.20)


                    VERDADE PRÁTICA 

Na vinda de Jesus nosso corpo abatido será transformado em um corpo glorioso, e, como um ser integral, habitaremos para sempre com Ele no céu.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Tito 2.11-14; 1Pedro 1.13-16


                    INTRODUÇÃO 

Abrimos o primeiro capítulo deste livro mencionando o propósito es- catológico do estudo da Antropologia Bíblica, bem presente no versículo 23 de 1 Tessalonicenses, que trata da santificação plena operada no crente e que visa a parousia, a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Ressaltamos o fato de a Antropologia Científica e Cultural não oferecer respostas suficientes para o homem em relação à sua existência e muito menos lhe dar esperança quanto ao futuro, dadas as suas concepções ateístas e materialistas. O estudo do homem à luz da Bíblia, contudo, apresenta-o como criatura e imagem de Deus, formado de uma forma especial e com uma finalidade sublime que é, acima de tudo, relacionar-se com o Criador. 

Tratamos da Queda e de como ela afetou o homem em toda a sua constituição, mas destacamos o papel de Cristo como nosso Redentor Eterno, que, com o seu sacrifício na cruz do Calvário, nos resgata por inteiro: espírito, alma e corpo. Assim, com essa esperança, que se consumará com a glorificação (trans formação do corpo), devemos permanecer firmes, dedicando-nos a uma vida de mais intensa comunhão com Deus, buscando a santificação no Espírito, que é operada em nós pela graça de Deus (ver Tt 2.11-14). Em Tito 2.11-14, o apóstolo apresenta o plano de salvação (a manifestação da graça de Deus), a sua eficácia (ensinar-nos uma vida de renúncia a toda impiedade e concupiscência mundana) e o seu propósito escatológico (estar pronto para o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo). 

Assim como em 1 Tessalonicenes 5.23, Paulo apresenta a ação divina (a manifestação da graça e o seu papel santificador) e o papel humano (renunciar a impiedade e as concupiscências mundanas). O texto permite-nos ver também o caráter integral da santificação, a abolição de “toda iniquidade” (v. 14), mesmo sentido visto em 1 Pedro 1.13-16: ser santo em toda a maneira de viver. Nada pode ficar de fora, portanto, da obra santificadora de Cristo, operada em nós pelo Espírito. Devemos apresentar-nos por inteiro a fim de que nosso espírito, nossa alma e nosso corpo estejam preservados irrepreensíveis para a vinda de Cristo, que a cada dia está mais próxima. A santificação deve ser buscada nessa perspectiva escatológica, a esperança do aparecimento da eterna glória de Deus. 


                I.     PRESERVANDO A ESPERANÇA ESCATOLÓGICA

1.    O alvo celestial    -   Amar a Deus é um fator determinante para um viver santo. Somente um amor intenso ao Senhor pode levar-nos a uma santificação integral (Mt 22.37; Mc 12.30). E, pois, um amor relacionai que cumpre o principal propósito da criação do homem, que é a sua comunhão com o Criador, marca distintiva da sua condição de imagem de Deus. Esse ser finito que ama quer viver de modo a agradar o Eterno, que o criou, pois é isso que realmente lhe dá sentido à vida. Alguns personagens do Antigo Testamento destacaram- -se nesse processo, como Enoque, cuja vida agradou tanto a Deus que Ele tomou-o para si, por trasladação, sem que passasse pela morte (Gn 5.24).

 O Espírito do Deus Criador gera em nosso coração esse desejo ardente de andar com Ele, agradando-o em tudo. Isso decorre de um processo de conhecimento profundo da vontade de Deus em toda a sabedoria e inteligência espiritual, como ensinou Paulo aos colossenses, a fim de que possamos “andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo” (Cl 1.9,10). Parece-nos claro, então, que o Novo Testamento trata da santificação como uma experiência presente, mas também a apresenta com um propósito futuro, que diz respeito a outro fator motivador de uma vida de santidade, que é a esperança escatológica, o anseio do Céu. 

Assim, podemos afirmar que a base fundamental da santificação é o amor, mas a esperança da vida eterna com Cristo também é extremamente importante e indispensável para fortalecer o cristão, estimulando-o a abandonar todo tipo de pecado e purificar-se inteiramente. E andar em santidade aqui para viver para sempre com Ele ah. Portanto, a mensagem da vinda de Jesus e nossa reunião com Ele não pode ser negligenciada, sob pena de um esfriamento em relação à santificação.

 Palavra derivada do lat. sanctus; do verbo heb. qadash, "ser separado, consagrado"; do substantivo grego hagiasmos, "consagração", "purificação", "santificação"; do verbo hagiazo, "santificar", "separar das coisas profanas ou consagrar", "purificar ou santificar". O breve catequismo de Westminster define a santificação como "a obra da livre graça de DEUS, pela qual somos renovamos na totalidade de nosso ser, conforme a imagem de DEUS, e nos tornamos cada vez mais capacitados a morrer para o pecado e viver para a justiça". Esta definição, no entanto, apesar de útil ao chamar a atenção à graça soberana de DEUS, assim como à responsabilidade de cada cristão, tende a confundir a regeneração com a santificação. As principais ideias relacionadas à santificação são a separação daquilo que é pecaminoso, por um lado, e, por outro, a consagração àquilo que é justo e que está de acordo com a vontade de DEUS. A Santificação precisa ser distinguida da justificação. Na justificação, DEUS atribui ao crente, no momento em que recebe a CRISTO, a própria justiça de CRISTO, e a partir de então vê esta pessoa como se ela tivesse morrido, sido sepultada e ressuscitada em novidade de vida em CRISTO (Rm 6.4-10). É uma mudança que ocorre "de uma vez por todas" na condição legal ou judicial da pessoa diante de DEUS. A santificação, em contraste, é um processo progressivo que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a momento. Na santificação ocorre uma cura substancial da separação que havia ocorrido entre DEUS e o homem, entre o homem e os seus companheiros, entre o homem e si mesmo, e entre o homem e a natureza.


2.    Oposições à visão celestial    -    Na carreira do cristão rumo ao Céu, não apenas pecados, como também práticas específicas e embaraços (alguns muito sutis) apresentam-se para tentar levá-lo ao tropeço. O escritor aos hebreus adverte-nos: “[...] deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta” (Hb 12.1). No lugar de embaraço, a NVT traz a expressão “tudo o que nos atrapalha”, e a NVT traduz como “todo peso que nos torna vagarosos”. Cada um de nós deve estar atento quanto ao que pode estar roubando nossa visão celestial; atraindo nosso coração para outros interesses. O desejo de acúmulo de bens materiais pode ser um deles (ver Mt 6.19-21). 

Jesus proferiu esse ensino depois de ter enfrentado e vencido terríveis tentações feitas diretamente pelo Diabo, que queria seduzi-lo e tirá-lo do propósito eterno de redenção da humanidade. O tentador ofereceu-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles (Mt 4.8), esperando confiná-lo aos limites das conquistas terrenas. Jesus recusou tudo, dando-nos o exemplo de que também devemos renunciar todas as ofertas deste mundo que sejam opostas à visão celestial. Para não sermos enganados com oportunidades que nos pareçam boas, precisamos ser guiados pelo Espírito Santo. Só Ele pode capacitar-nos com o discernimento exato para todas as opções, em todas as circunstâncias.


3.    Inimigos da cruz de Cristo    -    2Co 6.17,18 “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”.


O conceito de separação do mal é fundamental para o relacionamento entre DEUS e o seu povo. Segundo a Bíblia, a separação abrange duas dimensões, sendo uma negativa e outra positiva:

(a) a separação moral e espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a JESUS CRISTO, à justiça e à Palavra de DEUS;

(b) acercar-se de DEUS em estreita e íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço a Ele.
(1) No AT, a separação era uma exigência contínua de DEUS para o seu povo (Lv 11.44; Dt 7.3; Ed 9.2).

O povo de DEUS deve ser SANTO, diferente e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a DEUS. Uma principal razão por que DEUS castigou o seu povo com o desterro na Assíria e Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos povos vizinhos (ver 2Rs 17.7,8; 24.3; 2Cr 36.14; Jr 2.5, 13; Ez 23.2; Os 7.8).
(2) No NT, DEUS ordenou a separação entre o crente e

(a) o sistema mundial corrupto e a transigência ímpia (Jo 17.15,16; 2Tm 3.1-5; Tg 1.27; 4.4);

(b) aqueles que na igreja pecam e não se arrependem de seus pecados (Mt 18.15-17; 1Co 5.9-11; 2Ts 3.6-15); e

(c) os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam erros teológicos e negam as verdades bíblicas (ver Mt 7.15; Rm 16.17; Gl 1.9; Tt 3.9-11; 2Pe 2.17-22; 1Jo 4.1; 2Jo 10,11; Jd vv.12,13).
(3) Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de

(a) ódio ao pecado, à impiedade e à conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb 1.9; 1Jo 2.15), (b) oposição à falsa doutrina (Gl 1.9),

(c) amor genuíno para com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm 9.1-3; 2Co 2.1-8; 11.28,29; Jd v. 22) e

(d) temor de DEUS ao nos aperfeiçoarmos na santificação (7.1).
(4) Nosso propósito na separação do mal, é que nós, como o povo de DEUS,

(a) perseveremos na salvação (1Tm 4.16; Ap 2.14-17), na fé (1Tm 1.19; 6.10, 20,21) e na santidade (Jo 17.14-21; 2Co 7.1);

(b) vivamos inteiramente para DEUS como nosso Senhor e Pai (Mt 22.37; 2Co 6.16-18) e

(c) convençamos o mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho (Jo 17.21; Fp 2.15).
(5) Quando corretamente nos separarmos do mal,

o próprio DEUS nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18).
(6) O crente que deixa de separar-se da prática do mal,

do erro, da impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com DEUS (6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho (6.18; cf. Rm 8.15,16).
 




                II.    PERIGOS DE TEOLOGIAS MODERNAS

1.    Um cristianismo secularizado    -      Uma das características dos últimos dias é a diminuição do fervor espiritual e o aumento do apego às questões temporais (Lc 18.8; 2 Tm 3.1-4). O desinteresse pelos assuntos celestiais e um valor desmedido às coisas terrenas é exemplificado pelos dias de Noé e de Ló (ver Lc 17.26-28). Nota-se que boa parte dessas práticas — como comprar, vender, plantar e edificar — não constitui pecado, mas serviu como atrativo para aquelas gerações perversas, que não se importavam com Deus e a sua vontade. Jesus deixa claro que esse será o cenário no mundo dos dias que antecederem a sua vinda, o que influenciará diretamente na perda da sensibilidade e da percepção espiritual. 

A expressão “e não o perceberam até que veio o dilúvio”, constante em Mateus 24.39, demonstra o quanto os contemporâneos de Noé só buscavam os seus próprios interesses, enquanto o patriarca deixara tudo para cumprir a ordem divina, de construção da arca (Gn 6.22). Para não ser vítima do secularismo, o cristão precisa apegar-se à Palavra de Deus e cumpri-la integralmente, sem tentar sofismá-la ou adaptá-la aos seus próprios interesses. E preocupante o quanto cresce uma visão secular da fé cristã em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil. De um lado, rejeita-se qualquer estrutura religiosa e defende-se uma fé individualista, sem compromisso com a comunhão. Sob o pretexto de levá-la para a arena pública, atua-se tirando-a da arena espiritual. 

A batalha contra o mal, que costumeiramente era travada por meio de práticas piedosas, como o jejum e a oração, passa a ser supostamente travada com armas carnais e humanas (v. BPE, p. 1783). Quanto mais secularismo, menos poder. Jesus espera que conservemos entre nós os verdadeiros sinais que devem seguir os que creem: expulsão de demônios, novas línguas, maravilhas e curas divinas (Mc 16.17,18). Essa é a verdadeira relevância da Igreja. Tudo isso é vivido na perspectiva e expectativa da Eternidade.


2.     Falsos discursos     -     O já citado texto de Marcos 16.17,18 demonstra a íntima relação que deve haver entre pregação e sinais na vida da Igreja em todos os tempos. Não há registro algum na Bíblia de que fossem apenas para a era apostólica. Muito pelo contrário! A operação de milagres e maravilhas deve ser uma confirmação contínua da pregação do evangelho em todos os tempos e lugares. Essa característica prática do querigma, marca distintiva do cristianismo primitivo, viu-se presente em diversos outros momentos da história e ressurgiu com vigor no Movimento Pentecostal do século XX. Por muitas décadas, as igrejas pentecostais, menos expostas às questões públicas e mais voltadas para a busca do poder espiritual e da evangelização, não foram tão influenciadas pelas críticas vindas de dentro e de fora do protestantismo. 

Na verdade, as perseguições serviram de combustível para a impulsão do crescimento do Movimento Pentecostal. Nos últimos tempos, porém, a teologia reformada causou mais influência ao pentecostalismo, exatamente quando este buscou uma maior reflexão teológica. Se, por um lado, é fato que devemos estar cada vez mais dedicados ao estudo da doutrina e da teologia, por outro lado não podemos ficar descuidados de nossos distintivos pentecostais, sob pena de ficarmos reduzidos a discursos de pouco efeito. Convém ao Pentecostalismo Clássico precaver-se de visões teológicas modernas que buscam afastar o crente da sua vida de fé pessoal e comunitária, na sua cidade, bairro ou área rural. Muito discurso e pouca  prática não resolvem. 

O Movimento Pentecostal sempre foi marcado por uma busca incessante da presença de Deus e a operação de sinais. O conhecimento teológico, que é importante, e a própria pregação bíblica, que é tão fundamental, só produzem resultado mediante o poder de Deus (Rm 1.16). Paulo, que, sem dúvida, era dotado de grande conhecimento humano, especialmente da filosofia do seu tempo, afirmou aos coríntios: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Co 2.4,5). Nossa missão é conciliar doutrina e teologia com vida prática de fé. E permanecer crendo, praticando e pregando um evangelho simples, porém integral: Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará.


3.     Prosperidade, existencialismo e engajamento    -     Embora a fé cristã seja acompanhada de muitas bênçãos terrenas, esse não é o seu núcleo ou regra geral. Conquistas materiais não são sinônimo de espiritualidade. Além de gerar desencanto, reduzir a esperança cristã a conquistas ter renas conduz a uma visão existencialista. Foi o que Paulo concluiu diante dos que, em Corinto, negavam o caráter escatológico da fé cristã. Depois de defender a doutrina da ressurreição dos mortos em Cristo, o apóstolo expõe a falta de sentido de uma fé que não tem a esperança de vida eterna (1 Co 15.19). Sendo a existência humana limitada ao viver terreno, sentido algum restaria para uma vida piedosa. Diante desse quadro hipotético, Paulo menciona logo adiante um pensamento típico da filosofia de Epicuro (341—270 a.C.): “[...] Comamos e bebamos, que amanhã morreremos”(l Co 15.32), que tem relação com a visão existencialista. Se o que resta ao homem é apenas esta vida, por que se abster de prazeres? A ênfase na esperança da vida eterna é, portanto, um grande fator motivador de uma vida de santidade. 

A questão da cosmovisão cristã 

Nos últimos vinte anos, o tema Cosmovisão Cristã foi popularizado no Brasil. A questão é: que cosmovisão cristã é essa? Quais são os seus pressupostos? Qual a sua relação com a visão de mundo pentecostal? Com raríssimas exceções, a cosmovisão cristã que tem sido difundida no Brasil é de matriz reformada. Tem como fundamento pensamentos teológicos distintos da doutrina pentecostal. Inspirada na escatologia calvinista-amilenista — que não crê no arrebatamento da Igreja e em um Milênio literal — essa visão de mundo enfatiza o engajamento cultural para a redenção dos sistemas humanos, e não a proclamação do evangelho para a salvação dos pecadores. 

Sem nenhum ufanismo, o Movimento Pentecostal Clássico apresenta fundamentos doutrinários muito mais sólidos e alinhados com o Novo Testamento em relação aos segmentos que negam a atualidade das experiências carismáticas. Os dons do Espírito são para nossos dias, e isso diz muito em relação à visão comunitária e missional da Igreja. Da mesma sorte, a visão escatológica pentecostal (futurista e dispensacionalista) está muito ligada ao comportamento e prática da Igreja, dada a crença na iminência da segunda vinda de Cristo. Não somos insensíveis em relação a nossos deveres cívicos e sociais. Vivemos, contudo, com uma esperança voltada para a eternidade, pois “nossa cidade está nos céus” (Fp 3.20).



                    III.      CONSERVANDO ESPÍRITO, ALMA E CORPO 

1.    Prontos para o retorno de Cristo    -   Na sequência, Paulo menciona virtudes que são fruto do Espírito (v. 8). Adiante, do versículo 12 ao 22, o apóstolo refere-se aos deveres do cristão na sua vida pessoal e comunitária. As condutas recomendadas nos versículos 12 e 13 exigem submissão, humildade, mansidão e domínio próprio, além de expressar outra virtude espiritual, que é a paz. O versículo 14 prossegue no mesmo sentido de uma santificação integral, que nasce do espírito e realiza-se na alma e no corpo, mencionando a paciência. O versículo 15 trata de benignidade, e o 16, de alegria; ou seja, Paulo descreve o fruto do Espírito, o ápice da vida cristã, como ponto ideal de santificação, termômetro para aferir a condição espiritual de prontidão para aguardar o retorno de Cristo. No mais, o apóstolo recomenda a prática da gratidão (v. 18), fervor espiritual (v. 19), sensibilidade e discernimento quanto à voz do Espírito (v. 20,21) e, por fim, faz uma advertência enfática e ampla: “Abstende-vos de toda aparência do mal” (5.22). Uma vez dedicando-se a esse viver santo, o cristão terá sempre a ajuda indispensável do Deus de paz, que é quem realiza em nós a obra de santificação (5.23).


2.    Uma santificação completa    -    De acordo com a Bíblia, a santificação do crente é tríplice:

 1. Santificação posicional (Hb 10.10; Cl 2.10; 1 Co 6.11; Rm 8.33, 34; 1 Jo 4.17b)

É estar "Em CRISTO"

O crente pela fé torna-se SANTO. - DEUS nos vê perfeitos. - Não há qualquer acusação contra nós.- A santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade"

Sentido posicional da Santificação

No sentido posicional todo o verdadeiro cristão é SANTO DE DEUS. Vejamos alguns aspectos desse sentido da santificação:

- A santificação posicional é um ATO SOBERANO de DEUS, mediante a obra de CRISTO (Hb10:9-10)

- O cristão verdadeiro é santificado em CRISTO (I Co 1:2)

- O cristão verdadeiro é santificado por vocação divina (Rm 1:7; Hb 3:1)

- A santificação posicional independe das nossas falhas ou imperfeições pessoais (I Co 3:1-3; cf 6:11)

- Isso não significa liberdade para andarmos como queremos. Há necessidade de SANTIFICAÇÃO PRÁTICA.

 

2. Santificação progressiva. 

É a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente.

Pode ser aperfeiçoada (2 Co 7.1). - Ocorre à medida que o ESPÍRITO o rege soberanamente - O crente a busca, em cooperação com DEUS: "Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.15).

SANTIFICAÇÃO PROGRESSIVA se refere ao crescimento gradual do crente em conhecimento e santidade, de forma que, tendo recebido justiça legal na justificação, ele pode agora desenvolver a justiça pessoal em seu pensamento e comportamento.

 

a) O lado divino da santificação progressiva.

São meios, os quais o Senhor utiliza para santificar-nos em nosso viver diário. (Hb 13.12; 1 Jo 1.7,9); (Sl 12.6; 119.9; Jo 17.17; Ef 5.26);  (Rm 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13); (Êx 29.43; 2 Cr 5.13, 14); (At 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4.11).

(1) O sangue de JESUS CRISTO - (2) a Palavra de DEUS - (3) o ESPÍRITO SANTO - (4) a glória de DEUS manifesta - (5) e a fé em DEUS


. O Pai (I Ts 5.23)
. O Filho, o Senhor JESUS CRISTO, ao verter seu precioso sangue (Hb 10.10; Hb 12.9-10)
. O ESPÍRITO SANTO (Rm 15.16; I Pe 1.2)
O poder interior e a unção do ESPÍRITO SANTO são, talvez, os maiores agentes para nos dar a vitória sobre a carne (Rm 8.13; Gl 5.17).

 

b) O lado humano da santificação.

DEUS é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste. (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22;1 Tm 5.22 ); (Êx 19.10,14; Ef 4.11,12);  (2 Tm 1.5; 3.15); (Sl 51.10; 32.6); (Lv 27.28b; Rm 12.1,2)

Os meios coadjuvantes (que auxiliam-nos) de santificação progressiva são:

(1) O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser SANTO - (2) O SANTO ministério. Dever de cooperar para a santificação dos crentes -  (3) Pais que andam com DEUS.  - (4) As orações do justo: A oração tem efeito santificador. - (5) A consagração do crente a DEUS: Rendição incondicional a DEUS

 

Ao mesmo tempo, nos é dito em várias passagens que o cristão deve santificar-se.
Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso DEUS (Lv 20.7).
Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós (Js 3.5).
Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do ESPÍRITO, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de DEUS (II Co 7.1).

Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra (II Sm 2.20-21).

De que meios os crentes podem dispor para sua santificação?

A fé (At 26.18; 15.9).
Obediência à Palavra (Jo 17.17; Ef 5.26; Sl 119.105).
Rendição ao ESPÍRITO SANTO (Jo 16.13).
Compromisso pessoal. Na experiência inicial da santificação, que tem lugar na conversão, DEUS separa o crente como vaso escolhido para o Seu uso e glória. Mas chega uma hora na vida de todo seguidor sincero do Senhor JESUS CRISTO em que ele, mediante um ato de profundo compromisso pessoal, se separa para qualquer serviço que DEUS queira que faça. Nessa ocasião, ele se afasta das coisas do mundo da carne e se dedica à vontade perfeita de DEUS para sua vida. O indivíduo recebeu JESUS CRISTO como seu Salvador, mas agora O coroa como Rei e Senhor da sua vida. Este é um ato real de santificação. Paulo se refere a isto em Rm 12.1-2).

Rendição da vida em definitivo a DEUS constitui a suprema condição para a santificação prática. E isso envolve a entrega de todos os nossos membros à vontade dEle; “Nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a DEUS, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a DEUS, como instrumentos de justiça” (Rm 6.13). Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação (Rm 6.19).

 

3. Santificação futura. 

"E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso ESPÍRITO, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO" (1 Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e final (1 Jo 3.2). Ver também: Ef 5.27; 1 Ts 3.13.

É a consumação do propósito de DEUS em nossa Santificação. Na vinda do Senhor JESUS CRISTO seremos como Ele é. Seremos transformados à Sua própria imagem, perfeitos para sempre (Rm 8:29; Fp 1:6; 3:20-21; I Jo 3:2)





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio Corpo, Alma e Espírito - A Restauração Integral do Ser Humano para chegar à Estatura Completa de Cristo, Silas Queiroz - Editora CPAD

Livro O Homem, a natureza humana explicada pela bíblia - Corpo, Alma e Espírito, Pr. Severino Pedro da Silva, Editora CPAD


EBD NA TV - Pr. Henrique, 99-99152-0454 WhatsApp, Min.Belém, SP - Canal YouTube @PrHenrique: Escrita Lição 13, CPAD, Preparando o Corpo, a Alma e o ESPÍRITO para a Eternidade, 4Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV



segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

LIÇÃO 12 - O ESPÍRITO HUMANO E O ESPÍRITO DE DEUS.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 

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                    TEXTO ÁUREO

"O  mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus." (Rm 8.16)


                    VERDADE PRÁTICA

Além do seu testemunho em nosso espírito, o Espírito Santo age no íntimo de nosso ser intercedendo, edificando e produzindo o seu fruto.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Romanos 8. 14-16; 1 Coríntios 14.14; Gálatas 5.22, 23




                            INTRODUÇÃO

A relação entre o espírito humano e o Espírito de Deus é bem retratada nas Escrituras mediante o registro das experiências do homem no seu relacionamento com o Criador. No Antigo Testamento, a descrição desses fenômenos experienciais leva mais em conta a totalidade da pessoa (a unidade), enquanto o Novo Testamento expõe mais detalhes da pluralidade (espírito, alma e corpo). Quanto ao espírito, menciona-o de forma específica como fonte inicial das realidades sobrenaturais experimentadas pelo homem na sua comunhão com Deus. 

Dessa forma, a literatura veterotestamentária e a neotestamentária completam-se no todo perfeito e harmônico do Cânon Sagrado. Gênesis 41.38 menciona José, o varão “em quem [havia] o Espírito de Deus”. Bezalel foi cheio do Espírito de Deus para que tivesse a capacidade de trabalhar na obra do Tabernáculo (Ex 31.1-3). O Espírito Santo manifestou-se em diversos outros personagens do Antigo Testamento, como nos juizes, dotando-os de poder para realizar obras extraordinárias para Deus. Sansão foi um deles. Numa das ocasiões, o Espírito apoderou-se dele tão possantemente que despedaçou um leão com as suas próprias mãos (Jz 14.5,6). Em todos esses casos, o fenômeno é completo: atinge espírito, alma e corpo, mas sem uma descrição específica da manifestação da experiência em cada parte do ser humano. 

A Bíblia simplesmente descreve a ação do Espírito na pessoa como unidade, cumprindo os propósitos divinos. Embora existam descrições da constituição humana também no Antigo Testamento, como já vimos ao longo deste livro, parece-nos claro que as obras do Espírito no Novo Testamento são descritas com maiores detalhes em relação à constituição do homem, principalmente na obra de Salvação. A agência do Espírito de Deus é geralmente demonstrada indicando o espírito como lugar de início e centralidade. A passagem de Romanos 8.16 é um exemplo disso: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. Paulo refere-se à comunicação da adoção espiritual que o Espírito de Deus faz junto com o espírito humano.  



                    I.    A OBRA INICIAL DO ESPÍRITO 

1.   Consciência e fé    -     Examinar o que as Escrituras revelam sobre a ação do Espírito de Deus no espírito humano é essencial para que não fiquemos limitados a conceitos teológicos racionalistas, formulados por quem acredita na suficiência da razão para a apreensão das verdades divinas. Por outro lado, adverte-nos quanto ao perigo de ter a experiência como fundamento norteador da fé. Nem meramente racional, nem meramente sensorial. A verdadeira fé abre-nos a porta para a essência do conhecimento espiritual, que satisfaz a alma tanto no seu aspecto intelectual quanto emocional. Contudo, o relacionamento do homem com Deus é, acima de tudo, espiritual — e começa com a regeneração. Tendo em vista que a incredulidade aloja-se principalmente no espírito, o Espírito de Deus age removendo-a, para que o ser humano responda com fé ao chamado divino para a salvação, processo que se dá por meio da pregação da Palavra: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). 

 Como afirma Warren W. Wiersbe (2021, p. 466): 

O Espírito Santo convence o mundo de um pecado em particular, o pecado da incredulidade. A lei de Deus e a consciência humana podem convencer a pessoa de seus pecados específicos, mas é a obra do Espírito, por intermédio da Igreja, que revela a incredulidade do mundo perdido. Afinal, é a incredulidade que condena o peca dor (Jo 3.18-21), não seus pecados individuais. Uma pessoa pode “limpar” sua vida, livrar-se de seus maus hábitos e, ainda assim, ir para o inferno.

Há, sem dúvida, um processo de apreensão espiritual pelo espírito e alma, que passam a conhecer a realidade deprimente da natureza humana e os seus terríveis pecados, ao passo que contemplam, em contraste, a beleza da santidade divina. Assim, envolto em convicções, sentimentos e pensa mentos — e também movido na sua vontade —, o homem, compungido, reconhece o seu estado miserável e deseja o Salvador. 

Sobre esse trabalho do Espírito no convencimento do homem morto em ofensas e pecados, Matthew Henry (2008, p. 1000/1001) acentua:

 “O Espírito, pela palavra e pela consciência, é um reprovador. Os ministros são reprovadores por ofício, e por intermédio deles, o Espírito reprova”. Henry também fala da remoção das objeções, mencionando que “o Espírito se prende especialmente ao pecado da incredulidade, que consiste no fato de não se crer em Cristo”. A. W. Tozer (2019, p. 25) argumenta: “Quem pode examinar as complexas profundezas da alma humana, nas profundezas do espírito humano, para limpá-lo? Ninguém além do Deus que o criou!”.


2.    A pedagogia do Espírito    -     Há um universo incomensurável de conhecimento espiritual — a “profundidade das riquezas” mencionada por Paulo em Romanos 11.33 — que agora podemos acessar pelo Espírito, ainda que não completamente (1 Co 13.12; 1 Jo 3.2). Como vimos enfatizando, essa obra do Espírito, de ensinar-nos toda a verdade, não está limitada ao nível do intelecto. Atinge o mais profundo de nosso ser, o lugar do espírito. Embora alinhado ao dicotomismo, a visão de Jonathan Edwards a respeito da verdadeira compreensão espiritual apresenta uma clara distinção entre apreensão meramente intelectual e conhecimento espiritual. 

Edwards fala em “intelecto” e “coração”, o que, a partir de uma visão tricotômica, diz respeito à alma e ao espírito — mas principalmente a este, em especial pela distinção com o intelecto, que é uma das faculdades da alma:

O verdadeiro cristão sente porque vê e compreende algo mais sobre as coisas espirituais do que antes. [...] Neste ponto, quero ,enfatizar que há uma grande diferença entre o conhecimento doutrinário e conhecimento espiritual Conhecimento doutrinário envolve somente o intelecto, porém o conhecimento espiritual é um sentimento do coração pelo qual vemos a beleza da santidade na doutrina cristã. Conhecimento espiritual sempre envolve o intelecto e o coração ao mesmo tempo, (ibid., p. 80)

Tozer arremata essa questão ao afirmar que os pensamentos de Deus pertencem ao mundo do espírito, e os do homem, ao mundo do intelecto, e que, conquanto o espírito possa abranger o intelecto, o intelecto humano jamais pode abranger o espírito. Os pensamentos do homem não podem penetrar nos de Deus (2000, p. 53).


3.    A renovação da mente     -    Edwards menciona a ação do Espírito em relação à transmissão do significado espiritual das Escrituras, por Ele inspirada, cuja compreensão só pode ocorrer mediante o trabalho do mesmo Espírito, libertando-nos da cegueira espiritual (p. 81). Paulo orava pelos efésios para que Cristo habitasse pela fé nos corações, a fim de que pudessem compreender e conhecer o amor de Cristo, “[...] que excede todo o entendimento” (Ef 3.19). Isso demonstra como esse processo é progressivo. Tem início na regeneração, mas deve ser buscado ao longo de toda a vida cristã. A oração é essencial para que se receba essa obra do Espírito no coração (v. 17), na mente espiritual, que compreende o espírito humano e a alma e as suas respectivas faculdades, que Paulo também reúne no conceito do “homem interior” (v. 16). 

O apóstolo apresenta aos romanos a indispensabilidade de uma consagração total — a apresentação da integralidade do ser em adoração — e um firme inconformismo com o sistema mundano como atitudes inafastáveis para a renovação da mente. Sobre o aspecto integral da consagração, é um entendimento que se extrai do evidente fato de Paulo referir-se a um sacrifício vivo (santo e agradável a Deus, que é o culto racional). Assim é a pessoa como unidade composta, em total rendição. F. F. Bruce (1979, p. 183) sugere que o melhor sentido para a expressão “culto racional” seja “culto espiritual”, para contrastar com as exterioridades do culto do Templo de Israel. O autor cita a versão americana RS\j que traz essa tradução: “culto espiritual”. 

O resumo de todo o apelo de Paulo, como destaca Bruce, é que “os crentes são exortados a deixar que a renovação das suas mentes, pelo poder do Espírito, transforme as suas vidas harmonizando-as com a vontade de Deus”. Quanto à referência ao corpo, embora seja claramente uma alusão à pessoa em unidade, também pode ser considerado como o papel do envolvimento físico no culto. Em nossas experiências, sabemos que nem sempre nossa sintonia espiritual com Deus está plenamente ativa, mas, enquanto permanecemos com nosso corpo entregue à adoração, junto com as faculdades da alma — ainda que estas, em princípio, estejam vagueando —, os fenômenos espirituais ficam cada vez mais intensos.


4.    Voz e luz     -    Comentando João 3.27, A. W. Tozer (2000, p. 53) refere -se ao conhecimento espiritual como “uma espécie de verdade que jamais pode ser captada pelo intelecto, pois o intelecto existe para a apreensão de idéias, e esta verdade não consiste de idéias, mas de rida. A verdade divina é de natureza espiritual e, por essa razão, só pode ser recebida por revelação espiritual”. Tozer refere-se ao espírito como o órgão que Deus colocou dentro do homem no momento da criação, por meio do qual se pode conhecer as coisas espirituais. Órgão que, como observa Tozer, morreu no momento do pecado (ibid., p. 54).

No seu livro Homem: Habitação de Deus, o citado autor apresenta três graus do conhecimento religioso que podem ser adquiridos pela razão, pela fé e pela experiência espiritual. O conhecimento adquirido pela razão, explica, é aquele obtido pela observação dos objetos naturais, ou seja, pela criação divina acessada pelo homem no seu cotidiano (SI 19.1,2; Pv 6.6; Mt 6.26). O conhecimento adquirido pela fé é o obtido mediante as Escrituras, que “oferece dados que se acham completamente fora e acima do poder de investigação da mente”. 

O terceiro grau de conhecimento, conforme acentua Tozer, é aquele “auferido pela experiência espiritual direta”, sobre o qual afirma: “Mediante o Espírito que em nós habita, o espírito humano é posto em contato direto com a realidade espiritual superior. Ele observa, prova, sente e vê os poderes do mundo vindouro e tem um encontro consciente com o Deus invisível” (2007, p. 46-48).3 O autor explica, contudo, que esse conhecimento é experimentado, não adquirido: “Não consiste de descobertas acerca de alguma coisa; mas é a coisa propriamente dita. Não é um composto de verdades religiosas. E um elemento que não pode ser decomposto em partes” (p. 48). 

O reconhecido autor não se refere a qualquer conhecimento que seja complementar ao revelado nas Escrituras ou que possa ser atestado à parte desta, mas de uma vida de intimidade com Deus, totalmente alinhada com as Escrituras, mas que permite ao crente viver num relacionamento dinâmico com o seu Senhor, como, ademais, viveram os santos homens de Deus de todos os tempos, inclusive os personagens da Bíblia. Deus é transcendente, mas também é imanente; é um ser relacionai, que interage com os seus filhos diariamente, dirigindo-lhes em todas as áreas da vida. A continuidade da ação divina na experiência humana é uma promessa de Cristo para todos os que nEle creem (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20; Jo 24.49; At 1.8).


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  II.     TESTEMUNHO, INTERCESSÃO E EDIFICAÇÃO


1.    O Espírito testifica ao espírito     -     Sobre o testemunho do Espírito, afirma A. W. Tozer (p. 45): “É dessa forma que Deus age: Há um testemunho imediato, uma ação do Espírito de Deus, sem intermediários, sobre o espírito do homem. Há um infiltrar, uma ação nas células daquela alma humana e uma impressão do Espírito Santo de que tudo isso é verdade”. Nesse ponto, a visão de Tozer difere do pensamento de Gordon Fee, mencionado na introdução deste capítulo, de que o Espírito dá um segundo testemunho, junto com nosso espírito. Tozer considera que o processo é o Espírito de Deus testemunhando diretamente ao espírito humano, como também entende Edwards (p. 72): 

Quando Paulo diz que o Espírito Santo testifica com nosso espírito, não quer dizer que haja duas testemunhas separadas e independentes. Quer dizer que recebemos pelo nosso espírito o testemunho do Espírito de Deus. Isto é, nosso espírito vê e declara a evidência de nossa adoção produzida pelo Espírito Santo em nós. Nosso espírito é a parte de nós que as Escrituras chamam, em outro lugar, de o coração (1 Jo 3.19-21) e de consciência (2 Cor. 1.12). 

Parece-nos ser essa a experiência espiritual descrita por Paulo: o Espírito de Deus testifica ao nosso espírito.


2.    O Espírito intercede    -    “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém,”

O apóstolo Paulo aponta para a “nossa fraqueza”, a limitação humana devida a pecaminosidade. A fraqueza é destacada pelo menos em uma coisa: “não sabemos orar como convém”. Não sabemos se o que estamos orando está conforme a vontade de Deus. Neste pacote de limitação descrito o próprio apóstolo Paulo se coloca junto.

Vamos prestar atenção em um detalhe: o apóstolo Paulo, um homem experimentado nos caminhos do Senhor. Que já havia participado em vários projetos missionários, além de ser o sistematizador do cristianismo através dos seus escritos. Ele mesmo se coloca entre aqueles que não sabem oram como convém. Que dirá nós que somos tão pequenos na obra de Deus?

A dificuldade está em saber pelo que orar em determinadas situações. Orar para Deus levar para si, e acabar com o sofrimento? Ou orar para Deus curar. Orar para Deus manter o meu emprego atual ou orar para arrumar um emprego melhor?

São tantas as situações nas quais não sabemos como Deus quer terminar e muitas vezes acabamos orando em direção contrária à vontade de Deus.

Lembremo-nos de que nós, por nós mesmos, fazemos umas orações que não dá em nada, nada recebemos. Porque pedimos mal, para esbanjarmos em nossos prazeres (Tiago 4.3).

Então por que oramos: porque o Espírito Santo não assume essa função para sempre e daí e nós deixamos de orar? A resposta é que:

  • Deus quer ouvir a voz de Seus filhos em oração e ações de graças;
  • O espirito Santo ora nos corações daqueles que oram;
  • Deus ordenou a oração e prometeu atender as orações que estiverem conforme a Sua vontade e;
  • Deve haver muitas orações que não precisam de intercessão do Espirito Santo, por estarem plenamente conforme a vontade de Deus.

Continuando veremos que O Espírito Santo Intercede Por Nós…

2. PORQUE DEUS SABE QUAL É A INTENÇÃO DO ESPÍRITO (v. 26b-27a)

“mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente [qual é a intenção] do Espírito,”

O que são os gemidos inexprimíveis? Esses gemidos são Espírito Santo ou dos filhos de Deus?

As nossas orações são feitas por meio do Espírito Santo que está em nós. As palavras que emitimos são inspiradas e direcionadas pelo Espírito Santo de forma que estejam em conformidade com a vontade do Pai. Dessa forma, os gemidos emitidos nas nossas orações com o coração cheio de angústias e sofrimentos, são os nossos gemidos, reproduzidos pelo Espírito Santo, quando levados ao Pai, na Sua intercessão por nós.

Deus, aquele que sonda os corações, sabe qual é a intenção do Espírito Santo. O que está em foco neste versículo não é a intenção dos crentes, mas sim, a intenção do Espírito.

Em Tiago 4, nos deparamos com a pergunta no v. 5: “Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele [Deus] fez habitar em nós?

O significado dessa passagem de Tiago, associado com Rm 8.27a é pelo menos a seguinte: “o Espírito ama os santos de forma tão gloriosa que anseia pelo grande dia em que, libertados de todo mancha de pecado, glorifiquem a Deus de eternidade em eternidade na perfeição de santidade e alegria.”

Desde o Antigo Testamento vemos a intercessão de Deus pelos Seus escolhidos, enfraquecidos pela desobediência, quando, falando através da boca do profeta Oseias, disse: “Israel, como poderia eu abandoná-lo? Como poderia desampará-lo? Será que eu o destruiria, como destruí Admá? Ou faria com você o que fiz com Zeboim? Não! Não posso fazer isso, pois o meu coração está comovido, e tenho muita compaixão de você.” (Os 11.8 NTLH).

Para concluir iremos saber que O Espírito Santo Intercede Por Nós…

3. PORQUE É PELA VONTADE DE DEUS (v. 27b)

“porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.”

O comentarista bíblico William Hendiksen nos dá a seguinte explicação:

  • Romanos 8 ensina que os crentes possuem dois intercessores: o Espírito Santo e Cristo. Cristo efetua sua tarefa intercessória no céu (Rm 8.34; Hb 7.25; 1Jo 2.1), o Espírito Santo, na terra. Conforme 1Jo 2.1 que diz: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;”

  • A intercessão de Cristo se dá fora de nós, a do Espírito Santo, dentro de nós, ou seja, em nosso próprio coração, conforme Jo 14.16, 17 que diz: “16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, 17o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.”

  • Cristo ora para que os méritos de sua obra redentiva seja plenamente aplicada aos que nele confiam. O Espírito Santo ora para que as necessidades profundamente ocultas de nosso coração, necessidades essas que nós mesmos às vezes nem mesmo reconhecemos, sejam satisfeitas.

  • A intercessão de Cristo pode ser comparada com a de um pai, o líder da família, em prol de todos os membros da família, A intercessão do Espírito Santo nos lembra, antes, a de uma mãe ajoelhada ao lado do berço de seu filhinho enfermo, e apresentando em sua oração as necessidades do filho diante do Pai celestial.

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  III.     EDIFICAÇÃO E FRUTO DO ESPÍRITO  


1.      O espírito ora bem    -   A Bíblia diz através de Isaías 28.9 A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a entender doutrina? Ao desmamado do leite, e ao arrancado dos seios?

10 Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali.

11 Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo.

12 Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir.

13 Assim, pois, a palavra do Senhor lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos.

1 Co 14.21 Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.

O ensino de Paulo sobre línguas espirituais (ou estranhas) divide-se em três grupos:

1- Lingua falada no batismo como sinal ou confirmação do batismo. JESUS é quem batiza. Língua de oração. Edificação Própria.

2- Língua como Dom do ESPÍRITO SANTO. Este Dom é Concedido pelo ESPÍRITO SANTO. Variedade de Línguas - Edificação da Igreja.

3- Dom de profecia (que pode vir em línguas e interpretação). Pode a profecia ser na língua de origem do ouvinte, mas pode vir em línguas mais interpretação, o que equivale a profecia.


As línguas são úteis para louvor e adoração a DEUS. "falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração"  (Efés. 5:19, Colos. 3:16).Todo crente deve ser batizado no ESPÍRITO SANTO e deve orar em línguas todos os dias de sua vida aqui na Terra para edificação própria. O que fala em língua edifica-se a si mesmo, ... 1 Coríntios 14:4a; Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO (Grifo nosso - orando em línguas) Judas 1:20. Quando o crente ora em línguas não entende o que está falando, mas seu espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO entende e fica fortalecido para vencer as lutas na esfera espiritual, no campo de batalha espiritual.

ORAR BEM - Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem.... (1 Coríntios 14:14a)

O apóstolo Paulo dava tanto valor ao falar em línguas que declara seu dom de línguas ao coríntios: Dou graças a DEUS, que falo em línguas mais do que vós todos. 1 Coríntios 14:18.

Na igreja devemos evitar falar em línguas em voz alta para não atrapalhar as manifestações do ESPÍRITO SANTO e também para que a mensagem pregada e explicada seja ouvida por todos.

Paulo diz que enquanto um irmão está sendo usado em profecias ou em dom de línguas com interpretação os outros devem estar calados ou falando em línguas bem baixinho para não atrapalharem a manifestação dos ESPÍRITO SANTO e apara que todos ouçam e para que todos sejam edificados.

Não se deve proibir falar em línguas, mas educar aqueles que falam - Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. 1 Coríntios 14:39


2.     O ápice da vida cristã     -    Fruto do ESPÍRITO e dons espirituais não deveriam ser exclusivistas, mas duas realidades complementares que revelam todo o conselho de DEUS. Quem é cheio do ESPÍRITO deve desejar o Fruto do ESPÍRITO na mesma intensidade que deseja os dons espirituais. Se os dons são sinais poderosos para a evangelização e edificação da igreja, o fruto do ESPÍRITO é o testemunho poderoso de uma natureza purificada em meio à geração corrompida. Ora, no meio das trevas quem é luz é como quem segura uma tocha iluminada a meia-noite. Assim, o fruto do ESPÍRITO é o testemunho do "eu crucificado" com CRISTO. Esse "eu" não é mais regido pelos instintos primitivos e animalescos da Carne, mas pela direção harmoniosa, calma e serena do ESPÍRITO SANTO.

CUIDADO COM O ORGULHO RELIGIOSO - O FRUTO É DO ESPÍRITO SANTO, NÃO NOSSO. QUANTO MAIS NOS ENTREGAMOS AO ESPÍRITO SANTO, MAIS NOS PARECEMOS COM JESUS.      NÃO HÁ DOM DO ESPÍRITO SANTO SEM AMOR AO PRÓXIMO, POIS É PRECISO QUE AQUELE QUE RECEBE O DOM O MINISTRE AOS OUTROS.       QUEM RECEBE DOM DO ESPÍRITO SANTO VIVE EM JEJUM, ORAÇÃO E ESTUDO DA BÍBLIA. PORTANTO O FRUTO DO ESPÍRITO ESTÁ PRESENTE COM CERTEZA EM QUEM É USADO EM DONS DO ESPÍRITO SANTO.


 O fruto é singular, é um só fruto com 9 qualidades ou aspectos (exemplo didático - uma laranja com 9 gomos).

As qualidades são iniciadas pelo amor, sem a qual, as outras não serão desenvolvidas pelo ESPÍRITO SANTO no crente. O amor é sacrificial e exigirá uma contínua submissão ao ESPÍRITO SANTO.

JESUS quando expulsou os cambistas do templo (Mt 21.12), ou quando chamou Herodes de raposa (Lc 13.32), ou quando discutiu e chamou os religiosos de hipócritas e sepulcros caiados (Mt23.27), não deixou de ser cheio do ESPÍRITO SANTO e nem deixou de ter em si o Fruto do ESPÍRITO SANTO e todas suas qualidades inerentes a ele.

Paulo quando repreendeu Pedro na presença de todos (Gl 3.11) ou quando discutiu, contendeu e se separou de Barnabé (Atos 15.37-40), não deixou de ser cheio do ESPÍRITO SANTO e nem deixou de ter em si o Fruto do ESPÍRITO SANTO e todas suas qualidades inerentes a ele.




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio Corpo, Alma e Espírito - A Restauração Integral do Ser Humano para chegar à Estatura Completa de Cristo, Silas Queiroz - Editora CPAD

Livro O Homem, a natureza humana explicada pela bíblia - Corpo, Alma e Espírito, Pr. Severino Pedro da Silva, Editora CPAD

https://teologia.plus/o-espirito-santo-intercede-por-nos/

EBD NA TV - Pr. Henrique, 99-99152-0454 WhatsApp, Min.Belém, SP - Canal YouTube @PrHenrique: Escrita Lição 12, CPAD, O Espírito Humano e o Espírito de Deus, 4Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV