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quinta-feira, 6 de julho de 2023

LIÇÃO 03 - O PERIGO DO ENSINO PROGRESSISTA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.

 


                    TEXTO ÁUREO

"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos." (2Tm 3. 1)


                  VERDADE PRÁTICA

Os ensinos progressistas buscam descontruir a fé cristã por dentro e afastar as pessoas as pessoas do verdadeiro cristianismo bíblico, tornando-as meras militantes de causas sociais.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Tm 3. 1-9  

 



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                                        INTRODUÇÃO


Hoje, veremos alguns perigos do ensino progressista à fé cristã bíblica. Fazem parte do arcabouço progressista o liberalismo teológico, o teísmo aberto, a teologia da libertação, bem como suas derivadas, tais como: teologia feminista, teologia negra, teologia queer etc. O propósito básico desses movimentos teológicos é desconstruir a moral cristã, implodir a ortodoxia bíblica e corromper a fé bíblica por dentro da igreja evangélica.

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” (2 Tm 3.1)

É muito provável que você já tenha ouvido algumas preleções em que há uma insistente ênfase em desconstruir postulados que sempre foram caros ao cristianismo bíblico. Em relação a isso, 0 apóstolo Paulo diz que estamos diante de pessoas orgulhosas, tomadas por desejo doentio por discussões a respeito de palavras, fazendo falsas acusações a respeito da piedade como uma mera fonte de lucro; trata-se, pois, de uma mente pervertida, privada da verdade (1 Tm 6.3-5). Veremos que os ensinos progressistas enfraquecem a autoridade da Bíblia. Suas heresias propagam que as Escrituras contêm erros, que Deus não é soberano e que o sobrenatural é um mito. São indiferentes à doutrina bíblica do pecado, relativizam os valores morais e defendem a necessidade de “ressignificar” a fé cristã. Por conseguinte, seus ensinos progressistas resultam na descaracterização do cristianismo bíblico. Nesta oportunidade, verificaremos alguns de seus heréticos conceitos e os meios espirituais pelos quais a Igreja deve resistir aos seus efeitos maléficos (Jd 1.3).  As Escrituras advertem que a conduta humana dos “últimos dias” é de repulsiva descaracterização da fé. A heresia progressista critica as Escrituras, promove o enfraquecimento da ortodoxia, instiga a frouxidão moral e afasta as pessoas do verdadeiro cristianismo. Contudo, a postura da Igreja não deve ser de inércia, mas de resistência a iniquidade. A defesa da fé ocorre quando os valores imutáveis e atemporais da Bíblia são exercitados pelo poder de Deus na vida diária do crente salvo (1 Co 2.4,5).

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                    I.   A DESCARACTERIZAÇÃO DO CRISTIANISMO

1.   A deterioração moral   -  Diante de todos esses fatos, podemos dizer que os últimos dias se estendem do nascimento de Jesus até sua Segunda Vinda, no final da Grande Tribulação. Os últimos dias serão tempos perigosos e difíceis. Os crentes são perseguidos e odiados. "Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome" (Mt 24. 9). O saber se multiplicará. "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará" (Dn 12. 4). Observamos as condições dos homens dos últimos dias: ➪ EGOÍSTAS; ➩ AVARENTOS; ➩ JACTANCIOSOS: vão exagerar seus feitos para impressionar os homens; ➩ ARROGANTES; ➩ BLASFEMADORES: falarão abusiva e caluniosamente; ➩ DESOBEDIENTES AOS PAIS; ➪ INGRATOS; ➪ IRREVERENTES; ➪ DESAFEIÇOADOS: sem  carinho familiar, não terão amor por suas famílias; ➩ IMPLACÁVEIS - IRRECONCILIÁVEIS; ➩ CALUNIADORES: promovem disputas, esperando extrair algumas coisa delas; ➩ SEM DOMÍNIO DE SI: sem controle próprio; ➱ CRUÉIS; ➱ INIMIGOS DO BEM; ➱ TRAIDORES; ➱ ATREVIDOS; ➱ENFATUADOS: orgulhosos e presunçosos.

2.  A erosão da ortodoxia   -  Além disso, Keener (2017, p. 737) destaca que:

 Tanto a religião judaica com a filosofia grega condenava aqueles que fingiam devoção, mas cujo coração não correspondia a essa pretensa piedade. Para Paulo, uma religião que não seja acompanhada da transformação divina do coração é inútil.

 Acerca dessa conduta, Hendriksen (2001, p. 351) avalia que: Tais pessoas carecem de dinamite espiritual. Não nutrem amor por Deus, nem por sua revelação em Cristo Jesus, nem pelo povo. Daí, visto não serem homens cheios do Espírito, não surpreende que lhes falte poder. 

Desse modo, “na época, assim como agora, o núcleo de todas as falsas doutrinas é hedonista e racionalista”.  O conteúdo doutrinário cede espaço para a cultura, entretenimento e pragmatismo. A religiosidade da igreja fica desprovida do poder do Espírito, sendo incapaz de transformar o caráter das pessoas (2 Tm 3.5; 2 Co 4.2,3). Em consequência, com o caráter humano maculado e com a erosão da ortodoxia, o cristianismo e a fé bíblica são descaracterizados propositalmente. O apóstolo Paulo enfatiza que esses hereges cativam as pessoas por meio da sedução e do engano. Por conseguinte, os adeptos dessas falsas doutrinas geram disputas na igreja (2 Tm 2.23), causam contendas e cismas (1 Tm 6.4,5) e são capazes de minar a fé de quem lhes dá ouvidos e atenção (2 Tm 2.14-18). Os que são seduzidos passam a ser escravos das paixões e são convencidos de que os prazeres do corpo não podem contaminar a alma. Dessa forma, os pecados morais, a libertinagem e o abuso do corpo são tolerados e escravizam, tais como a prostituição, a homossexualidade, a ideologia de gênero, as drogas e o aborto. Por fim, o embuste desses mestres e dos seus seguidores será objeto do juízo divino (2 Tm 3.8). De outro lado, ratifica-se que a ortodoxia professa ser a Bíblia Sagrada a única revelação escrita de Deus, dada pelo Espírito Santo, capaz de constranger a consciência dos pecadores (2 Tm 3.16,17).

3.   A corrupção da fé   -  Paulo advertiu  Timóteo a não se deixar enganar pelas pessoas que apenas aparentam ser cristãs. Pode ser difícil, a princípio, distingui-las dos verdadeiros cristãos, mas o seu comportamento diário as denunciará. Na verdade, os falsos ensinadores que atormentavam a igreja de Éfeso muito provavelmente seriam exemplos de muitas destas características que Paulo listou acima. Por causa do ambiente cultural, as mulheres na igreja de Éfeso não tinham educação religiosa formal. Elas desfrutavam da sua nova liberdade para estudar as verdades cristãs, mas a sua ansiedade em aprender as tornava um alvo fácil para os falsos ensinadores.  Os falsos mestres atacavam principalmente as mulheres cheias de pecado e desviadas por suas paixões, mulheres que aprendem sempre, mas nunca chegam ao conhecimento da verdade. Paulo compara os falsos mestres aos encantadores egípcios, Janes e Jambres. Contudo, salienta-se que o cânon veterotestamentário não cita nominalmente esses dois personagens. Entretanto, “Paulo aqui se vale de uma tradição judaica não encontrada no Antigo Testamento. Segundo a tradição muito disseminada entre os judeus [...], Janes e Jambres, irmãos, eram magos do Faraó que se opuseram a Moisés em Êxodo 7.11”.  Portanto, o nome desses homens era bem conhecido entres os judeus, de tal modo que a referência não necessitava de maiores explicações. 43 E, como os falsos mestres utilizam-se de mitos judaicos, Paulo “cita a história como forma de dar um nome a essas figuras”. 44 Assim, a conduta de rebelião e o uso de falsos sinais por parte desses dois mágicos servem como símbolo das artimanhas satânicas e da oposição à verdade

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                    II.   AS TEORIAS PROGRESSISTAS

1.  A desconstrução da Bíblia   -    Ratificamos que a Bíblia Sagrada é “divinamente inspirada” ( Tm 3.16). Essa tradução vem do termo grego theopneustos, que significa literalmente que toda a Escritura foi respirada ou soprada por Deus, o que a distingue de qualquer outra literatura, manifestando, assim, o seu caráter sui generis. Desse modo, a inspiração é chamada de verbal porque Deus soprou nos escritores sagrados o que deveria ser escrito (Ap 19.9; 1 Co 14.37). 

O pastor Antonio Gilberto (2019, p. 41) leciona que: O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21). Portanto, inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro. A própria Bíblia reivindica para si a inspiração de Deus, pois a expressão “Assim diz o Senhor”, como carimbo de autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros; isso além de outras expressões equivalentes. 

Contudo, o ensino progressista, que é o desdobramento do liberalismo teológico, repudia a inspiração, a inerrância e a infalibilidade da Bíblia (2 Tm 3.16). A ênfase dos progressistas repousa no antropocentrismo (homem como centro). Esse ensino produz pessoas egocêntricas e retira a convicção do pecado (2 Tm 3.2). O parâmetro progressista é de desprezo ou de reinterpretação da Bíblia para satisfazer a concupiscência humana (2 Tm 4.3). Propaga-se um “evangelho” em que a salvação do homem ocorre por meio de uma reforma social com relativização do pecado, da moral e da fé bíblica (Gl 1.7-10). Como já observado, os progressistas propõem anulação ou reinterpretação, ressignificação e atualização dos textos bíblicos a fim de ajustar os anseios de uma sociedade que se recusa a crer na supremacia das Escrituras. Nesse sentido, Childers (2022, p. 176) assevera que, conforme o cristianismo progressista tem-se infiltrado nas igrejas, os cristãos haverão de decidir “quanta autoridade esse livro tem sobre as nossas vidas?” e que teremos de decidir por seguir “a mentalidade de uma cultura sem Deus ou podemos optar por seguir a Jesus”.

2.  O teísmo aberto  -  No cenário evangélico de vez em quando surge um modismo teológico, e o mais recente é a Teologia Relacional. É um novo modo de ver as coisas relacionadas a Deus, proposto pela mentalidade fraca do homem alheia à iluminação do Espírito Santo e desprovida da comprovação das Escrituras Sagradas.  Teologia Relacional, Teísmo Aberto ou Teologia da Abertura de Deus são termos dados a uma mesma heresia popularizada pelos escritores americanos Greg Boyd, John Sanders e Clark Pinnock.   O auge desse tipo de Teologia se deu quando aconteceu a tragédia do tsunami na Ásia em dezembro de 2004. Naqueles dias várias questões foram levantadas a respeito do caráter de Deus, seu poder, seu conhecimento, seus sentimentos, seu relacionamento com o mundo e as pessoas diante das tragédias. Diante das perguntas foram apresentadas uma uma nova visão de Deus.   Fazendo uma crítica sobre a TR, disse Dr. Augustus Nicodemus Lopes, professor do CPPAJ: “A teologia relacional considera a concepção tradicional de Deus como inadequada, ultrapassada e insuficiente para explicar a realidade, especialmente catástrofes como o tsunami de Dezembro de 2004, e se apresenta como uma nova visão de Deus e sua maneira de relacionar com a criação”.

Essa nova visão de Deus estão nos pontos principais dessa teologia: 

1. O atributo mais importante de Deus é o amor. Os demais atributos como: imutabilidade, onisciência e onipotência, devem ser reinterpretados para favorecer o atributo do amor.
2. Deus não é soberano. Deus se adapta à vontade e às decisões dos homens, e não pode realizar tudo que deseja.
3. Deus não conhece o futuro, porque o futuro não existe.
4. Deus se arrisca. Ele não sabia que decisões os anjos e os homens tomariam depois de criados.
5. Deus é vulnerável. Ele é passível de sofrimentos e de erros em seus conselhos e orientações. Seus planos podem ser frustrados.
6. Deus muda. Ele é imutável apenas em sua essência, mas muda de planos e até mesmo se arrepende de decisões tomadas.

No Brasil um dos maiores protagonistas da TR é o Pastor Ricardo Gondim, que em artigo publicado na Internet, argumentou:
- Deus somente conhece algumas dimensões do futuro.
- O futuro são está todo determinado.
- Nós cooperamos com Deus na criação do futuro.

Vejamos o que diz a Bíblia sobre Deus:
1. Deus é amor, mas também é justiça. (Dt 4.24, Hb 12.29) Todos atributos de Deus coexistem em equilíbrio.
2. Nenhuma decisão humana pode mudar o que já foi estabelecido por Deus. (Is 46.10). Devemos entender que há a vontade permissiva e a vontade soberana de Deus. O homem toma decisões e muda contextos até onde Deus permite.
3. Deus é transcendente (está fora do tempo) e não imanente (dentro do tempo) (Is 57.15). O tempo foi criado por Ele (Sl 90.2). Sabe de tudo antes de tudo acontecer. Não está preso ao tempo. (Sl 102.27; Is 46.10)
4. Deus não se arrepende e não muda (Nm 23.19, 20; Ml 3.6) Quando a Bíblia diz que Deus se arrependeu, é uma linguagem antropomórfica. Sl 102.27
5. Deus é soberano e onipotente. (II Cr 20.6; Sl 147.5; Is 14.27)

Devemos preservar a ortodoxia bíblica e defender a fé desses modismos teológicos que de vez em quando surgem e imergem muitas pessoas na confusão e cegueira espiritual.


Diante do exposto, podemos destacar alguns perigos que rondam os evangélicos:
1. O perigo da humanização de Deus. A teologia relacional faz as pessoas crerem em um Deus que é como o homem, falho, fraco, mutável, ignorante, vulnerável e limitado.
2. O perigo da deificação do homem. A teologia relacional eleva o homem ao mesmo nível de Deus, quando faz entender que o homem é co-construtor do futuro, ou seja o homem cria o futuro ao lado de Deus.

Esse tipo de teologia serve aos propósitos da Nova Era e do Anticristo que através do Falso Profeta estabelecerá uma religião mundial centralizada no homem e seus potenciais.  
Que o Senhor nos guarde debaixo de sua graça e que os fundamentos da Sã Doutrina sejam preservados e ensinados nas nossas escolas e igrejas, afim de não virmos a perder a fé que uma vez foi dada aos santos.

3.  A teologia da Demitologização   -  Para Bultmann a Teologia de cada época precisa ser contextualizada, tentando compreender o Kerigma, ou seja, a mensagem revelada, bem como traduzi-la tornando-a bem atual. Bultmann observa a teologia como ultrapassada, precisando ser atualizada e revaliar os conceitos em relação ao que ele considera mito: anjos, demônios, céu, inferno. Ele tenta desmitizar todo conceito segundo ele, ultrapassado e inadequado para este tempo. Isso tornou se um obstáculo até para a credibilidade da própria mensagem revelada, colocando a mesma sob suspeita.  Segundo Bultmann a teologia precisa se render à história, à hermenêutica e a filosofia, na tentativa de compreender questões obscuras da própria teologia no que diz respeito ao que considera mito. Ele descobre também que na própria história existe um número insuficiente de verdades que sejam discutíveis. O porque de Bultmann procurar demitizar a mensagem cristã não está em eliminar o texto, mas interpretá-lo. 

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                            III.    REFUTANDO O ENSINO PROGRESSISTA

1.   Reafirmando a autoridade bíblica   -   À medida que a sociedade e a cultura continuam a evoluir, testemunhamos mudanças significativas nas comunidades de fé. Se conversarmos com irmãos mais velhos, talvez nos deparemos com a expressão comum: “Esse irmão é saudosista”. No entanto, quando observamos a banalização do evangelho nos dias de hoje, a falta de seriedade nos púlpitos e a ausência de compromisso com a verdade da Palavra de Deus, como nossa única regra de fé e prática, é difícil ignorar a justificativa desses irmãos “saudosistas”. Uma característica comum no pensamento progressista é a ideia de que a Bíblia “contém” a palavra de Deus, ao invés de ser vista como a Bíblia “é” a Palavra de Deus. Zwínglio (1484–1531) ensinou que a igreja não possui outra autoridade além da Bíblia. Calvino (1509–1564) defendia a Bíblia como base e firme alicerce para as crenças e estruturas cristãs, e Menno Simons (1496–1561) fazia apelo urgente à autoridade da Bíblia.  Jacó Armínio (1560–1609) considerava que a perfeição das Escrituras era retirada e solapada quando a inspiração perfeita dada aos profetas e apóstolos, que administram as Escrituras, é negada, e a necessidade e a frequente ocorrência de novas revelações depois daqueles homens santos são declaradas abertamente.  Nossa Declaração de Fé ratifica que “a Bíblia é nossa única regra de fé e prática, a inerrante, completa e infalível Palavra de Deus, que não pode ser anulada”.  Desse modo, a autoridade bíblica é ratificada quando a supremacia das Escrituras é propagada em resistência à presunção das ideologias humanas em acrescentar ou retirar alguma coisa da Palavra de Deus (Ap 22.18,19).

2.   Ensinando as doutrinas bíblicas   -   Porém, a doutrina cristã possui um caráter singular e incomparável a qualquer outra. Isso porque ela não se baseia em meras tradições, experiências pessoais ou na observação de eventos e fenômenos naturais, mas sua fonte é a Escritura como a auto-revelação de Deus aos homens. Essa revelação é infalível, inerrante e autoritativa.   Por esse motivo o apóstolo Paulo escreve que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16,17).  Como bem define Millard Erickson em sua Teologia Sistemática, a doutrina cristã é a declaração das crenças mais fundamentais do cristão, ou seja, as crenças sobre a natureza de Deus; sobre sua ação; sobre nós – que somos suas criaturas; e sobre o que Deus fez para nos trazer à comunhão com Ele. Essas crenças são a espécie mais importante de verdades; são as declarações mais importantes sobre as questões fundamentais da vida.  A Bíblia nos apresenta três tipos de sistemas doutrinários e que vamos analisar a partir de agora. A Escritura nos fala sobre a doutrina de Deus, doutrinas de demônios e doutrinas de homens.

3.   Enfatizando a santificação   -   Já falamos que a santificação é uma obra operada por Deus e o cristão é participante desse processo. Assim, a santificação ocorre na vida interior do homem, de modo que ela naturalmente afeta o homem por inteiro, ou seja, corpo e alma, intelecto, vontade e afetos.

A Bíblia expõe a santificação sob duas linhas simultâneas:

  1. A mortificação do velho homem, isto é, a natureza pecaminosa: mesmo após ter sido regenerado, a natureza pecaminosa não é retirada do cristão. Mas é através da santificação que essa velha natureza é subjugada e mortificada.
  2. O revestimento do novo ser criado em Cristo para as boas obras: enquanto que a velha natureza vai sendo mortificada, crucificada com Cristo, o redimido é conduzido a um modo de vida em Cristo que agrada a Deus (Efésios 4:25-5:1).

O escritor de Hebreus destaca que sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hebreus 12:14). Já falamos que isso não significa que alguém pode alcançar a salvação porque se santifica, mas que a santificação é inevitável na vida dos cristãos genuínos. Isto acontece “porque desde o princípio Deus os escolheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espírito Santo” (2 Tessalonicenses 2:23).  O apóstolo Pedro também escreve que os redimidos foram “eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:2). Da mesma forma, o autor de Hebreus diz que Cristo é quem santifica os santificados (Hebreus 2:11).  Portanto, a santificação reflete de forma visível a regeneração! Ela demonstra de forma clara que alguém nasceu de novo e agora é nova criatura conforme à imagem de Cristo. Através da santificação, o regenerado segue os passos de Cristo. Ele deseja ardentemente o dia em que finalmente poderá contemplar a sua face.

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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de apoio, A igreja de Cristo e o império do mal, Pr. Douglas Baptista - Editora CPAD

Comentário Bíblico 2Timóteo, William Hendriksen -  Editora Cultura Cristã.

Comentário Aplicação Pessoal, Vol.2 - Editora CPAD

Comentário Bíblico N. T. Warren W. Wiersbe - Editora Hagnos. 

https://estiloadoracao.com/o-que-e-santificacao/

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quinta-feira, 29 de junho de 2023

LIÇÃO 02 - A DETURPAÇÃO DA DOUTRINA BÍBLICA DO PECADO.

                

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.

 



                            TEXTO ÁUREO

"Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado." (Rm 3. 20)


                        VERDADE PRÁTICA

O pecado de Adão arruinou toda a humanidade. Contudo, Jesus Cristo pode regenerar eficazmente o pecador.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: RM 3. 10-18 ( explicação comentário bíblico Romanos - William Hendriksen).


Vv. 10-12  -  Fica claro que o argumento que pretende demonstrar a universalidade do pecado avança para um clímax. A própria primeira estrofe revela que Paulo não está descrevendo esta ou aquela raça ou classe particular de pessoas, mas os seres humanos em geral. O quadro que ele pinta é sinistro: ninguém é justo; de fato, ninguém entende sua deplorável condição. E ninguém nem mesmo está tentando entender, nem ainda procurando por Deus, a Fonte de toda sabedoria e conhecimento. Mas não há exceções? Paulo responde: "Não há ninguém... ninguém... nem sequer um." 

Vv. 13,14  -   É preciso ter em mente que Paulo está tentando provar que, POR NATUREZA, todo ser humano, sem exceção, está debaixo do poder do pecado. Lembrará seus leitores ou ouvintes da grosseira imoralidade que caracterizava o mundo pagão? guiado pelo E. S. o apóstolo seleciona o pecado da LÍNGUA para ilustrar a universalidade da pecaminosidade humana; sobre este tema da pecaminosidade humana, veja Salmo 39.1; Provérbios 10.19; 17.27; Mateus 5.22, 37; 10. 19-20; Tito 3.2; Tiago 1. 19, 26. Uma vez que a árvore é conhecida pelos seus frutos. e uma pessoa por seus feitos, Paulo enfatiza a viciosidade da MÁ GARGANTA, mostrando como ela opera. Ele provavelmente está pensando num monstro gigantesco, cruel, pronto a devorar suas vítimas inesperadamente. VENENO DE ÁSPIDE ver Salmo 140.3; 139.4. A ênfase continua sobre a maneira pérfida com que as pessoas, agindo movidas por motivos que estão fora da esfera da graça soberana de Deus, suas palavras podem ser muito lisonjeiras, porém, cuidado: não se podem confiar nos oradores. CADEIAS ver salmo 10.7 e 9.28 ... sua boca está cheia de maldição e amargura, o contexto mais uma vez enfatiza a maneira traiçoeira com que uma pessoa às vezes tenta "usar" e abusar de seus semelhantes.

Vv. 15-18   -  Uma longa ainda contínua série de guerras e homicídios prova que as primeiras três linhas dessa estância final são verificáveis hoje, como o eram nos dias de Isaias (Is 59. 7-8). A ruína e a miséria produzidas por essas explosões da ira humana evidenciam-se por toda parte. A razão básica para essa deplorável situação é expressa na linha final: "não há temor de Deus diante de seus olhos" (Sl 36.1). A operação consistente do temor de Deus no coração humano deveria produzir um anelo pela reconciliação do homem com Deus e com seus semelhantes.

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                                INTRODUÇÃO

Após a queda dos anjos, suas maldades se multiplicaram na terra. Por meio da tentação, opressão e possessão, eles induzem o homem a cometer atos vergonhosos contra si e contra seu próximo. Estimula sua ganância pelo dinheiro, pelo poder e pela vaidade de ser conhecido. Deus permitiu que o pecado se alastrasse pela humanidade gerando assim consequências terríveis na história. Deus poderia eliminar os anjos e o homem após o pecado, mas respeitou sua liberdade e permitiu que esse juízo fosse retardado. Deus é justiça, mas também é amor. 

Quando o mal é reinterpretado, a consciência humana fica cauterizada e aprisionada ao engano (1 Tm 4.1,2). Essa ação é proposital a fim de manter o homem afastado de Deus e impedindo-o de ser salvo (Jo 3.19,20). Por essa razão, Paulo alerta a Igreja acerca das falsas doutrinas, que, pela artimanha e astúcia, induzem as pessoas ao erro (Ef 4.14). Desse modo, de forma sucinta, abordaremos o perigo dessas estranhas teologias para a ortodoxia cristã.

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                    I.   O ENSINO BÍBLICO DA NATUREZA PECAMINOSA

1.  Definição de Pecado  -  A expressão mais comumente usada para pecado é "errar o alvo" ou literalmente "tortuosidade", e é muitas vezes traduzida por "perversidade". É, pois, o contrário de retidão. Outra expressão comum para pecado é "mal" e exprime o pensamento de violência ou infração e descreve o homem que infringe ou viola a lei de Deus. O pecado é maligno porque difere da santidade de Deus, quer seja considerado como a participação individual no pecado de Adão, ou em seus variados aspectos, continua extraindo o seu caráter essencial de malignidade do fato de ser diferente de Deus. A doutrina da queda do homem não é exclusiva do Cristianismo; todas as religiões contêm um relato dela e reconhecem o grande e terrível fato.  As sagradas escrituras põem em relevo dois grandes princípios ou qualidades morais: A Santidade e seu antagonista, o pecado.

2.    A universalidade do pecado   -   O pecado mudou radicalmente a natureza de nossos primeiros pais, levando-os a experimentarem sensações que nunca tinham tido, como a vergonha da própria nudez, o medo de enfrentarem o juízo de Deus, o sentimento de culpa, e perceberem que haviam perdido a pureza, a santidade, a justiça inerentes à sua natureza. Ao quebrarem a lei divina estabelecida, tornaram-se transgressores e culpados diante da justiça divina. Foi uma queda moral e espiritual que os condenou, bem como a toda raça, à morte, conforme Deus havia predito. Paulo explica que a queda foi a porta de entrada para a morte na história humana. A mudança da natureza humana produzida pelo pecado fez todos os homens pecadores inatos, ninguém nasce isento do pecado original, todos os homens nascem condenados à morte física, espiritual e eterna. teologia Sistemática de Schaffer diz: "Deus prometeu conceder vida eterna a Adão e sua posteridade se ele, como o cabeça representativo obedecesse a Deus, e denunciou o castigo de uma natureza corrupta e da morte se desobedecesse. Como Adão pecou, Deus considera todos os seus descendentes como pecadores, e os condena por causa da transgressão de Adão com uma natureza corrupta, que invariavelmente leva a todos os atos de pecado, e que é ela própria o pecado..." 

3.    Corrupção Total   -  Porém, em decorrência do pecado de Adão, o homem encontra-se espiritualmente morto e incapacitado de vir a Deus por si mesmo (Ef 2.1). Significa que, por causa da Queda, todas as áreas de nosso ser foram afetadas. Esse estado de corrupção mental, moral e espiritual da natureza humana é denominado de Depravação Total, ou seja, a inclinação para fazer o errado resultante do pecado  original. Essa depravação impede o homem de tomar a iniciativa no processo de regeneração (Rm 8.7,8). Jacó Armínio (vol. 2, 2015, p. 406) assinala que: O livre-arbítrio é incapaz de iniciar ou aperfeiçoar qualquer bem verdadeiro e espiritual, sem a graça [...] Confesso que a mente de um homem carnal e natural é obscura e sombria, que os seus afetos são corruptos e desordenados, que a sua vontade é obstinada e desobediente, e que o próprio homem está morto em pecados. Dessa forma, “em seu estado de descuido e pecado, o homem não é capaz de pensar, nem querer ou fazer por si mesmo o que é realmente bom; pois é necessário que ele seja regenerado e renovado [...] por Deus, em Cristo, por intermédio do Santo Espírito”. 23 Por conseguinte, o homem só pode ser liberto do pecado se Deus buscá-lo primeiro (Fp 1.6). Sem a ajuda de Deus, ninguém pode ser transformado (2 Co 5.17; Tt 3.5). Nossa Declaração de Fé (SOARES, 2017, p. 113) arrazoa que: Todos os homens e mulheres foram atingidos pelo pecado a tal ponto que, embora tenha sido feito a imagem de Deus, não podem, por si mesmos, chegar a Deus [...] todavia os seres humanos, influenciados pela graça que habilita a livre escolha, são livres para escolher (Jo 7.17).

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                    II.   AS TEOLOGIAS MODERNAS

1.   Teologia do pecado social   -    Com o advento do Renascentismo e do Iluminismo (Séc. XIV a XVII), o antropocentrismo teológico desenvolveu doutrinas em desacordo com a Bíblia. Nessa premissa da centralidade do homem, a teologia católica passou a discutir a Doutrina Social da Igreja (DSI). Leão XIII promulgou a Rerum novarum (1891–1931), cujo intento era manter o primado dos valores morais e mediar o conflito entre socialismo e liberalismo. 25 Em seguida, Pio XI e Pio XII propuseram uma “nova Cristandade” (1931–1958), uma “terceira via” entre o capitalismo e o comunismo. Na sequência, no Concílio Vaticano II (1962–1965), a Doutrina Social da Igreja, que é outro termo para pecado social, foi institucionalizada pelo catolicismo. 26 Desde então, a hermenêutica moveu-se da revelação bíblica para o antropocentrismo teológico. Bartolomeo Sorge (2017, p. 15) registra que: Não se parte mais dos altíssimos princípios da revelação [...] para daí deduzir um modelo de sociedade cristã [...] mas se parte da leitura [...] confiada às diversas comunidades cristãs, para interpretá-los depois a luz do Evangelho e o ensinamento da Igreja e deduzir, enfim, as escolhas a realizar junto com todos os homens de boa vontade. Na prática, esse conceito prioriza a “questão social” em detrimento da moral. Entretanto, essa ordem de valores mostra-se equivocada. As injustiças sociais são apenas sintomas; as causas do sofrimento são as ações de ordem moral. A corrupção, a fraude, o suborno, a ganância, dentre outros males morais, são a origem das mazelas sociais. Essa mudança de ênfase no pecado original (natureza humana) para o pecado social (estrutural) enfraquece a responsabilidade moral do pecador. Os temas morais passam a ser tolerados ou ignorados e deixam de ser primazia no trato com o pecado. Deixase de abordar a causa do pecado para tratar-se os sintomas (Mt 23.27,28). A partir daí, a solução da “questão social” é vista como a solução do mal. Um erro gritante, uma vez que o mal a ser combatido é o pecado (1 Co 6.10-12).

2.   Teologia da Libertação   -   Nessa mudança de paradigmas, abre-se o espaço para o surgimento da Teologia da Libertação (TdL). Essa teologia tem afinidade com as ideias socialistas/comunistas de Karl Marx (1818– 1883), que apregoa uma luta entre classes, uma revolução social, prometendo libertação das supostas estruturas opressoras da sociedade.  Assim, o encontro da DSI com a TdL resultou em um fazer teológico não centrado em doutrinas bíblicas para libertar o homem do pecado moral, mas na indignação para libertar o homem da injustiça social, econômica e cultural. A premissa da TdL é “inculturar uma fé libertadora nas camadas populares que favoreça a formação da consciência crítica”. Desse impulso, surgem teologias de cunho emancipatório de gênero, sexualidade e de raças. Uma das suas vertentes é a Teologia da Missão Integral (TMI). Apesar de os seus autores negarem, a TMI é a vertente protestante da teologia da libertação católica. A ideologia e o fundamento da TMI são inegavelmente de influência marxista. Essas teologias reduzem a fé cristã em militância ideológica, política, socialista e marxista. As pautas sociais e progressistas são postas acima dos valores morais do Reino de Deus. Transforma-se o evangelho em inconformismo, luta de classes e assistencialismo (1 Co 15.19; Fp 3.18-20). O arrependimento, a libertação do pecado, a transformação de caráter e uma nova vida em Cristo são negligenciados (Gl 6.14,15).

3.   Liberalismo teológico   -   Diante de tal quadro que se apresenta desolador, segue a pergunta: como fazer frente ao liberalismo teológico? No curto espaço que temos para este artigo, não seria possível ser exaustivos. Mas o fundamento principal da resposta seria a Igreja local. Igrejas realmente centradas nas Escrituras farão frente às ameaças do Liberalismo Teológico. Assim como os profetas no AT fizeram frente aos falsos profetas; como Jesus repreendeu os fariseus e saduceus que anulavam a Palavra por sua tradição (Mc 7); como Paulo, Pedro, Tiago, se colocaram contra os falsos mestres na igreja primitiva; como os reformadores se posicionaram contra os devaneios da Igreja; como John Knox, William Tyndale, William Perkins, se opuseram aos ditames da Igreja da Inglaterra; como George Whitefield, Jonathan Edwards, Martyn Lloyd Jones, Machen, Francis Shaffer, se ergueram contra a tirania da cultura secular; como tantos homens piedosos têm feito pelo Brasil e pelo mundo, homens de renome ou não, de igrejas numericamente grandes, ou “irrelevantes”, domingo após domingo, a quem queira ou não ouvir: pela pregação fiel de TODA a infalível, autoritativa, inspirada e suficiente Palavra de Deus.

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                        III.    A NORMALIZAÇÃO DO PECADO

1.   Crise ética e moral   -   O mundo atual está em constante mutação, isso por causa do fenômeno da globalização. Com raríssimas exceções, não há mais uma cultura intacta, hermética, que não seja acessada pelos meios de comunicação de massas, que estão interferindo em quase todas elas com uma facilidade e intensidade nunca vistas. Aquilo que a tempo atrás era um valor absoluto, aceito por quase todos, hoje está sendo questionado e mudado, como por exemplo, a honestidade sendo trocada pela esperteza; a indissolubilidade do casamento sendo trocada pelo divórcio sem razões bíblicas que o justifique; a heterodoxidade sendo trocada pela homossexualidade, e assim por diante. Isso tudo que está acontecendo e se avolumando cada dia é uma crise ética de proporção nunca vista. É o aumento da iniqüidade, um dos sinais da segunda vinda do Salvador, e a consequente consumação de todas as coisas. 

Na época do profeta Isaías (cerca de 739 a.C.–681 a.C.), uma grave crise ética e moral impregnava a nação de Israel. Os governos das cidades eram corruptos, e os juízes aceitavam suborno. A luxúria, a ociosidade e a embriaguez aumentavam a pobreza e a criminalidade. Superstições haviam poluído a religião pura. As mulheres eram vulgares, sensuais, bêbadas, mimadas e negligentes. O orgulho e a autossuficiência levavam o povo a esquecer-se de qualquer dependência de Deus. 34 Nesse cenário de podridão moral e espiritual, Deus levantou um atalaia para profetizar contra a nação. Entre os alertas, o profeta vaticinou “sete ais” que confrontavam o comportamento inadequado daquele povo (Is 5.8-23). 35 Em nossos dias, o quadro caótico assemelha-se à situação do povo de Israel. A conduta reprovável e imoral dos israelitas causou a derrocada daquela nação (Is 5.24,25). A advertência das Escrituras é que “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Assim, sem arrependimento, não haverá escape para quem relativiza a verdade bíblica (2 Pe 2.1-3). 

2.   Imoralidade sexual   -  Por que Deus odeia a imoralidade sexual? Porque de alguma forma o pecado sexual é mais grave do que outras formas de rebelião. Em 1 Coríntios 6.18, lemos essas palavras surpreendentes: “Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo.” Os estudiosos da Bíblia debatem o significado das palavras, mas isso é muito claro: o pecado sexual debocha da união física e espiritual presente no relacionamento sexual. Como a Bíblia de Estudo da Fé Reformada aponta, “no ensino de Paulo, a união física envolvida na imoralidade sexual tem consequências especiais porque interfere na nossa identidade cristã como pessoas que foram unidas a Cristo através do Espírito Santo.” Aqueles que estão unidos a Cristo não podem estar unidos a uma prostituta ou qualquer outra pessoa com a qual não estejam casados.  O pecado sexual degrada e abusa do corpo que Deus utiliza como seu templo. “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1 Coríntios 6.19-20). É importante ressaltar a linguagem similar que Paulo usa para descrever a idolatria e a imoralidade sexual. Ambos são sinais de profunda rebelião contra Deus.

O Comentário do Novo Testamento: Aplicação Pessoal (2009, v. 2, p. 129) afirma que: "Aqueles que cometem o ato homossexual não devem ser temidos, ridicularizados ou odiados. Eles podem ser perdoados e suas vidas podem ser transformadas. A igreja deve ser um refúgio de perdão e cura para os homossexuais que se arrependem, sem abrir mão de sua posição contrária ao comportamento homossexual". Essa é a posição das Assembleias de Deus explicitada em nossa Declaração de Fé: Rejeitamos o comportamento pecaminoso da homossexualidade por ser condenada por Deus nas Escrituras, bem como qualquer configuração social que se denomina família, cuja existência é fundamentada em prática, união ou qualquer conduta que atenta contra a monogamia e a heterossexualidade, consoante o modelo estabelecido pelo Criador e ensinado por Jesus. 

3.   A dessacralização da vida  -  “Teologicamente, quando começa a vida humana? Na fase embrionária? Ou na fetal? Aos olhos do autor e conservador da vida, antes mesmo da concepção. É o que constatamos no chamamento de Jeremias: ‘Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta’ (Jr 1.5). Ora, se o autor e conservador da vida não faz distinção entre embrião e feto, pois aos seus olhos ambos são pessoas completas, porque iríamos nós teimar em estabelecer tal diferença?   Quem realmente ama não se perde em semelhantes especulações, mas tudo faz a fim de preservar a santidade da vida. Atentemos à narrativa do Gênesis. Moisés mostra com muita clareza que o ser humano não é obra do acaso, pois o acaso não seria capaz de produzir um ser tão perfeito quanto o homem. Deus o criou com as próprias mãos e, para aumentar a intimidade conosco, fez questão de aproximar o seu rosto do nosso. E, soprando-nos as narinas, aumentou ainda mais a comunhão entre nós e Ele.   Portanto, não nos arvorem os como deuses e senhores da vida, determinando quem deve viver e quem tem de morrer. Esse direito só cabe a Deus, pois a pessoa humana tem início nele e para ele terá de retornar (Ec 12 .7 )”


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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de apoio, A igreja de Cristo e o império do mal, Pr. Douglas Baptista - Editora CPAD

Comentário Bíblico Romanos, William Hendriksen -  Editora Cultura Cristã.

Comentário Aplicação Pessoal, Vol.2 - Editora CPAD

Comentário Bíblico N. T. Warren W. Wiersbe - Editora Hagnos. 




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sábado, 24 de junho de 2023

LIÇÃO 01 - A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA.

                                    

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.

 


                                TEXTO ÁUREO

"E,  na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra." (AP 17. 5)


                            VERDADE PRÁTICA

A igreja deve resistir ao "espírito da Babilônia" presente no cenário atual. Isso deve ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da Palavra de Deus.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: AP 17. 1-3 ( EXPLICAÇÃO COMENTÁRIO BÍBLICO APOCALIPSE, VERSÍCULO POR VERSÍCULO - PR. SEVERINO PEDRO DA SILVA EDITORA CPAD)

V. 01 -  "... GRANDE PROSTITUTA"   - Nos capítulos 17 e 18 deste livro, nas sete visões da condenação da grande babilônia, são vistos dois sistemas se combinando  entre si.  Babilônia ( política e religiosa) e ( literal e comercial). A primeira sendo descrita no capítulo 17 e a segunda no capítulo 18. As predições bíblicas têm cumprimento a curto ou a longo prazo. Portanto, nos "últimos dias", que são dias da ira tanto humana, como divina, veremos o "aparecimento" tanto de um império político: a federação dos dez reis escatológicos, controlado pelo Anticristo (v.13), tendo como sede a cidade de Roma, como também veremos o aparecimento de um falso culto dedicado à Besta, o homem do pecado. Profeticamente falando, este sistema misterioso desta seção, representa o novo paganismo do tempo do Anticristo, e especialmente, o culto dele e suas formas de expressões.

V. 02 - "... SE PROSTITUIRAM OS REIS DA TERRA"   -   Os reis do tempo do antigo império romano tentaram de todas as formas influenciar, para seu benefício, no seu comércio, tudo que era de seus cidadãos. Profeticamente falando, isso se fará, em grau supremo, nos dias sombrios do Anticristo, os reis darão também que os súditos da Besta, aceitem não só este sistema de tributos sobre si, mas de um modo especial o seu próprio culto, a ele dedicado.

V. 03 - "... UMA MULHER ASSENTADA"  -  A mulher e a Besta nesta seção simbolizam dois poderes: o religioso e o político. O fato de ela está "assentada sobre a Besta" indica que  grande prostituta reina e domina as nações religiosamente, assim a Besta sobre a qual cavalga o faz politicamente. Isso também revela sua influência e, ao menos aparentemente, parece controlar e até dirigir a Besta, por sua vez a mulher é sustentada pela Besta. (1) A mulher e a Besta são significativas especialmente em suas vestes e em seu poder, mas habitam no deserto. Isso indica claramente suas naturezas demoníacas. Ela é realmente vista onde deve ser vista: num lugar desolado, faminto, sedento, habitação apropriada para uma meretriz horrenda. A Besta estava coberta de nomes de blasfêmia, isso indica que o sistema predominante da Besta é totalmente corrupto.

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                                INTRODUÇÃO

A Babilônia foi uma importante cidade estado situada na região da Mesopotâmia. Porém, quando o livro de Apocalipse cita essa cidade, não se refere ao local geográfico da Babilônia, mas, sim ao simbolismo que ela representa. O uso de diferentes métodos de interpretação bíblica provocou variadas posições escatológicas entre os estudiosos do livro de Apocalipse. Portanto, ressalta-se que, nesta obra, não está em debate o método empregado na interpretação da literatura apocalíptica. O propósito deste capítulo é elucidar alguns personagens do livro das revelações, tais como a "grande prostituta" e  a "Besta de cor de escarlate", bem como alertar a Igreja  acerca dos aspectos gerais do espírito da Babilônia no cenário global que vivemos, tanto no sistema religioso,  quanto no social, cultural, político e econômico. Por fim, desvela-se que o papel do cristão neste mundo, que  jaz no maligno (1Jo 5. 19), é o de manter uma fé correta (ORTODOXIA), uma vida correta (ORTOPRAXIA), um verdadeiro caráter cristão, andar em santidade e aguardar a volta do Senhor Jesus (Hb 12. 14; Fp 3. 20).

   
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                I.   BABILÔNIA E SEUS SIGNIFICADOS

1.   A Grande Prostituta   -  Roma era a capital do vasto e poderoso império romano, um império que se estendia desde a Inglaterra até a Arábia. Na época de João, Roma era a maior cidade do mundo, com uma população de aproximadamente de 1 milhão de pessoas. mas, com todo o seu poder ela era uma cidade extremamente imoral. Com o histórico do paganismo e da perseguição romana, não é de admirar que Roma fosse vista como um resumo do mal. Assim como a Babilônia, Roma tornou-se um símbolo do paganismo e da oposição ao cristianismo. esta "grande prostituta", Babilônia, simboliza qualquer sistema econômico, político ou militar que seja hostil a Deus (17. 5), e um  sistema mundial futuro que irá abranger todas as nações e que será imoral e completamente contrário a Deus.  A grande prostituta, em lugar de ser descrita como qualquer cidade em particular, de qualquer período de tempo, existe onde há engano satânico e resistência a Deus.  Isto era verdade em mitos reinos antigos, como Babilônia, Egito, Tiro, Nínive e Roma. A prostituta representa o poder de sedução de qualquer sistema governamental que usa , meios imorais para conseguir o seu próprio prazer, a sua própria prosperidade, e as suas próprias vantagens.

2.   A mulher e a Besta escarlata   -  Esta mulher é, naturalmente, a grande prostituta descrita em 17. 1. Muito provavelmente, esta " besta de cor de escarlate" é Satanás, pois ele é descrito em 12. 3 como o dragão vermelho, mas esta besta também é identificada com a besta que saiu do mar 13. 1. Esta besta de cor de escarlate estava cheia de nomes de blasfêmia. esta besta - o Anticristo controlado por Satanás, é o inimigo supremo da igreja e do povo de Deus. A mulher representa o sistema maligno do mundo; a besta representa o poder que sustenta este sistema mundial.

3.   Mistério: a Grande Babilônia  -  O título " A grande babilônia" descreve todo o sistema mundial que será a culminação de todo o mal, afastando as pessoas de Deus. Essa mulher é um retrato de Babilônia, que tinha levado o povo de Deus ao cativeiro; ela também é um retrato de Roma, com o seu luxo e a sua decadência. Mas ela é muito mais do que simplesmente uma cidade ou império em particular na história. Ela é, na verdade, a mãe de tudo isto. Ela é a origem de todo o mal, a origem da rebelião contra Deus ao longo da história, da qual muitas nações participaram. Ela é a mãe das prostituições e abominações da terra. Apesar de todos os seus adornos, ele nada mais é do que uma prostituta que está se rebelando contra Deus.

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                    II.    O ESPÍRITO DA BABILÔNIA

1.   No sistema religioso   -   Como já estudado, a Babilônia representa um conjunto de práticas reprováveis diante de Deus. O sistema religioso da Babilônia era  literalmente nefasto e mitológico. Em virtude disso, o mensageiro angelical fez uso de um simbolismo perfeitamente entendível pelo apóstolo João e os seus contemporâneos (Ap 17.1). Nesse sentido, a Bíblia de Estudo Pentecostal (STAMPS, 1995, p. 2.003) arrazoa que a “Babilônia religiosa abrange todas as religiões falsas, inclusive o cristianismo apóstata [...] os termos prostituição e adultério, quando empregados figuradamente, normalmente denotam apostasia religiosa e infidelidade a Deus” Nessa direção, o espírito da Babilônia faz com que as pessoas sejam seduzidas pela “prostituição espiritual” (Ap 17.2). Não se adora mais o Deus Todo-poderoso, mas há um culto ao próprio ego,  o que torna o ser humano amante de si mesmo, do dinheiro e dos deleites desse mundo (2 Tm 3.2-4). Nesse entendimento, o Comentário Esperança (POHL, 2001, p. 168) registra que: