Lição 3 – jesus, o discípulo e a lei
TEXTO ÁUREO
“Porque
vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo
nenhum entrareis no Reino dos céus.” (MT 5.20)
VERDADE PRÁTICA
Os
seguidores de Jesus são chamados a viver a justiça do Reino de Deus. Essa
justiça, baseada na Nova Aliança em Cristo, nasce no interior do crente e
reflete no exterior da vida.
LEITURA
BÍBLICA: MT 5.17-20 (comentário da leitura bíblica, Mateus – Hernandes Dias
Lopes).
V.17 – O Antigo
Testamento traz a revelação da lei e dos profetas, e o Novo Testamento
apresenta Jesus e o evangelho. Não há conflito nem contradição entre a antiga e
a nova dispensações. Jesus não veio para deitar por terra a lei e os profetas.
Veio para cumprir tudo que a lei simbolizava e tudo o que os profetas disseram.
A lei é a promessa; Jesus é o cumprimento da promessa. A lei era a sombra;
Jesus é a realidade. Jesus não veio para desautorizar a lei, mas para
cumpri-la. Não veio para refutar os profetas, mas para ser a essência de tudo o
que eles disseram. Jesus cumpriu a lei em seu nascimento, em seus ensinamentos
e em sua morte e ressurreição. Nessa mesma linha de pensamento, John Charles
Ryle escreve: Jesus, o cumprimento da lei tomemos cuidado para não
desprezar o Antigo Testamento, sob nenhum pretexto. A religião do Antigo
Testamento é o embrião do cristianismo. O Antigo testamento é o evangelho em
botão; o Novo Testamento é evangelho aberto em flor. O Antigo testamento é o
evangelho brotando; o Novo Testamento é o evangelho já em espiga formada. Os
santos do Antigo Testamento enxergaram muitas coisas como que por um espelho,
obscuramente. Porém, todos contemplavam pela fé o mesmo salvador e foram
guiados pelo mesmo Espírito Santo que hoje nos guia. Warren Wiersbe diz
corretamente que Jesus cumpriu os tipos e as cerimônias do Antigo Testamento
para que esses não fossem mais necessários ao povo de Deus (Hb 9-10). Colocou
de lado a antiga aliança e firmou uma nova.1 Nessa mesma linha de pensamento,
A. T. Robertson explica que a palavra “cumprir” significa “encher por
completo”. Foi o que Jesus fez com a lei cerimonial, que apontava para ele.
Jesus também guardou a lei moral. “Ele veio completar a lei, revelar a total
profundidade do significado que estava ligado a quem a guardava”.6 Resta claro
que Jesus não contradiz o que foi dito, mas o coloca em foco ético mais nítido,
numa espécie de intensificação radical das exigências da lei.
V.18 - A
infalibilidade da lei e dos profetas (5.18) Os opositores de Jesus insinuavam
que ele estava sabotando a revelação de Deus dada a Moisés. Porém, longe disso,
Jesus afirmou categoricamente que nem um i ou um til da lei jamais passarão até
que tudo se cumpra. A Palavra de Deus é inerrante e infalível. A mente que a
produziu não é humana, mas divina. A verdade nela contida não caduca com o
tempo, mas é eterna. A lei apontava para Cristo. Os profetas falaram de Cristo.
A lei cerimonial era uma sombra da realidade que é Cristo. Ele é o fim da lei
(Rm 10.4). Os profetas anunciaram o nascimento, a vida, o ministério, as obras,
a morte, a ressurreição e o senhorio de Cristo. Tudo isso, rigorosamente, se
cumpriu nele.
V.19 - Tanto
a lei cerimonial como a lei moral são expressões da santidade de Deus. A lei
precisa ser corretamente entendida para que seu propósito seja corretamente
alcançado. Os escribas e fariseus torciam a lei em nome da lei. Eles deturpavam
seu sentido para ostentarem uma espiritualidade de faixada. Vangloriavam-se ao
mesmo tempo que violavam a lei e ensinavam ao povo preceitos de homens, em vez
de ensinar com fidelidade a lei. Violar a lei é quebrá-la. Ensinar a lei de
maneira errada é ser falsa testemunha de Deus. Violar a lei traz consequências
graves para o transgressor. Ensinar esses desvios traz desdobramentos terríveis
para quem ouve esse falso ensino. A lei não é para ser quebrada, mas obedecida.
Não é apenas para ser guardada, mas também para ser transmitida. Com isso,
Jesus está mostrando que a prática deve preceder a pregação. O mestre deve
viver a doutrina antes de ensiná-la aos outros. Os escribas e fariseus falavam,
mas não praticavam; pregavam, mas não faziam (23.3). Se a quebra da lei e o
ensino errado da lei trazem um apequenamento ao transgressor travestido de
mestre, a observância da lei e de seu ensino fiel proporcionam grande honra:
... esse será considerado grande no reino dos céus (5.19).
V.20 - Jesus
deixa claro que os escribas e fariseus, que torciam a lei e oprimiam o povo com
um discurso legalista, ostentando uma santidade aparente e uma justiça apenas
exterior, estavam fora do reino dos céus. Para entrar no reino dos céus, é
necessário não ostentar, mas ser humilde de espírito. E necessário não se gabar
de sua justiça, mas chorar pelos seus pecados. E necessário não defender seus
direitos, mas ser manso. E necessário ter fome não de prestígio, mas de
justiça. E necessário não oprimir os órfãos e as viúvas, mas ser
misericordioso. E necessário não agasalhar hipocritamente toda sorte de
imundícia no coração, mas ser limpo de coração. E necessário não ferir as
pessoas com seu legalismo pesado, mas ser pacificador. E necessário não criar
contendas e odiar as pessoas em nome de Deus, mas se dispor a sofrer por causa
da justiça. Essa é a justiça que excede em muito a justiça dos escribas e
fariseus.
INTRODUÇÃO
A que
se referia Jesus, então, quando falava de "a Lei"? Disse que não
tinha vindo para destruir a lei e sim para cumpri-la. Quer dizer, veio para pôr
de manifesto o verdadeiro significado da Lei. Qual era o verdadeiro significado
da Lei? Mesmo por trás da lei oral dos escribas e fariseus, havia um grande
princípio de crucial importância, que estes não compreendiam a não ser de
maneira equivocada e imperfeita. Este grande princípio fundamental é que em
todas as coisas o homem deve procurar a vontade de Deus e que uma vez que a
conhece deve dedicar toda sua vida a obedecê-la. Os escribas e fariseus tinham
razão ao procurar a vontade de Deus, e não se equivocavam ao dedicar a vida a
sua obediência; mas se equivocavam ao acreditar que suas centenas e milhares de
insignificantes normas legalistas eram a vontade de Deus. Qual é, pois, o
verdadeiro princípio, que respalda a Lei em sua totalidade, esse princípio que
Jesus deveu cumprir, esse princípio cujo verdadeiro significado veio a nos
mostrar? Quando examinamos os Dez Mandamentos, que são a essência e o
fundamento de toda a Lei, podemos nos dar conta que todo o seu significado pode
resumir-se em uma só palavra – respeito, ou até mais adequadamente, reverência.
Reverência para com Deus e para o nome de Deus, reverência pelo dia de Deus,
respeito aos pais, respeito à vida, respeito à propriedade, respeito à
personalidade, respeito à verdade e ao bom nome de outros, a respeito a si
mesmo, de tal modo que jamais possam chegar a nos dominar os maus desejos.
Estes são os princípios fundamentais que resumem o significado dos Dez
Mandamentos. Os princípios fundamentais dos Dez Mandamentos são a reverência
para com Deus e o respeito a nossos semelhantes e a nós mesmos. Sem esta
reverência e este respeito fundamentais não pode haver Lei. Sobre estas
atitudes se apoia toda lei. E é esta reverência e este respeito o que Jesus
deveu cumprir. Veio para demonstrar aos homens, em sua própria vida concreta de
cada dia, o que é a reverência para com Deus e o respeito para com o homem. A
justiça, diziam os gregos, consiste em dar a Deus e aos homens o que merecem.
Jesus veio para mostrar, na vida, o que significa a reverência que Deus merece
e o respeito que o homem merece. Essa reverência e esse respeito não consistiam
na obediência de uma multidão de meticulosas regras e estatutos. Não exigia o
sacrifício, a e sim a misericórdia; não era um legalismo e sim o amor; não era
uma série de proibições que estipulavam detalhadamente o que não se devia
fazer, e sim uma série breve de mandamentos fundamentais que levavam o crente a
modelar sua vida a partir do mandamento positivo: o do amor. A reverência e o
respeito que constituem o fundamento dos Dez Mandamentos jamais passarão. São a
própria substância da relação de cada indivíduo com Deus e com o seu próximo.
(Comentário bíblico Mateus, William Barclay).
I.
JESUS CUMPRIU
TODA A LEI
1. 1. Um compromisso com o passado - Depois de ouvir a
descrição do tipo de caráter que Deus abençoa, sem dúvida alguns na multidão
disseram: "É impossível cultivar um caráter como esse. Como ser justos
assim? De onde vem essa justiça?" Para eles, era difícil entender de que
maneira esses ensinamentos se relacionavam àquilo que haviam aprendido desde a
infância. E quanto a Moisés e à lei? Na lei de Moisés, Deus certamente revelou
seus padrões para uma vida de santidade. Os fariseus defendiam a lei e
procuravam lhe obedecer. Mas Jesus afirmou que a verdadeira justiça agradável a
Deus deve exceder aquela dos escribas e fariseus - e, para o povo em geral, os
escribas e fariseus eram as pessoas mais santas da comunidade! Se e/es não
haviam conseguido encontrar essa justiça, que esperança haveria para o restante
do povo? Jesus explica a própria atitude com respeito à lei descrevendo três
relacionamentos possíveis. É possível procurar destruir a lei (v. 17a). Para os
fariseus, era justamente isso o que Jesus fazia. Em primeiro lugar, a
autoridade de Jesus não era proveniente de nenhum líder ou escola rabínica
conhecida. Em vez de ensinar os preceitos das autoridades no assunto, como os
escribas e fariseus, Jesus ensinava com autoridade. Jesus parecia desafiar a
lei não apenas com sua autoridade, mas também com suas ações. Curava pessoas no
sábado e não fazia caso das tradições dos fariseus. Seus relacionamentos também
pareciam opor-se à lei, pois era amigo de publicanos e de pecadores. No
entanto, eram os fariseus que destruíam a lei! Por meio de suas tradições, privavam
as pessoas da Palavra de Deus, e por meio de uma vida hipócrita, desobedeciam
às leis que afirmavam proteger. Os fariseus pensavam estar guardando a Palavra
de Deus, quando, na verdade, reprimiam a Palavra de Deus, sufocando-a com seus
preceitos humanos e acabando com sua vitalidade! O fato de terem rejeitado
Cristo quando veio à Terra comprovou que a verdade interior da lei não havia
penetrado o coração desses homens. Jesus deixou claro que veio para honrar a
lei e ajudar o povo de Deus a amá-la, aprender dela e colocá-la em prática.
Recusou a justiça artificial dos líderes religiosos, que não passava de uma
farsa. Para eles, a religião era um ritual morto, não um relacionamento vivo.
Uma vez que era falsa, não se reproduzia em outros de maneira viva e eficaz.
Promovia apenas o orgulho, não a humildade; conduzia à escravidão, não à
liberdade. (Comentário bíblico Warren W. Wiersbe)
II.
A LETRA DA
LEI, A VERDADE DO ESPÍRITO
1. 1. O que a expressão “letra da
lei” significa? -
Aos Romanos, Paulo disse: "Pois Cristo é o fim da lei para justiça
de todo aquele que crê" (Rom. 10: 4), e aos Gálatas, ele escreveu:
"Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estão nos termos da lei
"(Gl. 5:18). Mas ele tinha apenas deixou claro que os cristãos não são, no
mínimo livre de padrões morais de Deus. "Pois a carne define seu desejo
contra o Espírito, eo Espírito contra a carne, porque estes estão em oposição
um ao outro, de modo que você não pode fazer as coisas que você, por
favor" (v. 17). A lei que já foi "o nosso tutor para nos conduzir a
Cristo" (Gal. 3:24) agora nos leva como "filhos de Deus em Cristo
Jesus", a ser vestido com Cristo (vv. 26-27), e sua roupa é a roupa de
justiça prática. Se a própria justiça de Cristo nunca diminuída ou desobedeceu
a lei moral de Deus; como pode Seus discípulos ser livre para fazê-lo? Paulo
harmonizada a ideia quando ele falou de si mesmo como sendo "sem a lei de
Deus, mas debaixo da lei de Cristo" (1 Cor. 09:21). Em Cristo somos nada
sem lei. A lei de Cristo é totalmente diferente da lei judicial e cerimonial
judaica e diferente da lei moral do Antigo Testamento; com as suas penas e
maldições para a desobediência. Mas não é diferente no menor dos santos, normas
justas que a lei do Velho Testamento ensinou. A lei do Antigo Testamento ainda
é um guia moral, como em revelar o pecado (Rom. 7: 7). Mesmo quando ele provoca
o pecado (v. 8), ele nos ajuda a ver a maldade de nossa própria carne e nosso
desamparo à parte de Cristo E mesmo quando vemos a condenação da lei (vv.
9-11), deve lembrar-nos que nosso Salvador tomou essa condenação sobre si mesmo
na cruz (5:18; 8: 1; 1 Pe 2.24; etc.)..Sempre que um cristão olha para a lei
moral de Deus com humildade, mansidão, e um sincero desejo de justiça, a lei
irá, invariavelmente, apontá-lo para Cristo como foi sempre a intenção de
fazer. E para os crentes a viver por ela é para eles para se tornar como
Cristo. Não poderia ser de outra forma, porque é a lei de Deus, e reflete o
caráter de Deus. "Assim, pois," Paulo tem o cuidado de nos lembrar,
"a lei é santa, eo mandamento é santo, justo e bom" (v. 12). Paulo
conclui Romanos 7, agradecendo "a Deus por meio de Jesus Cristo, nosso
Senhor" que, apesar de sua carne ser servido "a lei do pecado",
sua mente a ser servido "a lei de Deus" (7:25). A sanção da lei foi
paga por nós, Jesus Cristo, mas também nele a justiça da lei é "cumprisse
em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rom. 8:
4; cf. Gal. 5: 13-24). (Comentário bíblico John MacArthur NT).
2. 2. A perspectiva teológica da Lei - Mas o mais
importante, como o Espírito certamente pretende enfatizar aqui, Jesus cumpriu o
Antigo Testamento por ser o seu cumprimento. Ele não simplesmente ensiná-la
totalmente e exemplificar isso totalmente Ele era totalmente. Ele não veio
simplesmente para ensinar a justiça e para modelar a justiça; Ele veio como a
justiça divina. O que Ele disse e o que ele fez refletiu quem Ele é. (Comentário
bíblico John Macarthur)
Jesus cumpriu a Lei Moral -
A lei moral foi código fundamental de Deus. Como já mencionado, Jesus cumpriu
essa lei por Sua justiça perfeita. Todo mandamento Ele obedeceu, cada requisito
Ele conheceu, cada padrão Ele viveu até. Como guardar o sábado é um dos Dez
Mandamentos, ele pode ser útil para comentar sobre essa parte da lei moral. A
essência da observância do sábado foi a santidade, não descansando ou se
abstenha de trabalho. Foi uma disposição destinada a remover o coração de
empreendimentos terrestres e transformá-lo em direção a Deus. Porque Cristo
cumpriu toda a justiça e tornou-se a nossa justiça, a propósito da observância
do sábado terminou na cruz. Os cristãos possuem a realidade, e assim não
precisar mais do símbolo. Todos os crentes tenham entrado em permanente resto
salvação, como o escritor de Hebreus aponta cuidadosamente out (4: 1-11). Todos
os dias se tornou consagrado ao Senhor Na demonstração de que o fato de a
igreja primitiva, reuniram-se todos os dias para a adoração (Atos 02:46). Mas
em pouco tempo foram realizadas as reuniões de adoração primárias no primeiro
dia da semana (ver 1 Cor. 16: 2), que veio a ser chamado o Dia do Senhor (Ap
1:10) por causa de sua associação com a ressurreição de Jesus. Aquele dia foi
para estimulá-los à santidade a cada dois dias, bem como (Hb. 10: 24-25). Como
Paulo deixou claro, no entanto, não há mais qualquer dia especial de adoração
(Rom. 14: 5-6; Colossenses 2: 16-17). Culto na terça-feira, quinta-feira, ou em
qualquer outro dia da semana não é menos bíblica ou espiritual de adoração no
Dia do Senhor. O domingo não é o "sábado cristão", como alguns dizem,
mas é simplesmente o dia de adoração a maioria dos cristãos têm observado desde
os tempos do Novo Testamento, um momento especial reservado para exercícios
espirituais. O aspecto moral inerente à lei do sábado é o coração da verdadeira
adoração.
Jesus cumpriu a lei Judicial - Lei judicial de Deus foi dada para fornecer
identidade única para Israel como uma nação que pertencia a Jeová. As leis
relacionadas com a agricultura, a resolução de litígios, a dieta, limpeza,
vestido, e tais coisas eram normas especiais pelos quais seu povo escolhido foi
viver diante do Senhor e à parte do mundo. Essa lei judicial Jesus cumpriu na
cruz. Sua crucificação marcada apostasia de Israel final na rejeição final de
seu Messias (27:25 ver Mt; João 19:15) e a interrupção do tratamento de Deus
com que as pessoas, como uma nação. Com isso a lei judicial faleceu, porque
Israel não serviu como Sua nação escolhida. Antes de sua crucificação Jesus
advertiu os judeus ", eu digo a você, o reino de Deus vos será tirado de
você" (Mat. 21:43). Louvado seja Deus, Ele um dia vai resgatar e restaurar
Israel (Rm 9-11.), Mas enquanto isso a igreja é o Seu corpo escolhido de
pessoas na terra (1 Ped. 2: 9-10). Todos ossos resgatados que recebem o trabalho
da sua cruz-são seus eleitos.
Jesus cumpriu a lei cerimonial -
A lei cerimonial governado a forma de adoração de Israel. Quando Jesus morreu
na cruz, Ele cumpriu essa lei, bem como a judicial. O sacrifício era o coração
de toda a adoração do Antigo Testamento, e como o sacrifício perfeito, Jesus
trouxe todos os outros sacrifícios para atingir um fim. Enquanto Ele estava na
cruz "o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo" (Mat.
27:51). O próprio Cristo foi a maneira nova e perfeita para o Santo dos Santos,
em que qualquer homem poderia vir pela fé. "Uma vez que, pois, irmãos,
temos confiança para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, por um novo e
vivo caminho que Ele inaugurou para nós através do véu, isto é, pela sua carne,
e uma vez que temos um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos,
com sincero coração, em plena certeza de fé "(Hb. 10: 19-22). O levítico,
sacerdotal, sistema de sacrifício terminou. Embora o templo não foi destruído
até AD 70, toda a oferta feita lá depois que Jesus morreu foi desnecessária.
Simbolicamente eles não tinham mais importância. Tabernáculo e no templo
sacrifícios, mesmo antes da morte de Cristo nunca teve o poder de purificar do
pecado. Eles eram apenas imagens da obra de Messias-Salvador de limpeza,
imagens que apontavam para que a suprema manifestação da misericórdia e da
graça de Deus. "Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos bens futuros,
Ele entrou através de uma maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por
mãos, isto é, não desta criação, e não pelo sangue de bodes e bezerros, mas
pelo seu próprio sangue, entrou no lugar santo uma vez por todas, tendo obtido
eterna redenção "(Hebreus 9: 11-12.). A lei cerimonial terminou porque foi
cumprida. Porque a realidade havia chegado, as imagens e os símbolos não tinham
mais lugar ou propósito. Na noite da Páscoa final da vida de nosso Senhor, Ele
instituiu novos símbolos para comemorar a sua morte. (O Profeta Ezequiel aponta
para um tempo futuro no reino quando os símbolos do Antigo Testamento será uma
parte renovada de adoração pelos redimidos; 40-48 ver Ez) Aaron foi o primeiro
e acima de tudo sumo sacerdote da Antiga Aliança, mas ele não podia se comparar
com o grande Sumo Sacerdote da Nova Aliança. Aaron entrou no tabernáculo
terreno, mas Cristo entrou no celestial. Aaron entrou uma vez por ano, Cristo
uma vez por todas. Aaron entrou além do véu, Cristo rasgou o véu em dois. Aaron
ofereceu muitos sacrifícios, um só Cristo. Aaron sacrificado por seu próprio
pecado, Cristo apenas para os pecados dos outros. Aaron ofereceu o sangue de
touros, Cristo o seu próprio sangue. Aaron era um sacerdote temporária, Cristo
é um eterno. Aaron era falível, Cristo infalível. Aaron era mutável, Cristo
imutável. Aaron era contínua, Cristo é final. O sacrifício de Aaron era
imperfeito, de Cristo foi perfeito. Sacerdócio de Arão foi insuficiente, de
Cristo é todo-suficiente. Nem poderia o Tabernáculo e no Templo comparar com
Cristo. Cada um deles tinha uma porta, enquanto que Cristo é a porta. Eles
tinham um altar de bronze, mas Ele é o altar. Eles tinham uma pia, mas Ele
mesmo purifica do pecado. Eles tinham muitas lâmpadas que continuamente
necessários enchimento; Ele é a luz do mundo que brilha eternamente. Eles
tinham pão que tinha de ser reabastecido, mas Cristo é o pão da vida eterna.
Eles tinham incenso, mas próprias orações de Cristo ascender para os Seus
santos. Eles tinham um véu, mas o Seu véu era seu próprio corpo. Eles tinham um
lugar de misericórdia, mas Ele é agora o propiciatório. (Comentário bíblico John
MacArthur).
III.
A
JUSTIÇA DO REINO DE DEUS
1. 1. Quem
é grande no Reino de Deus?
O contraste entre o menor e o maior no reino provavelmente suporta
graduação na classificação do reino (como em 11.11, embora a palavra para
“menor” seja diferente lá; cf. 18.1-4). E provável que não seja uma forma
semítica de se referir à dualidade exclusão-inclusão (contra Bonnard). Quem
desobedecer “a um desses mandamentos, ainda que dos menores” não é excluído do
reino — o uso linguístico vai contra essa interpretação (veja Meier, Law [Lei],
p. 92-95) — mas é muito pequeno ou muito sem importância no reino (considerando
elochistos no sentido elativo). A ideia de graduações de privilégio ou de
desonra no reino ocorre em outras passagens dos evangelhos sinóticos (20.20-28;
cf. Lc 12.47,48). As distinções não são feitas só de acordo com a extensão em
que alguém obedece ao “menor” desses mandamentos, mas também de acordo com a
fidelidade com que os ensina. Mas o que são “estes mandamentos”? É difícil
justificar a restrição dessas palavras para o ensino de Jesus (como em Banks,
Jesus, p. 221-23), embora o verbo cognato de “mandamento” (entolôn) seja usado
para o ensino de Jesus em 28.20 (entellom ai); pois, em Mateus, o substantivo
nunca se refere às palavras de Jesus, e o contexto argumenta contra isso. A
restrição aos Dez Mandamentos (TDNT, 2:548) é igualmente estranha aos
interesses do contexto. Também não podemos dizer que “estes mandamentos” se
refere à antítese que se segue, pois, em Mateus, houtos (“este”, pl. “estes”) nunca
aponta adiante. Então, parece que a expressão deve se referir aos mandamentos
das Escrituras do Antigo Testamento. Toda a Lei e os Profetas não são
descartados pela vinda de Jesus, mas cumpridos. Portanto, os mandamentos dessas
Escrituras — até mesmo o menor deles (em distinções na lei, veja comentário
sobre 22.36; 23.23) — devem ser praticados. Mas a natureza da prática já foi
afetada pelos versículos 17 e 18. A lei apontava para Jesus e seu ensinamento;
portanto, ela é obedecida de forma apropriada por meio do se conformar à
palavra dele. Como a lei aponta para Jesus, também ele, ao cumpri-la,
estabelece qual é a continuidade dela, a verdadeira direção em que ela aponta e
a forma como tem de ser obedecida. Assim, a graduação no reino visa o grau de
conformidade ao ensino de Jesus à medida que esse ensino cumpre a revelação do
Antigo Testamento. O ensino dele, em direção ao qual o Antigo Testamento
apontava, deve ser obedecido. (Comentário bíblico D.A. Carson).
2. 2. A
justiça do Reino de Deus -
E esse ensino, longe de ser mais brando, não é nada menos que a
perfeição (veja comentário sobre 5-48). Os fariseus e os mestres da lei (veja
comentário sobre 2.4; 3.7; e Introdução, seção ll.f ) estavam entre os mais
meticulosos da terra. A crítica de Jesus não diz respeito ao fato de “que eles
não eram bons, mas que não eram bons o bastante” (Hill, Matthew \Mateus\).
Embora as múltiplas regulamentações deles pudessem gerar uma sociedade “boa”,
domesticaram a lei e perderam a exigência radical por santidade absoluta ordenada
pelas Escrituras. O que Jesus exigia é a justiça à qual a lei verdadeiramente
aponta, exemplificada na antítese que segue (w. 21-48). Contrário a Flender (p.
45s.), o versículo 3 (pobre em espírito) e o 20 (exigência de justiça radical)
não se contrapõem em clara contradição. O versículo 20 não estabelece como a
justiça deve ser alcançada, desenvolvida nem capacitada; ele simplesmente
apresenta a exigência. O Messias desenvolveria um povo que seria chamado
“carvalhos de justiça [...] para manifestação da sua [Iavé] glória” (Is 61.3).
O termo “superior” sugere que a nova justiça excede a antiga qualitativa e
quantitativamente (Bonnard) (veja comentário sobre 25.31-46). Nada menos que
isso não entra no reino. (Comentário bíblico D.A. Carson).
Pastor Setorial - Pr. Davi Fonseca
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BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA
DE ESTUDO VIVA
BÍBLIA
ALMEIDA SÉCULO 21
COMENTÁRIO
BÍBLICO WILLIAM BARCLAY
COMENTÁRIO
BÍBLICO WARREN W. WIERSBE
COMENTÁRIO
BÍBLICO D. A. CARSON
COMENTÁRIO
BÍBLICO JOHN MACARTHUR
COMENTÁRIO
EXPOSITIVO MATEUS, HERNANDES DIAS LOPES.