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sábado, 15 de novembro de 2025

LIÇÃO 08 - EMOÇÕES E SENTIMENTOS - A BATALHA DO EQUILÍBRIO INTERIOR.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 



                        TEXTO ÁUREO

"E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus." (Fp 4.7)


                    VERDADE PRÁTICA 

Acima de todo e qualquer método humano, devemos confiar em Deus, único que pode nos dar a verdadeira paz e guardar nossos sentimentos.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Filipenses 4. 4-7; Mateus 9.36; João 11. 35, 36



                    INTRODUÇÃO 

 O texto de Filipenses 4.7 traz, no original, os termos gregos rum (mente, raciocínio), kardia (coração) e noema (um pensamento, aquilo que é pensado). Nesse texto específico, o termo kardia tem um sentido amplo, mas com uma ênfase maior em emoções e vontade, conforme assinalam Coenen e Brown citando Rudolf Bultmann: “E, portanto, a pessoa, o ego do homem, que pensa, sente e deseja, com especial atenção à responsabilidade diante de Deus, que o NT denota mediante o emprego de kardia” (2000, p. 426). 0 ensino de Paulo nesse texto é de como Deus quer e pode guardar todas as nossas fontes de vida interior para que tenhamos uma vida equilibrada, manifestada por meio de uma nova natureza, gerada em Cristo Jesus. E a nova criatura mencionada em 2 Coríntios 5.17. Nessas “coisas velhas”, estão incluídos pensamentos, sentimentos e vontades, os quais agora devem ser novos em Cristo. Esse deve ser o alvo de todo o cristão.


 No mundo, existem muitas emoções e cada um de nós tem capa cidade para senti-las. Por exemplo, podemos amar, ter paz, ter alegria, chorar... E dizemos que estas emoções são divinas, são do Espírito Santo. No entanto, pensamos que a ira é uma emoção que não é de Deus. Não é assim. Precisamos também ver a ira como uma emoção sadia. Todos nós temos ira. E Jesus Cristo, ao se manifestar em carne, também tinha emoções: Ele chorava, sorria, abraçava as pessoas, sentia tristeza; experimentou profunda angústia, e se irava também. Encontramos em algumas passagens da Bíblia Jesus se irando. Isso significa que o cristão não deve anular a ira dentre as suas emoções. Vamos perceber, na Bíblia, que devemos irar pelos mesmos motivos pelos quais Jesus Cristo se irava. 

O problema é a quem dirigimos a nossa ira e como manifestá-la. Está escrito na Bíblia: “Irai-vos e não pequeis [...]” (Ef 4.26.) Ou seja, precisamos ter uma compreensão sadia a respeito da ira. As nossas emoções e reações nos foram dadas por Deus, e precisamos compreender esse fato. O grande problema é quando as pessoas não sabem cuidar das suas emoções. Existe um nível, um equilíbrio para nossas emoções e o cristão é aquele que transcende, que vai além desse limite. Não é aquele que apenas caminha a segunda milha, ou deixa a sua capa, mas o que também oferece a outra face. 

O que Deus espera é que o cristão possa se revelar por inteiro como cristão: na sua maneira de olhar, de ser, de se expressar, de se vestir, expressando em si mesmo a própria face de Jesus Cristo. Você sabe o que é ira, no que se refere à raiva, ao ódio? Você sabe o que é uma pessoa iracunda? A própria expressão revela isso: colérico, enfurecido, irado. Quando você chega ao seu serviço, lá está seu chefe, irado. Você olha-o e o vê com os olhos vermelhos, vidrados, a cara fechada, parece que até passou a noite inteira chupando limões ou mordendo marimbondos. O ambiente ao seu redor é horrível, constrangedor. Ninguém consegue trabalhar bem ao lado de um patrão irado, nervoso. 

 A esposa sabe quando o marido acorda irado. Ele pisa no rabo do cachorro, grita à toa, faz uma confusão tremenda, aterroriza a esposa e os filhos. Estes são exemplos de pessoas que vivem sem o controle das emoções, sem ter a compreensão de que a ira é um sentimento e, como tal, pode ser controlada. É triste ver uma pessoa enraivecida, irada, contagia os que estão ao seu lado.




                I.     O HOMEM, UM SER AFETIVO 

1.    Propósitos do estudo    -   Como já ressaltado, o propósito central do estudo da Antropologia Bíblica é uma compreensão correta do homem como um ser integral para um viver equilibrado (espírito, alma e corpo) à luz da Palavra de Deus. Isso inclui entender o que são emoções e sentimentos e como podem e devem ser compatibilizados entre si. A luta interna em torno dos pensamentos está relacionada à gestão das emoções e sentimentos, pela profunda conexão que há entre o que pensamos e o que sentimos, além da relação desses fenômenos  com a vontade e as decisões humanas.

 O ciclo entre pensar, sentir e agir 

 Da mesma forma como pensamentos podem influenciar sentimentos, 0 que sentimos tem ressonância no que pensamos e fazemos. Assim como há uma batalha na mente em função dos pensamentos, há uma luta interior em torno do que sentimos. Equilibrar razão e emoção não é uma tarefa fácil. Quanto mais compreendemos que esses processos existem e são altamente influenciadores de nossas condutas, mais devemos depender de Deus, acima de qualquer método ou técnica, pois somente Ele é poderoso para guardar todas as faculdades de nosso interior. 

 A falta de equilíbrio interior tem produzido um crescente processo de adoecimento mental em todo o mundo, inclusive no Brasil. Como já mencionamos, esse fenômeno é acompanhado do surgimento de diagnósticos excessivos, além de um consumo desproporcional e preocupante de medicamentos para o tratamento de problemas emocionais, principalmente ansiolíticos e antidepressivos. 

O psiquiatra norte-americano Allen Francês, que liderou a equipe de profissionais responsáveis pela elaboração do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-IA) expõe a inflação diagnostica que viu retratada na versão seguinte do manual (o DSM-V). Francês aponta numerosas causas para essa distorção, algumas delas inerentes à própria psiquiatria, que, segundo ele, apontam para a necessidade de uma cura que venha de dentro da profissão (ibid., p. 105).1 Isso deve servir de alerta para todas as pessoas e, principalmente, para os cristãos. Nosso propósito aqui é apresentar uma análise equilibrada do problema, recomendando cuidados pessoais necessários, principalmente espirituais. Isso inclui um correto entendimento do que sejam as emoções  e os sentimentos, qual a conexão existente entre o que pensamos e o que sentimos e qual a relação desses fenômenos com a vontade e as decisões humanas. Não nos esqueçamos de que a vontade de Deus é que tenhamos essas faculdades em pleno funcionamento para que possamos amá-lo com o emprego de todas elas (ver Mc 12.30).


2.    Afetividade: emoções e sentimentos     -   O termo “afetividade” não tem um conceito único ou fechado. Não aparece muito em uso atualmente com o sentido geral que aqui será invocado, que é expressar o conjunto de sentimentos humanos. Heidbreder (1981, p. 123) entende os afetos (que chama de afecções) como elementos característicos da emoção, manifestados em experiências como o amor e o ódio, a alegria e a tristeza, o que outros autores conceituam incluindo expressamente os sentimentos.

 Ele ainda diz que as afeições possuem três atributos: qualidade, intensidade e duração (ibid. p. 124), o que é bastante relevante especialmente quando tratarmos da diferença entre emoção e sentimento. Em um conceito simplificado, afetividade é a capacidade humana de expressar emoções e sentimentos. São processos psicológicos e fisiológicos e envolvem alma e corpo, além do próprio espírito, como se observa na expressão de Salomão em Provérbios 15.13, na qual o termo “coração” refere-se à totalidade do intelecto, da emoção e da vontade de uma pessoa (STAMPS, 2022, p. 1048): “O coração alegre aformoseia o rosto, mas, pela dor do coração, o espírito se abate” (Pv 15.13).2

 Diferenciando emoção e sentimento

 Tomando afetividade como um conjunto de vivências ou aspectos afetivos, podemos situar neles as emoções e os sentimentos. Como diferenciação básica, pode-se afirmar que emoções são reações instintivas, predominantemente inconscientes e passageiras, enquanto os sentimentos são vivências afetivas mais duradouras. (É exatamente por isso que é comum situar as paixões entre as emoções ou simplesmente tratar as paixões como emoções,  dado o caráter de instintividade e curta durabilidade). Já os sentimentos só são formados e aferidos a partir do critério temporal, da estabilidade da emoção. Como um prolongamento ou repetição de emoções, o sentimento é uma percepção consciente de um determinado estado emocional. A diferença principal, portanto, está na estabilidade do afeto. Enquanto a emoção é rápida e fugaz — geralmente não evitável —, o sentimento permanece por algum tempo, alguns por longo tempo ou até pela vida toda!4


3.    Principais afetos    -     Alegria, medo, raiva, surpresa, nojo e tristeza são as seis emoções básicas universais, comumente citadas por autores conhecidos, como Paul Ekman no seu livro Linguagem das Emoções (2011). Admitindo que tanto cientistas quanto leigos ainda saibam muito pouco a respeito das emoções, Ekman analisa que “está na natureza das próprias emoções sobre como elas nos influenciam e como é possível reconhecer seus sinais, em nós mesmos e nos outros” (p. 14). 

Ekman também trata do aspecto passageiro das emoções: 

 As emoções podem começar rapidamente, e isso ocorre muitas vezes; tão rápido que nossa consciência não participa ou testemunha o que ativa uma emoção em nossa mente em determinado momento. Essa velocidade pode salvar nossas vidas em uma emergência, mas também pode arminá-las quando reagimos de forma exagerada. Não temos muito controle a respeito do que nos deixa emocionados, mas é possível, embora não seja fácil, fazer algumas mudanças naquilo que ativa nossas emoções e em nosso comportamento quando nos emocionamos. 

 Isso demonstra, desde logo, o quanto devemos estar dedicados não tanto a tentar explicar nossas emoções, mas buscar em Deus força espiritual para não sermos vítimas delas. Mesmo não sendo bem compreendidas, as emoções fazem parte de nossa vida diária. Certamente as sentimos nas mais distintas experiências cotidianas. E necessário, portanto, que prestemos mais atenção às emoções pelo tanto que somos influenciados por elas, inclusive em nossas condutas.


4.    Inveja, ira e ódio    -     Assisti a uma reportagem em que falavam sobre o infarto, uma doença do coração. O médico não era crente, mas falou: “Vocês não devem fumar, devem fazer exercícios físicos”. E vejam a coincidência: Jesus Cristo mencionou uma coisa que esse médico falou, também: “Para você não ter um infarto, viva bem com as pessoas, não guarde raiva, não guarde ódio!” Interessante isso: viva bem com as pessoas. A pessoa que alimenta a ira vive uma situação muito difícil: geralmente tem úlceras, é uma pilha de nervos, explode à toa. Existem pessoas que manifestam a ira explodindo: batem a porta, chutam coisas, saem quebrando tudo.

 Mas há outro tipo de pessoas que guardam a ira através de um rancor silencioso, um ressentimento interior de amargura, de ódio. Não agem como aqueles que quebram coisas, que estão sempre de cara feia, brigando por tudo e por nada. Mas a ira silenciosa é trancada por dentro como um caramujo. A pessoa se volta para dentro de si mesma e vive tão irada e tão azeda que chega a ter sérios problemas de saúde e, normalmente, é chamada de enfezada.

 Vemos exemplos de pessoas assim no dia a dia: o marido vai para casa almoçar. Quantas vezes chega ao lar, encontra a esposa que, amorosa mente, preparou muitas coisas gostosas. Porém, de repente, por uma coisinha de nada, provoca uma briga enorme, o ambiente fica carrega do. Quando alguém manifesta ira, que é fruto e obra da carne, começa a ministrar coisas ruins para a sua vida e para sua família. A pessoa entrega as chaves da sua vida ao próprio satanás, abrindo espaço para que demônios comecem a atuar nela. Já vi muitos casamentos que foram desfeitos por causa da ira. Muitos filhos saíram de casa por causa da ira. Por isso, um dos mandamentos para os pais diz: “[...] pais, não provoqueis vossos filhos à ira [...]” (Ef 6.4.) Há filhos que têm ojeriza dos pais, exatamente porque eles os provocam à ira.




                    II.     EMOÇÕES: EXPERIÊNCIA E CONTROLE 

1.    Reação e decisão    -    O salmista escreveu: “Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai” (Salmo 4:4). Paulo reforça esse ensinamento dizendo: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4:26). Podemos tirar algumas lições a partir desses versículos.

(1) É possível irar-se e não pecar. Contudo, devido à natureza humana pecaminosa, é muito mais fácil irar e pecar. Então vamos entender um pouco sobre a ira. O termo “ira” denota um sentimento de inconformidade, indignação por alguma injustiça ou coisa semelhante. Essa ira não é pecaminosa, pois a atitude seguinte é a de tentar fazer justiça, acertar as contas, no sentido de buscar um entendimento, um acordo ou uma reconciliação, mas de forma cristã, com base no amor. Isso envolve diálogo, brandura, perdão, etc. Quando o termo “ira” se relaciona mais com o sentimento de raiva, ódio, que também pode ser oriundo de uma injustiça, ou desentendimento, e tem por consequência uma atitude hostil que busca fazer justiça com as “próprias mãos” (algum tipo de vingança), esse tipo de reação caracteriza-se como uma reação pecaminosa: “não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor” (Romanos 12:19).

 Somos todos tão imperfeitos, pecadores e destituídos da glória de Deus (Romanos 3:23). Mas Cristo nos admoesta com as seguintes palavras: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48). Perfeição não é sinônimo de impecabilidade ou infabilidade. O termo em grego teleios poderia ser traduzido como “maduro” ao invés de “perfeito”. Na caminhada cristã, Deus deseja que o indivíduo se torne maduro. Ao aceitar a Cristo e permanecer nEle, o Espírito Santo se manifesta na vida do cristão e este produz o fruto do Espírito que é “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,  mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5:22-23).

(2) O segundo ponto que gostaria de destacar é o que o salmista diz: “consultai no travesseiro o coração e sossegai”. Isso significa fazer uma leitura dos fatos, refletir, e buscar o sossego e a paz! É por isso que Paulo complementa aconselhando que o cristão não deve “deixar o sol se pôr” sem que haja uma reconciliação. Portanto, é possível dizer que Deus deseja que Seus filhos vivam em harmonia e em paz. “O poder do amor possui força maravilhosa, porquanto é divino. A resposta branda ‘desvia o furor’, o amor ‘é sofredor é benigno’, o amor ‘cobre uma multidão de pecados’ – sim se aprendêssemos estas lições, quão grande seria o poder para curar de que seríamos dotados!” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 195).

O perdão proveniente de um amor sincero tem grande poder para curar traumas emocionais e trazer a harmonia do Céu. “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei” (Romanos 13:8).


2.    Emoção e pecado    -     No tópico anterior, já observamos que as emoções não podem ser tidas simplesmente como reações instintivas. Se é fato que existem reações que não constituem pecado — como o medo diante de uma fera, por exemplo  —, existem outras que, mesmo que instintivas, decorrem de nossa natureza pecaminosa ainda não subjugada. Medo, raiva, inveja, tristeza e outras emoções reiteradas podem ser expressões de pecados enraizados no coração. Uma pessoa orgulhosa, por exemplo, é muito suscetível a reações emocionais negativas como irritação, raiva, inveja, rejeição e outros comportamentos hostis às pessoas com as quais convive. Não é apenas uma emoção, mas uma manifestação de pecados do coração. 

 Alguém que não consegue conter-se no trânsito, por exemplo, precisa buscar em Deus um espírito de mansidão. Um personagem bíblico que tem muitas lições para ensinar-nos nesse campo é Moisés. Aos quarenta anos, ele feriu um egípcio e matou-o (Ex 2.12). Quarenta anos depois, era outro Moisés, chegando ao ponto de ser chamado de o homem mais manso da terra (Nm 12.3), pois não reagia mesmo afrontado muitas vezes. Moisés foi tratado por Deus durante quarenta anos.

 Aos colossenses, Paulo trata de um processo semelhante. Depois de listar emoções negativas como a ira e a cólera e apontar o caminho da mortificação da carne (o velho homem), o apóstolo incentiva os crentes a progredirem e trocarem emoções negativas por emoções e sentimentos positivos (ver Cl 3.12,13). Não há lugar, portanto, para a permanência de qualquer emoção ou sentimento que seja expressão de pecado. 

 No dia em que Moisés descuidou-se e agiu segundo o seu velho temperamento, experimentou um incalculável prejuízo. Deus havia ordenado que ele falasse à rocha para que dela jorrasse água para o povo. Indignado, Moisés chamou o povo de rebelde e feriu a rocha. Moisés não se conteve e desobedeceu a ordem de Deus (Nm 20.10,11), e o anúncio da consequência foi imediato (20.12).


3.    O aspecto positivo das emoções    -     Apesar de experiências negativas que temos com algumas de nossas emoções, precisamos considerá-las também em aspectos e aplicações positivos. Como enfatiza Elaine Cruz (2024, p. 34), “As emoções nos motivam a agir. Só estudamos para um concurso se formos capazes de sentir orgulho  por nossas conquistas. Reclamamos de um produto entregue com defeito se sentirmos um mínimo de indignação por isso”. A autora cita o exemplo de Davi, que se emocionou (sentiu indignação) ao ouvir Golias afrontar o povo de Israel, reação que foi importante para a sua prontidão de enfrentar o gigante. Menciona também a disposição de Davi à adoração: “Davi, o homem segundo o coração de Deus, não tinha vergonha ou medo de expressar suas emoções; ele as vivenciava com intensidade, dançando, lutando, cantando, compondo poemas e adorando a Deus!”.

 Memórias afetivas Alegria, felicidade e amor são emoções agradáveis, também fundamentais para a vida, principalmente em função de nossos relacionamentos. Dentre tantos outros benefícios que as emoções positivas trazem a nós, Elaine Cruz (p. 35) menciona o efeito que produzem relação ao processo de memorização dos fatos: “Emoções fazem bem para a memória, e sempre nos lembraremos com mais detalhes das situações que foram envolvidas com maior carga emocional”. São as chamadas memórias afetivas, que podem ser despertadas e remeter-nos a experiências emocionais vividas.  Isso nos ensina o quanto é importante promover boas emoções nas pessoas com as quais convivemos. 

Isso fará bem a elas e a nós. (Há uma passagem bíblica que geralmente cito, que é Gênesis 27.4. Isaque pediu a Esaú que lhe preparasse um guisado saboroso, como ele gostava, para que a sua alma fosse abençoada. A emoção positiva que seria sentida por Isaque teria uma conexão direta com a sua disposição de alma para abençoar o filho). Jacó, na sua velhice, recorda-se das tristezas que viveu por tenebrosas condutas dos seus filhos, como o caso de Rúben, memória que lhe custou a perda das prerrogativas de primogênito (ver Gn 49.4). Que Deus nos guarde de produzir emoções e sentimentos negativos nas pessoas com as quais nos relacionamos.



                III.     SENTIMENTOS GUARDADOS POR DEUS 

1.    A falsa autonomia humana    -    Para falarmos de inteligência emocional, precisamos falar de emoções, sentimentos e do centro de todas as nossas decisões, enfim, precisamos falar do “coração”. A este importantíssimo órgão é atribuída analogicamente a função de conter todas as saídas da vida( Provérbios 4:23). Por toda a bíblia o coração é comparado ao cérebro, onde realmente começa todo o processo mental e decisório. (… pois dele procedem as saídas da vida.)

O coração tem a função vital de bombear o sangue por todo o corpo, levando vida a cada parte dele. Exemplo disso são pessoas que precisam tratar problemas cardíacos. Ou quando parte do corpo fica necrosado por uma deficiência circulatória que se não for tratada pode se desdobrar em infecção generalizada.
Quando pensamos em tomar alguma atitude, devemos ter consciência de que conseqüências virão, quer sejam boas ou más. Para isso, precisamos tomar atitudes certas! (Provérbios cap. 08 e 09.

Ou seja, é no nosso cérebro que decidimos o que vamos fazer e isto ocorre antes de tomarmos efetivamente alguma atitude. É o cérebro o mais complexo computador da face da terra!

Ou seja, a palavra de Deus quando fala sobre o coração, é para fazer uma comparação com a alma , a mente humana. Ou seja, é na mente que tomamos decisões, nela também a capacidade de absorver as informações do meio externo através todos os nossos sentidos, como: a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato. Através destes cinco sentidos é que conseguimos nos adaptar ao meio em que vivemos tirando conclusões e transformando o mundo ao nosso redor.

A ciência, especificamente, a Psicologia e a Psiquiatria, através das pesquisas de muitos estudiosos e filósofos, tiveram uma grande preocupação em definir o que nos diferencia dos vegetais e dos animais e também que a psiqué é o princípio ativo da vida, pois tudo o que cresce, se alimenta ou se reproduz possui psiquê ou alma.

 Eles classificaram três tipos de alma. A alma vegetativa, a alma sensitiva e a alma racional.

Alma Vegetativa: Própria dos vegetais, tem a função de reprodução e alimentação.
Alma Sensitiva: Própria dos animais, tem a função de percepção e movimento.
A Alma racional: Própria do homem que ainda teria as duas outras almas anteriores.

Ou seja, a ciência já compreendeu o que a palavra de Deus já define no princípio:
Quando Deus criou o homem, Ele o abençoou para dominar sobre toda a criação, pois lhe deu a capacidade de interagir e mudar o mundo ao seu redor,
Deus lhe deu capacidade intelectual, raciocínio para sobreviver, mesmo depois de haver pecado. Deus lhe deu condições de prover seu próprio sustento e de sua família. Com a capacidade de raciocinar, Deus também lhe
deu responsabilidades ao homem, portanto, podemos concluir que não somos simples “marionetes” como muitos insensatos dizem por ai, pois o Senhor nos deu condições de tomar a decisão de pecar ou não, recebendo assim as conseqüências das nossas decisões. Está descrito em Gênesis: 1:26 em diante e em Gênesis: 2:16 em diante.

As cinco Habilidades da Inteligência Emocional e os Sentimentos que devem dominar o coração do servo de Deus

A psicologia definiu Inteligência emocional como uma série de capacidades, habilidades e competências não cognitivas que influenciam na capacidade de uma pessoa em lidar com as demandas e pressões do seu ambiente.

Habilidades da I.E.
Autoconsciência – É a capacidade de ter consciência dos próprios sentimentos.
Auto gerenciamento – É a capacidade de administrar as próprias emoções e impulsos.
Automotivação – Persistir diante de fracassos e dificuldades.
Empatia – Perceber o que os outros estão sentindo.
Habilidades Sociais – Lidar com as emoções das outras pessoas.

Amígdala Glândula emocional
(Neurônios emocionais)

Diante de uma situação de pressão é importante respirarmos oxigenando o cérebro para que possamos ativar os neurônios LPF neurônios que barram os neurônios emocionais mantendo o controle das emoções.

Q.I versus I.E.

Nem sempre Q.I. (que significa quociente de inteligência) é o mais apreciado pelas organizações. O funcionário precisa ter conhecimentos técnicos e suas habilidades técnicas, mas o mais apreciado é a I.E. (Inteligencia emocional), que é a capacidade de lidar com os próprios sentimentos e emoções para num dado momento de pressão, saber controlá-los.

Para as organizações:

Q.I. Representa 10 % – 20% de êxito para as tarefas
I.E. Representa 80% – 90% de êxito para a execução das tarefas

Provérbios: 15:01;11-14
Salmos 139

Como nós temos consciência dos nossos atos, Deus juga primeiro o nosso coração, ele tudo conhece. Sabe os nossos pensamentos e esquadrinha os nossos rins!

Exemplos bíblicos de pessoas mal e bem sucedidas no controle das suas emoções e desejos diante de situações de pressão.

Moisés números 20:10
Davi 2 Samuel 11 e 12
José Gênesis: 39
Jesus diante da tentação de satanás Mateus 4:1-11

Devemos além de tudo usar palavra de Deus para que o Espírito Santo de Deus aja em nossas vidas.

Gálatas 5:17

O Fruto do Espírito é o modelo de caráter do Cristão. O Cristão deve se permitir ser moldado pelo Espírito de Deus para agir de acordo com os padrões bíblicos. Conforme a palavra de Deus, nós sermos do Senhor precisamos buscar de Deus aquilo que a ciência já tem descoberto e considerado importante para a vida passageira aqui na terra!


2.    Obediente, humildade e oração    -     Um aspecto fundamental na vitória sobre nossas emoções é trilhar o caminho da obediência e da humildade. Não podemos esperar que nossas emoções sejam apenas positivas ou que estejam sempre alinhadas com a vontade de Deus. Todos estamos sujeitos a emoções negativas, inclusive com potencial de causar-nos grandes prejuízos. Por isso, jamais podemos ser guiados por nossas emoções ou sentimentos. Precisamos conhecer, acima de tudo, qual é a vontade de Deus e segui-la integralmente. O maior de todos os exemplos é o de Cristo, citado por Paulo em Filipenses, a mesma carta em que enuncia que o Deus de paz guarda nosso coração. O apóstolo exorta-nos a ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, cuja vida foi marcada pela disposição de completa obediência ao Pai (Fp 2.5-8).

 Jesus experimentou profundas emoções negativas no Getsêmani. Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas retratam a cena mencionando tristeza, angústia, pavor e agonia; todas em grau intenso, ao ponto de o seu suor transformar-se em grandes gotas de sangue (Mt 26.37; Mc 14.33; Lc 22.44). Apesar de todo esse sofrimento, Jesus tomou a decisão correta: entregou-se para cumprir a vontade do Pai (ver Lc 22.42). Jesus não negou seus sentimentos. Expressou-os. Mas não escolheu segui-los. Decidiu obedecer. E foi obediente até a morte de cruz. Esta deve ser a nossa firme disposição: não viver de acordo com nossas emoções ou sentimentos, mas segundo a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio Corpo, Alma e Espírito - A Restauração Integral do Ser Humano para chegar à Estatura Completa de Cristo, Silas Queiroz - Editora CPAD

Livro O Homem, a natureza humana explicada pela bíblia - Corpo, Alma e Espírito, Pr. Severino Pedro da Silva, Editora CPAD

Livro, Deixe Deus controlar suas emoções - Pr. Márcio Valadão.

O que significa "irai-vos e não pequeis"? – Biblia.com.br

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL À LUZ DA BÍBLIA – IGREJA EVANGÉLICA NA OBRA DA RESTAURAÇÃO – RIBEIRÃO DAS NEVES/MG




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