
Leitura Bíblica: João 14. 15-17.
INTRODUÇÃO
Umas das doutrinas teológicas mais difíceis
de compreender, e afeitas (mudar
(a aparência própria ou alheia), esp. com ornamentos, numa tentativa de
imitação (de alguém ou algo), a muitas heresias, é a doutrina do Espírito Santo. A
sua personalidade e divindade, bem como sua operação, foram questionadas por
vários teólogos a partir do segundo século. Mesmo hoje nos círculos cristãos
mais conservadores, a contemporaneidade dos dons e milagres, obra do Espírito
Santo, divide muitas opiniões.
Ø
Definindo
melhor a doutrina – Pneumatologia é nomeada como
doutrina do Espírito Santo, mas encontramos outros termos associados a essa
doutrina que merece uma análise demorada. Em alguns livros teológicos
encontramos expressões como “Paracletologia” e
“Pneumatologia”. Paracletologia é
oriunda de duas expressões gregas: “Parákletos” – consolador, ajudador,
intercessor, advogado; “Logia” – doutrina, tratado, e ciência. Dessa maneira o
significado seria Doutrina do Consolador, essa abordagem não contempla a sua
pessoa, mas sim sua função. “Pneumatologia”
É formada por dois termos gregos: “Pneuma” – Espírito, e “Logia” – doutrina,
ciência, aqui teríamos, então, “Doutrina do Espírito”, essa definição não deixa
claro que tipo de espírito está sendo estudado, se o Espírito Santo, o espírito
do homem ou dos anjos. A expressão do ponto de vista semântico (Semântica é um ramo da linguística que estuda
o significado das palavras, frases e textos de uma língua), seria “Pneumagiologia”, formada pelas palavras
gregas: “Pneuma” – Espírito; “hágios” – Santo; “Logia” – Doutrina.Temos a
Doutrina do Espírito Santo, que faz justiça a toda abordagem feita em torno da
doutrina.
A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO NA HISTÓRIA
I-
O CONCEITO DO E.S.
ANTIGO TESTAMENTO
O papel do Espírito Santo no Antigo Testamento é muito
parecido com o seu papel no Novo Testamento. Quando falamos do papel do
Espírito Santo, podemos discernir quatro áreas gerais nas quais o Espírito
Santo trabalha: 1) regeneração, 2) habitação (ou enchimento), 3) contenção e 4)
capacitação para o serviço. Evidências dessas áreas do trabalho do Espírito
Santo são tão presentes no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento.
Ø A primeira área do trabalho do Espírito está no
processo de regeneração. Uma outra palavra para regeneração é
"renascimento", do qual obtemos o conceito de “nascer de novo”. O
texto de prova clássico para isto pode ser encontrado no evangelho de João:
"Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de
novo" (João 3:3). Isso levanta a questão: o que isso tem a ver com a obra
do Espírito Santo no Antigo Testamento? Mais tarde, em seu diálogo com
Nicodemos, Jesus diz-lhe: "Você é mestre em Israel e não entende essas
coisas?" (João 3:10). O ponto que Jesus estava destacando é que Nicodemos
deveria saber a verdade de que o Espírito Santo é a fonte de vida nova porque
isso é revelado no Antigo Testamento. Por exemplo, Moisés disse aos israelitas
antes de entrar na Terra Prometida que "O Senhor, o seu Deus, dará um
coração fiel a vocês e aos seus descendentes, para que o amem de todo o coração
e de toda a alma e vivam" (Deuteronômio 30:6). Esta circuncisão do coração
é a obra do Espírito de Deus e pode ser realizada somente por Ele. Vemos também
o tema da regeneração em Ezequiel 11:19-20 e Ezequiel 36:26-29.
O fruto do trabalho regenerador do Espírito é a fé (Efésios 2:8). Agora sabemos que havia homens de fé no Antigo Testamento porque Hebreus 11 nomeia muitos deles. Se a fé é produzida pelo poder regenerador do Espírito Santo, então este deve ser o caso dos santos do Antigo Testamento, os quais olhavam adiante para a cruz, acreditando que o que Deus havia prometido em relação à sua redenção iria acontecer. Eles viram as promessas "de longe e de longe as saudaram" (Hebreus 11:13), aceitando pela fé que Deus realizaria o que prometera.
O fruto do trabalho regenerador do Espírito é a fé (Efésios 2:8). Agora sabemos que havia homens de fé no Antigo Testamento porque Hebreus 11 nomeia muitos deles. Se a fé é produzida pelo poder regenerador do Espírito Santo, então este deve ser o caso dos santos do Antigo Testamento, os quais olhavam adiante para a cruz, acreditando que o que Deus havia prometido em relação à sua redenção iria acontecer. Eles viram as promessas "de longe e de longe as saudaram" (Hebreus 11:13), aceitando pela fé que Deus realizaria o que prometera.
Ø O segundo aspecto da obra do Espírito no Antigo
Testamento é habitar, ou seja, encher. Aqui é onde a
principal diferença entre os papéis do Espírito no Antigo e Novo Testamento é
aparente. O Novo Testamento ensina a habitação permanente do Espírito Santo nos
crentes (1 Coríntios 3:16-17; 6:19-20). Quando colocamos nossa fé em Cristo
para a salvação, o Espírito Santo vem morar dentro de nós. O Apóstolo Paulo
chama isso de habitação permanente, a "garantia da nossa herança"
(Efésios 1:13-14). Em contraste com este trabalho no Novo Testamento, a
habitação no Antigo Testamento era seletiva e temporária. O Espírito
"apoderava-se" de certas pessoas do Antigo Testamento como Josué
(Números 27:18), Davi (1 Samuel 16:12-13) e até Saul (1 Samuel 10:10). No livro
de Juízes, vemos o Espírito "apoderando-se" dos vários juízes que
Deus tinha levantado para libertar Israel de seus opressores. O Espírito Santo
veio sobre estes indivíduos para tarefas específicas. A habitação era um sinal
do favor de Deus sobre aquele indivíduo (no caso de Davi), e se o favor de Deus
abandonava uma pessoa, o Espírito sairia (por exemplo, no caso de Saul em 1
Samuel 16:14). Finalmente, o Espírito "apoderando-se" de um indivíduo
nem sempre indicava a condição espiritual da pessoa (por exemplo: Saul, Sansão
e muitos dos juízes). Assim, enquanto no Novo Testamento o Espírito só habita
os crentes e de uma forma permanente, o Espírito veio sobre certos indivíduos
do Antigo Testamento para uma tarefa específica, independentemente da sua
condição espiritual. Uma vez que a tarefa foi concluída, o Espírito
presumivelmente saía dessa pessoa.
Ø O terceiro aspecto da obra do Espírito no Antigo
Testamento é a Sua contenção do pecado. Gênesis 6:3 parece indicar que o Espírito Santo
restringe a pecaminosidade do homem, e que essa restrição pode ser removida
quando a paciência de Deus sobre o pecado chegar a um "ponto de
ebulição". Este pensamento é repetido em 2 Tessalonicenses 2:3-8, quando
no fim dos tempos uma crescente apostasia vai sinalizar a vinda do juízo de
Deus. Até o tempo predeterminado quando o "homem do pecado" (v. 3)
será revelado, o Espírito Santo restringe o poder de Satanás e o soltará apenas
quando fazê-lo cumprir os Seus propósitos.
Ø O quarto e último aspecto da obra do Espírito no
Antigo Testamento é a concessão da capacidade para o serviço. Muito parecido com
a maneira em que os dons espirituais operam no Novo Testamento, o Espírito
capacita certos indivíduos para o serviço. Considere o exemplo de Bezalel em
Êxodo 31:2-5, o qual foi dotado para fazer muito do trabalho de arte
relacionado com o Tabernáculo. Além disso, recordando a habitação seletiva e
temporária do Espírito Santo discutida acima, vemos que estes indivíduos foram
dotados para executar determinadas tarefas, assim como reinar sobre o povo de
Israel (por exemplo, Saul e Davi).
Poderíamos mencionar também o papel do Espírito na criação. Gênesis 1:2 fala do Espírito "pairando sobre as águas" e superintendendo a obra da criação. De forma semelhante, o Espírito é responsável pela obra da nova criação (2 Coríntios 5:17) ao trazer pessoas ao reino de Deus através da regeneração.
Poderíamos mencionar também o papel do Espírito na criação. Gênesis 1:2 fala do Espírito "pairando sobre as águas" e superintendendo a obra da criação. De forma semelhante, o Espírito é responsável pela obra da nova criação (2 Coríntios 5:17) ao trazer pessoas ao reino de Deus através da regeneração.
II - O CONCEITO DO E.S NO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento é, por excelência, o livro do Espírito Santo. A
começar por Mateus 1.18, onde lemos que Maria "se achou ter
concebido do Espírito Santo", até
Apocalipse 22.17, "Espírito
e a noiva dizem: Vem" todo o NT esta repleto de
referências a respeito da Pessoa e da obra do Espírito Santo. Por esta razão,
podemos afirmar que uma adequada teologia pneumatológica só poderá ser
elaborada, levando em conta a totalidade da revelação apresentadas na Bíblia. O
NT completa a revelação iniciada no AT a respeito do Espírito Santo, no
entanto, com mais clareza, afirma ser Ele uma Pessoa da Divindade, destacando
seu caráter santo, símbolos e os nomes pelos quais Ele é designado. Já nos
quatro Evangelhos encontraremos farta referências de suas atividades,
especialmente em relação ao ministério de Jesus. Encontramos por exemplo
citações tais como:
· O Espírito Santo enchendo Jesus na ocasião do seu batismo. Lc 3.21,22
· O Espírito Santo guiando Jesus. Lc 4.1
· Jesus expulsando demônios pelo poder do Espírito Santo. Mt 12.28
· Jesus se oferecendo em sacrifício pelo poder do Espírito Santo. Hb 9.14
· Jesus sendo ressuscitado pelo poder do Espírito Santo. Rm 1.4
Fica claro, no NT uma íntima
relação entre o Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade, com o Senhor
Jesus, a Segunda Pessoa da Trindade Santa “Mas, quando vier o
Consolador, que Eu da parte do Pai vos hei de enviar, a
saber, aquele Espírito de verdade que procede do Pai, ele Vos testificará de mim” Jo 15:26. Pela descida do
Espírito Santo na hora do seu batismo o próprio Jesus foi solenemente
constituído como ungido e eleito de Deus, de acordo com as predições dos
profetas O
SENHOR Deus diz: “Aqui está o meu servo, a quem eu fortaleço, o meu escolhido,
que dá muita alegria ao meu coração. Pus nele o meu Espírito, e ele anunciará a
minha vontade a todos os povos. Is 42:1. Naquele momento Ele foi ungido
por Deus com o Espírito Santo e com força, constituído como o Messias (ungido)
esperado. No início de sua vida pública que foi inaugurada sob o influxo do
Espírito Santo. Ela
fala a respeito do Filho de Deus, o nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, como ser
humano, foi descendente do rei Davi. E, quanto à sua santidade divina, a sua
ressurreição provou, com grande poder, que ele é o Filho de Deus. Rm 1:4.
I. EXPRESSÕES REFERENTES AS ATIVIDADES DO ESPÍRITO SANTO.
A maior parte das expressões usada no AT referente as atividades do
Espírito Santo, encontra-se também descritas no NT:
· O Espírito Santo
vem do alto, do céu. ...Os mensageiros do
evangelho, que falaram pelo poder do Espírito Santo, mandado do céu, anunciaram a vocês
essas verdades. Essas são coisas que até os anjos gostariam de entender. 1Pe 1:12b
· Do Pai. Quando chegar o
Auxiliador, o Espírito da verdade, que vem do Pai, ele falará a respeito
de mim... Jo 15:26a
· Ele desce. Quando Pedro ainda
estava falando, o Espírito Santo desceu sobre todos os que
estavam ouvindo a mensagem. At 10:44
· É enviado ou dado
pelo Pai. Porque
o Espírito que vocês receberam de Deus não torna vocês
escravos e não faz com que tenham medo. Pelo contrário, o Espírito torna vocês
filhos de Deus; e pelo poder do Espírito dizemos com fervor a Deus: “Pai, meu
Pai!” Rm 8:15
· Derramado. É isto o que eu vou
fazer nos últimos dias, diz Deus :Derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas.
Os filhos e as filhas de vocês anunciarão a minha mensagem; os moços terão
visões, e os velhos sonharão. At 2:17
· Enche. Todos ficaram cheios do
Espírito Santo e começaram a falar em
outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa. At 2:4
· Repousa. João continuou: Eu vi o
Espírito descer do céu como uma pomba e parar sobre ele. Jo 1:32
· Mora. Certamente vocês sabem
que são o templo de Deus e que o Espírito de Deus vive em vocês. 1Co:6.19
II. SUA AÇÃO NA IGREJA.
No NT, o Espírito Santo é sempre
visto como a pessoa divina com capacidade influenciadora universal, que
testifica sobre o pecado, a retidão e o julgamento, controlando o mal que há no
mundo e convencendo os homens do pecado, e atuando sobre eles através de sua
influência, personalidade e presença. Quando
o Auxiliador vier, ele convencerá as pessoas do mundo de que elas têm uma idéia
errada a respeito do pecado e do que é direito e justo e também do julgamento
de Deus. Jo 16:8. Sendo pois o Espírito Santo o único que pode
regenerar a uma alma humana, mediante seu toque operador e transformador Quem nasce de pais
humanos é um ser de natureza humana; quem nasce do Espírito é um ser de
natureza espiritual. Jo 3:6. Todos os crentes, segundo o NT,
indistintamente, devem possuir o Espírito Santo. Vocês, porém, não vivem
como manda a natureza humana, mas como o Espírito de Deus quer, se é que o
Espírito de Deus vive realmente em vocês. Quem não tem o Espírito de Cristo não
pertence a ele. Rm 8:9, ainda que a sua influência possa variar
gradativamente de um determinado crente para outro, dependendo para isso
exclusivamente de como cada qual se permita ser controlado por Ele. Que o Espírito de Deus,
que nos deu a vida, controle também a nossa vida! Gl 5:25. É igualmente o Espírito Santo que
forma a unidade da Igreja, em um corpo. Cristo é como um corpo, o qual tem muitas
partes. E todas as partes, mesmo sendo muitas, formam um só corpo. Assim,
também, todos nós, judeus e não-judeus, escravos e livres, fomos batizados pelo
mesmo Espírito para formar um só corpo. E a todos nós foi dado de beber do
mesmo Espírito. 1Co 12:12-13. A presença habitadora do Espírito
Santo, entre os crentes, no NT, passa a ser contínua e perpétua. Eu pedirei ao Pai, e
ele lhes dará outro Auxiliador, o Espírito da verdade, para ficar com vocês
para sempre. Jo 14:16. Essa presença habitadora produz
frutos no crente, similares a natureza moral positiva de Deus (Gl 5:22,23). O
alvo precípuo da implantação dos frutos do Espírito no crente, bem como de
todas as suas operações na alma, é o de transformar os salvos segundo a imagem
de Cristo, nos termos mais literais possíveis, de tal modo que estes venham a
compartilhar da natureza moral e essencial de Cristo. Portanto, todos nós,
com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai
ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com
o Senhor, que é o Espírito.2Co 3:18. E, sendo o Espírito Santo aquele que nos impulsiona na direção desse
alvo, o NT apresenta Ele como o intercessor em favor dos crentes, orando
naquilo que o crente nem ao menos é capaz de proferir, visando o benefício dos
mesmos. Assim
também o Espírito de Deus vem nos ajudar na nossa fraqueza. Pois não sabemos
como devemos orar, mas o Espírito de Deus, com gemidos que não podem ser
explicados por palavras, pede a Deus em nosso favor. Rm 8:26. O Espírito Santo é apresentado
igualmente como a garantia da herança que os crentes têm em Cristo. O Espírito Santo é a
garantia de que receberemos o que Deus prometeu ao seu povo, e isso nos dá a
certeza de que Deus dará liberdade completa aos que são seus. Portanto,
louvemos a sua glória. Ef 1:14. E, no funcionamento das Igrejas locais,
Ele é o distribuidor de todas as manifestações carismáticas espirituais (1Co
12-14).
III. MANIFESTAÇÕES SOBRENATURAIS
DE PODER.
No AT o dom do Espírito Santo
não era privilégio de todas as pessoas, mas somente alguns poucos escolhidos
recebiam uma “unção” especial de caráter provisório, para a realização de
determinadas tarefas. No NT, existem evidências de distribuição mais liberal
destes dons aos homens. Em muitas passagens encontramos a promessa de que o
Espírito Santo se relacionaria intimamente com os crentes. Lucas, por exemplo,
afirma que Deus esta pronto para atender aos pedidos dos crentes como um pai
atende a suplica dos seus filhos. Lc 11.13. João declara: E
eu rogarei ao Pai, e ele vos Dara outro Consolador, “Para que fique convosco
para sempre Jo 14.16. Assim, o NT marca o início de
um novo período, que se estende do dia de Pentecostes até os nossos dias,
podendo ser legitimamente chamado de dispensação do Espírito. Desde então
o Espírito Santo passou habitar nos homens, e na Igreja. Como dono ele pôs a sua
marca em nós e colocou no nosso coração o Espírito Santo, que é a garantia das
coisas que ele guarda para nós. 2Co 1:22.Assim, todo o trabalho eficaz que a
Igreja tem feito, tem sido realizado no poder do Espírito. Quanto ao
Espírito Santo, sua personalidade é um fato descrito na Bíblia, tanto
quanto a personalidade do Pai e do Filho. Ter personalidade implica na
qualidade ou fato de ser uma pessoa e as igrejas primitivas reconheciam o
Espírito Santo como uma pessoa Divina, que poderia ser seguida (At 13:2), com
quem podiam ter comunhão (2Cor 13:13; 1Jo 5:7), e que podia até mesmo ser
entristecido. E
não façam com que o Espírito Santo de Deus fique triste. Pois o Espírito é a
marca de propriedade de Deus colocada em vocês, a qual é a garantia de que
chegará o dia em que Deus os libertará. Ef 4:30. A Igreja pela ação
do Espírito Santo pode exercer poder sobrenatural tais como:
· Expulsar
demônios. “Se,
porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino
de Deus sobre vós.” Mt 12:28 RA
· Operar curas. Para uma pessoa o mesmo
Espírito dá fé e para outra dá o poder de curar. 1Co 12:9
· Ter Visões e
manifestações proféticas. Para uma pessoa o Espírito dá a mensagem
de sabedoria e para outra o mesmo Espírito dá a mensagem de conhecimento. 1Co 12:8
· Falar em novas
línguas (glossolalia). Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram
a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a
cada pessoa .At 2:4
· Interpretar as
línguas. ...Para
uma pessoa o Espírito dá a capacidade de falar em línguas estranhas e para
outra ele dá a capacidade de interpretar o que essas línguas querem dizer. 1Co 12:10
· Discernir
espíritos. ...Ainda outra pessoa
recebe a capacidade para saber a diferença entre os dons que vêm do Espírito e
os que não vêm dele... v.10
· Operar milagres através
da fé. Uma
pessoa recebe do Espírito poder para fazer milagres, e outra recebe o dom de
anunciar a mensagem de Deus... v.10
III – A IDENTIDADE DO ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo não é uma força, uma energia cósmica ou a
personificação do poder de Deus. Ele é uma “pessoa”, a terceira pessoa da Trindade. A Bíblia é generosa em apontar essa realidade:
A. O Espírito Santo possui
atributos pessoais
a. É inteligente (Rm 8.27 e 1Co 2.10,11,13);
b. Tem emoções (Ef 4.30);
c. Tem vontade própria (At 16.6-11 e 1Co 12.11).
B. O Espírito Santo tem atitudes de
uma pessoa
a. Convence do pecado (Jo 16.8);
b. Guia os crentes à verdade (Jo 16.13);
c. Realiza milagres (At 8.39);
d. Intercede pelos crentes (Rm 8.26).
C. O Espírito Santo recebe
atribuições que somente uma pessoa poderia receber
a. Deve ser obedecido (At 10.19-21);
b. Pode-se mentir a ele (At 5.3);
c. Pode ser resistido (At 7.51);
d. Pode ser entristecido (Ef 4.30);
e. Pode ser ultrajado (Hb 10.29).
D. O Espírito Santo se relaciona de
modo pessoal com outras pessoas
a. Com os apóstolos (At 15.28);
b. Com Jesus (Jo 16.14);
2 – A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo não é apenas uma pessoa. Ele também é Deus.
A. O Espírito Santo possui nomes
divinos
a. Espírito de Deus (1Co 6.11 e 2Co 3.3);
b. Espírito de Cristo (At 16.7 e Rm 8.9).
B. O Espírito Santo possui
atributos divinos
a. Onisciência (Is 40.13; 1Co 2.12);
b. Onipresença (Sl 139.7);
c. Onipotência (Jó 33.4 e Sl 104.30).
C. O Espírito Santo realiza obras
divinas
a. Foi o autor da concepção virginal (Lc 1.35);
b. Foi o agente da inspiração das Escrituras (2Pe 1.21);
c. Estava envolvido na criação (Gn 1.2).
IV – OS SIMBOLOS E NOMES DO ESPÍRITO SANTO
Os símbolos relacionados ao Espírito
Santo se constituem num estudo importante para entendermos a profundidade e a
riqueza que se encontram por trás deles. Eles falam das manifestações e
operações do Espírito Santo. Uma vez, Jesus chamou a atenção de um mestre
religioso chamado Nicodemos para as coisas espirituais usando a figura de
linguagem simbólica, mas ele não entendeu. Assim objetivamos facilitar o
entendimento dessa linguagem. Neste ponto vamos estudar ainda os nomes do
espírito Santo que identificam o seu caráter e sua natureza.
1)
VENTO - O vento é um tipo especial do Espírito porque a palavra
"espirito" também pode ser traduzida como "vento" (veja
capítulo 1). Nosso Senhor usa vento como um simbolo do Espirito (João 3:8).
A. O vento é invisível
na sua obra (João 3:8). Cristo assim revelou a insensatez de conectar a
regeneração com sinais visíveis como o batismo.
B. O vento não é
controlado pelos homens (João 3:8). O Espírito Santo é soberano em Suas
operações.
C. A presença do vento é
percebida pela sua influência (João 3:8). Da mesma forma a presença do Espírito
Santo é conhecida pela Sua influência nos corações.
D. O vento é poderoso
(Atos 2:1-2). O Espírito Santo pode quebrar o coração mais duro.
E. Assim como que o
vento move um barco a velas, o Espírito de Deus moveu aqueles que escreveram as
Escrituras (II Pedro 1:21).
F. Da mesma maneira que
o vento seco pode murchar a beleza da natureza, o Espírito Santo pode secar o
coração orgulhoso através da Sua obra de convicção (Isaías 40:6-7). Sendo
assim, podemos sentir os efeitos do vento, mas não podemos vê-lo e muito menos
saber de onde vem e para onde vai e não há lugar onde Ele não entre. Essa é uma
demonstração clara de como ocorre a ação do Espírito Santo na vida do cristão.
2) ÁGUA - A água,
assim como o fôlego, representa o sustento da vida, mas tem outras funções como
refrigerar, lavar, vivificar e matar a sede, sendo que, o corpo humano se
compõe de 60% de água e necessita dela para sobreviver. A água é outro símbolo
do Espírito Santo que se
aplica principalmente à doutrina da salvação. É Jesus quem fala da salvação
como beber água: "aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca
mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a
jorrar para a vida eterna" (Jo 4.14). O Espírito
Santo, ao habitar no crente, é esta fonte a jorrar para a vida eterna. É Ele
que opera e mantém a vida eterna (Jo 7.37-39).
A água é necessária para limpeza e purificação. No Antigo Testamento era utilizada como símbolo de purificação dos sacerdotes (Êx 29.4; Lv 8.6). Ezequiel fala da água como instrumento de purificação interior e a relaciona com a regeneração produzida pelo Espírito Santo (Ez 36.25-27).
A água é necessária para limpeza e purificação. No Antigo Testamento era utilizada como símbolo de purificação dos sacerdotes (Êx 29.4; Lv 8.6). Ezequiel fala da água como instrumento de purificação interior e a relaciona com a regeneração produzida pelo Espírito Santo (Ez 36.25-27).
É o Espírito quem limpa nossos
corações na regeneração e continua nos purificando durante o nosso processo de
santificação (Tt 3.5; 1 Jo 1.9).
3) FOGO - O fogo na
Bíblia, possui diversos significados, mas principalmente para simbolizar a
presença de Deus (Êx 3.2; 13.21). O nosso Deus é fogo consumidor (Hb 12.29). O
fogo é um sinal da aprovação de Deus (2 Cr 7.1), da proteção de Deus (Zc 2.5),
da purificação divina (Ml 3.3), do juízo de Deus (Lv 10.2).
O fogo é um emblema do Espírito Santo (Mt 3.11). Em Apocalipse, o Espírito é comparado a "sete tochas de fogo" que ardem diante do trono de Deus (Ap 4.5). Em Atos 2.3, na descida do Espírito Santo (Pentecostes), vemos que o fogo era um sinal da presença do Espírito. 0 Espírito é o fogo que aquece, ilumina, purifica e fornece energia ao povo de Deus. Por outro lado, o fogo ardente e purificador do espírito Santo também opera no crente, devendo ser alimentado todo o tempo com uma vida reta diante de Deus para que esse fogo não seja extinto (I TS 5.19).
O fogo é um emblema do Espírito Santo (Mt 3.11). Em Apocalipse, o Espírito é comparado a "sete tochas de fogo" que ardem diante do trono de Deus (Ap 4.5). Em Atos 2.3, na descida do Espírito Santo (Pentecostes), vemos que o fogo era um sinal da presença do Espírito. 0 Espírito é o fogo que aquece, ilumina, purifica e fornece energia ao povo de Deus. Por outro lado, o fogo ardente e purificador do espírito Santo também opera no crente, devendo ser alimentado todo o tempo com uma vida reta diante de Deus para que esse fogo não seja extinto (I TS 5.19).
4) ÓLEO - ou “Óleo precioso” (Salmos 133.2). O azeite tem vasta
aplicação na vida oriental, servindo para alimentação, iluminação,
lubrificação, vitalizar a pele e os cabelos, além de curar certas enfermidades
e feridas. o azeite ou óleo representa frescor, abundância, luz e remédio. Os
israelitas usavam um azeite especial para a unção de sacerdotes e Reis chamado
de azeite ou óleo da “unção”(Êxodo 30.22-33). Com azeite se
ungia os sacerdotes e Reis para o serviço do Senhor (I Samuel 10.1; 16.13; I Reis 1.39) era também chamado
de óleo da alegria (Salmos 45.7). Jesus confirmou
esta prática ordenando que se ungisse com óleo (Marcos 6.13;
Tiago 5.14). Nardo - Alegria: João 12.3
O nardo era
um óleo perfumado, feito de flores, citado 24 vezes na Bíblia. Até hoje é usado
por perfumistas.
A
mulher que ungiu os pés de Jesus com Nardo, caro e puríssimo, trouxe alegria
espalhando aquele cheiro em toda a sua casa.
Por
um momento de alegria você daria o preço que fosse preciso, por isso Jesus deu
o seu sangue e nos dá a unção do Espírito Santo para nos dar o fruto da
alegria.
A
unção do Senhor também é chamada de ‘óleo
de alegria’ (Isaías 61.3, Salmos
45.7 e Hebreus 1.9), pois alegra o coração da pessoa que a
recebe fortalecendo para sua jornada de fé.
Deus quer trazer a unção de Alegria à
sua vida!
2- Bálsamo - Cura: Jeremias 8.22

O
Bálsamo era outro tipo de óleo pastoso, feito de plantas suculentas, aparece 16
vezes na Bíblia
O
bom samaritano lavou as feridas do homem abandonado no caminho, untou com óleo
e azeite fazendo um curativo (Lucas 10.34). Da mesma forma Jesus nos lava com água, nos limpa
do sangue e nos unge com alegria (Ezequiel 16.9).
A
unção de cura já era praticada pelos sacerdotes no antigo testamento ao ungir
os leprosos (Levíticos 14.13-18), foi confirmada por Jesus para a
ministração de cura (Marcos 6.13) e por Tiago (Tiago 5.14).
Receba
a unção de cura em sua vida!
3- Azeite - Luz: Êxodo 27.20

O
Azeite especialmente de oliveira é citado na Bíblia 164 vezes na Bíblia.
Desde o ramo de oliveira trazido pela pomba à arca de Noé até as lágrimas de
Jesus no Jardim das Oliveiras são símbolo de Luz.
No
antigo testamento um candelabro estava continuamente aceso no templo e não
podia ser apagado. Quando o azeite ia acabando, o sacerdote tinha que colocar
mais para manter aceso.
As
10 virgens no NT também tinham azeite para luz, contudo cinco delas não
prepararam reserva deste azeite (Mateus 25.1-13) e ficaram na escuridão.
A
unção ilumina a sua jornada!
3- Mirra - paz: Mateus 2.10,11

A mirra é um tipo de óleo extraído de uma planta
espinhosa que sobrevive no deserto. É citado na Bíblia 23 vezes.
Usaremos
a Mirra como símbolo de paz, pelo frescor e tranqüilidade que sua fragrância
exala. Apesar de ser espinhosa e brotar no deserto ela transmite paz, o que nos
ensina que Deus nos dá a paz, mesmo com os espinhos e desertos dessa vida.
Os magos
trouxeram a Jesus ouro para sustento da família, incenso para espantar as
moscas e mirra como cosmético para o bebê. A mirra era usada em recém nascidos
como perfume, óleo contra assaduras e também como repelente de moscas.
A
unção do Senhor te dá paz!
5)
A POMBA - Os quatro evangelhos insistem em
mostrar a pomba como símbolo do Espírito Santo (MT 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22;
Jo 1.32) mostrando Sua brandura, doçura, amabilidade, inocência, suavidade,
paz, pureza e paciência. Uma tradição Judaica traduz Gênesis 1.2 da
seguinte maneira: “O Espírito de Deus como pomba pousava sobre as
águas”. É também um pássaro que leva um símbolo do amor em cantares de
Salomão vemos várias citações da pomba como sinal de carinho: ”Os seus
olhos são como os das pombas junto às correntes das águas, lavados em leite,
postos em engaste” (Ct. 5:12).
Uma
característica interessante é que a pomba voa e está SOBRE quem pousa, o que
significa que o Espírito Santo deve estar acima de nós e não abaixo. Nós
devemos seguir e obedecer suas orientações.
Santificação: Gênesis 8.8-12
A pomba era vista como um animal limpo
e símbolo de pureza. Quando Noé soltou um corvo (ave de rapina que come
carniça) ele não voltou provavelmente por que encontrou muita carniça boiando
sobre as águas. Mas quando soltou a pomba, ela voltou. E quando a soltou
novamente, trouxe um sinal de esperança: um galho de oliveira que mostrava que
as águas estavam baixando.
O corvo representa a pessoa que não
está pura e sai e não volta por que se satisfaz com as imundícies do mundo.
A pomba representa o Espírito Santo na
vida da pessoa que primeiro sai e volta para a Arca/Igreja não encontrando
repouso no mundo, depois quando volta traz esperança de vida e então só voa
definitivamente quando é conduzida totalmente pelo Espírito Santo.
Santifique sua vida para ser conduzido
pelo Espírito Santo de maneira que quando sair por este mundo e não encontrar
vida retorne para a casa de Deus e traga esperança até o dia que for totalmente
capacitado por Deus para anunciar o evangelho.
2- Dedicação: Lucas 2.21-24
A pomba também era ave usada no
sacrifício (Lv 1.14),
por isso quando Jesus nasceu seus pais ofereceram por Ele “dois pombinhos”.
Esta era uma oferta feita pelos pobres que não tinham como doar um cordeiro, então
doavam pombos que poderia apanhar mais facilmente. Isso mostra que a família de
Jesus era pobre e que mesmo os pobres, podem não ter nada, mas podem receber o
Espírito Santo e doar o seu melhor para Deus.
Desde o nascimento de Jesus foi
dedicado a Deus e consagrado com o sacrifício de dois pombinhos como símbolo da
manifestação do Espírito Santo em sua vida.
Ao dedicar nossa vida em louvor e
sacrifício de rejeitar o pecado e servir a Deus e ao próximo, a pomba do
Espírito Santo estará presente em nossas vidas.
3- Humildade: Mateus 3.13-17
Mateus destaca a humildade de Jesus em
aceitar ser batizado por João Batista. Isso é muito importante por que
certamente uma pessoa orgulhosa mesmo dos dons espirituais não tem a presença
do Espírito Santo.
Cristo falou da pomba como uma
simbologia de simplicidade, dizendo aos discípulos para serem “símplices como as pombas” (Mt 10.16).
Certamente a presença do Espírito Santo
na vida do cristão marca com amor e humildade. Busque para sua vida estes
frutos do Espírito como mansidão, domínio-próprio, longanimidade, etc (Gálatas 5-22).
4- Preparação: Marcos 1.9-13
Marcos destaca que logo após a descida
do Espírito Santo sobre Jesus ele foi para o deserto e enfrentou 40 dias de
jejum e oração para vencer a tentação. Isso é para nos mostrar que mesmo quando
recebemos o Espírito Santo devemos continuar orando, mortificando a carne e
enfrentamos provações e tentações. Se até Jesus enfrentou sem merecer, muito
mais devemos nós.
As lutas servem para nos moldar e nos
ensinar a sermos mais humildes dependendo do Senhor em oração. Às vezes a
pessoa fala ‘não estou preparado’, então se prepare por que se você não se
preparar a escola se chama provação.
Mas o Espírito Santo nos prepara e
capacita para enfrentar os desertos desta vida, resistir ao inimigo e sermos
fiéis ao Senhor.
3- Oração: Lucas 3.21,22
Lucas destaca aqui duas coisas que
devemos fazer primeiro: o batismo com água e a oração. Isso significa
arrependimento dos pecados e vida de busca incessante em oração. Não existe
forma diferente dessa. Primeiro precisamos de arrependimento e oração para
depois receber o Espírito Santo.
Procure ter uma vida de oração e como
consequência imediata, como em pentecostes quando todos oravam, você receberá o
Espírito Santo. Não existe outra fórmula a não ser a oração e o jejum para
receber este poder.
Sinta o Espírito Santo
pousar sobre você!
-CONCLUSÃO:
O Espírito santo quer pousar sobre nós como pomba, mas quer
primeiro santificar nossas vidas, quer que nos dediquemos a
Ele por inteiro, que sejamos humildes, nos prepara para as lutas e provações e
isso só poderá se realizar com muita oração e jejum.
6) SELO - O selo nos tempos bíblicos era uma marca feita
sobre animais, escravos ou bens para destacar quem seria o seu dono. O selo também
era um lacre (Daniel 6.17) sobre algo determinado por uma autoridade
superior. Cartas também eram seladas (I Reis 21.8) com a marca de um anel real para mostrar o valor
do que havia ali decretado e quem estava enviando. Era também como uma
assinatura feita com sinete ou um carimbo sobre uma massa. Este significado do
selo mostra que quando se falava em selo no Novo Testamento, atribuindo ao
Espírito Santo, refere-se a algo que foi marcado como propriedade de Deus, algo
que foi concluído.
Marca de Propriedade: II Timóteo 2:19
O
selo traz a idéia de possuir ou marcar propriedade. Ao colocar o selo
como um símbolo, o local está sinalizado de quem pertence tal coisa como uma
autenticação do dono. Isso serve para mostrar que os crentes em Jesus são propriedade
particular de Deus (I Pd 1.9). Somente quem recebe a Jesus Cristo e o declara
como Senhor de sua vida é que temo selo do Espírito Santo (I
Coríntios 12.3).
Você
se sente propriedade de Jesus? Ou se comporta como se fosse dono de si mesmo?
2- Marca de Santidade: Êxodo 39.30
O sumo-sacerdote ao assumir seu posto,
recebia uma coroa que consistia numa lâmina de ouro onde estaria escrito:
SANTIDADE AO SENHOR! (Êxodo 28.36-38).
Da
mesma forma nós hoje somos sacerdotes do Deus Vivo e podemos ministrar em Sua
presença, mas a única exigência do Senhor é Santidade. Se um sacerdote entrasse
na presença do Senhor e estivesse em pecado ele morria.
A santidade é o compromisso com Deus e
a luta contra o pecado.
Você tem buscado a santidade em sua
vida?
3- Marca de Promessa: Efésios 1.13 e 4.30
A
Bíblia diz que somos selados com o Espírito Santo da promessa (Ef 1.13). Os crentes têm sido selados (Ef.
4: 30), mas devem ter o cuidado para não
destruir a impressão deste selo (II Co 1.22).
A
vinda do Espírito Santo é a maior promessa de Jesus para seu povo. Quando
recebemos o Espírito Santo, somos selados, marcados por Deus.
Você
crê na promessa do Espírito Santo?
4- Marca de Salvação: Apocalipse 7.2,3
Antes
da volta de Jesus, Deus mandará selar os seus para suportarem à Grande
Tribulação e os selados pelo Espírito Santo não receberão a marca da besta. O
selo de Deus será a garantia da salvação e proteção contra todo o mal.
A
marca do Espírito Santo selando as frontes dos crentes significa uma convicção
profundo de fé e mentes esclarecidas contra todo o engano e perseguição do
inimigo. A certeza da salvação é uma marca do selo do Espírito em nossas
mentes.
Você
tem essa convicção em sua mente e coração que é protegido e salvo por Deus?
Receba
o selo do Espírito Santo!
-CONCLUSÃO:
Certamente
o selo do Espírito não é algo visível, mas será em nosso coração, como afirma o
texto básico desta mensagem (II Co 1.22).
Como diversos produtos hoje se preocupam em ter o
‘selo de garantia’, ‘selo de originalidade’ ou ‘selo de qualidade’, também
precisamos nos preocupar como igreja de que os cristãos sejam selados com esta
garantia, qualidade e originalidade combatendo a pirataria espiritual.
V-
NOMES DO ESPÍRITO SANTO
Nomes que o Identificam com a Trindade
Já observamos que o nome é dado
para denotar a natureza profunda do ser que o carrega. Assim, a criatura
somente era conhecida depois que se lhe dava o nome (Gn 2.19). No caso do
ESPÍRITO SANTO, encontramos vários nomes, como acabamos de expor. Entretanto,
há três nomes principais que o identificam diretamente com a Santíssima
Trindade e as dimensões universais da existência:
ESPÍRITO DE DEUS
ESPÍRITO DE CRISTO
ESPÍRITO SANTO
1. O ESPÍRITO de DEUS
Encontramos este nome divino no
início da Bíblia, associado diretamente à obra da criação, onde nos é dito que
"o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2). Ele
aparece como co-participante, a "pairar" sobre o caos das águas do
oceano primitivo, quando tudo ainda estava mergulhado em escuridão e total
desordem.
Em outras passagens das
Escrituras, aparece também este nome, ligado diretamente à criação, à renovação
da terra e à regeneração da pessoa humana (Gn 6.3; 41.38; Jo 33.4; Ez 11.24; Rm
8.9; 1 Co 3.16 etc...). Em Jó 33.4, Eliú, um sábio oriental, associa-o à
criação do homem: "O ESPÍRITO de DEUS me fez; e a inspiração do
Todo-poderoso me deu vida". Em Salmos 104.30, liga-se à criação inteira:
"Envias o teu ESPÍRITO, e são criados, e assim renovas a face da terra".
No tocante à regeneração da pessoa humana, Ele é citado em vários elementos
doutrinários das Escrituras, sempre produzindo uma "nova criatura"
para CRISTO e seu Reino (Rm 8.2). A vida do próprio JESUS, no ventre da virgem,
foi um ato miraculoso de seu poder (Mt 1.20; Lc 1.35).
2. O ESPÍRITO de CRISTO
Este nome está relacionado à
obra da redenção, que CRISTO realizou por amor de nós. Desde os tempos mais
remotos, o ESPÍRITO SANTO vinha "testificando os sofrimentos que a CRISTO
haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir" (1 Pe 1.11). Esta é
uma das razões por que Ele é chamado O ESPÍRITO DE CRISTO. Ele acompanhou todos
os passos, atos e palavras de CRISTO em sua missão divina a favor dos homens.
3. O ESPÍRITO SANTO
Este nome está diretamente
relacionado à santificação das coisas e dos seres. Tudo se santifica ou é
santificado pela atuação gloriosa do ESPÍRITO SANTO. Até a evidência central da
ressurreição de CRISTO aconteceu "segundo o ESPÍRITO de santificação"
(Rm 1.4). Esta é, portanto, a natureza do seu Ser e a extensão de sua obra
santificadora.
Ao abrirmos o Novo Testamento,
encontramos o ESPÍRITO SANTO imediatamente com este nome, e daí por diante em
cada seção tópica ou celestial.
a. Como ESPÍRITO DE DEUS. Representando a onipotência de DEUS, que tudo criou
e tudo pode fazer.
b. Como ESPÍRITO DE CRISTO. Representando a onisciência de DEUS que, com
antecedência de séculos, planejou toda a obra da redenção.
c. Como ESPÍRITO SANTO. Representando a onipresença do DEUS SANTO, que faz
da santidade a condição moral necessária presente em todo o Universo.
III - Títulos do ESPÍRITO SANTO
Já falamos sobre os nomes do
ESPÍRITO SANTO; agora, veremos alguns de seus títulos associados,
evidentemente, à sua fama e reputação.
1. O Consolador
"E eu rogarei ao Pai, e ele
vos dará outro Consolador..." (Jo 14.16). Há um testemunho gramatical que
deve ser mencionado aqui: o uso do substantivo masculino "paracleto",
empregado por CRISTO ao referir-se ao ESPÍRITO SANTO.
O próprio JESUS, durante sua
vida terrena, era o Consolador dos seus discípulos, e os consolou quando estaca
prestes a deixá-los, prometendo-lhes "outro Consolador" (paracleto).
Tudo o que JESUS fora para os discípulos, o outro Consolador haveria de ser.
Portanto, o ESPÍRITO SANTO seria uma Pessoa substituindo outra.
A palavra parakletos é antiga, usada no grego clássico, como nos escritos de Demóstenes, onde
aparece com o sentido de "advogado" - alguém que pleiteia a causa de
outrem -, sentido este que passou para o grego helenista, nos escritos de
Josefo, historiador judaico do primeiro século de nossa era, e de Filo e
igualmente aos papiros dos tempos dos apóstolos.
O termo deriva dos vocábulos
gregos para ("para o lado de") e kaleo ("chamar", "convocar"), dando o sentido geral de
"alguém chamado para ajudar ao lado de outrem".
Afirma-se que, nos tribunais
romanos e gregos, os advogados que assistiam os amigos o faziam não pela
recompensa ou remuneração, mas por amor e consideração, ajudando com sábios
conselhos.
A palavra traduzida por
"ajuda" é extremamente significativa. É formada por três palavras
gregas - duas preposições e uma raiz verbal. Uma das preposições significa
"com"; a outra, "do outro lado"; e a raiz verbal quer dizer
"segurar". Assim, temos: "segurar do outro lado com".
"Em alguns momentos de provações,
podemos ver alguém ao 'nosso lado' e até pensamos, mesmo por uma questão de
temor e respeito, que este 'alguém' seja o Pai ou o Filho, ou até mesmo um anjo
da corte celestial, sem lembrarmos que é o ESPÍRITO SANTO, ajudando-nos em
nossas fraquezas".
2. O Guia espiritual
Este título é também conferido a
nosso Senhor JESUS CRISTO (Mq 5.2; Mt 2.6). Aplicado ao ESPÍRITO SANTO, porém,
está relacionado diretamente com sua missão orientadora em todos os sentidos da
vida, especialmente quanto as verdades espirituais, nas quais a alma humana
está fundamentada.
As pessoas, precisam de pontos
de referência para sua orientação. Numa cidade, por exemplo, são pontos de
referência praças, igrejas, edifícios, torres de comunicações etc. Também são
pontos de referência paradas de ônibus, nomes das estações de trem e metrô e de
lugares.
Todos esses meios indicam
direções seguras e exatas, em qualquer lugar da Terra ou mesmo do Universo,
especialmente naquelas dimensões que o homem pode atingir. Para isso foram criados
os pontos universais de referência - os pontos cardeais, determinados com base
no movimento do Sol (Igor).
Para DEUS, entretanto, o
conceito de orientação é bem mais amplo e valioso. E Ele, em sua infinita
sabedoria, entregou esta grande missão a seu Filho, JESUS CRISTO. Porém, com
seu regresso ao Pai, confiou-se a tarefa ao ESPÍRITO SANTO. Este título, mesmo
sendo uma derivação de "Consolador", possui algumas significações
especiais. Está ligado diretamente a uma promessa de JESUS a seus discípulos:
"Ele [o ESPÍRITO] vos guiará em toda a verdade..."
A promessa foi confirmada logo
após a ressurreição de nosso Senhor. O ESPÍRITO acompanhava a Igreja passo a
passo. Paulo diz que os cristãos são guiados pelo ESPÍRITO: "Porque todos
os que são guiados pelo ESPÍRITO DE DEUS, esses são filhos de DEUS" (Rm
8.14); em Gaiatas 5.18, o apóstolo acrescenta: "Se sois guiados pelo
ESPÍRITO, não estais debaixo da lei". Ora, sem dúvida isto significa que
quem é "guiado pelo espírito de DEUS" sabe de onde veio, onde se encontra
e para onde está caminhando. Porque o ESPÍRITO SANTO o "guiará em toda a
verdade".
3. O dedo de DEUS
Este título surgiu como uma
expressão idiomática dos magos egípcios, talvez Janes e Jambres (2 Tm 3.8).
Eles disseram a Faraó, quando fracassaram na reprodução da praga dos piolhos:
"Isto é o dedo de DEUS..." (Êx 8.19). No entanto, a expressão
alcançou significado especial quando o Senhor argumentava com os escribas e
fariseus sobre a atuação poderosa do ESPÍRITO DE DEUS em sua vida. JESUS
demonstrou claramente a fonte do seu poder: "Mas, se eu expulso os
demônios pelo ESPÍRITO DE DEUS, é conseguintemente chegado a vós o reino de
DEUS". Na passagem paralela de Lucas 11.20, JESUS diz literalmente:
"Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de DEUS, certamente a vós é
chegado o reino de DEUS".
JESUS utiliza-se nesta última
passagem de uma expressão lucana, usada no Antigo Testamento para demonstrar
uma intervenção direta e poderosa do ESPÍRITO DE DEUS (cf. Êx 8.19; Dt9.10).
Autor: Diácono José Egberto S. Junio.
Pr. Moacir Adilino, congregação Boa Vista II.
BIBLIOGRAFIA