TEXTO ÁUREO
"Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da Igreja." (Ef 5.32)
VERDADE PRÁTICA
A noiva de Cristo não pode ser mundana, pois ela é a guardiã da verdade revelada e suas vestes devem se manter imaculadas para as Bodas do Cordeiro.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1Tm 3. 14-16; Ef 5. 25-27, 32
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INTRODUÇÃO
Como podemos esperar, a Palavra de Deus tem muito a dizer sobre os assuntos mundanismo e separação. Com a ajuda de Deus, gostaria de explorar ambos os tópicos em profundidade. Começaremos tentando definir a palavra "mundanismo". É o substantivo do adjetivo "mundano" e o Dicionário Aurélio define assim: "Vida mundana; hábito daqueles que só procuram gozos materiais". A partir dessa definição, vemos que não é absolutamente uma palavra que seria usada para descrever um cristão. Ser mundano é aderir e seguir aquilo que caracteriza as atitudes e ações das massas; dos incrédulos — aqueles que estão perdidos. Além disso, precisamos compreender que é uma coisa extremamente fácil de fazer. Tudo o que precisamos é "seguir as massas", seguir o caminho da mínima resistência. A natureza humana nos predispõe para o mundanismo. Antes de sermos salvos, o mundanismo era um modo de vida. Após a salvação, ganhamos uma nova natureza, mas a velha natureza pecaminosa não foi erradicada. Por isso, estamos em uma situação que garante uma vida de conflito contínuo!
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I. A NATUREZA DA IGREJA DO DEUS VIVO
1. A casa do Deus vivo - Nessa direção, William Hendriksen (2013, p. 170) esclarece que: Além de ser a pedra angular de um edifício parte do fundamento, e, portanto, suporte da superestrutura, ela determina sua forma final, visto que, ao estar colocada na esquina formada pela junção de duas paredes primárias, fixa a posição de duas paredes e das que cruzam no resto do edifício. Todas as demais pedras devem ajustar-se a ela. Desse modo, John Stott (2007, p. 73) pondera que: Assim como um edifício depende, para sua coesão e para o seu desenvolvimento, de ser seguramente vinculado a uma pedra angular, assim também Cristo, a pedra angular, é indispensável para a união e o crescimento da igreja. A não ser que esteja constante e seguramente relacionada com Cristo, a união da Igreja desintegrar-se-á e seu crescimento cessará ou será desordenado.
2. A coluna e firmeza da verdade - O Comentário Bíblico Pentecostal (2003, p. 1.465) discorre que: É aconselhável que a congregação saiba como se comportar, pois a igreja é o povo de Deus, “a coluna e firmeza da verdade”. A confiança sagrada da igreja é verdadeira, se a verdade for comprometida, a própria igreja estará em risco. Os falsos mestres, por exemplo, já abandonaram a verdade (1 Tm 6.5; 2Tm 2.18; 3.8; 4.4). É crucial que Timóteo não somente silencie os falsos mestres (1 Tm 1.3-11), mas também coloque a igreja novamente sobre o seu correto alicerce. Nesse aspecto, Matthew Henry (2008, vol. 2, p. 692) esclarece que: Não que a autoridade das Escrituras dependa da autoridade da Igreja, como os papistas querem, porque a verdade é a coluna e fundamento da Igreja; mas é a Igreja que anuncia as Escrituras e a doutrina de Cristo, como a coluna à qual uma proclamação é afixada. [...] Quando a Igreja deixa de ser a coluna e o fundamento da verdade, vamos acabar abandonando-a; porque nosso respeito pela verdade deve ser maior do que o nosso respeito pela Igreja; já não somos mais obrigados a continuar na Igreja quando ela deixa de ser a coluna e o fundamento da verdade.
3. O mistério da piedade - O Comentário Bíblico Beacon (2014, vol. 9, p. 477) elucida que: Aqui, como em outras ocasiões, supomos que o apóstolo está usando o fragmento de um hino cristão primitivo que, a seu modo, esboça o drama do evento-Cristo. [...] No conjunto, é melhor reconhecermos uma progressão cronológica no hino (supondo que o seja), e propormos que diz respeito a: 1) a encarnação, 2) a ressurreição, 3) a ascensão, 4) a pregação do Evangelho, 5) a resposta dada ao Evangelho e 6) a vitória final de Cristo. “Justificado em espírito” [...], quer dizer, ressuscitado pelo poder do Espírito Santo. Este é, então, o mistério da piedade ou, como traduz certa versão, “a verdade revelada da nossa religião” (NTLH). E esta mensagem da qual a igreja coletivamente e cada cristão individualmente é “coluna e baluarte”. Em síntese, o mistério da piedade é o conjunto das doutrinas elementares do cristianismo. Por esse motivo, ratifica-se, então, que: (i) “Deus manifestou-se em carne”, isto é, Cristo fez-se carne; (ii) “foi justificado no Espírito”, ou seja, Cristo morreu e ressuscitou; (iii) foi “visto dos anjos”, isto é, Cristo foi adorado nos céus na ascensão; (iv) “pregado aos gentios”, ou seja, indica que Cristo foi anunciado; (v) “crido no mundo”, isto é, Cristo foi aceito como Salvador; e (vi) “recebido acima na glória”, o que aponta que Cristo ascendeu em triunfo ao Céu de glória e assentou-se à destra do Pai. Aleluia! A Igreja é a fiel portadora dessa verdade (2 Co 2.17).
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II. CRISTO E O RELACIONAMENTO COM A IGREJA
1. Santificação e pureza - No Antigo Testamento, a palavra hebraica qadash, traduzida por “ser santo”, possui o significado básico de separação do uso comum para a dedicação a Deus e ao seu serviço. O Novo Dicionário de Teologia (2009, p. 892) leciona que “santificação” apresenta a ideia tanto de limpeza (Êx 19.10,14) quanto de consagração, além de dedicação ao serviço de Deus (Êx 19.22; Dt 15.19; 2 Sm 8.11; Is 13.3). Contudo, o significado de santificação e santidade estende-se além do ritual para a esfera moral. No Novo Testamento, o termo grego mais comum traduzido por santo é hagios. No singular, é usado com o adjetivo para descrever Deus e o seu Espírito. No plural, é empregado como substantivo para referir-se ao povo de Deus. O verbo hagiazo é utilizado no sentido ritual de separar algo dentre o que é comum para a utilização com propósitos sagrados (Mt 6.9; Jo 10.39; 1 Pe 3.15). A expressão hagnos refere-se particularmente à pureza no sentido ético. Em termos gerais, “a obra da santificação é a separação de tudo que é contrário à pureza do Espírito”. Esse processo de santificação da Igreja é contínuo e prossegue até a glorificação final no dia de Cristo (Rm 6.22; 8.30; Fp 3.21).
2. Gloriosa e irrepreensível - John Stott (2017, p. 171) descreve que: A santificação parece referir-se ao processo presente de torná-la santa no caráter e na conduta pelo poder do Espírito que nela habita, ao passo que a apresentação é escatológica e ocorrerá quando Cristo voltar para tomá-la para si mesmo. Ele a apresentará a si mesmo gloriosa (endoxon). [...] “Glória” (doxa) é o irradiar de Deus, o brilho e a manifestação do seu ser, doutra forma ficaria oculto. Assim, também, a natureza verdadeira da Igreja se tornará aparente. Na terra, frequentemente está em trapos e farrapos, manchada e feia, desprezada e perseguida. Um dia, porém, será vista pelo que ela é, nada menos do que a noiva de Cristo, “sem mácula, sem ruga, sem qualquer deformação”, santa e sem defeito, bela e gloriosa. É com esse fim construtivo que Cristo tem trabalhado e continua trabalhando. A noiva não se torna apresentável; é o noivo que trabalha para embelezá-la, a fim de apresentá-la a si mesmo.
3. O Mistério de Cristo e da Igreja - William Hendriksen (2013, p. 305) ratifica que: Evidentemente Paulo quer dizer que o mistério é a comparação do matrimônio com a união entre Cristo e a Igreja. A união de Cristo com a Igreja, que do eterno deleite na presença do Pai de tal maneira arrastou o unigênito Filho de Deus para submergir-se nas pavorosas trevas e terríveis angustias do Calvário, salvando seu povo rebelde, eleito dentre todas as nações, e chegando ainda a habitar em seus corações por meio do Espírito Santo com a finalidade de apresentá-lo – embora um povo inteiramente indigno – a si mesmo como sua própria esposa, com quem chegou a ter uma comunhão tão intima que não existe no mundo uma metáfora sequer que lhe pudesse fazer jus, tal união é em e por si mesmo um mistério. O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2009, vol. 2, p. 349) corrobora que: O quadro que vivenciamos no casamento é uma analogia do relacionamento entre Cristo e os crentes. [...] Quando Paulo contemplou o amor e a lealdade mútuos, a liderança afetuosa do marido e a submissão amorosa da esposa, as riquezas guardadas, a intimidade e a unidade, e o auto sacrifício que devem caracterizar todo casamento, ele viu nestes um retrato de Cristo e sua Igreja. Desse modo, ratifica-se que o matrimônio é empregado como uma imagem da Igreja e a sua relação com Cristo. Essa união somente é possível como resultado do amor e sacrifício de Cristo pela sua noiva (Ef 5.25). A expressão “grande é este mistério” refere-se, portanto, a uma importante e profunda verdade que está sendo revelada. A ênfase dessa revelação é a comunhão entre a Igreja e o Senhor Jesus que culminará com as bodas do Cordeiro (Ap 19.7).
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III. AS ARMAS DA IGREJA DO DEUS VIVO
1. O zelo pela verdade - O evangelho de Cristo é a única verdade (Jo 14.6). John Higgins (apud HORTON, 1997, p. 107) reitera que “a inspiração verbal e plenária eleva o conceito da inspiração até à plena infalibilidade, posto que todas as palavras são, em última análise, palavra de Deus. A Escritura é infalível porque é a Palavra de Deus, e Deus é infalível”. Por essa razão, a Bíblia não falha; não erra; é a verdade em tudo quanto afirma (Mt 5.17,18; Jo 10.35). A Teologia Sistemática Pentecostal (2013, p. 24) corrobora que: Os ortodoxos afirmamos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Dessa forma, colocamo-la no lugar em que ela tem de estar como a nossa suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Se a Escritura diz, é a nossa obrigação ser-lhe obediente sem quaisquer questionamentos. Ela é soberana! Os cristãos jamais deixaram de ser dogmáticos quanto à origem divina da Bíblia. Nossa Declaração de Fé (2017, p. 26) é enfática ao afirmar que: A inspiração da Bíblia é especial e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade. A Bíblia é nossa única regra de fé e prática, a inerrante, completa e infalível Palavra de Deus: “a lei do SENHOR é perfeita” (Sl 19.7). É a Palavra de Deus, que não pode ser anulada: “e a Escritura não pode falhar” (Jo 10.35 – ARA).
2. O ensino da verdade - Paulo deixa claras exortações quanto a esse compromisso: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2). O Comentário Bíblico Beacon (2019, vol. 9, p. 531, 532) explica que: Por a palavra o apóstolo quer dizer a mensagem relativa a Cristo como Redentor, Salvador e Senhor. É o que o Novo Testamento quer dizer por querigma ou proclamação. Este deve ser o teor da pregação cristã. Nenhum sermão é realmente sermão, a menos que deixe explícita a verdade bíblica. Instes a tempo e fora de tempo pode ser traduzido por “insista em todas as ocasiões, convenientes ou inconvenientes” (NEB; cf. BJ, BV, CH, NTLH). Esta determinação nos mostra o senso de urgência que deve caracterizar nossa pregação. Isso acarreta necessariamente a responsabilidade de corrigir e repreender (redarguas e repreendas; cf. BAB, BV, RA), e o dever mais positivo de animar (exortes; cf. CH, NTLH). Temos de provocar em todos que nos ouvem a disposição de reagir em total obediência à Palavra de Deus. Acima de tudo, o servo de Deus deve cultivar a graça da paciência (longanimidade; cf. BJ, CH, NTLH, NVI) em seus esforços de levar as pessoas a Cristo e ministrar-lhes o ensino segundo a verdade cristã (doutrina; cf. AEC, CH, NTLH).
3. A defesa da verdade - A Palavra de Deus adverte a Igreja a não ensinar outra doutrina (1 Tm 1.1-7), ratifica que há um só Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5) e assevera que não há salvação fora de Cristo (At 4.12). Essa verdade é inamovível (Ap 22.18,19). Por conseguinte, a defesa da fé decorre do zelo e do ensino da verdade, mas também da oposição às heresias. Os falsos ensinos são propagados por aqueles que têm a consciência e o entendimento corrompidos pelo erro, e esses falsos mestres precisam ser desmascarados (Tt 1.11,15). O meio mais eficaz para refutar a mentira é confrontar o engano com a verdade (2 Co 13.8). Não ensinar a igreja equivale a deixá-la perecer. Não obstante, a verdade das Escrituras não deve ficar restrita à liturgia do culto no templo. Embora o secularismo e o laicismo acuem a igreja no espaço privado, Cristo ordenou que a mensagem fosse pregada em todo o mundo (Mt 28.19,20). O líder que não está apto para defender a fé conduzirá um rebanho doente e suscetível a todo vento herético. A Bíblia diz que não tem a Deus quem ensina falsas doutrinas, não concorda com a sã doutrina e nela não permanece (1 Tm 6.3; 2 Jo 1.9). Quem tolera ou justifica tal atitude faz-se cúmplice das suas obras más (2 Jo 1.10,11). Por isso, a Igreja não pode temer o patrulhamento ideológico e nem o politicamente correto. Somos o baluarte da verdade, compelidos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Jd v. 3).
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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.
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BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo Pentecostal
Livro de apoio, A igreja de Cristo e o império do mal, Pr. Douglas Baptista - Editora CPAD
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