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terça-feira, 1 de julho de 2025

LIÇÃO 01 - A IGREJA QUE NASCEU NO PENTECOSTES.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                TEXTO ÁUREO

"E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (At 2.4)


                VERDADE PRÁTICA

A Igreja nasce no Pentecostes capacitada pelo Espírito para cumprir sua missão.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 2. 1-14




                    INTRODUÇÃO  

A Igreja nasce no dia de Pentecostes e na cidade de Jerusa lém.1 2 Quando, portanto, tratamos do nascimento da Igreja no dia de Pentecostes, há ao menos três fatos a serem levados em conta. Um é de natureza geográfica, outro é de natureza histórica e, por último, temos um de natureza teológica. Geograficamente, a Igreja nasceu na histórica cidade de Jerusalém. Foi na antiga cidade de Davi, durante os primeiros anos do primeiro século, que Deus derramou o seu Espírito de forma copiosa no dia de Pentecostes.- Podemos dizer, então, que a cidade de Jerusalém foi historicamente o berço da primeira Igreja. 

Jerusalém, portanto, é o local de origem da Igreja-mãe de todas as outras igrejas cristãs. Nosso estudo neste capítulo privilegiará o aspecto teológico do nascimento da Igreja no dia de Pentecostes. Partindo do capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos, faremos uma análise expositiva do texto bíblico a fim de que possamos assimilar melhor as suas verdades teológicas. Destacaremos que o Pentecostes bíblico foi um evento de natureza teofânica, isto é, visível e audível, demonstrando, dessa forma, a presença de Deus no meio do seu povo. Isso está demonstrado pelo barulho do som como de um vento impetuo so e da manifestação das línguas como de fogo.

 Por outro lado, também destacaremos tanto o propósito como as características do Pentecostes bíblico. Assim, o testemunho cristão aparece como um dos principais propósitos do Pentecostes, enquanto a presença de uma experiência específica e definida aparece como uma das suas principais características e marcas.



                I.    A NATUREZA DO PENTECOSTES BÍBLICO 

1.    Da natureza divina    -     “Cumprindo-se o dia de Pentecostes [...]” (At 2.1). O Pentecostes era uma das principais festas judaicas e era comemorado cinquenta dias depois da Páscoa. A palavra grega pentekosté (Pentecostes), também conhecida como Festa das Semanas ou Festa da Colheita, é uma referência ao quinquagésimo dia depois da Páscoa (cf. Ex 34.22; Dt 16.10). No contexto do antigo pacto, o livro de Deuteronômio 16.9-12 destaca que, durante essa festa, o povo de Deus deveria apresentar ofertas voluntárias (v. 10), expressar alegria (v. 11) e demonstrar gratidão (v. 12). No contexto do novo pacto, foi esse dia que Deus escolheu para derramar o seu Espírito.

 “[...] e, de repente, veio do céu um som, como cie um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que cie fogo, as quais pousaram sobre cada um deles ” (vv. 2,3). Os fenômenos destacados aqui como “um som, como de um vento veemente e impetuoso” e as “línguas repartidas, como que de fogo”, devem ser vistos como sendo de natureza teofânica. J. C. Moyer observa que uma “teofania” diz respeito a uma manifestação  visível ou audível de Deus. É, portanto, uma demonstração de que o Senhor está presente. Nesse aspecto, ele destaca que as teofanias no Antigo Testamento incluem o “aparecimento de um anjo em forma humana (Jz 13); uma chama na sarça ardente (Ex 3.2-6); ou fogo, fumaça e trovões no monte Sinai (Êx 19.18-20)”.

O teólogo Alessandro Barreto observa que: 

 A conexão entre o Sinai e o Pentecoste ressalta a continui dade da revelação divina e a progressão do plano redentor de Deus. No Sinai, Deus deu a Lei a Moisés, estabelecen do a aliança com Israel. No Pentecoste, Deus derramou o Espírito Santo sobre os crentes, inaugurando a nova aliança e capacitando a Igreja para sua missão global. Assim, as manifestações de fogo e som em Atos 2 não apenas ecoam as teofanias do Antigo Testamento, mas também simbolizam a nova era do Espírito, onde a presença de Deus habita em todos os crentes, guiando-os e fortalecendo-os para viverem de acordo com Sua vontade.

 Da mesma forma, I. Howard Marshal, quando trata da ocorrên cia desses fenômenos como manifestações teofãnicas no contexto do livro de Atos dos Apóstolos, destaca que Lucas descreve o som como de um vento “enchendo toda a casa” como algo quase que palpável. Ele observa que fica em relevo o aspecto sobrenatural da teofania, o que relembra, sem sombra de dúvidas, as manifestações de natureza teofânica no Antigo Testamento (2 Sm 22.16; Jó 37.10; Ez 13.13). Nesse aspecto, Marshal ainda observa que o vento é visto como um sinal da presença de Deus como Espírito. Assim, os fenômenos das línguas como de fogo põem em relevo o peso dessa analogia, mostrando mais uma  vez que esse ‘fenômeno relembra as teofanias elo Antigo Testamento, especialmente aquela do Sinai (Êx 19.18)".


2.     Um evento paralelo ao Sinal    -     Essa relação existente entre o Cenáculo(> e o Sinai também é explorada de forma mais exaustiva pelo expositor bíblico G. K. Beale. No entendimento de Beale, é possível perceber-se com clareza as semelhanças entre a teofania do Sinai e os fenômenos do Pentecostes. Beale destaca, por exemplo, que o entendimento que via os fenômenos ocorridos no Sinai como sendo de natureza teofãnica era compartilhado tanto por Filo de Alexandria, um judeu contemporâneo de Jesus e de Paulo, como pelos Manuscritos do Mar Morto.

 Dessa forma, Beale observa que: 

A aparição de “línguas como de fogo’' em Atos 2 ao que parece é uma manifestação do Espírito que reflete uma teofania associada ao templo celestial. Várias considerações indicam isso. Em primeiro lugar, a menção de que “veio do céu um som, como de um vento impetuoso” e de que apareceram “línguas como de fogo” traz à lembrança as teofanias típicas do AT. Deus aparecia nessas teofanias com som de trovão e na forma de fogo. A primeira grande teofa nia do AT foi no Sinai, onde Deus apareceu em meio a um estrondo de “vozes e relâmpagos”, “fogo”, “fumaça” e uma  "‘nuvem espessa” (Êx 19.16-20; 20.18). Esse era o modelo de teofania da maior parte das aparições divinas semelhantes que ocorreram depois no AT. De certa forma, a aparição de Deus no Sinai funciona como pano de fundo quando o Espírito desce no Pentecostes. O Pentecostes comemorava não só as primícias da colheita, mas também, a partir do segundo século a.C., a entrega da Lei por Deus a Moisés no Sinai, o que indica além disso a presença desse pano de fundo em Atos 2 [...]. Se nossa análise estiver correta até aqui, segue que a teofania do Pentecostes também pode ser compreendida como a irrupção de um novo Templo que acaba de surgir no meio do antigo Templo de Jerusalém, que estava sendo superado.

 Assim, a teofania do Pentecostes, como foi aquela do Sinai, a partir da qual a presença de Deus certamente se faria real no Tabernáculo, está diretamente associada com a experiência de Deus habitando na Igreja, que é o seu novo templo. A Igreja, portanto, formada por todos os crentes salvos em Cristo e cheios do Espírito, é a nova habitação de Deus, e não mais o antigo templo judaico. Beale pontua que essa compreensão que associa as “línguas como de fogo” com a presença de Deus na parte mais interior do Tabernáculo, o Santo dos Santos, pode ser encontrada nos Manuscritos do Mar Morto da comunidade de Qumran.

 Beale destaca que: 

 O fato mais surpreendente ainda nesse documento de Qumran é que as “línguas” são uma ocorrência não apenas da presença reveladora de Deus, mas também de sua comunicação profética. Certamente, é isso que acontece no Pentecostes: não apenas as “línguas de fogo” são uma manifestação da presença de Deus em Espírito, mas essa presença também leva as pessoas a “profetizarem” (como está claro em At 2.17,18). O local de onde desce o Espírito de Deus no Pentecostes não  apenas parece que é "‘do céu”, de modo genérico, mas também do Santo dos Santos ou templo celestial.


3.    Centrada em Cristo e nos tempos finais    -    E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo (cf. Is 2.2-21; 3.18 4.6; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o derramamento inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a segunda vinda do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período específico é caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de DEUS. (a) Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 12.28). (b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de CRISTO, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe 1.3-5; Ap 19). (c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar a obra salvífica de CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o dia final da ira (Rm 2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b). Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de CRISTO para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos dias introduzem o reino de DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc 11.20). Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal (2 Co 10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe 1.6,7)








                II.    O PROPÓSITO DO PENTECOSTES BÍBLICO

1.   Promover a verdadeira adoração    -    Lucas diz que, por ocasião da experiência pentecostal, quan do os crentes falaram em outras línguas, eles estavam com esse ato proclamando as grandezas de Deus (At 2.11). Havia, portanto, uma expressão de louvor na experiência de Pentecostes. Posteriormente, na casa de Cornélio, quando os crentes foram cheios do Espírito, fala ram em línguas e magnificavam a Deus (At 10.46). Não há dúvida, portanto, de que um dos propósitos do batismo pentecostal é levar o cristão a uma profunda adoração a Deus. Sobre o lugar das línguas na adoração, Herald Bredsen, antigo pastor da North County Center, São Marcos, Califórnia, EUA, disse:

 1. As línguas capacitam nosso espírito a se comunicar direta- mente com Deus acima e além da capacidade de compreensão de nossa mente. 2. As línguas liberam o Espírito de Deus em nós. 3. As línguas possibilitam nosso espírito de assumir ascendência sobre a alma e o corpo. 4. As línguas são uma provisão de Deus para fazermos catarse, pelo que são importantes para nossa saúde espiritual. 5. As línguas satisfazem nossa necessidade de toda uma nova linguagem de adoração, oração e louvor.

 Quando o crente expressa-se em adoração em outras línguas, ele está falando consigo mesmo e com Deus (1 Co 14.2; 14.28). Através da oração em línguas, o crente edifica a sua fé (1 Co 14.4). Nesse texto, fica claro o uso privativo do falar em línguas. Assim, as Escrituras mostram que a igreja que dava testemunho público com poder lá fora (At 4.33; 6.3,8; 8.5) era a mesma igreja que antes se edificava a si mesma na adoração privada. Não existe testemunho público sem adoração privada.


2.    Poder para testemunhar    -    Mas como é natural, surge a pergunta: "Que há de diferente e suplementar na experiência chamada batismo no ESPÍRITO SANTO? Respondemos da seguinte maneira: Há um ESPÍRITO SANTO, mas muitas operações desse ESPÍRITO; assim como há uma eletricidade, mas muitas operações dessa eletricidade, a qual aciona fábricas, ilumina as nossas casas, faz funcionar as geladeiras, e efetua muitos outros trabalhos, da mesma maneira, o mesmo ESPÍRITO regenera, santifica, dá vigor, ilumina e reveste de dons especiais. O ESPÍRITO regenera a natureza humana na ocasião da conversão; depois, sendo o ESPÍRITO de santidade que habita no interior, ele produz o "fruto do ESPÍRITO", as características distintivas do caráter cristão. 

Em certas ocasiões, os crentes fazem uma consagração especial e recebem vitória sobre o pecado, e há conseqüente aumento do gozo e paz, experiência que, às vezes, tem sido chamada "santificação", ou uma "segunda obra da graça". Mas além dessas operações do ESPÍRITO SANTO, há outra, cujo propósito especial é dar energia à natureza humana para um serviço para DEUS, resultando em uma expressão externa dum caráter sobrenatural. Duma maneira geral, S. Paulo se refere a essa expressão exterior como "a manifestação do ESPÍRITO" (1Cor. 12:7), talvez em contraste com as operações mais quietas e secretas do ESPÍRITO. No Novo Testamento essa experiência é assinalada por expressões como: "descer sobre", "ser derramado" e "ser cheio com", expressões essas que dão a ideia de algo repentino e sobrenatural. Todas essas expressões são usadas em conexão com a experiência conhecida como o batismo no ESPÍRITO SANTO. (Atos 1:5.) A operação do ESPÍRITO SANTO descrita por essas expressões é tão distinta de suas manifestações quietas e usuais, que os eruditos criaram uma palavra para descrevê-la. Essa palavra é "carismático", duma palavra grega frequentemente usada para designar um revestimento especial de poder espiritual. 

A. B. Bruce, erudito presbiteriano, escreve: A obra do ESPÍRITO era entendida como transcendente, milagrosa e carismática. O poder do ESPÍRITO SANTO em um poder que vinha de fora, produzindo efeitos extraordinários que chamaram a atenção até do observador profano, como Simão o mago. Ao mesmo tempo que reconhece que os cristãos primitivos creram também nas operações santificadoras do ESPÍRITO (ele cita Atos 16:14), e sua inspiração de fé, esperança e amor em seus corações, o mesmo escritor conclui: O dom do ESPÍRITO SANTO veio a significar... o dom de falar em estado de êxtase, e de profetizar com entusiasmo, e curar os doentes pela oração. 

O ponto que desejamos acentuar é o seguinte: o batismo com o ESPÍRITO SANTO, que é um batismo de poder, é de caráter "carismático", a julgar pelas descrições dos resultados desse revestimento. Assim, ao mesmo tempo que admitimos livremente que cristãos são nascidos do ESPÍRITO, e que obreiros têm sido ungidos com o ESPÍRITO, afirmamos que nem todos os cristãos têm experimentado a operação "carismática" do ESPÍRITO, acompanhada por expressão oral, o falar repentino e sobrenatural.





                    III.     CARACTERÍSTICAS DO PENTECOSTES BÍBLICO 

1.    Uma experiência especifica    -    Em Atos 2.1, está escrito: “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar”. Isso indica não somente união, mas unida­de no ESPÍRITO SANTO (cf. v.4). Acabaram-se as discordâncias, as contendas, as divergências pessoais em torno das coisas de DEUS, e todos estavam ali, juntos, reunidos. Mentalizemos, pois, João, Pedro, Tomé, unidos...

Um som vindo do céu. No dia do prometido derramamento de poder celestial, a Palavra de DEUS diz que veio do céu um som como de um vento (At 2.2). O que está ocorrendo atualmente em sua vida, em sua igreja, em seu movimento religioso? Isso tudo vem mesmo do céu? Ou vem simplesmente dos homens? Leia Jeremias 17.9. Ou vem do astuto Enganador? Ê importante que reflitamos sobre a origem daquilo que sentimos. O verdadeiro revestimento de poder do ESPÍRITO vem do Alto (Lc 24.49Ato 11. 15), mas a Palavra de DEUS nos alerta quanto a “outro espírito” (2 Co 11.4).

Observemos que o ESPÍRITO SANTO veio primeiramente como um som. Um som para despertar os dormentes; para acordar do sono espiritual. Um som para alertar de perigo; para avisar. Um som para convocar para o trabalho; para reunir (I Co 14.8). Um som para a igreja louvar a DEUS, com “música de DEUS” (I Cr 16.42Cl 3.16).

O som que veio do céu era como de um vento. Isto é, não houve vento natural de fato, e sim algo semelhante a seus efeitos sonoros, circundantes e propulsores. O que isso representa?

1)     0        vento fala de força impulsora, como nas velas dos barcos, nos moinhos, etc.

2)     O vento separa a palha do grão (SI 1.4Mt 3.12); o leve do pesado.

3)     O vento move e movimenta água, árvores.

4)     O vento fertiliza, levando o pólen, a vida (Cl 4.16Jo 3.5,8).

5)     O vento limpa árvores, campos, etc.

6)     O vento não tem cor: favoritismo, individualismo, discriminação.

7)     O vento não pertence a um clima único; é universal.

8)     O vento move-se continuamente (cf. Ec 1.6Gn 1.2).

9)     O vento não tem cheiro, mas espalha perfume; aqui é importante refletir sobre o papel do Altar do Incenso, no Tabernáculo. Ver também 2 Coríntios 2.14,15.

10)  O vento, quando se move, é infalivelmente sentido, notado.

11)  O vento refresca e suaviza no calor.

12)  O vento — o ar — alimenta e vivifica (pulmões, a vida orgânica). Em Ezequiel 37.8-10, naquela visão que DEUS deu ao profeta sobre um vale

de ossos secos, vemos nos corpos: ossos, nervos, carne, pele, mas não vida, até que o ESPÍRITO assoprou sobre eles. Aleluia! Há muitos crentes por aí que têm de sobra “ossos, nervos, carne e pele”, porém falta-lhes a vida abundante do ESPÍRITO.

13)  O vento é misterioso (Jo 3.8).

Cabe aqui um aviso: devemos ter cuidado com as falsificações, isto é, os ventos nocivos, que não provém do ESPÍRITO de DEUS (Mt 7.25Ef 4.14).

A casa ficou cheia. O som como de um vento veemente e impetuoso encheu toda a casa (Ato 2.2). Aquele primeiro derramamento do ESPÍRITO ocorreu numa residência, numa casa de família. Isso leva-nos a refletir sobre o importante papel da família cristã cheia do ESPÍRITO SANTO, para a igreja.

A família, como primeira instituição divina na terra, foi o meio pelo qual DEUS iniciou o ciclo da história humana. Foi por meio dela, ainda, que Ele fundou a nação que traria o Messias ao mundo. E, por fim, o Senhor serviu-se de uma família para que dela nascesse o Messias.

E devido a grande importância que a família tem para todos e para tudo na face da terra que o Inimigo — com todas as suas hostes — luta para destruí-la, inclusive dentro da igreja. Mas observemos como DEUS cuida da família:

1)      Em Atos 2.17, vemos que todos os membros da família estão incluídos na promessa pentecostal: “vossos filhos e vossas filhas, vossos jovens e vossos velhos”.

2)      Antes de julgar o mundo com um dilúvio, DEUS proveu salvação para Noé e toda a sua família (Gn 6.18).

3)      Em Êxodo 12.3,4, vemos que o Senhor instruiu cada família a tomar um cordeiro para si. Na noite em que Ele julgou os egípcios, os israelitas foram milagrosamente salvos pelo sangue do cordeiro.

4)      Na expressão “serás salvo tu e tua casa” (Ato 16.31) vemos a promessa de DEUS para os chefes de família.

Línguas como que de fogo. O texto de Atos 2.3 mostra que línguas como que de fogo foram repartidas. O verdadeiro Pentecostes tem algo para se ouvir do céu (“veio do céu um som”); para se ver do céu (“foram vistas por eles línguas”); e para repartir, também vindo do céu (“línguas repartidas”).

Línguas estranhas seguem-se ao derramamento do ESPÍRITO; não o precede — “Foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas” (At 2.4). Línguas, no derramamento pentecostal, indicam o evangelho falado, pregado, cantado, comunicado. Porém, são línguas “como que de fogo”, e não língua de flores.

Vários dons do ESPÍRITO SANTO são exercidos através da língua, da fala. DEUS usou as línguas estranhas como sinal externo do batismo com o ESPÍRITO SANTO,

para demonstrar sua inteira posse e controle da nossa língua, ao batizar-nos (Tg

3.8)            . Mediante a comparação dos textos de Atos 2.4, 10.44-46 e 11. 15, vemos, pela lei da primeira referência, que as línguas estranhas são a evidência física inicial do batismo com o ESPÍRITO SANTO.

As línguas estranhas são apresentadas, também, como um dos dons do ESPÍRITO SANTO (I Co 12.10,30). Quando comparamos as passagens de Atos 2.17 e 19.6, vemos que os dons espirituais podem ser concedidos por DEUS no momento do batismo com o ESPÍRITO. Como foi o seu batismo? Como você foi ensinado sobre essas coisas da Bíblia?

Essas línguas são “como que de fogo”, isto é, fogo sobrenatural, celestial, e não fogo estranho. Vejamos a aplicação espiritual desse “fogo do céu”:

1)      O fogo alastra-se, comunica-se.

2)      O fogo purifica. Contra a impureza espiritual, a principal força é o ESPÍRITO SANTO.

3)      O fogo ilumina. E o saber; o conhecimento das coisas de DEUS.

4)      O fogo aquece. A igreja é o corpo de CRISTO. Todo corpo vivo é quente.

5)      O fogo, para queimar bem, depende muito da madeira; se é boa ou ruim.

6)      O fogo tanto estira o ferro duro, como a roupa macia.

7)      Foi o fogo do céu que fez do Templo de Salomão a Casa de DEUS (2 Cr 7.1I Co 3.16).

“Quem nasce sob o fogo não esmorece sob o sol”.

Cheios do Espirito SANTO. A caixa dágua, quanto mais cheia e mais alta, mas pressão e peso tem! Observe que, no dia de Pentecostes, não somente os crentes foram cheios, mas também o ambiente: a casa (Ato 2.2). Os símbolos e figuras manifestos ali falam de poder, como fogo e vento. Cheios do ESPÍRITO, usufruí­mos o poder, a energia e a força, mesmo não sabendo definir plenamente essas gloriosas manifestações do ESPÍRITO (cf. Jo 3.8).


2.    Uma experiência definida e contínua    -    Convém destacar aqui que a experiência pentecostal é específica, definida e contínua. Muitos autores gastaram muita tinta na tentativa de negar a separabilidade do batismo pentecostal. Em outras palavras, contrariamente aquilo que é meridianamente claro em Atos dos Apóstolos, eles negam que o batismo no Espírito Santo seja uma experiência separada da conversão. No entendimento desses autores, o batismo no Espírito é recebido no momento da regeneração. Assim, quando alguém é salvo, também é batiza do no Espírito. Nesse aspecto, o batismo no Espírito é visto pela perspectiva da iniciação cristã, e não de uma capacitação cristã, como defendem os pentecostais. Embora a experiência pentecostal possa acontecer concomitantemente com a regeneração (At 10.44-46), são, contudo, experiências distintas.

 R. A. Torrey (1856—1928), ministro batista e autor prolífico, escreveu: 

 O Batismo com o Espírito Santo é uma obra do Espírito Santo separada e distinta de Sua obra regeneradora. Ser regenerado pelo Espírito Santo é uma coisa, ser batizado com o Espírito Santo é algo diferente, algo adicional. Isso é evidente em Atos   1:5. Ali Jesus disse: “Sereis batizados com o Espírito Santo, não muitos dias depois.’' Eles ainda não estavam “batizados com o Espírito Santo.” Mas eles já estavam regenerados. O próprio Jesus já os havia pronunciado assim. Em João 15:3, Ele havia dito aos mesmos homens: “Agora estais limpos pela Palavra.” (Comp. Tg 1:18; 1 Pe 1:23) e emjo 13:10: “Vós estais limpos, mas não todos”, exceto, pelo “mas não todos”, o único homem não regenerado na companhia apostólica, Judas Iscariotes, da declaração “Vós estais limpos”. (Vejajo. 13: 11.) Os apóstolos, exceto Judas Iscariotes, já eram homens regenerados, mas ainda não eram “batizados com o Espírito Santo”. Disto fica evidente que a regeneração é uma coisa, e que o batismo com o Espírito Santo é algo diferente, algo adicional. Alguém pode ser regenerado e ainda não ter sido batizado com o Espírito Santo.




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - A Igreja que Nasceu em Jerusalém, Pr. José Gonçalves -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman

















domingo, 22 de junho de 2025

LIÇÃO 13 - RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                        TEXTO ÁUREO  

"E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!" (Jo 20.20)


                        VERDADE PRÁTICA

A Ressurreição de Cristo representa o ápice da esperança cristã.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 20. 19, 20, 24-31



                    INTRODUÇÃO   


Após a ressurreição, Jesus apareceu a seus discípulos várias vezes. Entretanto, a sua residência não era mais terrena, porque Ele não estava mais restrito como “nos dias de sua carne (Elb 5.7) porque já estava glorificado, em corpo celestial.

 Na primeira aparição de Jesus como ressurreto, Ele apareceu a apenas uma mulher, Maria Madalena Jo 20.14), sua discípula fiel, juntamente com os demais apóstolos. Na segunda aparição ressurreto, Jesus foi visto por seus seguidores, homens e mulheres, e o cenário é outro. O sepulcro continua vazio e, agora, os discípulos ainda assustados se escondiam dos olhos do povo, mas esses homens e mulheres, onde todos estavam reunidos, com portas e janelas fechadas, não esperavam qualquer surpresa. Eles estavam em uma casa de algum conhecido na periferia popular da cidade de Jerusalém. Todos os discípulos estavam em expectativa e dominados pelo medo de se exporem fora daquela casa.

 Já era tarde daquele primeiro dia da semana quando Maria Madalena levou aos discípulos a mensagem de que teria visto e falado com Jesus ressurreto. Mas eles estavam céticos de que Maria Madalena tivesse falado e visto Jesus vivo. Talvez imaginassem que Maria Madalena tivesse alguma alucinação, porque em suas mentes, aquele grupo de homens e mulheres ainda estava dominado pelo medo dos judeus e sentiam-se desamparados. A verdade é que os discípulos haviam fugido para suas casas por ocasião da prisão de Jesus, ficando apenas, de longe, Pedro e João Jo 16.32;  18.8; 19.27). 

Dois daqueles discípulos, Pedro e João, foram ao local do sepulcro e constataram que estava vazio e viram apenas “o lenço” que haviam colocado sobre a sua cabeça e “os lençóis”. Vendo esses objetos enrolados e colocados à parte, voltaram para as suas casas (Jo 20.6-8). Oito dias mais tarde, depois de terem recebido o Espírito Santo, todos os discípulos estavam escondidos com portas trancadas em um cenáculo alugado. Quando Jesus voltou a aparecer entre eles, por três vezes, lhes disse: Paz seja convosco! Jo 20.19,21,26).



                I.    A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO  

1.   "Paz seja convosco"     -      Certamente tais homens nunca teriam pregado a ressurreição, a não ser que tivessem absoluta certeza de que JESUS realmente ressuscitara. JESUS, de súbito, estava no meio deles, falando: “Paz seja convosco”. O Senhor já tinha um corpo espiritual, glorificado, e não estava sujeito a limitações naturais, tais como portas trancadas. As palavras “paz seja convosco” tinham mais força do que quando empregadas no cumprimento tradicional, pois realmente aquietaram os corações perturbados. Os discípulos sentiam medo antes da vinda de JESUS (cf. Lc 24.37), mas, agora, sua presença anunciava confiança e vitória. O aspecto de CRISTO era o mesmo, e, ao mesmo tempo, diferente, de tal forma que o imediato reconhecimento da sua pessoa nem sempre acompanhava a sua manifestação. Era necessário alguma coisa a mais para completar a identificação: “E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado” (e os pés também — Lc 24.40). Estava completa a identificação. Era realmente o Crucificado, que voltara à vida. “De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor”. Não pode haver maior alegria do que esta! No começo, a notícia parecia boa demais para ser verdadeira (Lc 24.41), e talvez os discípulos se sentissem como os que sonham (cf. Sl 126.1). A alegria da esperança despertada, no  entanto, transformou-se em alegria da plena convicção.


2.    O registro das aparições de Jesus ressurreto   -     Nós, que pertencemos ao JESUS ressurreto, podemos ter certeza de que, enquanto labutamos nos mares desta vida, Ele está nos olhando da praia além, pronto a daras instruções que nos garantirão o sucesso. Talvez não cheguemos a ver os resultados até o raiar da aurora final, quando mãos angelicais recolherão o fruto ao Celeiro eterno. Estêvão viu JESUS à mão direita de DEUS, e Ele se revela a todos que buscam a sua face. Nosso Senhor, entronizado, dirige de lá a batalha cuja vitória final já é garantida; é a partir desta vitória que podemos proclamar o Evangelho: “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de DEUS. E eles, tendo partido, pregaram por toda parte”.

 O mesmo Senhor vitorioso que está nas alturas, também está lutando ao lado dos seus fiéis, “cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com sinais que se seguiram” (Mc 16.19,20). Embora estejamos no meio do mar bravio, e Ele no Céu, há entre o Senhor e nós a plenitude da união e da comunhão, e receberemos da parte dEle ilimitados suprimentos de forças, graça e bênçãos, se reconhecermos a sua presença, confessarmos a nossa insuficiência, obedecermos a Ele e esperarmos a sua bênção.


3.    Preciosas lições     -      Não há como negar o fato da ressurreição de Cristo. Segundo o texto de 1 Coríntios 15.12-15, alguns cristãos de Corinto negavam a possibilidade da ressurreição e faziam da mensagem de Paulo e de outros apóstolos, fiéis ao que receberam da doutrina de Cristo, uma mentira e um engano doutrinário. Esses cristãos haviam se convertido com a mensagem do Evangelho, mas ainda eram influenciados por filosofias gregas em relação à imortalidade da alma humana, porque lhes foi ensinado que depois da morte física a alma saía do corpo e era absorvida por algo celestial, ou então, as almas saíam do corpo para continuar em uma existência sombria no Inferno. Essencialmente, para essa filosofia, a ressurreição física era impossível (At 17.18,32). Entretanto, o testemunho dos Pais da Igreja era suficiente para con firmar que Jesus ressuscitou, e pela sua ressurreição nós temos vida. A expressão “ressurreição de entre os mortos” aparece no texto grego original como “he anastasis ek nekron” para indicar que Jesus foi tirado do meio dos mortos fisicamente. O salmista fala da esperança da ressurreição quando diz: “Mas Deus remirá a minha alma do poder da sepultura, pois me receberá” (SI 49.15). A Bíblia Tradução Brasileira traduziu o texto assim: “Mas Deus remirá a minha alma do poder do sheol”. Na versão Almeida Revista e Atualizada (ARA) está traduzido assim: “Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte”. Essencialmente, entendemos que a mensagem do texto do salmista indica um fato e uma esperança ao mesmo tempo, para afirmar que nem a sepultura, nem o Sheol (ou Hades) puderam prendê-lo mediante o poder da ressurreição. 

A essência da Escritura é a ressurreição, porque a alma e o espírito vão para o estado intermediário que chamamos de Sheol (hb., no Antigo Testamento) ou Hades (gr., no Novo Testamento). A sepultura não é o Sheol ou o Hades; ela é apenas o lugar físico dos corpos dos mortos. A alma e o espírito se desligam da sepultura e  aguardam em lugar provisório até a ressurreição de seus corpos (Is 26.19). Contudo, a grande máxima do cristianismo é a verdade da ressurreição conforme o apóstolo Paulo falou: “é manifesta, agora, pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho” (2 Tm 1.10). O próprio Senhor Jesus enfatizou e deu sentido especial à doutrina da ressurreição quando falou: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” Jo 5.28,29). 

 A segunda lição é que a ressurreição é um acontecimento indiscutível que renova a certeza e a alegria de que Ele está vivo. A certeza da ressurreição renova a esperança de que os mortos em Cristo um dia ressuscitarão para vida eterna (1 Ts 4.14-16). O pastor e teólogo John MacAthur, em sua Bíblia Comentada, escreveu o seguinte: “A esperança da ressurreição faz com que todos os esforços e sacrifícios no trabalho do Senhor valham a pena. Nenhum trabalho feito em nome do Senhor é desperdiçado à luz da glória e da recompensa eterna”. É importante analisarmos que a ressurreição nos assegura uma verdade insofismável e indiscutível de que, literalmente, a ressurreição de Jesus foi corporal. Os elementos históricos que envolvem a ressurreição devem merecer a nossa apreciação.


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segunda-feira, 16 de junho de 2025

LIÇÃO 12 - DO JULGAMENTO À RESSURREIÇÃO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II


                   TEXTO ÁUREO  

"E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito." (Jo 19.30)


                    VERDADE PRÁTICA   

Na cruz, Jesus triunfou sobre o pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 19. 17, 18, 28 - 30; 20. 6-10


                    INTRODUÇÃO

 
A TRAJETÓRIA DE JESUS EM DIREÇÃO À CRUZ
A semana de sua morte. A sua ida a Betânia deu-se seis dias antes da Páscoa, que Ele deveria celebrar pela última vez neste mundo. Ali, no domingo, teve os seus pés ungidos (Jo 12.1-7). Depois, na segunda-feira, ocorreu a sua entrada triunfal em Jerusalém e a purificação do Templo (Mt 2I.I-I7). Ainda nesse dia, Ele amaldiçoou uma figueira (vv. 18-22).
Ainda em Jerusalém, na terça, ensinou no Templo e no monte das Oliveiras (Mt 21—26); dirigiu-se nesse mesmo dia a Betânia, onde teve a sua cabeça ungida (Mt 26.6-13; Mc 14.3-9). Na quarta, em Jerusalém, houve uma conspiração contra Ele (Mt 26.14-16; Mc 14.10,11; Lc 22.3-6). Na quinta, em Jerusalém, na última Ceia (Mt 26.17-29; Mc 14.12-25; Lc 22.7-20; Jo I3.I-38), confor­ta seus discípulos (Jo I4.I—16.33); ora por si e por eles, no Getsêmani (Mt 26.36-46; Mc 14.32-42; Lc 22.40-46Jo 17.1-26).
Chega a sexta-feira, o dia de sua morte. Em Jerusalém, JESUS é preso e julgado (Mt 26.27,26; Mc 14.43—15.15; Lc 22.47—23.25Jo 18.2—19.16), crucificado, no Gólgota (Mt 27.27-56; Mac 15.16-41; Lc 26-49; Jo 19.17-30), e sepultado no Jardim de Gordan (Mt 27.57-66; Mac 15.42-47; Lc 23.50-56Jo 19.31-42).
JESUS celebra a Páscoa. Na quinta-feira à noite, JESUS celebrara a Páscoa com os seus discípulos. Ele fizera questão de dizer-lhes que aquele ato encerrava um período e dava início a outro — a primeira Páscoa, celebrada pela primeira vez em Israel, na noite em que morreram os primogênitos do Egito, marcou um novo começo para Israel.
A Ceia ministrada por Melquisedeque, que havia sido realizada há mais de dois mil anos, e a Páscoa, há mais 1.500 anos, tinham o mesmo sentido: apontavam para o Calvário. A Páscoa tinha um caráter prospectivo: apontava para a cruz de nosso Senhor; a segunda, a Ceia do Senhor, um caráter tanto retrospectivo como prospectivo, haja vista apontar hoje para a morte de CRISTO (“anunciais a morte do Senhor...”), no passado; e para a sua vinda (“até que venha”).
Assim, a Páscoa judaica encontrou seu cumprimento na vida, na morte e na ressurreição de CRISTO. O Cordeiro de DEUS substituiu o cordeiro pascoal (I Co 5.7).
JESUS no Getsêmani. Terminada a Páscoa e tendo cantado o hino, JESUS foi “... para o monte das Oliveiras” (Mt 26. 30b), localizado no leste de Jerusalém, do outro lado do vale de Cedron. Cerca de cem metros mais alto que Jerusalém, do seu cume descobre-se uma magnífica vista da Cidade Velha e um impres­sionante panorama das colinas da Judéia até ao mar Morto e às montanhas de Moabe, ao leste.
Descendo do monte das Oliveiras, há na parte inferior o jardim do Getsêmani. Tais lugares marcam a presença e os sofrimentos de CRISTO neste mundo. O Getsêmani é um dos mais impressionantes lugares da Terra Santa, o qual possui oito oliveiras cuja idade se perde no tempo. Alguns botânicos afirmam que elas poderiam ter três mil anos!
O Getsêmani tem, hoje, a mesma aparência que tinha há vinte séculos. Cida­des e civilizações se sucederam, mas o jardim conservou-se quase o mesmo dos tempos de JESUS. João afirmou que, quando o Senhor lembrou os seus discípulos com respeito à sua morte, atravessou o ribeiro para o outro lado: “Tendo JESUS dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedron, onde havia um horto, no qual Ele entrou e seus discípulos” (Jo 18.1). Trata-se do jardim no qual JESUS passou a hora mais triste e angustiante de sua paixão.
Sua solidão. Alguns psicólogos enumeram cinco tipos de solidão, e todas elas foram vividas por JESUS no Getsêmani:
Solidão opcional. Há pessoas que, por opção, circunstâncias ou um outro motivo, vivem sozinhas.
Solidão da sociedade. Ê vivida por alguém que nunca recebe uma única carta; jamais ouve uma palavra de encorajamento; nunca recebe o aperto de mão de um amigo.
Solidão do sofrimento. Algumas pessoas são vítimas de acidentes ou do­enças que lhes deixam imóveis para o resto da vida. Algumas delas ocupam cadeiras de rodas, leitos hospitalares ou mesmo uma cama em suas próprias casas. Outras foram aprisionadas e cumprem prisões perpétuas.
A solidão da tristeza. Vem através de diversas maneiras: isolamento ou rejeição (do superior ou do subordinado) por falta de comunicação (cf.
Tm 6.18; Hb 13.16); perda de um ente querido; um ideal que não se concretizou de acordo com aquilo que se esperava; depressão; tristeza; solidão do pecado.



                I.     A PRISÃO E A CONDENAÇÃO DE JESUS   

1.    A prisão    -     O jardim do Getsêmani estava localizado ao sopé do monte das Oliveiras, parte de uma cadeia de colinas fora de Jerusalém, de frente para o Templo. JESUS costumava reunir-se ali com Seus discípulos (Jo 18.1,2). Naquela noite, porém, a reunião foi mais Intima e diferente. Dentre os discípulos, apenas Pedro, Tiago e João acompanharam o Mestre, formando Seu círculo mais próximo de amizade.

  O jardim do Getsêmani era um recinto cercado, situado em um olival, onde provavelmente havia uma prensa de azeite. Naquela prensa, as azeitonas eram esmagadas até a obtenção do óleo. Não é difícil associar esse processo à aflição que JESUS sentiu naquela noite. As profecias messiânicas anunciavam que Ele seria esmagado por causa das nossas iniquidades (Is 53.5,6 NAA).

  Ao chegarem a um lugar afastado, JESUS revelou aos três discípulos que Sua alma estava profundamente triste, numa tristeza mortal (Mt 26.38 NVI). Ele sabia dos sofrimentos iminentes e consecutivos que enfrentaria: a prisão, os maus-tratos e a crucificação. O peso maior que recaía sobre os Seus ombros, no entanto, era o fato de que, por um momento, Ele se faria pecado por nós (2Co 5.21) e sentiria o abandono do Pai. Em agonia, orou: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua (Lc 22.42). A angústia era tão intensa, que Seu suor se tornou como gotas de sangue caindo ao chão (Lc 22.44).


2.    O interrogatório    -     A primeira audiência diante do Sinédrio foi concluída por volta das três da manhã. A Corte só adiou o julgamento até o nascer do sol, embora a lei exigisse que cada um deles deliberasse a sós por um dia inteiro antes da segunda audiência.

Eles retornaram apenas algumas horas depois, ao amanhecer. Lucas nos conta "E logo que foi dia, Ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes e os escribas, e o conduziram ao seu concílio." Essa sessão foi superficial. Nenhuma testemunha foi invocada. Novamente a lei foi violada ao se exigir que JESUS respondesse à questão repetida "És tu o Filho de DEUS?"

E novamente JESUS respondeu "Tu o disseste", e então acrescentou "Digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu."

Diante disso, a corte gritou "Para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia."

A votação foi feita, os votos dos juízes foram contados, e Marcos nos conta "TODOS o consideraram culpado de morte." A importância disso reside naquela provisão peculiar da lei Judaica que requeria a absolvição se houvesse veredicto unânime.

Sob a lei Judaica, a morte por apedrejamento era a sentença apropriada para uma ofensa capital. O povo Judeu não crucificava e esse método de executar a pena de morte era de origem Grega ou Romana. Os Judeus executavam os condenados por apedrejamento, decapitação ou estrangulamento de acordo com a natureza do crime. Para a blasfêmia era prescrita a morte por apedrejamento.

No entanto, o exército Romano que ocupava Jerusalém na época era o único com poder de anunciar e executar sentenças de morte. O Sinédrio tinha apenas autoridade para levantar a acusação perante um magistrado Romano ou governador militar, o qual tinha o dever de rever o processo inteiro em um julgamento separado tendo poder para decidir. Portanto, "logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, com os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio, tiveram conselho; e, ligando JESUS, o levaram e entregaram a Pilatos."

Normalmente se diz que o reino de Judá nos deu a religião e a Grécia nos deu as artes, mas Roma nos deu as leis. O sistema judicial Romano era incomparável em matéria de jurisprudência, mas Pilatos não seguiu o sistema Romano. Ele não exerceu julgamento independente de acordo com a lei mas cedeu às pressões políticas dos sacerdotes Judeus, violando assim a própria lei que ele estava encarregado de fazer cumprir.

Sua história é um exemplo de como os juízes devem ser sempre livres de pressões políticas, livres para decidir os casos baseando-se apenas na lei e nas evidências. Como Procurador Imperial na Jerusalém ocupada pelos Romanos da época, Pilatos tinha o dever legal de rever todas as evidências e procedimentos nos casos capitais trazidos até ele pelos líderes Judeus. Ele foi um bom juiz (até que a segurança de seu cargo foi ameaçada pela política).

Os sacerdotes levaram JESUS para a entrada do palácio de Pilatos (Eles não poderiam entrar porque se tornariam impuros, sendo uma época de Páscoa.)

Pilatos foi até eles dizendo "Que ACUSAÇÃO trazeis contra este homem?".

Essa pergunta é importante porque demonstra a intenção de Pilatos em levar o caso como um julgamento à parte desde o início, começando a julgar a própria acusação. Ele não perguntou "Vocês condenaram esse homem de quê?", mas em vez disso perguntou quais eram as acusações.

Os sacerdotes sabiam a importância da pergunta de Pilatos, então eles responderam indiretamente "Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos." Em outras palavras, Pilatos perguntou "qual a acusação contra este homem?" e os sacerdotes responderam "se ele não fosse culpado não estaria aqui!"

Pilatos percebeu essa tentativa de limitar sua jurisdição e induzi-la a agir de acordo com a vontade deles.

Isso o irritou e ele revidou: "Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei!" Os sacerdotes foram então forçados a admitir "A nós não nos é lícito matar pessoa alguma."

Tentemos entender o dilema desses sacerdotes em violação às leis. Se eles apresentassem JESUS como um homem condenado por blasfêmia com o depoimento de apenas duas testemunhas que não concordaram entre si, Pilatos reverteria o veredicto. Se eles apresentassem JESUS como alguém condenado por sua própria confissão, Pilatos também dispensaria o veredicto. E, é claro, se eles informassem que JESUS havia sido condenado por votação unânime, Pilatos entraria com um veredicto de absolvição.

Então, os maliciosos sacerdotes apresentaram JESUS a Pilatos sob uma nova acusação que eles inventaram naquele momento: traição contra César. "Havemos achado este, pervertendo a nossa nação", disseram eles, "proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é CRISTO, o rei."

Pilatos chamou JESUS para dentro do palácio e o perguntou em privado "Tu és o rei dos Judeus?" E JESUS perguntou a Pilatos para saber a origem da nova acusação: "Tu dizes isso de ti mesmo, ou to disseram outros de mim?"

Pilatos replicou "a tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim", explicando com isso de onde havia sido originada aquela acusação de traição.

Era uma coisa plausível que um Judeu acusasse um Romano de traição ou que um Romano acusasse um Judeu, mas naquele momento eram os Judeus mais proeminentes da nação acusando um de seus conterrâneos de crime de traição contra Roma !

JESUS disse a Pilatos "O meu reino não é deste mundo."

E Pilatos insistiu "Logo tu és rei?"

JESUS respondeu "Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar JESUS respondeu "Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz."

Pilatos então fez a famosa pergunta "Que é a verdade?"

JESUS não deu resposta alguma senão a presença silenciosa de Si, o cordeiro levado ao sacrifício por mentirosos, de forma que Pilatos saiu para onde os sacerdotes estavam e, de acordo com João, pronunciou sua absolvição enfática do carpinteiro Nazareno. Ele disse a eles "Não acho nele crime algum!"

Até então, Pilatos havia seguido a lei à risca. A lei era boa. A lei teria libertado JESUS mas pela persistência desses maldosos sacerdotes que não se importavam em nada com as leis pelas quais eles mesmos governavam a terra e seus habitantes.

Era intolerável para esses inimigos da verdade que seu complô assassino fosse frustrado dessa maneira.

Os sacerdotes soltaram rugidos de indignação "Alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galileia até aqui."

Essa acusação era a de sedição (revolta, motim, crime contra o Estado), que era menos odiosa que a traição. Ela exigia a prova de uma motivação corrupta para a condenação, mas ainda nenhum motivo maldoso se pode provar que existira em JESUS.

Pilatos ignorou essa acusação, mas com a referência à Galileia, ele encontrou uma oportunidade de escapar do que o esperava. Herodes, o Tetrarca da Galileia, estava em Jerusalém para a Páscoa. Pilatos viu nisso uma chance de transferir a responsabilidade para Herodes, que tinha jurisdição para julgar acusações de sedição. JESUS era Galileu.

Os sacerdotes aprovaram essa ação porque eles pensavam que Herodes faria o que eles quisessem, para ganhar seus favores.

JESUS foi arrastado até o palácio de Herodes, onde as acusações de traição e sedição foram reiteradas.

Herodes, contudo, não se impressionou. Ele havia ouvido a respeito dos ensinamentos de JESUS e o questionou, mas quando JESUS se recusou a responder (um direito de todo acusado), Herodes colocou nele uma túnica branca e o mandou de volta a Pilatos sem dar uma decisão. Se esse procedimento irregular tivesse qualquer status legal, ele levaria a uma nova absolvição. Pilatos concordou.

Lucas nos conta que, quando os sacerdotes trouxeram JESUS de volta do palácio de Herodes, Pilatos saiu de encontro a eles e disse "Haveis me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem. Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei." Notemos que Pilatos naquele momento cometeu um erro. Ele declarou "Esse homem é inocente.

Herodes o julgou inocente e eu o julguei inocente. Eu vou, portanto, castigá-lo e soltá-lo !" Mas que autoridade legal tinha Pilatos para castigar um homem inocente? Por que ele fez isso?

Apesar de contrária à lei Romana, eu creio que Pilatos fez isso na esperança de que o castigo deixaria os sacerdotes satisfeitos de modo que eles cessariam suas exigências de morte. Assim, Pilatos ordenou de JESUS, não com uma punição branda, mas com o açoitamento até quase matar, com tiras de couro embutidas com pedaços de chumbo !

A imposição desse açoitamento ilegal foi, em si, um impedimento para punições ainda piores. Qualquer punição adicional violaria as leis tanto de Roma como de Israel, que estabeleciam que, já tendo o acusado sido condenado e punido, ele não poderia ser julgado novamente pelo mesmo crime.

João diz que "desde então Pilatos procurava soltá-lo", mas JESUS foi levado ao quartel dos soldados e despido de sua túnica branca que havia sido dada por Herodes, foi coberto com uma capa púrpura, coroado com uma guirlanda de espinhos, dado uma cana como cetro, e levado para ser confrontado, coroado com uma guirlanda de espinhos, dado uma cana como cetro, e levado para ser confrontado pelos irados sacerdotes novamente.

Pilatos anunciou "Eis aqui o homem."

Os sacerdotes responderam "Crucifica-o!"

Tudo isso por ter JESUS desafiado a autoridade daqueles homens que estavam dispostos a violar as leis para causar sua morte, homens que por esta razão corromperam sua própria autoridade.

Pilatos então disse "Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho nele." Ali estava um juiz de leis dizendo "este homem é inocente, mas vocês podem matá-lo se o quiserem."

É claro que isso não satisfez os sacerdotes. Eles não ousariam crucificar JESUS sem uma aprovação inequívoca de uma autoridade Romana, porque fazer isso os sujeitaria a uma represália, possivelmente até a morte, nas mãos dos Romanos.

"Nós temos uma lei", eles insistiram, "e, segundo a nossa lei, ele deve morrer porque se fez Filho de DEUS." E ao dizer isso, eles revelaram a Pilatos que sua verdadeira queixa contra JESUS era, na verdade, a acusação de blasfêmia.

Pilatos, que não havia ouvido ainda essa acusação, mais uma vez levou JESUS à parte e perguntou "Donde és tu?" Essa era a equivalente às nossas modernas perguntas "De onde você vem? Qual é a sua intenção?" Pilatos queria saber o que JESUS poderia ter feito para enraivecer tanto os sacerdotes ao ponto de violarem as leis sagradas de sua nação para condená-lo à morte ilegalmente.

JESUS não respondeu nada. Pilatos então vociferou "Não me falas a mim? não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?"

JESUS apenas respondeu "Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado."

Pilatos novamente procurou soltar JESUS, mas os sacerdotes enraivecidos exclamaram "Se soltas este, não és amigo do César." Essa era uma ameaça à Pilatos. Poderia haver graves consequências se a mais alta corte de Israel denunciasse Pilatos à César. Pilatos sentiu que uma interpretação errada de seu julgamento poderia chegar aos ouvidos de César. Ele poderia ser visto como se estivesse protegendo alguém que era considerado pelos mais influentes de seus conterrâneos como culpado de traição. Pilatos não teve a coragem de lutar pela justiça contra esses sacerdotes coléricos.

Foi então que a esposa de Pilatos lhe enviou uma mensagem: "Não entres na questão desse justo."

Seu apelo levou Pilatos a tentar um último esforço para salvar JESUS sem arriscar seu cargo. Era costume durante a Páscoa de libertar um prisioneiro escolhido pelo povo. Pelo voto popular, as pessoas poderiam conceder anistia a qualquer um sentenciado à morte.

Eu vejo esse como um dos mais dramáticos momentos de toda a História, mas muito do drama passou despercebido pelos autores e dramaturgos, e uma lamentável confusão resultou em 2000 anos de animosidade desnecessária entre Cristãos e Judeus. Foram os sacerdotes Judeus que buscaram a morte de JESUS, não o povo.

O nome Barrabás em Hebraico significa filho de Abás. Pedro era referido por Mateus como "Pedro bar Jonas", isto é, Pedro filho de Jonas. Bar Mitzvah é traduzido literalmente como Filho da Lei. O nome de Barrabás também era JESUS: JESUS Barrabás.

A pergunta de Pilatos aos sacerdotes foi "Qual quereis que vos solte? [JESUS] Barrabás, ou JESUS chamado CRISTO?"

Eles clamaram, é claro, pela libertação de Barrabás, o notório ladrão e assassino.

"Que farei então de JESUS, chamado CRISTO?", perguntou Pilatos.


  Para não se prejudicar com os judeus, Pilatos mandou açoitá-lo. A seguir, o entregou nas mãos dos soldados romanos para humilhar Jesus ainda mais. Os soldados, para zombarem dEle como Rei dos judeus, teceram uma coroa de espinhos pontiagudos e longos feita com algum galho seco cheio de espinhos compridos tirados de uma árvore chamada vhümnus spinu que existe na Sina, no Líbano e algumas outras partes da Arábia. Os romanos a teciam para torturar seus condenados e tiveram a ideia de fazer o mesmo com Cristo. Os romanos fincaram a coroa em Jesus e isso provocou lesões terríveis que encheram a sua cabeça de sangue. Essa foi uma forma de zombar a realeza de Jesus. Segundo a flagelação romana, podia-se ser aplicada por três modos distintos de martírio.

 Primeiro, o modo chamado fustigatio, em que a pessoa era espancada de forma menos severa por crimes leves; o segundo modo é denominado flagelatio, punição que era aplicada de forma brutal por crimes considerados mais graves; e o terceiro era o modo verbenatio, que se aplicava como o castigo mais cruel que era a crucificação. Nessa terceira forma de castigo, a vítima era despida e amarrada a uma estaca para ser torturada pelos soldados romanos. O instrumento de castigo deles era um chicote com tiras pontiagudas de couro que tinham pedaços de ossos grudados, ou de pedras pontiagudas. Jesus foi ferido e teve sua carne dilacerada e rasgada pelos açoites. Assim, cumpriu-se a profecia de Isaías 53.4,5:

 Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.


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                II.     CRUCIFICAÇÃO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS  

1.    O caminho do Calvário    -    “E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram...” (Lc 23.33). Finalmente “... o cordeiro foi levado ao matadouro...” (Is 53.7); ali o cru­cificaram, cravejando suas mãos e seus pés como vaticinara Davi (Sm 22.16).

O local de sua crucificação. O Gólgota não é um grande monte. Trata-se de uma elevação no formato de uma caveira ao lado norte do Portão de Damasco. Para os cristãos, é esse o verdadeiro local da crucificação e ressurreição de JESUS CRISTO, conquanto haja duas versões no tocante ao local onde nosso Senhor, foi crucificado e sepultado.
O jardim de Gordon. Em 1833, o general inglês Charles Gordon, ao observar um montículo rochoso que se parecia a um crânio, sugeriu sua identificação com o verdadeiro Calvário. A presença de um túmulo cortado na rocha, bem próximo ao lugar, que, ao que parece, data do século I, ajudou a reforçar a idéia de que, de fato, se trata do sepulcro novo onde JESUS CRISTO foi sepultado.
O local, de fato, tem a aparência de um jardim e dá uma clara visão do lugar da crucificação e do sepultamento de CRISTO naquela época. Haja vista a descrição feita por João: “E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado, e no horto um sepulcro novo, em que ninguém havia sido posto. Ali pois (por causa da preparação dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro), puseram a JESUS” (Jo 19.41,42).
JESUS foi, então, posto num túmulo novo escavado na rocha, aos pés do Calvário, feito para a família de José de Arimatéia. O tipo de túmulo, usado por judeus ricos, consistia de duas câmaras: a primeira servia como lugar de reunião dos enlutados, e na segunda era colocado o corpo do defunto sobre uma espécie de plataforma cortada na rocha.

   A cruz de CRISTO. Paulo gloriava-se na cruz de CRISTO: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor JESUS CRISTO, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6.14). A cruz de nosso Senhor é o ponto central de toda História.

CRISTO foi desamparado para que nós fôssemos amparados; ferido para que fôssemos sarados! No seio da igreja cristã, quando se falava da cruz, era falar da significação de sua morte. Por isso, o Novo Testamento não dirige maior atenção às dores físicas que CRISTO sofreu no madeiro, e sim para a ignomínia desse suplício. Para os gregos e romanos era a morte infamante de escravos criminosos, que a gente decente nem sequer mencionava; para os judeus, era sinal da maldição de DEUS sobre o réu, separado do seu povo (cf. Hb 13.12).
CRISTO JESUS, pois, suportando o suplício da cruz, desprezou a ignomínia (Hb 12.2) e deu a medida da sua obediência (Fp 2.6-8). Para nós, que cremos em CRISTO, a cruz é a fonte de toda vitória. Através dela seremos também vitoriosos em cincos aspectos: sobre a morte (ICo 15.56,57); sobre o “eu” (GI 2.20); sobre a carne (GI 5.24); sobre o mundo (GI 6.14); e sobre Satanás (Gl 2.15).
O apóstolo Paulo falou da eficácia da obra de CRISTO na cruz da seguinte forma: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de DEUS” (1 Co 1.18). Isso significa que, pela morte na cruz, JESUS trouxe eterna salvação àqueles que, em qualquer tempo ou lugar, o aceitam como Salvador e Senhor.
Quando cruz de CRISTO foi levantada, a sua mensagem se tornou eterna! E, como a cruz aponta para várias direções, isto é, para cima, para baixo e para os lados, assim é a mensagem da vitória de CRISTO na cruz: dirigida para todos os lados e também para o tempo e a eternidade (Jo 3.14-16).


2.    A missão foi encerrada     -    As sete palavras (ou frases) da cruz. As três primeiras demonstram preocupação pelos outros; as outras três relacionam-se com o seu sacrifício. E a última mostram que Ele voluntariamente rendeu o espírito.

“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34).
“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43).
“Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe” (Jo 19.26,27).
“Eli, Eli, lamá sabactani” (Mt 27.46).
“Tenho sede” (Jo 19.28).
“Está consumado” (Jo 19.30).
Céu, Terra e remo das trevas, em silêncio profundo, aguardavam o momento em que a espada aguda da Justiça divina imolaria o Cordeiro. E JESUS olha para o mundo que tanto amou e, em seguida, contemplando o Pai, pronuncia a última palavra: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46).
Fatos sobre a sua morte. Sangue e água jorraram de JESUS após a sua morte. “Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (Jo 19.34). O soldado romano talvez tivesse em mente atingir o coração de JESUS no local chamado septo, onde se localizaria a alma, segundo uma crendice da época. Mas a lança teria atingido o pericárdio — membrana que envolve o coração e se divide numa espécie de pasta sanguínea e soro aquoso.
As informações que vieram dos soldados que tencionavam quebrar as pernas de JESUS, bem como o laudo feito pelo centurião que Pilatos enviara, confirmaram que realmente Ele estava morto (Mac 15.44-45Jo 19.32-33).
Alguns fatos sobre a crucificação de JESUS chamam a nossa atenção.
0 Pai teve de abandoná-lo. As palavras “Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” — que JESUS pronunciou antes de entregar o espírito ao Pai (Mt 27.46) — apontam para o momento fatal em que o aguilhão do pecado, a morte, atingiu o Filho de DEUS.
Ele mesmo entregou a sua vida. Isaías 53 mostra o mais impressionante relato sobre a morte sacrificial de CRISTO. Cada versículo dá um vislumbre do Cordeiro crucificado. O profeta Isaías salienta que nosso Senhor JESUS morreu voluntariamente.
A sua morte foi voluntária: “Foi levado” (v.7). JESUS não foi forçado à cruz. Nada fez contra a sua vontade. Submeteu-se à aflição espontaneamente. Humi­lhou-se até à morte, e morte de cruz. Deixou-se crucificar. Que graça espantosa por parte daquEle que tudo podia fazer para evitar tamanho suplício! Ele tinha o poder de entregar a sua vida e tornar a tomá-la — e de fato fez isso. Sim, o eterno Salvador não foi forçado ao Calvário, mas atraído para ele, por amor a DEUS e à humanidade perdida.
Sua morte foi vicária. Sem dúvida, o profeta Isaías tinha em mente o cordei­ro pascal, oferecido em lugar dos israelitas pecadores. Sobre a cabeça do cordeiro sem mancha realizava-se uma transferência dupla. Primeiro, assegurava-se o perdão divino mediante o santo cordeiro, oferecido e morto. Segundo, o animal, sendo assado, servia de alimentação para alimentar o povo eleito. O sacrifício de CRISTO foi duplo: morreu para nos salvar e ressuscitou para nossa justificação. CRISTO também é o Pão da vida, o nosso “alimento diário”.
Sua morte foi cruel. Ele foi levado ao matadouro! Esta palavra sugere brutalidade. Não é de admirar que a natureza envolvesse a cruz em um manto de trevas, cobrindo, assim, a maldade dos seres humanos!


3.   O Sepultamento     -    José de Arimatéia — discípulo oculto de JESUS por medo dos judeus — conseguiu permissão de Pilatos para tirar o corpo da cruz. E, com Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a JESUS), levando quase cem arráteis dum composto de mirra e aloés, envolveram o corpo do Senhor em lençóis com as especiarias, como era costume dos judeus. Havia no horto da­quele lugar um sepulcro em que ainda ninguém havia sido posto. Ali puseram JESUS (Jo 19.38-42).

Sepultar os mortos era considerado um ato de piedade, o que se poderia esperar de um homem como José de Arimatéia. Também era comum que se sepultassem os mortos no mesmo dia de seu falecimento. O corpo de um homem executado não tinha permissão de ficar pendurado na cruz a noite inteira (Dt 21.23), pois isso, para a mente judaica, poluiria a terra. As seis horas, começaria o sábado da semana da Páscoa, durante a qual estava proibida qualquer execução.
A proximidade da Páscoa explica a maneira como foram precipitados os acon­tecimentos do dia. A prisão noturna, o julgamento, execução e o sepultamento de JESUS, tudo em poucas horas. Mas, mesmo assim, havia algo de sobrenatural para que as Escrituras fossem cumpridas. Paulo disse: que JESUS foi sepultado segundo as Escrituras (1 Co 15.4).
A preparação dc seu corpo. A fim de preparar um corpo para o sepultamento, os judeus o colocavam sobre uma mesa de pedra na câmara funerária. Primeiro o corpo devia ser lavado com água morna. O Talmude registra que essa lavagem era muito importante, não devendo ser feita por uma pessoa apenas, mesmo que se tratasse de uma criança. O morto não devia ser mudado de posição, a não ser por duas pessoas no mínimo.
O corpo era colocado numa prancha, com os pés voltados para a porta, e coberto com um lençol limpo. Então, era lavado com água tépida da cabeça aos pés; durante esse trabalho cobria-se a boca do morto para que não escorresse água para dentro.
Tudo indica que José e Nicodemos, com seus auxiliadores, teriam feito tudo isso (cf. Ato 9.37).
As especiarias. “E foi Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a JESUS), levando quase cem arráteis dum composto de mirra e aloés” (Jo 19.39). Era costume, como se verifica no Novo Testamento, preparar o corpo, depois de lavado, com várias espécies de ervas aromáticas. Lucas disse que o mesmo cuidado tiveram as mulheres que haviam seguido a JESUS durante seu ministério terreno (Lc 23.56).
O túmulo. O túmulo de CRISTO é uma sala de 4,60 metros de largura, 3,30 de fundo; e 2,50 de altura. Quem já teve a oportunidade de nele entrar, deve ter notado que, à direita, se vêem duas sepulturas: uma junto à parede da frente, e outra junto à dos fundos. Ficam um pouco abaixo do nível do piso da câmara mortuária, separadas por uma parede baixa.
A sepultura da frente parece que nunca foi concluída. Tudo indica que só a sepultura dos fundos foi alguma vez ocupada, e ainda assim sem indícios de restos mortais. Quem por lá passou observa que o túmulo é suficientemente capaz de acomodar um grupo de mulheres, além dos anjos que ali estiveram, se é que esses limitam-se a espaços (Mac 16.5Jo 20.12).
Para o bom observador, à direita da porta vê-se uma janela por onde, ao romper do dia, a luz solar teria penetrado na sepultura ocupada até então. O corpo de JESUS foi colocado em um túmulo novo, cavado na rocha sólida, numa área de cemitérios particulares. Tudo agora tinha terminado, segundo aquilatavam aqueles que, durante sua vida terrena, foram seus inimigos. Ele agora encontrava- se morto; seu corpo sepultado debaixo de quase duas toneladas de pedra.

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                III.     A RESSURREIÇÃO DE JESUS 

1.    O Túmulo Vazio     -    A ressurreição de CRISTO é o nascer do Sol da justiça que dissipa as trevas espessas do Calvário.

Muito de madrugada, foram elas ao sepulcro (v.l): O grande amor destas mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia (cap. 23.55), não reconhecia perigo nem qualquer horror em visitar, no escuro de madrugada, o sepulcro evitado pelos outros discípulos, cap. 23.49.

Levando as especiarias (v.l): Não para tirar, talvez, o lençol como José de Arimatéia o deixara, mas para ungir a cabeça, os pés e as mãos feridas, e espalhar aromas sobre o corpo e em redor dele, como temos o costume de espalhar flores sobre os corpos e túmulos de nossos queridos.

Entrando não acharam o corpo... (v.3): Justamente como vem o dia em que os túmulos de nossos queridos ficarão vazios. Por que buscais o vivente entre os mortos? (v.5): Por que buscais CRISTO entre os heróis mortos do mundo? Por que buscais CRISTO entre as imagens, crucifixos e tradições dos homens? Por que buscais na letra morta da lei aquilo que se acha somente no ESPÍRITO SANTO? Por que buscais em vós mesmos, mortos, aquilo que se encontra apenas no CRISTO vivo?

Estando ainda na Galileia (v. 6): Falavam às mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia, cap. 23.55.


2.     A Ressurreição como base da Fé Cristã     -    O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 15.12-14, escreveu acerca da importância da ressurreição para a fé cristã: Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1 Co 15.12-14). Existem duas razões para crer na ressurreição de Jesus. Primeira razão, nas Escrituras está registrado que era necessário que ressuscitasse dos mortos” Jo 20.9). A segunda razão era o fato de que Pedro e João viram que Jesus não estava mais no túmulo. Porém, quando Maria Madalena voltou a olhar para dentro do túmulo e viu dois anjos de Deus que lhe garantiram que Jesus estava vivo, ela não podia imaginar que seria a primeira pessoa a ver, literalmente, Jesus de forma resplandecente Jo 20.11-17). Jesus lhe ordenou que anunciasse aos discípulos que Ele estava vivo e, em breve, que eles o veríam também (20.18,19).

 “Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado e ao terceiro dia ressuscite. E lembraram-se das suas palavras”. Quando o Senhor anunciou sua morte vindoura e ressurreição, os discípulos guardaram a profecia, perguntando entre si o que seria a ressurreição dentre os mortos. Por serem espiritualmente imaturos, não a supunham literal. O anjo relembra a promessa que, corretamente interpretada, teria iluminado o sepulcro vazio e solucionado o mistério. Quantas dores desnecessárias suportamos porque, nos momentos de provações e perplexidades, esquecemos as promessas de DEUS.

“Ressuscitou, como havia dito” (Mt 28.6). Estas palavras são uma suave repreensão às mulheres, por terem esquecido as palavras do Senhor. Cultive sua memória espiritual. As vitórias espirituais, se esquecidas, amanhã parecer-lhe-ão escuras. Lembre-se das antigas batalhas e vitórias, e de como a luz da presença de DEUS transformou tudo em bênção.

A adversidade muitas vezes afasta de nossa memória as promessas que deveriam sustentar-nos: “E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu DEUS te guiou” (Dt 8.2).


3.     O Cristo Ressurreto quebra a incredulidade     -    A ressurreição de CRISTO é o grande milagre do Cristianismo. Uma vez estabelecida a realidade deste acontecimento, a discussão dos demais milagres torna-se desnecessária. Sobre o milagre da ressurreição está firmada a nossa fé. Porque o Cristianismo é histórico, e baseia seus ensinamentos em acontecimentos ocorridos há quase 20 séculos, na Palestina. São estes eventos o nascimento e ministério de JESUS CRISTO, culminando na sua morte, sepultamento e ressurreição. De tudo isto, é a ressurreição a pedra de esquina, porque, se CRISTO não ressuscitou, não era o que alegava ser. Sua morte não seria morte expiadora

- os cristãos estariam sendo enganados há séculos; os pregadores, proclamando erros; e os fiéis, acalentando falsas esperanças. Mas, graças a DEUS, podemos proclamar esta doutrina: “Mas de fato CRISTO ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem!”

1. Como sabemos que Ele ressuscitou? “Vocês, cristãos, vivem na fragrância de um túmulo vazio”, disse um cético francês. É fato que os que vieram embalsamar o corpo de JESUS, naquela notável manhã de Páscoa, encontraram vazio o túmulo. Este fato não pode ser explicado à parte da ressurreição de JESUS. Quão facilmente os judeus poderiam ter refutado o testemunho dos primeiros pregadores, apresentando o cadáver do Senhor! Não o fizeram, porém - porque não podiam! Quando se lhes exigia uma explicação, alegavam terem os discípulos furtado o corpo, como se um pequeno bando de homens desanimados pudesse arrancar de guardas treinados o corpo do Mestre, cuja morte parecia ter-lhes tirado todas as esperanças.

Que faremos do testemunho dos que viram JESUS após a ressurreição, muitos dos quais falaram com Ele, tocaram- no, comeram com Ele? Centenas deles ainda viviam no tempo de Paulo, segundo ele mesmo testifica. Outros, dão seu inspirado testemunho no Novo Testamento.

Como rejeitar o testemunho de homens que pregavam a mensagem com o sacrifício da própria vida? Como explicar a conversão de Paulo, antes perseguidor do Cristianismo, transformado num dos maiores missionários?

Há apenas uma resposta a estas perguntas: CRISTO ressurgiu! O túmulo vazio desafia o mundo: À filosofia, diz: “Explique este evento!”

À História, diz: “Reproduza este evento!”

Ao tempo, diz: “Apague este evento!”

À Fé, diz: “Receba este evento!”

Alguns naturalistas oferecem outras explicações: “Foi uma visão que os discípulos tiveram”. Não é possível que centenas tivessem a mesma visão. Outros dizem: “ JESUS não morreu de fato; foi tirado inconsciente da cruz”. Mas um farrapo de homem não poderia ter persuadido os discípulos de que era o Senhor da vida! São explicações tão fracas que trazem consigo a sua própria refutação. Outra vez afirmamos: CRISTO ressuscitou! De Wette, grande estudioso racionalista, depois de um exame científico, afirmou: “A ressurreição de JESUS CRISTO não pode ser mais questionada que a certeza histórica do assassinato de Júlio César”. Que firme fundamento à fé de alguém - o fato histórico de um Salvador ressuscitado!

2. O que significa a nós? Significa que JESUS é tudo quanto declarava ser: Filho de DEUS, Salvador e Senhor. O mundo respondeu às suas reivindicações com a cruz; a resposta de DEUS foi a ressurreição. Como Senhor ressuscitado, pede que dediquemos nossas vidas a Ele.

Significa que a morte expiadora de CRISTO foi uma realidade, e que os homens podem achar perdão para os seus pecados e assim ter paz com DEUS. A ressurreição completa a morte expiadora de CRISTO. Não foi uma morte comum - porque Ele ressuscitou!

Significa que temos um Sumo Sacerdote no Céu que simpatiza conosco, que já viveu a nossa vida, conheceu nossas tristezas e enfermidades e pode dar-nos o poder de viver a vida nEle. Significa que podemos ser batizados no ESPÍRITO SANTO e receber poder para testificar deste CRISTO ressurreto.

Significa uma vida no porvir. A objeção comum é: “Ninguém voltou para contar acerca do outro mundo”. Mas alguém já voltou de lá, sim - JESUS CRISTO. À pergunta: “Se um homem morrer, viverá outra vez?” responde a ciência: “Não sei”; a filosofia: “Deveria haver”. O Cristianismo, porém, afirma: “Porque Ele vive, viveremos nós; porque Ele ressuscitou dos mortos, ressuscitaremos também”.

Significa certeza de juízo para os pecadores. Como disse o inspirado apóstolo: “[DEUS] tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17.31).

A inexorável justiça de Roma deu origem ao provérbio: “Quem quiser fugir de César, fuja para César”. Aos não-convertidos, advertimos: o juízo é certo, e a única maneira de escapar de CRISTO, o Juiz, é fugir para CRISTO, o Salvador.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - E o Verbo se fez Carne, Pr. Elienai Cabral -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD

Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman - CPAD

LUCAS - ESPADA CORTANTE 2 - Orlando Boyer - CPAD

Lucas - O Evangelho do Homem Perfeito - Myer Pearlman - CPAD

 



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