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Pb. Junio - Congregação Boa Vista II |
TEXTO ÁUREO
"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiramente e a Jesus Cristo, a quem enviaste." (Jo 17.3)
VERDADE PRÁTICA
A oração que Jesus fez ao Pai em favor de si próprio, dos seus discípulos e da sua igreja ressoa ainda nos dias atuais.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 17. 1-3, 11-17
INTRODUÇÃO
Os capítulos 15 e 16 são a continuação do sermão que Jesus iniciou no capítulo 14. Ao chegar aos capítulos 15 e 16, nota-se que há uma mudança de caráter do sermão. Jesus faz uma transição gradativa da admoestação para a predição. No capítulo 14, predominava a mensagem de conforto, uma vez que Jesus anunciou aos discípulos que voltaria para o Pai, mas que eles não ficariam órfãos. No capítulo 15, Jesus dá suas últimas instruções apelando para a manutenção da comunhão e a necessidade de frutificação espiritual, se eles estiverem unidos e interligados como os ramos e o tronco da videira.
No capítulo 16, Jesus continua seu discurso alertando seus discípulos para as perseguições que sofreriam por causa do seu nome. Jesus, então, promete a vinda de outro Consolador, o Espírito Santo, que os ajudaria a superar as pressões. Quando João chega à narrativa do capítulo 17, os discípulos percebem que Jesus encerra o seu sermão, levanta os olhos para o céu e diz: “Pai, é chegada a hora” Jo 17.1).
I. A ORAÇÃO DE JESUS E SUA GLORIFICAÇÃO
1. A oração de Jesus - Naturalmente, entendemos que aquele era o mesmo lugar onde Jesus comeu a sua última ceia com os discípulos. A celebração da última ceia foi realizada por Jesus um pouco antes de se iniciar o período da Páscoa. Ele ergueu os olhos para o céu e falou com o Pai Celestial: “É chegada a hora”. A hora de quê? A hora em que Ele cumpriría toda a justiça de Deus entregando-se nas mãos dos homens como um cordeiro mudo perante os seus tosquiadores, ou seja, um cordeiro que seria imolado e sacrificado pelos pecados do mundo (Is 53.7). Os estudiosos da Bíblia, os teólogos e até mesmo os mais simples leitores da Palavra de Deus denominam a oração de Jesus como a oração intercessória, ou seja, “a oração sacerdotal de Jesus”.
Independentemente do título que se queira dar ao conteúdo dessa oração, prevalece o fato de que Jesus orou e, de algum modo, João e os demais apóstolos a ouviram, e o Espírito Santo avivou a memória de João para registrar esse momento tão significativo para o ministério dos discípulos. Quando João buscou em sua memória a narrativa do seu Evangelho, ele estava na faixa dos 90 anos de idade. Haviam se pas sado mais de 60 anos d.C. O apóstolo João percebeu que Jesus havia feito uma tríplice oração. Primeiro, Ele orou por si mesmo Jo 17.1-8); segundo, orou pelos seus discípulos Jo 17.9-19); e terceiro, Jesus orou pela igreja futura Jo 17.20-26).
2. A oração de Jesus pela sua glorificação - Jesus orou assim: “glorifica a teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti” (Jo 17.1). Que tipo de glorificação é essa? Era como se Jesus estivesse pedindo ao Pai que aprovasse e confirmasse o seu plano de redenção. Ele queria que, pela sua morte expiatória, o mundo to masse conhecimento de que a vida eterna seria dada a todos quantos o recebessem por Salvador. Ora, o ato de glorificar alguém significa dar-se a conhecer. Jesus queria e desejava ser conhecido como o Filho de Deus, o Salvador do mundo. O mundo conhecería o Pai pela revelação da glória do Filho. Depois do seu discurso para os discípulos, diz o texto de João 17.1, Jesus falou essas coisas e levantou os olhos para o céu. No entanto, mesmo sendo o Filho de Deus e tendo consciência do poder que possuía, Jesus, como homem, sentia a necessidade de ter comunhão com o Pai e pedir que Ele o glorificasse, para que também Ele pudesse glorificar ao Pai. Essa glorificação que Jesus pedia ao Pai não era uma mera súplica por ajuda no mistério da cruz que sofreria, mas era a de ter a capacidade para consumar a obra de salvação.
3. A mesma glória com o Pai - O pedido era para a glorificação mútua (w. 4,5). Aprendemos que só Jesus, o Filho, podería pedir ao Pai para glorificá-lo (v. 1). Por exemplo, Moisés pediu para ver a glória de Deus (Êx 33.18). Jesus pediu para receber a glória que era sua, a glória de Deus, e Ele declarou que era a mesma glória esteve com o Pai “antes que o mundo existisse” (v. 5). Jesus dá ao Pai a honra pertinente de quem podería dar a vida eterna. Ele se coloca em posição de igualdade com o Pai no sentido de que o pecador arrependido recebe a vida eterna quando ele vem a conhecer, pela fé, o único Deus verdadeiro. De fato, com essa declaração, Jesus revela ser Deus e por várias vezes Ele disse que o Pai o enviou. Jesus também afirmou que era um com Pai Jo 17.11,21).
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II. A ORAÇÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS
1. Intercessão pela proteção dos discípulos - Jesus ora como se contasse a Deus os caminhos que tomou durante o seu ministério terreno nos versículos 4-8. No versículo 4, Jesus declara ao Pai que havia concluído a sua missão. Já no versículo 5, Jesus renova sua oração pela sua glorificação. No versículo 6, Ele diz: “manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste”. Jesus declara que seus discípulos eram do Pai: “eram teus, e tu mos deste”. Jesus investiu nesses homens durante quase quatro anos, e eles foram fiéis discípulos e, portanto, devidamente preparados para dar continuidade à missão evangelizadora. Ele finaliza como o versículo 8, dizendo: “porque eu lhes dei as palavras que tu me deste”. Que palavra era essa que Jesus deu aos discípulos? Era a palavra do Pai, a palavra divina.
2. Os discípulos receberam a Palavra -
Comentário de Thomas Coke
João 17: 6 . Eu manifestei o seu nome – Na língua hebraica, o nome de qualquer coisa significa a própria coisa, Atos 3:16 . O significado de nosso Senhor é: “Eu expliquei sua natureza e perfeições; eu declarei seus desígnios misericordiosos para o mundo; e ensinei completamente sua vontade e adoração aos homens que você me deu no mundo, as pessoas que foram escolhidas. por ti, de toda a humanidade, para ser meus apóstolos, ver cap. João 6:44, teus eram, etc. Meus apóstolos pertenciam a ti e tu os entregaste a mim; e eles, sob minha poderosa influência em seus corações, têm abraçou, e aderiu ao testemunho que me deste, e à doutrina que te entreguei. ” Pelos apóstolos pertencentes a Deus, nosso Senhor quer dizer que “eles eram originalmente de Deus, as criaturas de sua mão, os objetos felizes de sua escolha; dele por criação e também por serem sinceros discípulos da antiga dispensação que Deus havia dado por Moisés.”
Comentário de Albert Barnes
Manifestou o seu nome – A palavra “nome” aqui inclui os atributos ou o caráter de Deus. Jesus fez conhecer seu caráter, sua lei, sua vontade, seu plano de misericórdia – ou, em outras palavras, ele revelou Deus a eles. A palavra “nome” é freqüentemente usada para designar a pessoa, João 15:21 ; Mateus 10:22 ; Romanos 2:24 ; 1 Timóteo 6: 1 .
Que você me deu – Deus os deu a ele em seu propósito. Ele os deu por sua providência. Ele ordenou assuntos que o ouviram pregar e viram seus milagres; e ele os deu, disposto a segui-lo quando ele os chamou.
Tuas eram – Todos os homens são de Deus por criação e por preservação, e ele tem o direito de fazer com eles o que parecer bom aos seus olhos. Esses homens ele escolheu designar como apóstolos do Salvador; e ele as confiou a ele para ser ensinado, e depois as encarregou de levar seu evangelho, embora em meio a perseguições, até os confins do mundo. Deus tem direito aos serviços de todos; e ele tem o direito de nos designar para qualquer trabalho, por mais humilde, perigoso ou cansativo, onde possamos promover sua glória e honrar seu nome.
3. Protegidos do mundo - No texto de João 16.33, Jesus, ao final do seu discurso, encerrou seus ensinamentos com estas palavras: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. Quando Jesus fala do mundo, precisamos saber que essa palavra tem vários sentidos na Bíblia. Ela pode, de acordo com o contexto das Escrituras, referir-se ao “universo criado” Jo 17.5), como pode referir-se à humanidade Jo 3.16). Pode, também, referir-se ao mundo como um sistema espiritual. Quando Cristo disse que eles não eram do mundo, significava o sistema espiritual comandado por Satanás Jo 17.14).
Paulo disse que esse mundo é um sistema de governo espiritual e que pertencemos a ele antes de sermos salvos por Jesus. Nossos padrões de vida eram deste mundo, mas, como crentes em Cristo, tornamo-nos cidadãos dos céus e não pertencemos mais a esse sistema satânico (Ef 2.2; Fp 3.20,21). Jesus queria que o Pai guardasse seus discípulos desse sistema satânico, no qual opera o “príncipe deste mundo” Jo 12.31; 14.30; 16.11).
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III. A ORAÇÃO DE JESUS PELOS QUE VIRIAM A CRER
1. Oração pela unidade - Mais que uma unidade eclesiástica, mais que uma união ecumênica, Jesus orava pela unidade espiritual da sua igreja. Jesus queria algo dessa expressão, algo em essência que consiste na união dos crentes com Deus por meio dEle. Cristo orou ao Pai dizendo: “para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós” (v. 21). No Dia de Pentecostes, a união dos discípulos em esperar em Jerusalém “a promessa do Pai” teve a sua confirmação com o derramamento do Espírito Santo na vida de cada um (At 2.4).
O apóstolo Paulo exortou a igreja em Éfeso pela unidade da igreja que já existia (Ef 4.13). A finalidade máxima da unidade espiritual da igreja é para que o mundo conheça que Deus enviou Jesus a este mundo. A igreja revela essa unidade em Cristo em quatro razões especiais: A primeira razão, a união vital como membros do Corpo de Cristo (1 Co 12.12). A segunda, a união vital fomentada pelo conhecimento crescente acerca de Jesus Cristo (2 Pe 3.18). A terceira razão, a união vital na demonstração do fruto do Espírito (G1 5.22,23). A quarta, a união vital manifestada na glória de filhos de Deus e possuidores da vida eterna Jo 17.22).
2. Propósito da unidade - Quando falamos da unidade da Igreja ou do Corpo de Cristo, há pelo menos dois textos bíblicos fundamentais que precisam ser lembrados. No capítulo 4 da Epístola de Paulo aos Efésios, os versículos 3 a 6 ensinam que a unidade é um presente de Deus, mas é um presente que deve ser conservado, pois pode ser destruído. O texto bíblico diz: “Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá. Há um só corpo, e um só Espírito, e uma só esperança, para a qual Deus chamou vocês. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. E há somente um Deus e Pai de todos, que é o Senhor de todos, que age por meio de todos e está em todos”. A unidade é um dom, um presente dado pelo Espírito Santo aos cristãos. A unidade não é um objetivo a ser alcançado, pois há um só Deus e Pai de todos, uma só fé e um só batismo. Mas a unidade pode ser conservada. Isso significa que ela pode ser perdida.
O outro texto bíblico muito conhecido que fala sobre a unidade é a oração sacerdotal de Jesus. Ela está registrada no capítulo 17 do Evangelho de João. Nos versículos 21 a 23, o texto bíblico diz: “E peço que todos sejam um. E assim como tu, meu Pai, estás unido comigo, e eu estou unido contigo, que todos os que crerem também estejam unidos a nós para que o mundo creia que tu me enviaste. A natureza divina que tu me deste eu reparti com eles a fim de que possam ser um, assim como tu e eu somos um. Eu estou unido com eles, e tu estás unido comigo, para que eles sejam completamente unidos, a fim de que o mundo saiba que me enviaste e que amas os meus seguidores como também me amas”. Jesus fala da unidade que há dentro da Trindade e diz que essa unidade deve estar também com os discípulos. Mas a unidade tem uma consequência prática, que é repetida duas vezes nesses versículos: “Para que o mundo creia…”, ou: “A fim de que o mundo saiba…”. A falta de unidade do povo de Deus dificulta que as pessoas cheguem à fé. Ela é um escândalo que provoca a descrença.
3. Oração por encorajamento à unidade - O que pode nos manter unidos em Cristo? É a fé em Cristo como único e suficiente Salvador. E o recebimento da dádiva da vida eterna, que nos foi dada pelo conhecimento de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo Jo 17.3). E, também, o testemunho que damos ao mundo da nossa fé em Cristo: “Para que o mundo creia que tu me enviaste” (v. 21). E, finalmente, nessa petição, Jesus nos torna participantes da sua glória (w. 22,24).
Ora, somos o templo de Deus como igreja e, por isso, a glória de Deus habita em nós (Rm 8.19).
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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.
Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.
Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.
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BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de apoio - E o Verbo se fez Carne, Pr. Elienai Cabral - Ed. CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman - CPAD
https://www.sbb.org.br/artigos/o-dificil-caminho-da-unidade-da-igreja
https://versiculoscomentados.com.br/index.php/estudo-de-joao-17-6-comentado-e-explicado/
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