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Pb. Junio - Congregação Boa Vista II |
TEXTO ÁUREO
"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." (JO 4.24)
VERDADE PRÁTICA
Adorar significa viver em total rendição a Deus, entregando-nos plenamente a Ele.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 4. 5-7, 9, 10, 19-24
INTRODUÇÃO
A adoração a DEUS é um estado constante em nosso espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO), não sendo determinada por momentos de louvor, mas uma vida de comunhão com o ESPÍRITO SANTO; neste capítulo 4, a palavra adoração aparece 10 vezes indicando-nos, a necessidade de atentarmos mais para esse fato tão importante. A verdadeira adoração exige serviço na obra de DEUS e dedicação em obedecer à vontade de DEUS e ganhar almas (esta é a prioridade da Igreja, a evangelização), além disso, uma vida de comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Uma vida de JEJUM e regada com muita oração e estudo da Bíblia.
Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam adorá-lo devem fazê-lo em ESPÍRITO e em Verdade, ou seja, dispensando os estímulos externos; com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a expressão máxima da oração).
Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
HÁ MUITA DIFERENÇA ENTRE LOUVOR E ADORAÇÃO.
- Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
- O louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
- No louvor precisa-se da participação de outras pessoas e às vezes de instrumentos musicais, a adoração é individual e nasce dentro de nós, em nosso espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO.
I. O ENCONTRO EM SAMARIA E DUAS PRECIOSAS LIÇÕES
1. A necessidade de passar em Samaria - Em João 4, versículo 4, o texto declara que “era-lhe necessário passar por Samaria”. Jesus sabia do conflito de séculos entre os judeus e os samaritanos. Por isso, essa compulsão pode ser entendida de dois modos: primeiro, Jesus estava física e emocionalmente cansado Jo 4.6); em segundo lugar, Jesus obedecia à voz do Espírito em sair da Judeia naquela hora e descer para a Galileia. Ao tomar caminho para Samaria, Ele evitou entrar na cidade.
No seu trajeto, Jesus deparou-se com uma pequena cidade chamada Sicar, também chamada Siquém, que ficava a menos de 1 quilômetro do poço de Jacó. Sicar era um povoado da região norte de Samaria e, hoje, em seu lugar, provavelmente, está uma cidade chamada Askar, situada a cerca de 2,5 quilômetros de Samaria.
Esse poço havia sido aberto e cavado por Jacó; havia, ali, uma nascente interminável de água potável, que pode ser encontrada até os dias de hoje. Naquele tempo, os samaritanos vinham para tirar água desse povo, e Jesus sabia da tensão racial existente entre judeus e samaritanos. Por isso, judeus e samaritanos não se comunicavam. Porém, mais forte que as tensões raciais e políticas entre os dois povos, Jesus tinha uma missão a cumprir naquela terra propiciada pelo encontro com a mulher samaritana que viera apanhar água no “poço de Jacó” Jo 4.6-7).
Nesse encontro inusitado entre Jesus e aquela mulher de Sicar, inicia-se uma conversação sobre o lugar de adoração a Deus. Para aquela mulher, o culto a Deus deveria ser realizado sempre no monte Gerizim, e não em Jerusalém. Mas Jesus mostrou à mulher samaritana que não importa o lugar físico para se adorar a Deus, mas, sim, que a verdadeira adoração deveria ser feita “em espírito e em verdade” Jo 4.23).
A mulher samaritana aproveitou para se rir um pouco daquele judeu que, segundo pensava, fora forçado a mostrar franqueza e amabilidade por causa da intensa sede que sentia, e de não ter condições de conseguir água. Surpreendeu-se, no entanto, por Ele não se mostrar embaraçado; pelo contrário, suas palavras é que a deixaram intrigada: “Se tu conheceras o dom de DEUS, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.”
2. A necessidade do ser humano - Ao assentar-se junto àquela fonte, Jesus teve a oportunidade de demonstrar a sua perfeita humanidade, ou seja, o verbo divino feito carne Jo 1.14), pois Ele estava cansado da viagem e, então, sentou-se Jo 19.28; Hb 4.15). O poço de Jacó ficava a aproximadamente 800 metros da vila de Sicar. As famílias da vila vinham pegar água, levando-a em vasilhas de barro para as suas casas.
Jesus, que está acima de todas as diferenças existentes entre os homens, por esse motivo diz àquela mulher que a água que ela veio tirar do poço podería secar, mas Ele podia oferecer-lhe a “água viva” (v. 10). Jesus era o cumprimento de sua missão evangelizadora e aproveitou a oportunidade no encontro com a mulher samaritana para revelar sua missão de dar “água viva” aos sedentos espirituais.
É interessante notar a habilidade de Jesus no uso de figuras re presentativas como a água para falar de um outro tipo de AGUA que sacia a sede de uma só vez. Afinal, ninguém precisa beber duas vezes dessa ÁGUA, porque a fonte não é de um poço material, mas, sim, o próprio Deus.
A fonte fica no indivíduo. O prazer do mundano depende das coisas externas; aA água natural é mencionada aqui como símbolo das fontes de prazer que há aqui na terra, e que só proporcionam satisfação momentânea. A totalidade da vida humana se compõe de desejos intermitentes que recebem apenas parcial satisfação: anseios e saciedade, enfado e novos desejos fortes se seguem num círculo vicioso. Realmente, nunca houve verdadeira satisfação para os desejos humanos; a alma humana nunca se aquieta, senão em DEUS. As fontes da terra podem oferecer satisfação temporária, mas é somente depois de o homem ter achado a DEUS que ele pode declarar ter satisfação completa e eterna. JESUS ensina à mulher que a água no poço de Jacó jaz sem vida ou movimento nas profundidades, enquanto a água celestial que ele oferece, embora fique nas profundezas da personalidade humana, não fica parada ali; vem brotando à superfície, revelando sua presença aos outros, fluindo com mais e mais força até que, na vida do porvir, o indivíduo recebe a plenitude desta bênção.
Fonte da satisfação do cristão está dentro dele, independe das circunstâncias. A
vida eterna, no Evangelho de João, é vinculada à fé em JESUS (Jo 3); provém da
ação de comer da sua carne e beber do seu sangue (Jo 6); é dádiva direta da parte
dEle (Jo 10; 17). Neste capítulo, é considerada como resultado da vida do ESPÍRITO no homem, o fruto da vida espiritual, que é diferente da vida humana em qualidade, permanência e maturidade.
3. O lugar de adoração a Deus - A primeira grande verdade que aprendemos acerca da verdadeira adoração é a declaração de Jesus à mulher: “Deus é Espírito ” Jo 4.24). Ele não está dizendo que Deus é um espírito entre muitos outros. Cristo afirma que Deus é Espírito invisível e divino em oposição ao ser humano. Ele é doador de vida e desconhecido para os homens, a não ser que Ele decida se revelar. “Deus nunca foi visto por alguém” (Jo 1.18). Jesus aclarou na mente da samaritana que adorar o Pai em espírito e em verdade significa muito mais do que a necessidade de lugares específicos, como Jerusalém e Gerizim. Jesus apontava para um tempo em que a adoração não estaria focada em um santuário físico, mas a presença de Deus seria sentida em toda a terra. Quando Jesus diz: “Deus é Espírito , essas palavras indicam que Deus é de natureza espiritual. Se a obra da regeneração fala da nova natureza recebida do Espírito Santo, entendemos, então, que o novo nascimento é a base para a adoração. Jesus usou a metáfora da água representando o Espírito Santo que era, sem dúvida, a promessa do batismo com o Espírito Santo Jo 7.38,39).
Jesus, ainda, declarou que a água viva que daria aos sedentos seria uma experiência pessoal e intransferível para a pessoa que a bebesse.
Essa água viva jorraria de uma fonte inesgotável, “mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14). O Filho de Deus apresenta uma nova perspectiva da adoração, visto que a presença de Deus não estaria confinada e focalizada num lugar, mas estaria dimensionada em todo lugar onde houvesse adoradores verdadeiros. Muito mais do que uma adoração formal e ritual, a adoração teria essencialmente um caráter espiritual, porque o que importa é que os adoradores reconheçam que “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (4.24).
II. O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
1. A adoração - Inicialmente, a mulher samaritana entendeu a metáfora da água como algo literal. Ela sabia que a única água que saciava a sua sede era a do poço de Jacó. A promessa de Jesus, do Espírito e da vida eterna, apenas significa que ela não teria mais de vir ao povo para tirar água Jo 4.15). Mas Jesus explica seus argumentos e a mulher samaritana fica espantada com tudo quanto Ele disse. Quando ela perguntou sobre o real lugar da adoração Jo 4.20,21), a porta para compreender o que Jesus estava ensinando foi aberta. Ele mostrou que as vindicações quanto aos lugares de adoração, o monte do Templo em Jerusalém e o monte Gerizim, tiveram sua importância histórica, mas que “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” Jo 4.23). A partir de então, não prevalecería o privilégio de raças, sejam judeus, sejam samaritanos, mas, sim, “[...] todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome” Jo 1.12). Jesus confirmou esse argumento dizendo: “Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte [Gerizim], nem em Jerusalém adorareis o Pai” Jo 4.21).
2. Jesus e a verdadeira adoração - Os discípulos ficaram admirados ao ver que JESUS contrariava a convenção social falando com uma mulher (veja v. 9). Mas o respeito por seu mestre evitou que o interrogassem abertamente. Desimpedida do seu cântaro, a mulher retirou-se a toda pressa para a cidade, como prova do seu propósito de retornar, pois estava determinada a obter a água viva daquele momento em diante. Ela fez mais do que JESUS pediu, e não foi ter com um só homem, mas aos homens da cidade com a notícia de sua maravilhosa experiência. Ela não tinha a presunção de ensiná-los, mas colocou um pensamento em suas mentes, por meio de uma pergunta tentadora: Será que esse não é o CRISTO? Os homens ficaram suficientemente impressionados para irem com ela ao poço.
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III. A ADORAÇÃO BÍBLICA
1. O conceito bíblico de adoração - Jesus disse à mulher samaritana que Deus procurava os verdadeiros adoradores. Mas quem são os “verdadeiros adoradores”? O apóstolo Paulo parece ter entendido que a verdadeira adoração é aquela que se oferece a Deus pelo Espírito (Fp 3.3). Na história do encontro de Jesus com a mulher samaritana, foi o diálogo que promoveu a compreensão sobre a adoração. Portanto, antes de tudo, adoração é diálogo, ou melhor, um momento de conversa e comunhão íntima com Deus. Na Língua Portuguesa o significado da palavra “adoração” tem o sentido de “atribuir mérito ou valor a alguém”.
O Salmo 96 faz parte de uma coletânea de outros salmos que eram utilizados nas festividades e que celebravam a entronização de Deus (Tahweh); geralmente, eram hinos cantados durante as Festas de Ano Novo em Israel. Mas o que chama a atenção no Salmo 96 é o convite à toda a terra para louvar e adorar ao Senhor, criador de todas as coisas. Adorar a Deus significa, essencialmente, reconhecer e exaltar a Deus por tudo o que Ele é. Em outra ocasião, Jesus teve um encontro com alguns religiosos, fariseus e escribas, quando estes acusaram os discípulos de não cumprirem a lei e a tradição dos anciãos. Jesus respondeu àqueles homens ao citar o profeta Isaías 29.13:
Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído.
Na língua grega do Novo Testamento, duas palavras definem o sentido de adoração. A primeira palavra é latreia, que diz respeito à submissão de quem trabalha para outrem. A segunda palavra grega é proskuneo ou proskunein, que significa adorar ou adoração. Ao deparar-se com o questionamento da samaritana, Jesus usou o termo proskumin para aclarar a mente daquela mulher sobre o tipo de culto tradicional que se fazia em Jerusalém e no monte Gerizim, declarando, dessa forma, que somente “em espírito e em verdade” se podería adorar a Deus Jo 4.23). Quanto ao termo latreia, do grego do Novo Testamento, o culto implica serviço para Deus. Paulo empregou a palavra latreia com o sentido de culto a Deus (Rm 12.1). Na raiz da palavra latreia existe a referência com o culto que se faz a um ídolo, que difere do culto feito a Deus.
Quando somos desafiados por Paulo a entregar nosso corpo a Deus em sacrifício vivo, santo e agradável, significa, de fato, fazer uma oferta genuína, verdadeira e essencial a Deus com tudo que somos, inclusive o nosso corpo físico. Naturalmente, o sacrifício do corpo em adoração a Deus não implica nenhuma mutilação física, e sim não colocar as necessidades do corpo em primeiro lugar. Se o nosso corpo é templo do Espírito Santo, deve ser exclusivo para servir a Deus.
2. Adoração como ato de rendição a Deus - A ideia primária da palavra adorar, proskuneo, no Novo Testamento, significa beijar com um gesto de dobrar os joelhos ou de prostrar-se com a testa no chão, ou inclinar-se sobre os pés de quem é submisso. Isso é o mesmo que dizer: Reconheço a minha inferioridade e a sua superioridade e coloco-me a sua inteira disposição. Diante de Deus não pode haver simulação de adoração, porque é impossível enganá-lo. Uma das práticas da adoração é quando dobramos os joelhos diante de Deus, que está em seu trono da graça, em total rendição.
A palavra traduzida por adorar, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, tem o sentido básico de “prostrar-se”. No hebraico bíblico, temos a palavra hawah, a qual sugere o que encontramos em Efésios (3.14): “Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. Entende-se, portanto, que o ato de se prostrar, curvar-se, render-se, ajoelhar-se significa, na adoração, uma atitude interior de gratidão, de submissão e de humildade.
3. Adoração como ato de serviço a Deus - Servir a Deus tem uma relação direta com a adoração, ou seja, o ato de servir é um ato espontâneo que reconhece a soberania do Senhor em nossa vida. O serviço que fazemos para Deus requer nossa entrega total de nosso corpo em sacrifício vivo, porque não servimos a dois senhores (Mt 6.24). No encontro de Jesus e o Diabo no monte da tentação, o Inimigo pediu que o Filho de Deus o cultuasse; Ele o rebateu com veemência dizendo: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele servirás [ou darás culto]” (Mt 4.10).
Se no Antigo Testamento o Tabernáculo de Moisés e, posteriormente, o Templo de Salomão eram o lugar de adoração do povo de Israel, no Novo Testamento esse culto foi transformado em adoração pelo sacrifício eficaz de Jesus Cristo na cruz. Por esse motivo, quando oferecemos a Deus a adoração com o nosso corpo, fazemos dele um templo santo, e toda a nossa força, inteligência, potencialidade física e capacidade que temos são ofertados ao Senhor em atitude de adoração e serviço.
4. Uma experiência interior de adoração - As palavras “em espírito” (Jo 4.23) indicam que essa adoração tem caráter íntimo. Não se trata de lugar físico ou geográfico, mas da parte mais recôndita do nosso ser, a nossa alma. A palavra “espírito” não se refere ao Espírito Santo, mas ao espírito humano. Significa que uma pessoa deve adorar a Deus intimamente, isto é, interiormente, com atitude de um coração sincero. A palavra “verdade” é uma referência às Escrituras que revelam a Deus (Jo 14.6).
E a nossa necessidade interior que nos induz a reconhecer que só Deus pode supri-las. Devemos reconhecer a magnificência do Todo-Poderoso, além da sua presença imanente nessa relação. Portanto, a adoração verdadeira implica uma atitude interior que propicia ao crente o conhecimento íntimo de Jesus Cristo, como Senhor e salvador de nossas almas.
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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
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BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de apoio - E o Verbo se fez Carne, Pr. Elienai Cabral - Ed. CPAD
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